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Yasmim Bastos – 3º período

DPOC e Asma
APG 18
OBJETIVOS
1. Diferenciar a fisiopatologia, manifestações clínicas, epidemiologia e fatores de risco da DPOC
e Asma.
2. Analisar o diagnóstico, exames complementares e tratamento da DPOC e Asma.

ROTEIRO
DPOC ASMA
↳ Conceito ↳ Conceito
↳ Epidemiologia ↳ Epidemiologia
↳ Fatores de risco ↳ Fatores de risco
↳ Fisiopatologia ↳ Fisiopatologia
↳ Manifestações clínicas ↳ Manifestações clínicas
↳ Diagnóstico ↳ Diagnóstico
↳ Tratamento ↳ Tratamento

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA – DPOC

Termo que engloba condições que resultam em obstrução fixa das vias respiratórias e dispneia aos
esforços.

• Caracteriza-se por uma obstrução crônica e recorrente do fluxo de ar nas vias respiratórias
pulmonares.

• Apresentação de sintomas respiratórios persistentes e limitação ao fluxo de ar decorrente de


anormalidades nas vias respiratórias ou alveolares geralmente causadas devido a uma
reação inflamatória por exposição significativa a partículas ou gases nocivos.

• Limitação do fluxo aéreo: volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) e a


capacidade vital forçada (CVF) de menos de 0,7 (VEF1/CVF < 0,7)

EPIDEMIOLOGIA:
Uma das principais causas de morbidade e
Terceira principal causa de morte em todo o
mortalidade no mundo.
mundo
Doença de adultos: tipicamente se manifesta
DPOC é a quinta principal causa de morte no
na sexta década de vida ou mais
Brasil - responsável por cerca de 25.000
Prevalência global estimada de 175 milhões mortes por ano.
de pessoas.
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ETIOLOGIA E FATORES DE RISCO: FISIOPATOLOGIA

Causa mais comum: tabagismo habitual Os mecanismos envolvidos na patogênese


incluem:
Medida em maços-ano (Número de maços
fumados por dia x Número de anos em que a • Inflamação e fibrose da parede
pessoa fumou) brônquica
• Hipertrofia das glândulas submucosas
Outros fatores:
e hipersecreção de muco
▪ Exposição a poluentes do ar: como • Perda de fibras elásticas pulmonares e
fumaça de cigarro de segunda mão, de tecido alveolar
poluição ambiental e poeira.

A inflamação e fibrose da parede brônquica,


▪ Exposição ocupacional a poeira e
aliadas ao excesso de secreção de muco,
substâncias químicas: Pessoas que
obstruem o fluxo aéreo e buscam impedir a
trabalham em indústrias que envolvem
correspondência entre ventilação e perfusão.
poeira, produtos químicos e vapores
tóxicos
A destruição do tecido alveolar diminui a área
▪ Fatores genéticos: A deficiência de de superfície para as trocas gasosas e a perda
uma proteína chamada alfa-1 das fibras elásticas prejudica a taxa de fluxo
antitripsina, que ajuda a proteger os expiratório, aumenta a retenção de ar e
pulmões, é um fator de risco genético predispõe ao colapso das vias respiratórias.
para o desenvolvimento de DPOC em
pessoas que nunca fumaram ou que
fumam pouco.
O termo DPOC engloba dois tipos de doença
obstrutiva das vias respiratórias:
▪ Infecções respiratórias recorrentes:
como bronquite e pneumonia, podem • Enfisema, com alargamento dos
danificar o parênquima. espaços aéreos e destruição de tecido
pulmonar
▪ Idade: O envelhecimento é um fator
de risco para o desenvolvimento de • Bronquite obstrutiva crônica, com
DPOC, pois os pulmões perdem aumento da produção de muco,
elasticidade e a capacidade de se obstrução das vias respiratórias
recuperar de danos. menores e tosse crônica.

▪ Asma: A asma mal controlada pode


causar danos aos pulmões e aumentar
o risco de desenvolver DPOC.

▪ Exposição a vapores tóxicos durante


atividades recreativas: A exposição a
vapores tóxicos, como de fogões a
lenha ou churrasqueiras
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ENFISEMA α1-AT e α1-antiprotease


Se caracteriza pela perda da elasticidade A α1-antiprotease é um termo mais geral
pulmonar e aumento anormal dos alvéolos usado para se referir a qualquer proteína que
distais aos bronquíolos terminais, com inibe a atividade das enzimas proteolíticas.
destruição das paredes alveolares e dos leitos
A α1-AT é uma proteína produzida pelo fígado
capilares.
que regula a atividade das enzimas
A ampliação dos alvéolos conduz à proteolíticas, principalmente a elastase,
hiperinflação dos pulmões e produz um evitando danos nos tecidos.
aumento da capacidade pulmonar total (CPT).
Ela é conhecida principalmente por sua
Causas: capacidade de inibir a atividade da enzima
proteolítica tripsina.
• Tabagismo: incita a lesão pulmonar
• Deficiência herdada de AAT: uma Ou seja,
enzima antiprotease que protege o
α1-antiprotease: termo mais amplo usado
pulmão de lesões. A deficiência de AAT
para se referir a qualquer proteína que inibe a
(DAAT) é um fator de risco genético
atividade das enzimas proteolíticas
para DPOC. Mutações no gene
SERPINA1 podem causar DAAT. α1-antitripsina: proteína específica que
• Teoria da protease-antiprotease: essa pertence à família das α1-antiproteases e tem
teoria postula que o enfisema a capacidade de inibir a atividade da enzima
pulmonar se desenvolve quando a proteolítica tripsina.
atividade da protease elastolítica é
excessiva em comparação com os
níveis de antiprotease. DAAT
O tipo e a quantidade de AAT que uma pessoa
Acredita-se que o enfisema seja o resultado tem são determinados por um par de genes
da degradação de elastina e outros codominantes denominados genes PI
componentes da parede dos alvéolos por (inibidores de proteína)
enzimas, chamadas proteases, que digerem
A DAAT é herdada como uma característica
as proteínas.
autossômica recessiva. A maioria das pessoas
↳ Normalmente, enzimas antiprotease com enfisema clinicamente diagnosticado
protegem o pulmão. A fumaça do antes dos 40 anos de idade tem uma DAAT.
cigarro e outros irritantes estimulam o O tabagismo e infecções repetidas das vias
movimento de células inflamatórias respiratórias, que também diminuem os níveis
nos pulmões, resultando no aumento de AAT, contribuem para o risco de
da liberação de elastase e outras desenvolvimento de enfisema em pessoas
proteases. com DAAT.
↳ Quando o fumante desenvolve DPOC,
a produção e liberação antiprotease
pode ser inadequada para neutralizar
o excesso de produção de protease, de
tal maneira que o processo de
destruição do tecido elástico
permanece sem controle
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A característica mais precoce da bronquite


crônica é a hipersecreção de muco nas
grandes vias respiratórias, associada à
hipertrofia das glândulas submucosas na
traqueia e brônquios.

↳ Histologicamente, essas alterações


incluem um aumento acentuado nas
células caliciformes e um excesso de
produção de muco, com obstrução do
lúmen das vias respiratórias, infiltração
inflamatória e fibrose da parede
bronquiolar.
Afirma-se que tanto a hipertrofia da
submucosa nas grandes vias respiratórias
quanto o aumento de células caliciformes nas
pequenas vias respiratórias representam uma
Tipos de enfisema: reação de proteção contra o fumo do tabaco
e outros poluentes.
↳ Centroacinar/centrolobular e pan-
acinar

Centroacinar: mais associada ao tabagismo,


com comprometimento dos bronquíolos
respiratórios, predominantemente nos lobos
superiores e nos segmentos superiores dos
lobos inferiores.
Mais comum e predominante no sexo
masculino.
Pan-acinar: envolvimento inicial dos alvéolos
periféricos e depois se estende para envolver
os bronquíolos mais centrais.
Mais comum em pessoas com DAAT

BRONQUITE CRÔNICA
A bronquite crônica é uma condição pulmonar
caracterizada por uma inflamação crônica das
vias respiratórias, que resulta em tosse
persistente e produção de muco excessiva por
pelo menos três meses em dois anos
consecutivos.
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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DPOC com bronquite crônica inclui tosse


crônica e expectoração
↳ Tosse crônica: presença de tosse por
Pacientes com doença mais avançada podem
mais de 3 meses em dois anos
desenvolver hipoxemia ou hipercarbia
consecutivos
↳ Expectoração: produção crônica de O aumento da vasoconstrição pulmonar e
muco ou catarro das vias respiratórias. subsequente elevação da pressão arterial
↳ Dispneia: dificuldade respiratória, pulmonar aumentam ainda mais o trabalho
sobretudo durante atividades físicas. do ventrículo direito. (cor pulmonale)
↳ Roncos ou sibilos: som agudo e Na DPOC, as alterações pulmonares e
estridente produzido durante a respiratórias crônicas podem levar a
respiração. modificações na estrutura do tórax do
↳ Infecções respiratórias: maior paciente. Algumas das alterações que podem
suscetibilidade a infecções das vias ocorrer incluem:
aéreas superiores e inferiores
↳ Hiperinsuflação pulmonar: aumento
↳ Fadiga: sensação de cansaço e falta de
do volume dos pulmões, o que pode
energia.
levar a uma expansão torácica.
↳ Perda de peso: emagrecimento não
intencional. ↳ Achatamento diafragmático: o
diafragma, que é o principal músculo
↳ Edema de membros inferiores:
respiratório, pode se tornar menos
inchaço de pernas, pés e tornozelos
eficiente na inspiração de ar. Isso
devido à insuficiência cardíaca ou
pode levar a uma posição mais
pulmonar.
elevada do diafragma e achatamento
do tórax inferior.
Inicia-se com mudança progressiva na função ↳ Aumento do diâmetro ântero-
respiratória. posterior do tórax: isso pode ocorrer
como resultado da hiperinsuflação
Aumento do tempo respiratório: resultado da
pulmonar e pode levar a uma
obstrução das vias aéreas na bronquite
aparência de "tórax em barril".
crônica, o que dificulta a expiração do ar e
aumenta o esforço respiratório. ↳ Alterações na postura: o paciente
pode adotar uma postura curvada
↳ Isso pode levar a um aumento do para frente para ajudar na expiração
tempo necessário para completar de ar.
uma respiração completa, resultando ↳ Retrações intercostais: a dificuldade
em um aumento do tempo em expirar o ar pode levar a retrações
respiratório total dos espaços entre as costelas.
O desenvolvimento de dispneia aos esforços,
pode ser insidioso e frequentemente é
relatado na sexta década de vida. Os termos “soprador rosado” (pink puffer) e
“pletórico azulado” (blue bloater) são usados
A fase expiratória da respiração é prolongada para diferenciar as manifestações clínicas de
e a ausculta pode revelar sibilos expiratórios e enfisema e de bronquite obstrutiva crônica
crepitações.
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ser utilizado para avaliar a extensão e


a gravidade da doença.
DIAGNÓSTICO
História clínica associada a estudos de função ↳ Eletrocardiograma: pode ser útil para
pulmonar, radiografia de tórax e exames avaliar o coração em pacientes com
laboratoriais. DPOC grave.
capacidade vital forçada (CVF) é o volume de ↳ Dosagem de alfa-1-antitripsina: este
ar que pode ser expirado forçosamente após a exame é importante para identificar se
inspiração máxima uma deficiência genética de alfa-1-
antitripsina pode estar contribuindo
Normal: 4 a 6s DPOC: < para o desenvolvimento da DPOC.
Exames complementares:

↳ Espirometria: é o exame mais Anamnese:


importante para o diagnóstico da • Relato de tabagismo
DPOC e para avaliar a sua gravidade.
• Outras exposições inalatórias ou
Ele mede a quantidade de ar que uma
ambientais,
pessoa é capaz de expirar em um
• Relato de infecções pulmonares
segundo (volume expiratório forçado
recorrentes na infância ou nascimento
no primeiro segundo - VEF1) e a
pré-termo
capacidade vital pulmonar (CVP). O
• Tosse (cronicidade, frequência)
diagnóstico de DPOC é confirmado
• Expectoração
quando o VEF1 é inferior a 70% do
• História familiar de doença pulmonar e
valor previsto para o paciente.
comorbidades.

↳ Gasometria arterial: é um exame que


mede a quantidade de oxigênio e Exame físico:
dióxido de carbono no sangue arterial.
• Evidências de cianose
É útil para avaliar a gravidade e
• Uso de respiração frenolabial
determinar se é necessário fornecer
• Uso de músculos acessórios da
oxigênio suplementar.
respiração
• Tórax com aumento na dimensão
↳ Teste de caminhada de seis minutos: é
anteroposterior (tórax em barril)
um teste simples que mede a distância
• Uso dos braços para fixar a cintura
que uma pessoa é capaz de caminhar
escapular para possibilitar o uso dos
em seis minutos. É útil para avaliar a
músculos acessórios da respiração
capacidade funcional do paciente
(posição de tripé, relato de menos
dispneia ao empurrar um carrinho do
↳ Radiografia de tórax: pode ser útil para
que ao deambular)
descartar outras condições
• Retração da caixa torácica inferior à
pulmonares que possam estar
inspiração em razão da biomecânica
causando os sintomas.
alterada dos diafragmas achatados
(sinal de Hoover).
↳ Tomografia computadorizada de tórax:
• A percussão do tórax pode revelar
é um exame mais detalhado que pode
ressonância aumentada.
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• A ausculta pode revelar murmúrio • Reabilitação pulmonar: programa de


vesicular diminuído exercícios físicos e respiratórios que
• Roncos à inspiração e sibilos à ajuda a melhorar a capacidade
expiração forçada. respiratória e a qualidade de vida do
paciente.

TRATAMENTO
Algumas medidas que podem ser adotadas no
tratamento da DPOC incluem: • Vacinação: é recomendado que
pacientes com DPOC recebam as
• Abandono do tabagismo
vacinas contra influenza e
• Uso de broncodilatadores: relaxam os
pneumococo, para prevenir infecções
músculos das vias aéreas, melhorando
respiratórias.
a respiração. Em forma de aerossol ou
de comprimidos. Medicamentos utilizados no tratamento da
• Uso de corticoides inalatórios: ajudam DPOC:
a reduzir a inflamação nas vias aéreas,
• Broncodilatadores de curta duração:
melhorando a respiração.
como o salbutamol, fenoterol e
• Oxigenoterapia: em casos graves de
ipratrópio, que ajudam a aliviar a falta
DPOC, pode ser necessário o uso de
de ar e a melhorar a respiração
oxigênio suplementar para melhorar a
• Broncodilatadores de longa duração:
oxigenação do sangue.
como o formoterol, salmeterol,
tiotrópio e aclidínio, que têm efeito
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prolongado e são utilizados como


manutenção para prevenir sintomas.
• Corticoides inalatórios: como a
budesonida e a fluticasona, que
ajudam a reduzir a inflamação das vias
aéreas e prevenir sintomas.
• Broncodilatadores combinados com
corticoides inalatórios: como o
salmeterol e fluticasona e o formoterol
e budesonida, que combinam a ação
broncodilatadora com o efeito anti-
inflamatório
• Antibióticos: podem ser necessários
em caso de infecções respiratórias
• Oxigênio suplementar: utilizado em
casos graves de DPOC para melhorar a
oxigenação do sangue.
• Mucoativos: como o bromexina e o
ambroxol, que ajudam a fluidificar o
muco e facilitar a expectoração.

Pink puffer: soprador rosa -> Enfisema=


ausência de cianose, ao uso de músculos
acessórios e à respiração com os lábios
semicerrados (“soprador”)
“pletórico azulado” (blue bloater) ->
Bronquite crônica= referência à cianose e à
retenção de líquido associadas à insuficiência
cardíaca direita

ASMA

envolvido na manifestação de reações


• Doença crônica do SR que provoca
alérgicas e inflamações)
episódios de obstrução, hiper
responsividade brônquica (HRB), Outros fatores de risco para o
inflamação das vias resp. e remodelação desenvolvimento de asma na infância incluem
dessas. histórico familiar de asma, alergias, exposição
pré-natal a fumaça de cigarro e poluição.
O principal fator de risco para o
desenvolvimento de asma é uma Embora a obstrução das vias respiratórias
predisposição genética para a produção de seja, em grande parte, reversível, algumas
uma resposta mediada pela imunoglobulina E alterações nas vias respiratórias asmáticas
(IgE) a alergênios comuns (anticorpo podem ser irreversíveis.
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EPIDEMIOLOGIA • Estimulam a diferenciação dos linfócitos B


-> plasmócitos produtores de IgE,
Afeta mais meninos
• Produzem fatores de crescimento para
Após a puberdade, mulheres um pouco mais mastócitos, além de recrutar e ativar
comumente do que homens eosinófilos.
A asma é uma das doenças respiratórias Em pessoas com asma alérgica, a
crônicas mais comuns no mundo, incluindo no diferenciação dos linfócitos T parece estar
Brasil. De acordo com a Pesquisa Nacional de voltada para uma resposta pró-inflamatória
Saúde (PNS) de 2019, cerca de 6,5 milhões de T2H.
brasileiros (3,1% da população) relataram ter
asma, sendo mais prevalente em mulheres
(3,5%) do que em homens (2,6%). O fator de necrose tumoral α (TNF-α), uma
citocina inflamatória que é armazenada e
A asma é mais prevalente em crianças e
liberada pelos mastócitos, e as interleucinas 4
jovens adultos. Segundo dados do Sistema
e 5 (IL-4 e IL-5) participam na patogênese da
Único de Saúde (SUS) de 2021, a faixa etária
asma brônquica por meio de seus efeitos
com maior número de hospitalizações por
sobre o epitélio brônquico e as células da
asma é de crianças de 0 a 4 anos.
musculatura lisa
A prevalência de asma no Brasil varia de
TNF-α: aumento da migração e ativação de
acordo com a região geográfica e o ambiente.
células inflamatórias (eosinófilos e
Estudos sugerem que a asma é mais
neutrófilos), além de uma contribuição em
prevalente nas regiões Sudeste e Sul do país,
todos os aspectos da remodelação das vias
possivelmente devido a uma maior exposição
respiratórias, incluindo a proliferação e
a alérgenos e poluentes do ar nessas regiões.
ativação de fibroblastos, aumento da
produção de glicoproteínas pela matriz
extracelular e hiperplasia das células da
PATOGÊNESE
mucosa
TCD4 – T1H
Os aspectos imunológicos da asma, incluindo
- T2H a cascata de neutrófilos, eosinófilos, linfócitos
e mastócitos causam lesão epitelial. Isso
provoca a inflamação das vias respiratórias, o
Linfócitos T1H: responsáveis por coordenar a que aumenta ainda mais a hiper
resposta imune celular, especialmente contra responsividade e a diminuição do fluxo aéreo.
agentes infecciosos intracelulares, como
bactérias, fungos e vírus.
Quando os mastócitos são ativados, a
• Estimulam a diferenciação dos linfócitos B
liberação de histamina; prostaglandina D2;
-> plasmócitos produtores da IgM e IgG
citocinas, como IL-1 a IL-5, interferona, TNF e
fator de estimulação de colônias de
granulócitos e macrófagos; e leucotrienos
Linfócitos T2H: responsáveis por coordenar a
provoca broncoconstrição maciça e
resposta imune celular, respondem ao
inflamação do endotélio vascular pulmonar.
estímulo provocado por alergênios e
helmintos
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A liberação dos mastócitos pode estar Referências:


vinculada à asma induzida por exercício (AIE), Goldman 26ed – Seção 10, cap 81 e 82
uma condição na qual o indivíduo
experimenta sibilação e broncospasmo Porth – 10 ed- Seção Cap 31
durante a prática de exercícios físicos.
O mecanismo é incerto, mas o estímulo
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
principal provavelmente é a desidratação das
vias respiratórias decorrente do aumento da • Dispneia: dificuldade respiratória ou
ventilação. falta de ar, que pode ocorrer durante a
respiração normal ou durante o
exercício físico;
CITOCINAS • Sibilância: som agudo e estridente
produzido durante a respiração,
Os linfócitos Th2 iniciam e propagam a cascata
especialmente durante a expiração;
inflamatória associada à alergia ao produzir
• Tosse: tosse crônica que pode piorar à
várias citocinas. Essas citocinas incluem a
noite ou no início da manhã;
interleucina (IL)-4, IL-5 e IL-13.
• Opressão torácica: sensação de aperto
IL-4: induz à proliferação de linfócitos B e é no peito;
capaz de estimular essas células a produzir • Expectoração: tosse com produção de
IgE. muco ou catarro.
IL-13: estimulação de linfócitos B e produção
de IgE, induz hiper-responsividade das vias
respiratórias, metaplasia das células Piora noturna (asma noturna)
caliciformes e hipersecreção de muco.
IL-5: tem participação importante na DIAGNÓSTICO
regulação da formação, maturação,
recrutamento e sobrevida de eosinófilos. O O diagnóstico de asma deve se basear no
aumento da produção de IL-5 pode estar histórico cuidadoso, exame físico, testes
relacionado com a patogênese da asma laboratoriais e estudos da função pulmonar.
brônquica eosinofílica grave.
Mastócitos: são encontrados em associação
com as células do músculo liso das vias
respiratórias e são ativados por alergênios
quando a IgE está ligada ao receptor de alta
afinidade de IgE.

• A desgranulação e a ativação dos


mastócitos mediadas por IgE resultam
na liberação de histamina e na
produção de cisteinil leucotrienos e
prostaglandinas, que contribuem para
a broncoconstrição e a hiper-
responsividade das vias respiratórias.
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