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Código: 708224933
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Segundo Marcondes (2001), infere que o termo Filosofia Grega é utilizado para designar o
período que se estende desde o nascimento da filosofia na Grécia Antiga, no final do século VII
a.C. ao fim do período helenístico e a consolidação do período medieval da filosofia, no século
VI d.C. Foi na Grécia, na região da Jônia, na cidade de Mileto, que esse modo de conhecimento
ganhou forma e se estabeleceu como maneira de compreender o mundo (Práxis, 2015).
Portanto, pode-se afirmar que a Filosofia é fruto do gênio helênico, ou seja, é fruto da genialidade
dos gregos. É por causa do nascimento da Filosofia na Grécia que costumeiramente se diz que a
“Grécia é o berço da civilização ocidental”. De fato, a Filosofia apresenta-se como a “rainha das
ciências”. Tal característica se deve exatamente ao fato de a Filosofia ter sido o primeiro modo de
conhecer o mundo e os homens de forma estritamente racional.
A filosofia grega é dividida entre três períodos principais: pré-socrático, socrático (clássico ou
antropológico) e o helenístico (Marcondes, 2001).
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
1.1.2. Específicos
1.2. Metodologia
Para atingir o objectivo do presente trabalho e a sua materialização foi feita uma leitura e
pesquisa bibliográfica, utilizando artigos científicos, dissertações, livros, e páginas de instituições
públicas e privadas, para assim compilar o resumo teórico deste trabalho.
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2. Breve Contextualização da Filosofia Grega
2.1. A origem histórica da Filosofia
Dissemos que a Filosofia tem data e local de nascimento: Grécia, fins do século VII e início do
VI a.C., na região da Jônia (nas colônias da Ásia Menor), na cidade de Mileto. Uma das grandes
questões em relação ao nascimento da Filosofia é saber o porquê de seu nascimento e por que ela
nasceu especificamente com os gregos. Duas foram as teses levantadas: a do “milagre grego” e a
do orientalismo (Práxis, 2015).
Segundo Práxis (2015), discerne que a tese do “milagre grego” defenderá que a Filosofia surgiu
na Grécia como um verdadeiro milagre, ou seja, que não houve qualquer precedente para o seu
surgimento. Foi um acontecimento espontâneo e não há um contexto original que justifique sua
origem. Considera-se, assim, que esse modo de pensar e conceber o mundo e o homem
simplesmente apareceu, e uma das razões para seu aparecimento é a genialidade dos gregos.
Outra explicação que o autor explica é de que, a do orientalismo, dirá que a Filosofia nasceu com
as transformações realizadas pelos gregos sobre conhecimentos advindos dos povos orientais,
como a agrimensura dos egípcios, a astrologia dos babilônios e outros.
E ora, Práxis (2015), debruça que hoje, ambas as teorias, “milagre grego” e orientalismo, foram
superadas. Acredita-se atualmente que a Filosofia foi fruto das condições históricas da Grécia dos
séculos VII e VI a.C., que proporcionaram condições favoráveis ao surgimento desse novo modo
de pensar. Por isso, alguns estudiosos da Filosofia, se referindo ao nascimento dessa forma de
pensamento, dirão que ela é “filha da pólis”.
Por outro lado, de acordo com Silva (2014), infere que berço de todas as ciências, a Filosofia
Antiga contribuiu de forma decisiva para a formação do pensamento Ocidental. A tentativa de
fuga das explicações mitológicas levou Tales de Mileto a valer-se da razão para buscar um
princípio único como explicação do mundo. Essa perspectiva não só constituiu o ideal da
filosofia como também forneceu o impulso original para explicar e conhecer o mundo, modelo de
pensamento que há mais de dois milênios ganhou força e influenciou as antigas e atuais formas
de pensar
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Ter conhecimento sobre a história da filosofia, mesmo que breve, pode nos fornecer pistas para
compreendermos como o campo do saber filosófico originou as diferentes ciências e foi decisivo
para a busca de respostas para os enigmas da vida, outrora explicados apenas por mitos. Apesar
de não valer-se do empirismo e levar em consideração explicações metafísicas em suas
observações, a filosofia clássica nos apontou a relevância da sistematização, do rigor e da
racionalidade na estruturação do pensamento (Silva, 2014).
2.3.1. Pré-socrático
Este período é também conhecido como Período Cosmológico. Ocorreu entre o final do século
VII a.C. e final do século V (Práxis, 2015).
O título “pré-socráticos” surgiu há pouco mais de um século, com Diels. Antes dele, Nietzsche
chamara-os de pré-platônicos, incluindo Sócrates, e, antes ainda, Hegel, de pré-aristotélicos,
incluindo Platão. Esses títulos falam mais de quanto que Sócrates, Platão e Aristóteles são
paradigmáticos para a consciência histórica do homem do século XIX do que sobre os filósofos
em questão.” (Ribeiro, 2008).
Nessa fase, os estudos filosóficos objetivavam explicar a realidade e a natureza. Foi um período
marcado por significativo avanço da astronomia e nascimento da física. O nome de destaque
desse período foi o do filósofo Tales de Mileto (Marcondes, 2001).
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Principal característica: buscou explicar as grandes questões humanas, principalmente
relacionadas à política e à ética e aos conhecimentos científicos e técnicos (Silva, 2014).
Do final do século IV ao final do século III a. C, quando a filosofia busca reunir e sistematizar
tudo quanto foi pensado sobre a cosmologia e a antropologia, interessando-se sobretudo em
mostrar que tudo pode ser objecto de conhecimento filosófico, desde que as leis do pensamento e
de suas demonstrações estejam firmemente estabelecidas para oferecer os critérios da verdade e
da ciência (Marcondes, 2001).
Platão (427 a. C.) discípulo de Sócrates (407- 399 a. C.) fundador e reitor da academia.
Aristóteles (384 a. C.), fundador da Escola peripatética. Foi o primeiro a fazer um estudo
sistemático dos conceitos (isto é, das ideias), procurando descobrir as propriedades que
eles têm enquanto produzidos pela nossa mente como podem ser unidos e separados,
divididos e definidos, e como é possível tirar conceitos novos de conceitos conhecidos
anteriormente.
Principais características: os filósofos deste período refletem sobre a ética, as relações entre os
homens e destes com Deus, relações do homem com a natureza e várias questões relacionadas ao
conhecimento humano. Houve grande influência dos valores e das questões relacionadas ao
Cristianismo, principalmente entre os séculos III e VI. Ocorreu também significativa influência
da filosofia oriental (Marcondes, 2001).
Principais filósofos: Escola Estoica (Zenão de Citio, Cleantes e Crisipo). Escola Epicurista
(Epicuro). Pirronismo (Pirro de Élis) (Marcondes, 2001).
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3. Considerações finais
É uma palavra de origem grega, Philo pode ser além de amigo, amizade, amor fraterno, respeito
entre iguais e Sophia, sabedoria. Logo temos amigo da sabedoria, amizade pela saberia ou ainda
amor pela sabedoria, dando assim a enteder o que é filosofia. Em primeiro lugar temos que
destacar que o conhecimento filosófico não é experimental como o que são produzidos pelas
ciências físico-naturais (Silva, 2014). O objeto de estudo dos filósofos não pode ser colocado
para experimentos, pelo contrário, a filosofia é um conhecimento reflexível e abrange todo
cognoscível pela razão (Ribeiro, 2008).
Portanto, a grande lição da filosofia enquanto conhecimento reflexível e crítico sobre a realidade
que nos cerca é a de que não existe uma resposta única para as nossas inquietações, não há
verdade absoluta sobre as coisas, daí, nossa necessidade constante de reflexão, de pensar sobre o
mundo a nossa volta (Práxis, 2015).
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4. Bibliografia
Marcondes, D. (2001). Iniciação à história da filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein . Rio
de Janeiro : Jorge Zahar.