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CASO CLÍNICO 1

Um paciente de 54 anos de idade foi submetido à correção


laparoscópica cirúrgica de hérnia da virilha, conforme mostrado
a seguir. O peritônio já está aberto.
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Legenda auxiliar _ 1 CM
Questão 1
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Que lado do procedimento está sendo operado?


Lado direito.
Questão 2
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Qual é o defeito apresentado (direto, indireto, femoral ou


misto)?
Direto ou oblíquo interna.
Questão 3
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Qual é a classificação desse defeito segundo a sociedade


europeia de hérnia?
M3
Questão 4
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Que técnica está sendo utilizada?


TAAP – correção transperitoneal abdominal
CASO CLÍNICO 2
Um paciente de 28 anos de idade, portador de HIV há
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

dois anos, em vigência de TARV com carga viral indetectável,


apresenta quadro de sangramento anal há uma semana,
concomitante com astenia e episódios diários de febre.
Refere atividade sexual com parceiro único do sexo
masculino e prática de coito anal desprotegido. Nega
demais comorbidades e refere tratamento prévio para sífilis
secundária. Nega histórico familiar de doença inflamatória
intestinal. O parceiro não estava em consulta, porém se
questionou se ele apresentava algum sintoma.
CASO CLÍNICO 2
O paciente nega sintomas similares, mas seu parceiro está em
investigação com a hematologia, devido à presença de
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

linfonodos aumentados em região inguinal, bilateralmente. O


exame físico do paciente apresenta ectoscopia dentro da
normalidade, abdome plano e flácido, sem demais alterações.
Exame proctológico com presença de sangramento em
ampola retal e esfíncter normotônico e anuscopia com
inflamação da mucosa retal com múltiplas ulcerações. Levou
consigo exame laboratorial externo com provas de atividade
inflamatória (VHS e PCR elevados), com leucocitose discreta,
sem desvio à esquerda. FTABS reativo, com VDRL
inconclusivo.
Questão 5
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Qual é a principal hipótese diagnóstica?


Proctite hemorrágica por linfogranuloma venéreo ou proctite hemorrágica ou linfogranuloma venéreo.
Questão 6
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Qual é o agente etiológico?


Chlamydia trachomatis.
Questão 7
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Quais são as três variantes desse agente etiológico capazes


de gerar o quadro descrito?
L1, L2 e L3.
Questão 8
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Qual é o esquema triplo de antimicrobianos que deve ser


utilizado, empiricamente, para as proctites de origem
sexualmente transmissível?
Ceftriaxone, doxiciclina e valaciclovir.
CASO CLÍNICO 3
Uma paciente de 77 anos de idade, com leiomiossarcoma
invasivo e agressivo de pelve à direita, com tratamento
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

oncológico paliativo, diabética não insulinodependente e


hipertensa controlada com uma medicação, compareceu ao
pronto-socorro com queixa de dor súbita em membro inferior
esquerdo há 4 horas, com piora progressiva. Ao exame físico,
apresentava frialdade de extremidade, perfusão capilar bem
diminuída, com motricidade diminuída e hipoestesia em
pododáctilos. Havia discreto empastamento de musculatura,
ausência de sinal de Doppler arterial e sinal de Doppler
venoso presente em pé esquerdo.
CASO CLÍNICO 3
Pulsos:
Femoral Poplítea Pediosa Tibial posterior
Membro inferior direito 3+ / 3+ 3+ / 3+ Ausente Ausente
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Membro inferior esquerdo 3+ / 3+ Ausente Ausente Ausente


Questão 9
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Qual é o diagnóstico sindrômico?


Isquêmico.
Questão 10
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Qual é o diagnóstico etiológico?


Trombose arterial.
Questão 11
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Qual é a classificação de Rutherford?


IIb
Questão 12
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Qual será a conduta nesse caso?


Trombectomia mecânica ou trombectomia fármaco-mecânica, entre outras.
CASO CLÍNICO 4
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Um paciente de 21 anos de idade sofreu queimadura


térmica de 2.o grau em 40% da superfície corpórea e de 3.o
grau em 20% da superfície corpórea há duas horas.
Questão 13
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Cite e descreva uma fórmula de hidratação para grandes


queimados na fase de ressuscitação e sua limitação.
a. Fórmula de Parkland (Baxter) - 4 ml/kg/% área queimada de ringer lactado nas primeiras 24 horas. Metade em 8 horas e outra metade em 16 horas.

b. Fórmula de Brooke modificada (American Burn Association) - 2 - 4 ml/kg/% área queimada em adultos e 3 - 4 ml/kg/% queimada em crianças.

Cálculo limitado até 50% SCQ


Questão 14
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Qual é o indicador mais confiável para uma ressuscitação


adequada?
Sem considerar a fórmula usada para estimar as necessidades do paciente a chave para a ressuscitação ter sucesso é a monitorização da resposta clínica.

O débito urinário é o indicador mais confiável de uma ressuscitação adequada. Adulto de 0,5 - 1,0 ml/kg/hora, e criança 1 ml / kg/ hora.
Questão 15
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Cite duas situações de indicação de intubação orotraqueal


em grandes queimados.
Indicações de entubação orotraqueal em paciente queimado:
Obstrução de vias aéreas/edema/lesão inalatória
Produção e retenção de secreção

Insuficiência respiratória/ventilação/oxigenação
Questão 16
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Cite uma forma/fórmula de cálculo do gasto calórico de um


paciente grande queimado.
Fórmula de Curreri para cálculo do valor calórico total do paciente:
Adulto – 25 cal x peso (kg) + 40 cal x % área queimada
Criança – 60 cal x peso (kg) + 35 cal x % área queimada
CASO CLÍNICO 5
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Uma paciente de 82 anos de idade foi submetida à


colecistectomia videolaparoscópica por colecistite aguda
calculosa não complicada – TOKIO 1. Após a retirada da
peca por incisão umbilical, que foi protegida por saco
plástico, observou-se, ao exame macroscópico do cirurgião,
o aspecto mostrado a seguir.
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS
CASO CLÍNICO 5
Questão 17
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Qual é o diagnóstico mais provável?


Adenomiose da parede da vesícula.
Questão 18
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Que conduta deverá ser adotada?


Aguardar parafina ou congelação.
Questão 19
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Existe relação entre as duas doenças?


Não.
Questão 20
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Se o diagnóstico tivesse sido feito no pré-operatório, teria


sido adotada outra conduta?
Não.
CASO CLÍNICO 6
Um paciente de trinta anos de idade foi encaminhado ao
cirurgião torácico, com queixa de dor torácica retroesternal de
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

início recente. Exame físico normal. Apresenta a seguinte


imagem em tomografia computadorizada de tórax, em janela
de mediastino com contraste.
Questão 21
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Cite as três principais hipóteses diagnósticas para o caso.


Timoma, tumor de células germinativas, linfoma, tumor de tireóide.
Questão 22
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Que exames laboratoriais (sanguíneos) podem definir um


diagnóstico, sendo suficientes para se iniciar o tratamento?
Beta-HCG, Alfa-fetoproteína e DHL sérica.
Questão 23
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Que outros exames de imagem podem ser úteis no


planejamento terapêutico?
Ressonância magnética de tórax, PET-CT com FDG.
Questão 24
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Em caso de indicação cirúrgica, quais seriam as incisões


preferenciais?
Esternotomia mediana, toracotomia anterolateral direita, toracotomia direita.
CASO CLÍNICO 7
Um recém-nascido, a termo, evoluiu, nas primeiras horas
de vida, com vômitos biliosos e distensão em abdômen
superior. Foi, então, realizada uma radiografia simples de
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

abdômen com 24 h de vida (mostrada a seguir).


Questão 25
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Qual é a principal hipótese diagnóstica?


Atresia de duodeno.
Questão 26
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Que alterações se espera encontrar no ultrassom pré-natal


realizado pela mãe?
Polihidrâmnio e imagem de dupla bolha.
Questão 27
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Qual é a malformação associada mais frequente?


Síndrome de Down (Trissomia do 21).
Questão 28
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Qual será o tratamento cirúrgico?


Duodenoduodeno anastomose a Fredet-Ramstedt.
CASO CLÍNICO 8
Um paciente de 58 anos de idade, etilista e tabagista, foi
à consulta, com queixa de “ferida” na língua há três meses,
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

com dor local e sangramentos eventuais durante a


alimentação, sem outras queixas. Ao exame físico,
observa-se lesão ulceroinfiltrativa de borda esquerda da
língua (medidas da lesão nas fotografias a seguir). Exame
físico do pescoço não mostra evidências de
linfonodomegalias suspeitas. Foi realizado, também, exame
radiológico (tomografia computadorizada com contraste e
manobras de boca cheia de ar e protrusão da língua,
conforme imagem mostrada a seguir).
CASO CLÍNICO 8
IMAGEM I IMAGEM II IMAGEM III
Questão 29
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Qual é a principal hipótese diagnóstica?


Carcinoma da borda da língua.
Questão 30
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Como se poderia confirmar o diagnóstico?


Biópsia incisional.
Questão 31
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Qual é a etiologia mais provável da lesão? Cite dois fatores.


Etilismo e tabagismo.
Questão 32
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Qual é o estadiamento da lesão?


T2N0.
CASO CLÍNICO 9

No ambulatório de cirurgia, encontra-se um homem de


02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

73 anos de idade, com histórico de hipertensão arterial e


diabetes mellitus não dependente de insulina, que foi à
consulta, com exames pré-operatórios, para providenciar a
sua internação para a realização de cirurgia eletiva para
tratamento de neoplasia de cólon.
Questão 33
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Enfrentando-se, ainda, a pandemia de covid-19, para


garantir a realização de uma cirurgia eletiva segura, que
exame pré-operatório se impõe, antes da admissão no
hospital?
Swab de oro-faringe com teste molecular RT-PCR para SARS-Cov 2.
Questão 34
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Suponha-se que o exame para a detecção do SARS-Cov-2,


por meio do teste molecular de RT-PCR, tenha detectado a
presença de RNA viral, mas o paciente esteja assintomático.
Nesse caso, qual seria a decisão correta quanto à admissão
do paciente no hospital para a realização da cirurgia?
Manter o paciente em isolamento em casa e postergar a cirurgia.
Questão 35
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Considerando-se a realização de cirurgia para o tratamento


do câncer desse paciente na condição de maior segurança
para ele, quanto tempo deverá ser recomendado, após o
diagnóstico de covid-19, para a realização da cirurgia
eletiva?
Após quatro semanas o risco de complicações é menor.
Questão 36

Suponha-se que, passado o período para minimizar o risco


02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

de complicações respiratórias e mortalidade, devido à


infecção pelo SARS-Cov-2, finalmente o paciente tenha sido
internado para ser submetido à colectomia total. Nesse
caso, assumindo-se que se trate de um paciente cirúrgico de
alto risco, que intervenção de suporte hemodinâmico
no perioperatório poderá contribuir para a redução da
morbimortalidade desse paciente?
Otimização hemodinâmica perioperatoria para ajustar a relação oferta/consumo de oxigênio, com intervenções para otimização do debito cardíaco (pré-carga ou contratilidade),
através da infusão de fluidos e/ou inotrópicos, e outros.
CASO CLÍNICO 10
Um paciente de quarenta anos de idade apresenta sintomas
miccionais obstrutivos e infecção urinária de repetição.
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS
Questão 37
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Qual é a principal hipótese diagnóstica?


Estenose de uretra bulbar (de 4cm de extensão).
Questão 38
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Cite dois dados da história clínica que devem ser inqueridos


e que são fundamentais nesse caso para o esclarecimento
da etiologia.
História pregressa de trauma perineal – principalmente “queda a cavaleiro”.
Antecedente de instrumentação cirúrgica endoscópica via uretral.
Sondagem uretral pregressa.
Antecedente de DST – principalmente uretrite gonocócica ou gonorreia.
Questão 39
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Que abordagem endoscópica pode ser feita (nome da


cirurgia)? Qual é a sua respectiva taxa aproximada de
sucesso a longo prazo? Qual é a principal razão do insucesso
dessa cirurgia?
Uretrotomia interna – com faca de SACHSE.
Taxa de sucesso ~30% (20-40%).
Espongiofibrose (ou fibrose do corpo esponjoso peri uretral) é a causa principal da baixa resolução desta técnica.
Questão 40
02 – ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Que técnica cirúrgica aberta poderá estar indicada nesse


caso? Qual é a sua respectiva taxa de sucesso a longo
prazo?
A uretroplastia com uso de enxertos ou retalho fáscio cutâneo é a terapia de escolha
Taxa de sucesso~80% (70-90%).

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