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Cristina Pensamento Geográfico
Cristina Pensamento Geográfico
Tutor:
1.1.1. Geral.........................................................................................................................3
1.2. Específicos...................................................................................................................3
2. Metodologia.....................................................................................................................3
3.1.3. Sociedade..................................................................................................................4
3.1.4. Lugar.........................................................................................................................4
3.1.5. Paisagem...................................................................................................................4
3.1.6. Região.......................................................................................................................4
3.2.1. Determinismo...........................................................................................................5
4. Conclusão..........................................................................................................................11
5. Bibliografia........................................................................................................................12
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1. Introdução
A geografia é uma ciência que tem por objectivo o estudo da superfície terrestre e a
distribuição espacial de fenómenos significativos na paisagem. Também estuda a relação
recíproca entre o homem e o meio ambiente (Geografia Humana).
Vale ressaltar que, actualmente, não existe mais essa separação de Geografia Física e
Geografia Humana, pois uma depende da outra, uma não existe se a outra não existir, é algo
inseparável. (CARVALHO,2002).
A sistematização da Geografia teve inicia em meados do século XIX, com Humboldt e Ritter.
Derivando destes dois autores surgem as correntes de pensamento geográfico. Destacam-se
como correntes de pensamento geográfico: o Determinismo Ambiental, o Possibilismo, o
Método Regional, a Nova Geografia e a Geografia Crítica. Segundo CORREA (2000) cada
uma delas com suas práticas teóricas, empíricas e políticas, seguindo uma sequência histórica
predomina e, ou coexiste com outra corrente.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Compreender a importância das correntes do pensamento geográfico no ensino de
geografia.
1.2. Específicos
Definir as seguintes categorias fundamentais do conhecimento geográfico: Espaço,
Território, Paisagem e População;
Estabelecer a relação entre o Pensamento geográfico e o Ensino de geografia;
Descrever o papel do Determinismo geográfico para o meio ambiente.
2. Metodologia
Para execução de qualquer actividade, é necessário ter o caminho e os procedimentos que o
guiarão ao alcance dos objectivos previamente traçados. Contudo para realização do presente,
a autora usou a pesquisa bibliográfica.
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3.1.3. Sociedade
Consideradas as relações permeadas pelo poder, a sociedade apropria-se dos territórios e
define as organizações do espaço geográfico em suas diferentes manifestações: território,
região, lugar entre outros.
3.1.4. Lugar
Manifestação das identidades dos grupos sociais e das pessoas. Noção de pertencimento a
certos territórios.
3.1.5. Paisagem
É o resultado da combinação, num dado território, dos elementos físicos, biológicos e
humanos que constituem sua unidade orgânica e se encontram estreitamente relacionados. Em
outras palavras, paisagem é tudo aquilo que você, sente a sua volta.
3.1.6. Região
Qualquer área geográfica que forme uma unidade distinta em virtude de determinadas
características, um recorte temático do espaço e que mantenha relações internas e externas.
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3.2.1. Determinismo
Teoria formulada no século XIX pelo geógrafo alemão Friedrich Ratzel que fala das
influências que as condições naturais exerceriam sobre o ser humano, sustentando a tese de
que o meio natural determinaria o homem. Nesse sentido, os homens procurariam organizar o
espaço para garantir a manutenção da vida. (CARVALHO,2002).
O maior sinal de perca de uma sociedade seria a perda do território. As afirmações de Ratzel
estavam fortemente ligadas ao momento histórico que vivia, durante a unificação da alemã. O
expansionismo do Império Alemão, arquitetado pelo primeiro-ministro da Prússia Otto von
Bismarck (1815-1898), foi legitimado pelas duas principais correntes de pensamento
ratzeliano, o determinismo geográfico e o espaço vital (espaço necessário à sobrevivência de
uma dada comunidade).
Ex: O inverno justificaria o desenvolvimento das sociedades europeias, que não tiveram
grandes dificuldades em subjugar os povos tropicais, mais indolentes e atrasados. Essa ideia
justificou o expansionismo neocolonial na África e na Ásia entre o fim do século XIX e o
início do século XX. Pensamentos que, mais tarde, foram aproveitadas pelos cientistas e
políticos da Alemanha Nazista. (CARVALHO,2002).
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A investigação científica e os seus resultados devem ser expressos de uma forma clara,
o que exige o uso da linguagem matemática e da lógica.
Foi usada como um forte instrumento de poder estatal, pois manipulava dados através de
resultados estatísticos. Predominou na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos, principalmente na
década de 1960 a meados de 1970. A partir da década de 1960, a Geografia Pragmática
começou a sofrer duras críticas.
Uma das principais críticas é o fato de não considerar as peculiaridades dos fenômenos, pois o
método matemático explica o que acontece em determinados momentos, mas não explica os
intervalos entre eles, além de apresentar dados considerando o “todo” de forma homogênea,
desconsiderando, portanto, as particularidades. (CARVALHO,2002).
A expressão Geografia Crítica foi criada na obra “A Geografia – isso serve, em primeiro
lugar, para fazer a guerra”, de Yves Lacoste. Essa corrente de pensamento geográfico surgiu
na França, em 1970, e depois na Alemanha, Brasil, Itália, Espanha, Suíça, México e outros
países. (COSTA & ROCHA,2010).
Ganhou mais força na Alemanha, Espanha, França e Brasil, com um grande movimento de
renovação da geografia na década de 80. No Brasil, o grande nome da Geografia Crítica foi
Milton Santos, que publicou os primeiros trabalhos da nova escola nesse país. A Geografia
crítica estabelece o rompimento da neutralidade no estudo da geografia e propõe engajamento
e criticidade junto a toda a conjuntura social, econômica e política do mundo.
Estabelece também uma leitura crítica frente aos problemas e interesses que envolvem as
relações de poder e pró-atividade frente as causas sociais, defendendo a diminuição das
disparidades sócio-econômicas e diferenças regionais. Defendia ainda a mudança do ensino
da geografia nas escolas, ao estabelecer uma educação que estimulasse a inteligência e o
espírito crítico. O pensamento crítico na geografia significou, principalmente, uma
aproximação com os movimentos sociais, principalmente na busca da ampliação dos direitos
civis e sociais, como o acesso à educação de boa qualidade, a moradia, pelo acesso à terra, o
combate à pobreza, entre outras temáticas. (CHRISTOF,2013,p.11-19).
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Tem como base os trabalhos realizados por Yi-Fu Tuan, Anne Buttimer, Edward Relph e
Mercer e Powell.
É o contexto pelo qual a pessoa valoriza e organiza o seu espaço e o seu mundo, e nele se
relaciona. Os geógrafos culturais argumentam que sua abordagem merece o rótulo de
“humanística”, pois estudam os aspectos do homem que são mais distintamente humanos:
significações, valores, metas e propósitos (ENTRIKIN, 1976).
O lugar é aquele em que o indivíduo se encontra ambientado no qual está integrado, tem
significância afectiva para uma pessoa ou grupo de pessoas. O espaço envolve um complexo
de ideias. A percepção visual, o tato, o movimento e o pensamento se combinam para dar o
sentido característico de espaço, possibilitando a capacidade para reconhecer e estruturar a
disposição dos objectos. (KOZEL & FELIZOLA,1996,p.18).
A integração espacial faz-se mais pela dimensão afectiva que pela métrica. Estar junto, estar
próximo, significa o relacionamento afectivo com outra pessoa ou com outro lugar. Lugares e
pessoas fisicamente distantes podem estar afectivamente muito próximos. O estudo do espaço
é a análise dos sentimentos e ideias espaciais das pessoas e grupos de pessoas. Valoriza-se o
contexto ambiental e os aspectos que redundam no encanto e na magia dos lugares, na sua
personalidade e distinção. (CARVALHO,2002).
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Emergiu como um ponto de ligação entre a geografia física e humana como resultado do
aumento da especialização destes dois campos de estudo. Como a relação do homem com o
ambiente tem mudado em consequência da globalização e mudança tecnológica, uma nova
aproximação é necessária para entender esta relação dinâmica e mutável. (MORAES &
LOBO,2005,p.20).
Mas ao professor de geografia compete relacionar estes campos para fazer com que o
educando amplie a sua visão de mundo. Sobre essas situações, os depoimentos dos sujeitos
que vivenciam o contexto escolar assim como as suas práticas inseridas neste sistema,
exemplificam com maior fundamento nossos argumentos. Neste sentido indagamos aos
entrevistados. (CORRÊA,2011).
A educação tanto formal quanto a informal devem dar ênfase a carga educativa que antecede a
escola, e busca estabelecer uma relação entre o que é trabalhado dentro da sala de aula com a
vida cotidiana do educando, o espaço, o lugar, tem um papel fundamental neste contexto, na
medida que estão repletos de significantes e significados.
Verifica-se que os professores, apesar de relatarem que direccionam seus métodos com base
na Geografia Crítica, no entanto, suas práticas pedagógicas estão alicerçadas na geografia
tradicional. No sentido que os mesmos se prendem a praticas tradicionais é o que verificasse
na análise das metodologias dos professores. (COSTA & ROCHA,2010).
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Os problemas enfrentados pela geografia, tem deixado parecer que professores e alunos não
possuam um modelo para seguir, como também a opção pelo senso comum, deixando dessa
forma, de interpretar a ciência geográfica visando as mais diversas noções.
Actualmente a geografia é entendida como uma ciência social, mas que enfrenta vários
problemas em relação a seus métodos, a busca de uma identidade, a utilização de novas
metodologias para revigorar a ciência, como também desprender da amarra positivista. A
relação geografia e educação deve priorizar o diálogo entre docente e discente, o professor
deve ter uma leitura ampla de vários temas, o diálogo com vários textos, e relaciona-los ao
cotidiano do aluno, entender que há uma pluralidade de realidades em sala de aula.
(CARVALHO,2002).
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4. Conclusão
Portanto, o professor de geografia deve abordar em suas aulas, questões que possibilite uma
visualização reflexiva da zona rural, urbana, a ligação campo cidade, as mais diversas
culturas, as histórias, as novas linguagens tecnológicas. É neste prisma que o aluno deve ser
incentivado a desenvolver o conteúdo tratado em sala de aula na sua vivência interagindo com
o mundo, aproximando assim, a geografia do real vivido por ele.
5. Bibliografia
1. BUITONI, Marísia M. Santiago. Geografia: ensino fundamental. Ministério da
Educação, Secretaria da Educação Básica, (Coleção Explorando o Ensino; v.
22).Brasília: 2010.
2. CARVALHO, Gisélia Lima. Região: A Evolução de uma Categoria de Análise da
Geografia. Boletim Goiano de Geografia, volume 22, n° 01, jan./jun. de 2002.
3. CHRISTOF, A. As perspectiva dos estudos geográficos. In: (Org.). Perspectivas da
Geografia. São Paulo: Difel, 2013. p. 1136.
4. CORRÊA, Roberto Lobato. Região e Organização Espacial. São Paulo: Ática, 2000.
5. COSTA, Fábio Rodrigues da; ROCHA, Márcio Mendes. Geografia: Conceitos e
paradigmas – apontamentos preliminares. Revista Geomae. V.1 N. 2, p 25-56, Jun-
dez, 2010.
6. KOZEL Salete; FILIZOLA Roberto. Didácticas de Geografia: Memorias da Terra. In:
O espaço vivido/São Paulo: FTD, 1996. P.11-17.
7. MORAES, A.C.R. Geografia: pequena história crítica, 20a ed. São Paulo, Annablume,
2005.