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Análise de Investimentos I

Avaliação de Projetos de Investimento


Planejamento e projetos de
investimentos

 Todo projeto de investimento insere-se num conjunto


mais amplo de planejamento.
 O planejamento é um esforço conjunto e organizado
para acelerar o ritmo de desenvolvimento da
coletividade, pública ou privada.
 Existem níveis mais abrangentes ou mais restritos de
projetos de investimentos
Níveis de Planejamento

 Planejamento Nacional
Ex. I PND e II PND
 Planejamento Regional
EX. Programas de combate à seca
 Planejamento Inter regional
Ex. Programa de Bacias Hidrográficas
 Planejamento de empresas
Projeto de aumento ou alteração de plantas
Planejamento e projetos

 Em geral, um processo de planejamento é composto


por um conjunto de projetos de investimento que se
inter-relacionam entre si.
 Embora cada projeto de investimento pode ser vista
como uma entidade individual, todos os projetos de
investimento ter guardar uma coerência entre si para
que o planejamento atinja os objetivos propostos.
Planejamento e projetos

 Para que o planejamento atinja seus objetivos finais, a


viabilidade dos projetos deve ser analisada
individualmente, mas seu conjunto também ser
viável, técnica e economicamente.
PROJETOS de investimento

 Os projetos de investimento são propostas


que implicam comprometer parte dos
recursos das empresas rurais no presente,
com ou sem a participação de recursos
externos, tendo em vista produzir outros
bens por um período definido.
Planejamento e Investimento

 Os projetos de investimentos consistem em uma formulação


sistemática e devidamente integrada que expressa uma série
de propósitos a serem realizados num dado espaço de tempo,
levando em conta as limitações impostas pelos recursos
disponíveis.

OBJETIVO X RECURSOS
Objetivos dos projetos

 A análise dos projetos devem levar em conta seus


objetivos. Existem projetos de investimento de cunho
social , ambiental, econômico.
 No primeiro caso utilizamos um método chamado
avaliação social de projetos
 No segundo existem diversos métodos de avaliação
ligados à economia dos recursos naturais
 Esta aula atem-se à avaliação econômica de projetos
Princípios básicos de projetos de
investimentos

Finalidade – devem estar explícitas


Universalidade – atuação conjunta de caráter
interdisciplinar
Continuidade – caráter de interferência constante,
dadas as mudanças constantes da sociedade.
Objetividade – condição básica para que sejam
apresentadas alternativas e analisadas com a devida
neutralidade
Coerência – coordenação de ações
Princípios básicos

Previsibilidade – tem que, até certo ponto,


condições de prever situações futuras

Racionalidade – ações devem ser adaptadas à


consecução dos objetivos propostos.

Participação- os agentes envolvidos devem ter


participação ativa na discussão, elaboração e ações
do projeto
Princípios básicos

Exeqüibilidade: uso de recursos e obtenção


de resultados em um tempo determinado.

Viabilidade
Técnica
Político-Institucional
Econômica
Economicidade de Projetos de
investimento

 Custos devem ser compatíveis com os objetivos


do projeto – e podem ser limitantes

 Melhor relação benefício custo

 Conter uma previsão de recursos e suas fontes


Economicidade de Projetos de
investimento

 Ter caráter prioritário – determinar o mais indicado a


consumir os recursos. Alocar recursos escassos em
um conjunto quase ilimitado de metas e objetivos

 Ter, até certo ponto, condições de autofinanciamento


Economicidade de Projetos de
investimento

 Partindo-se do princípio de que recursos para os


investimentos são escassos, a análise de projetos de
investimento deve levar em conta duas abordagens:

 1. Selecionar os projetos economicamente viáveis

 2. Ordenar os projetos mais rentáveis para os menos


rentáveis
Etapas na elaboração de projetos

 Determinação de objetivos
 Preparação de anteprojetos
 Diagnóstico
 Estudos e programações

Avaliação da economicidade de
projetos de investimento
Elaboração de projetos

 Estas etapas devem culminar com a orçamentação de


projetos, ou seja uma previsão de disponibilidade e do
uso dos recursos disponíveis.
 O projeto nada mais é do que um modelo de
produção em que as quantidades físicas são
convertidas em valores monetários durante um
período pré-determinado de tempo.
 Os projetos devem ter delimitados o período de início
e de fim.
Orçamentação de projetos

 O orçamento dos projetos consiste em 3 balanços:

 1. Balanço de custos operacionais e receitas


 2. Balanço de capitais
 3. balanço de amortizações
Balanço de custos operacionais e receitas

 Consiste na estimativa do valor do produto possível


de ser obtido sob certas condições de organização e
tecnologia, comparada com a estimativa de custos
decorrentes da utilização do sistema produtivo para a
obtenção deste produto.
Balanço de Capitais

Confronta a necessidade de aquisição de


bens de capital com a disponibilidade de
recursos próprios, e a possibilidade de obtê-
los por meio de empréstimos.
Bens de capital são aqueles que prestam
serviço ao projetos por mais de um período
de tempo
Balanço de Amortizações

 Consiste na análise de montantes e prazos para


a amortização de empréstimos com a previsão
de entradas e despesas no tempo,
evidenciando a viabilidade ou não de contrair
empréstimos.
 Foi visto na aula anterior sob a forma de
sistemas de pagamentos de empréstimos
(Pagamento final, SAC, Price, Pagamento
periódico de juros)
EXEMPLO
Itens do Ano
orçamento 0 1 2 3 4 5 6 7 8
Investimentos
Equip 1 -20.000 2.000
Equip 2 -3.000 -3.000 - 3.000
Equip 3 -9.000 -9.000
500 500
Financiamento 3.000 - 1.200 -1.200 -1.200
Custos
Operacionais
Mão de obra -2.000 - 2.000 -2.000 - 2.000 -2.000 - 2.000 - 2.000 - 2.000
Energia - 5.000 - 5.000 -5.000 - 5.000 -5.000 - 5.000 - 5.000 - 5.000
Matéria Prima -3.000 - 3.000 - 3.000 - 3.000 - 3.000 - 3.000 - 3.000 - 3.000
Custos Totais -29.000 -11.200 - 11.200 - 14.200 -18.500 -10.000 -13.000 -10.000 - 7.500
Receitas 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000
Fluxo de caixa - 29.000 8.800 8.800 5.800 1.500 10.000 7.000 10.000 12.500

 O equip 1 custa 20.000 dura 8 anos e tem valor final igual a 2.000
 O equip 2 custa 30.000 e deve ser substituído a cada 3 anos. Tem valor final 0
 O equip 3 custa 9.000 dura quatro anos e tem valor final igual a 500
Elaboração de Orcamentos de
projetos

 Definição do tempo de duração do projeto


 Definição dos tipos de bens de capital necessários,
seus custos de aquisição e frequência de aquisição,
custos de frete, instalação etc .
 Definição de financiamentos e planos de pagamento
 Previsão de receitas
 Estimativa dos fluxos de caixa
FORMAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA DOS
PROJETOS

 A formação de fluxos de caixa é uma seqüência de


orçamentos feitos ano a ano durante todo o
horizonte do projeto. É conhecido por capital
budgeting como sinônimo de análise de investimentos
ao nível da empresa e consiste na sistematização dos
3 balaços anteriormente vistos.
FORMAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA DOS
PROJETOS

 O fluxo de caixa é dado em reais e reflete as entradas


e saídas de recursos e produtos por unidade de
tempo que formam uma proposta de investimento.
 A transformação de dados físicos de produção e de
usos de recursos em valores monetários são feitos
usando preços de mercado.
FORMAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA DOS
PROJETOS

 A finalidade dos fluxos de caixa é refletir o uso


de recursos por unidade de tempo, desta
unidade administrativa dentro da empresa.
 Como o objetivo do empresário é maximizar o
valor presente do patrimônio líquido da
empresa, a análise consiste basicamente em
verificar qual a contribuição em termos de
rentabilidade líquida da proposta de
investimento.
FLUXOS DE CAIXA

 Os fluxos de recursos podem ser positivos-


(Fluxos de Entrada – Entrada de recursos), ou
negativos (Fluxos de saída ou saída de recursos)
 As entradas ou saídas não monetárias não entram
no fluxo de caixa, como a valorização de bens que
não são comercializados no mercado.
 Exemplo: engorda de gado
FLUXOS DE SAÍDA

 Despesas de investimentos todos os gastos com


bens de capital, inclusive os necessários para
colocar os bens em funcionamento
 Despesas operacionais (incluindo juros e
amortização)
 Tanto um quanto o outro consideram apenas os
itens relativos à implantação do projeto. Outros
custos que independem do projeto e necessitam
ser feitos pela empresa não devem ser jogados
num projeto específico.
Fluxo Diferencial Líquido

 Fluxo diferencial Líquido: É a diferença entre os fluxos


de entrada e de saída. È sobre o FDL que são
determinados os métodos de avaliação de projetos,
verificando a viabilidade econômica do projeto.
Preços de mercado x custo de
oportunidade

 Os fluxos devem ser transformados em valores


monetários, a partir dos preços verificados no
mercado ou por meio do custo de oportunidade. O
custo de oportunidade é o rendimento do recurso em
seu melhor uso alternativo.
 Todos os bens existentes e sem uso (mão-de-obra,
instalações) podem ser consideradas como de custo
de oportunidade igual a zero. Por outro lado se
estamos realocando recursos em uso, este custo é
diferente de zero.
Inflação

 Normalmente, mesmo em períodos de alta inflação


esta não é considerada nos fluxos líquidos, porque
sempre levamos em consideração os preços relativos,
ou seja, afeta tanto o preço dos insumos , quanto do
produto.
 Além disso estimativas de inflação em projetos de
elevado horizonte temporal são sujeitas a elevadas
taxas de incerteza
Depreciação e Projetos

 Não são incluídos nos fluxos de caixa os valores de


depreciação, uma vez que a perda de valor dos ativos
está explícita nos orçamentos. Além disso, a
depreciação não é uma saída caixa (em dinheiro).
 Por outro lado, do ponto de vista contábil, a
depreciação pode reduzir o valor dos impostos a
serem pagos ao reduzir o lucro previsto, interferindo
no fluxo de caixa. De modo que alguns autores o
incluem no fluxo de caixa.
Distribuição de entradas e saídas no
tempo

 Geralmente em projetos de investimento


agropecuário, existe uma defasagem no tempo entre
receitas e despesas. Esta defasagem tem grande
influência sobre a seleção de projetos.
 Assim, o horizonte temporal do projeto, período de
recuperação do investimento, e duração do projeto
afetam os indicadores de viabilidade
Análise de viabilidade econômica
de projetos de investimento
Indicadores para seleção e priorização de projetos.
Indicadores de Viabilidade Econômica

 Os indicadores de viabilidade econômica servem para:


 1) Selecionar projetos
 2) Priorizar projetos
Viabilidade Econômica de Projetos

 A viabilidade econômica de projetos de investimento


não é um critério absoluto, mas sim relativo, ou seja, o
indicadores de um projeto devem ser comparados
com um valor referencia.
 Este valor referencia é a TMAR ou taxa de desconto
de projetos
Taxa Mínima de Atratividade de
retorno (TMAR) ou taxa de desconto

 As empresas normalmente trabalham com uma


porcentagem de capital próprio e uma
porcentagem de capital de terceiros. A taxa de
juros a ser paga sobre esta composição de capital
é conhecida como Taxa Mínima de Atratividade
de retorno ou custo médio ponderado do capital.
 Inclui taxas de juros de mercado para capital de
terceiros e custo de oportunidade do capital para
recursos próprios
Taxa Mínima de Atratividade de retorno
(TMAR) ou taxa de desconto

 Esta taxa deve ser comparada com o retorno do


projeto. Só serão aceitos projetos que rendam mais
que a TMAR.
 Projeto 15% e TMAR 18%
 Além disso é usada na composição de outros
indicadores de validade econômica .
Taxa Mínima de Atratividade de retorno ou
taxa de desconto

 A determinação da TMAR faz parte de um política a


ser formulada pela cúpula administrativa da empresa.
 Não é uma tarefa fácil de ser realizada , uma vez que
não existe uma única forma para se definir qual a
remuneração mínima a ser aceita por um dado
investimento.
Taxa Mínima de Atratividade de retorno ou
taxa de desconto

 Alguns aspectos influenciam esta decisão, como:


Disponibilidade de recursos
Custo dos recursos
Taxa de juros paga no mercado por grandes
bancos ou por títulos governamentais
Horizonte de planejamento de longo prazo
Oportunidades estratégicas que o investimento
pode oferecer
Aversão ou pretensão ao risco do investidor
TMAR ou taxa de desconto
TMAR ou taxa de desconto

 TMAR = K.  + Ke. (1- )


 K= custo do capital próprio
 Ke = custo do capital externo
  = proporção de capital próprio da empresa
 (1 - ) = proporção de capital de terceiros na empresa
 K = (0,67)(0,12) + (0,33)(0,10)
 Portanto TMAR = 11,34%
Risco e TMAR
Risco e TMAR

 Embora o projeto B tenha uma TMAR negativa,


implica em maiores riscos porque grande parte do
capital da empresa pertence a terceiros.
 Porque os investidores ou produtores devem exigir
retorno maior dos recursos próprios?
Métodos de avaliação de projetos

 A idéia que norteia a avaliação de projetos


fundamenta-se em duas premissas básicas:
 o projeto deve visar a produção de mais benefícios
líquidos para a empresa e não menos. Quanto
maiores os benefícios líquidos melhor.
 tais benefícios devem ser produzidos tão cedo quanto
possível em relação à época de investimento inicial
Métodos de avaliação de Projetos

 Métodos que ignoram a  Métodos que ignoram a


variável tempo variável tempo
1. Valor Presente Líquido
1. Pay Back Simples 2. Taxa Interna de Retorno
2. Retorno sobre o 3. Relação Benefício Custo
investimentos 4. Valor Anual Equivalente
5. Pay Back Econômico
Métodos que ignoram a dimensão
tempo de valores monetários

 1)Período de recuperação do capital (PRC) ou pay


back simples .
Número de anos necessários para que a empresa
recupere o capital inicial investido no projeto. Seja I0 o
investimento inicial e FCt o fluxo anual do projeto,
excluída a depreciação e n o número de anos que
compõe o horizonte do projeto
Pay Back Simples
 Por exemplo um projeto que
tenha 5 anos e o seguinte
fluxo líquido: -10, 4,3,3,2,
permite que o investimento n

 FC 0
inicial seja recuperado em três
anos, porque a soma
algébrica dos valores dos t
fluxos líquidos nos 4 primeiro t 0
anos é igual a zero.
Indicadores de Viabilidade Econômica

 Pay Back – Tempo de retorno do projeto.


 1) Seleciona-se projetos com cujo tempo de retorno é
menor que o exigido pelo investidor.
 2) Se for mais de um projeto seleciona-se os projetos
com os menores tempos de retorno.
 Isto indica em quantos anos a receita do projetos
iguala aos custos, sendo indicado em anos
Características do Pay back Simples

a)pode levar à seleção incorreta de projetos


b) não usa todas as informações disponíveis na seleção
de projetos
c)não é uma medida da lucratividade do investimento
d)a escolha do período ótimo que sirva de base na
tomada de decisão para aceitar ou rejeitar projetos é
muito arbitrária
e) não considera o valor do dinheiro no tempo
Retorno sobre investimento
 Também conhecido como
taxa de retorno contábil, taxa
de retorno sobre os ativos e
taxa de retorno simples
 E = receita adicional média
ED
(devida ao projeto) após o
Imposto de renda sem RI 
considerar a depreciação C
 D = depreciação adicional
média
 C = capital adicional
necessário ao projeto
Retorno sobre investimento

 As vantagens deste método são:


a)Pode ser facilmente calculada com base em dados contábeis,
fazendo uso das informações do projeto
b)Os valores obtidos com os dados projetados podem ser
comparados com resultados passados

 As desvantagens são:
a)pode levar a seleção e classificação e seleção errônea de
projetos, pelo fato de não considerar o tempo
b)Não considera quando os resultados ocorrem
c)Não é comparável com o custo de capital para a empresa
Métodos que consideram a dimensão
tempo dos valores monetários

 a)Valor presente, onde o


r utilizado é a própria N
FCt
taxa de desconto ou
VP  
TMAR. Exemplo:
t 0 (1  r ) t

 1000 500 700 800


VP    
(1  0,10) (1  0,10) (1  0,10) (1  0,10)3
0 1 2
Indicadores de Viabilidade Econômica

 VPL – Valor Presente Líquido.


 1)Seleciona-se o projeto com VPL>0.
 2) Se for mais de um projetos seleciona-se os projetos
com os maiores VPLs.
 O VPL indica quanto de riqueza é acrescentado pelo
projeto, ao longo da vida útil do investimento, (em
reais), trazidos para o presente instante, sendo
indicado em reais.
Relação entre r e valor presente

 Quanto maior a taxa de desconto (r), para determinar


o valor presente, menor é o Valor Presente do
projeto, ou seja, menor é a riqueza acrescentada pelo
investimento.
 Por isso, altas taxas de juros que definem a taxa de
desconto do projeto menos rentável é o
investimento.
 No limite, taxa de desconto muito elevada tornam o
investimento inviável.
Relação entre r e valor presente

VALOR PRESENTE (R$)

TAXA DE DESCONTO
Taxa Interna de retorno - TIR

 É o valor de r que torna o VP=0.


Representa o retorno sobre o
saldo de capital empatado no
projeto durante sua vida útil,
enquanto o capital inicial está N
sendo recuperado. r , tal que  FCt (1  r ) t  0
 É comparável com o custo médio t 0
ponderado do capital
 Não é necessário arbitrar uma
taxa de desconto.
 É altamente influenciada pela
forma de financiamento do
projeto, se esta alterar os fluxos
líquidos.
Taxa Interna de retorno
VALOR PRESENTE (R$)

TAXA INTERNA DE RETORNO

TAXA DE DESCONTO
Indicadores de Viabilidade Econômica

 TIR – Taxa Interna de Retorno.


 1)Seleciona-se projetos com TIR>TMAR.
 2) Se for mais de um projeto seleciona-se os projetos
com as maiores TIRs.
 Isto indica quanto é o retorno máximo do projeto, em
porcentagem, sendo indicado em porcentagem (%).
Razão benefício – custo

 O numerador mede o valor


descontados dos benefícios N
adicionais líquidos devido ao
B  t
FC (1  r ) t

projeto e I0 mede o valor dos  t 1


investimentos iniciais. C I0
Indicadores de Viabilidade Econômica

 RBC – Relação Benefício Custo.


 1)Seleciona-se projetos com RBC>1.
 2)Se for mais de um projetos seleciona-se os projetos
com os maiores RBCs.
 Isto indica em quanto os benefícios ou receitas dos
projetos superam os custos, sendo em forma de
índice. Um valor de 1,2 de RBC indica que as receitas
são 20% superiores aos custos.
Método do valor anual equivalente

 É muito usado em análises de investimento,


principalmente pelo fato de ser o método mais
indicado para comparar alternativas de
investimento com horizontes temporais
diferentes.
 O Método consiste basicamente em
transformar o fluxo de caixa da alternativa de
investimento em análise de fluxo de caixa
uniformemente distribuído, utilizando-se de
uma TMAR
Método do valor anual equivalente

 Isso pode ser obtido através do cálculo do


Valor presente Líquido de cada alternativa e
transformar o valor obtido em uma série
uniforme para o prazo de cada alternativa.
 Caso se trabalhe só com receitas escolhe-se
a alternativa cujo VAE seja maior.
 Se a análise estiver baseada em custos,
escolhe-se aquela que for menor.
EXEMPLO
Valor anual equivalente
 Primeiro determina-se o
VPL

 7000 1800 1800 1800


VPL     ... 
1  0,12 1  0,12 1  0,12
0 1 2
1  0,1210
Valor anual equivalente

 O VPL é a soma de todos os fluxos diferenciais


líquidos atualizados para o ano zero. A partir deste
valor pode ser determinado o valor anual equivalente
dado por

r 1  r 
n
VAE  VPL
1  r n
1
Valor anual equivalente Alternativa 2

Utilizando-se o mesmo processo para as demais


alternativas, tem-se
Alternativa 2:
VAE = 730,16
Alternativa 3:
VAE = 345,30
A escolha do melhor projeto se dá pelo maior VAE,
porque corresponde ao projeto que gera o maior fluxo
anual de renda. O sentido do VAE é como se o projeto
gerasse renda de 511,11 por ano para a alternativa 1, uma
renda anual de 730,16 para a alternativa 2 e um valor
anual de 345,30 para a alternativa 3.
A Valor anual equivalente

 Embora as três alternativas sejam viáveis pois o


VPL>0, o projeto 2 é mais atraente, pois o VAE é
maior. Neste caso a análise é simples porque os
projetos tem horizontes iguais.
 É mais importante quando se tem horizontes dos
projetos diferentes, como se verá adiante.
A Valor anual equivalente

 VAE – Valor Anual Equivalente.


 1)Seleciona-se projetos com VAE>0.
 20 Se for mais de um projetos seleciona-se os projetos
com os maiores VAEs.
 Transforma o fluxo de caixa em valores iguais em
todos os anos. Portanto é interpretado como “quanto
o projeto renderia igualmente em cada ano”, sendo
indicado em reais
Custo anual equivalente
r 1  r 
n
CAE  VPFC
1  r n  1

 Da mesma forma que o VAE, pode-se avaliar projetos pelo


CAE, ou seja, pelo menor Custo Anual Equivalente (CAE).
 Ao invés de trabalharmos com o fluxo líquido,
trabalhamos com o fluxo de custos, ou seja calculamos o
valor presente do fluxo de custos (VPFC) e inserimos na
equação do VAE ( ou CAE).
Custo anual equivalente

 CAE – Valor Anual Equivalente.


 1) Todos os projetos tem CAR < 0 .
 2) Se for mais de um projetos seleciona-se os projetos
com os menores CAEs
 Transforma o fluxo de custos em valores iguais em
todos os anos. Portanto é interpretado como “quanto
o projeto custaria igualmente em cada ano”, sendo
indicado em reais
Pay back-econômico
 É o mesmo método do
pay-back simples, porém
leva em conta o valor do
dinheiro no tempo:
 Tem as mesmas
desvantagens do pay
back simples, mas leva
em conta o valor do
dinheiro no tempo.
Dadas as seguintes informações
 O equipamento 1 custa 30.000, tem vida útil de 15 anos e valor residual
de 2000
 O equipamento 2 custa 5.000, tem vida útil de 3 anos e valor residual
zero
 O equipamento 3 custa 9.000, tem vida útil de 10 anos perde 3000 reais
de valor a cada 5 anos de uso
 Foi feito um financiamento de 50% do valor dos investimento iniciais em
equipamentos, com taxa de juros de 5% ao ano, e pago pelo sistema
SAC, em 5 anos
 O custo de mão de obra é de 4.000 reais por ano
 O custo de energia é de 6.000 reais por ano
 O custo de matérias primas é de 3.000 reais por ano
 A produção é de 20.000 unidades produzidas um ano após o
investimento, e vendida ao valor de 1,5 reais por unidade.
Determine

1)O fluxo de caixa do projeto


2) Os indicadores de viabilidade econômica do projeto
3)Monte o fluxo de caixa sem o financiamento
4) Determine os indicadores de viabilidade econômica
do projeto sem financiamento
5)Compare os resultados

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