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GENÉTICA E SOCIEDADE Genética na Escola – ISSN: 1980-3540

Inteligência
e deficiência
intelectual:
bases
genéticas
e fatores
ambientais

Giovanna Cantini Tolezano1*, Laura Machado Lara Carvalho1*,


Ana Cristina Victorino Krepischi2, Carla Rosenberg2
1
Pós-graduanda do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, SP
2
Departamento de Genética e Biologia Evolutiva, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, SP
* As autoras Giovana Tolezano e Laura Carvalho contribuíram igualmente para o artigo
Autor para correspondência - carlarosenberg@ib.usp.br
Palavras-chave: inteligência, deficiência intelectual, genética humana, neurodesenvolvimento, fatores ambientais,
herança multifatorial

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“I nteligência” é um termo genérico que abrange dife-


rentes habilidades cognitivas. Pessoas com deficiên-
cia intelectual apresentam limitações identificáveis tanto
Cognitivo – a cognição no desempenho cognitivo quanto no comportamento
refere-se ao processo de
aquisição e construção do
adaptativo (por exemplo, no cuidado pessoal, uso de di-
conhecimento. nheiro e meios de transporte). Será que existe um gene da
inteligência que, quando não funciona direito, causa defi-
ciência intelectual? O ambiente também contribui para a
Comportamento
adaptativo – atitude que inteligência? Este artigo explora a relação entre inteligên-
resulte em adequação a
diferentes contextos.
cia, deficiência intelectual e fatores genéticos e ambientais.

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A lbert Einstein é considerado um gê-


nio da física; Marie Curie um gênio da
química; Beethoven, um gênio da música e
todos os testes têm algumas limitações: por
exemplo, a maioria deles apenas avalia pes-
soas alfabetizadas e que conheçam as opera-
J. K. Rowling, um gênio dentre os escritores ções matemáticas básicas.
de livros juvenis. Tais pessoas destacam-se
Além disso, como dito acima, existem dife-
por capacidades em áreas muito distintas,
rentes áreas de inteligência e, dessa forma,
porque não existe uma única forma de in-
os testes mais modernos de QI subdividem
teligência. Inteligência é um termo genérico
o resultado de modo a identificar os pontos
que abrange diferentes habilidades cogniti-
mais fortes e os mais fracos de cada um. Vale
vas como lógica, memorização, comunicação,
dizer que os testes de QI devem ser aplica-
aprendizado, resolução de problemas, plane-
dos por profissionais de saúde devidamente
jamento e abstração.
habilitados para esse tipo de avaliação como,
Mas, será que é possível medir a inteligência por exemplo, psicólogos. Abstração – ação de isolar
de alguém? E, se existem áreas distintas de mentalmente um objeto de
A figura 1 mostra a distribuição das fai-
habilidades, como saber em qual delas uma reflexão para considerá-lo
xas de valores de QI na população geral. A individualmente, independente
pessoa é “mais inteligente”? Uma das manei-
maior parte das pessoas tem QI entre 85 e do todo.
ras mais utilizadas para avaliar as capacida-
115, sendo mais comuns valores em torno
des cognitivas de um indivíduo é estimar o
de 100. Indivíduos com QI acima de 130 são
Quociente de Inteligência, ou QI, cujo resul-
considerados superdotados, enquanto aque-
tado é um valor numérico obtido a partir do
les com resultado abaixo de 70 apresentam
desempenho de uma pessoa em diferentes
o que chamamos de deficiência intelectual,
testes. Ou seja, aplica-se um modelo mate-
classificada como leve (QI 50-70), moderada
mático que permite, grosso modo, medir o
(QI 35-50) e grave/profunda (QI <35).
quão inteligente uma pessoa é. No entanto,

Figura 1.
Gráfico apresentando a
distribuição de QI na população
geral, sendo que a maior parte
das pessoas tem QI próximo de
100. Fonte dos dados: BHATE,
S.; WILKINSON, S. Aetiology
of learning disability. Aetiology
and epidemiology, v. 5, n. 9, p.
298-301, 2006.

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A INTELIGÊNCIA É MULTIFATORIAL
Niels, Aage e Tomas Bohr (Figura 2) são avô, filho e neto, res-
pectivamente, e assumiram grande destaque em suas carreiras
como cientistas. Será que Niels passou o alelo da inteligência Alelo – alelos são formas
para Aage, que por sua vez o passou para Tomas? A resposta alternativas de um mesmo gene.
é muito mais complexa do que sim ou não. Diversas pesqui-
sas científicas sugerem que a genética é responsável por grande
parte das diferenças cognitivas entre os indivíduos. Entretanto,
Gene – Sequência de DNA não há um único gene que seja responsável pela inteligência.
contendo informações Sabemos que, dos aproximadamente 20 mil genes que os seres
necessárias para a produção humanos têm, cerca de mil estão associados ao neurodesen-
de proteínas ou regulação de
processos biológicos. volvimento e, portanto, contribuem para o desempenho cog-
nitivo. Cada um deles apresenta uma pequena contribuição
para a composição do que chamamos de inteligência.
Por outro lado, Niels, Aage e Tomas Bohr também compar-
tilharam o mesmo ambiente. Como saber se foi a herança Mecanismo multifatorial
genética ou a similaridade no ambiente que promoveu o alto – diz respeito a características
Neurodesenvolvimento cujas manifestações resultam
desempenho científico dos três? Em combinação com os fato-
– desenvolvimento físico e de interações entre múltiplos
res genéticos, fatores ambientais também são importantes no fatores genéticos e ambientais.
psíquico do sistema nervoso.
desenvolvimento da inteligência. Diz-se então que a inteligên-
cia tem um padrão de mecanismo multifatorial (Figura 3),
isto é, há vários genes e também muitas variáveis ambientais
que em conjunto influenciam o neurodesenvolvimento e o de-
sempenho intelectual de cada indivíduo.

Figura 2.
Niels Bohr, seu filho Aage Bohr
e Tomas Bohr, filho de Aage. Os
três cientistas desenvolveram
importantes pesquisas em seus
campos de estudo dentro da
Física.

Sabe-se que um ambiente propício para estu- extracurriculares, boa nutrição, entre outros,
dos permite um maior aprendizado e desem- influenciam diretamente o desempenho cog-
penho intelectual. Fatores como o relaciona- nitivo do indivíduo e, como consequência,
mento da criança com sua família, recursos potencializam suas chances de obter bons
educacionais, desenvolvimento de atividades resultados em testes de inteligência.

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Figura 3.
Modelo de mecanismo
multifatorial, no qual o
fenótipo é dado pela atuação
conjunta de fatores genéticos
e ambientais. Diversos genes
em associação com fatores
ambientais como, por exemplo,
nutrição, educação, interações
sociais e infecções, têm
impacto no desenvolvimento
cognitivo. Então, qual é a
contribuição da genética e do
ambiente para a inteligência em
termos quantitativos? Muitos
estudos mostram que fatores
ENTENDENDO O QUE É A de “deficiência intelectual”. Esta distinção se genéticos são responsáveis
faz porque os testes de QI só têm robustez
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL quando aplicados após os cinco anos de ida-
por aproximadamente 70% da
variação de QI observada entre
A deficiência intelectual é uma condição que de. indivíduos. No entanto, essa
afeta de 1 a 3% da população global, trazendo contribuição varia dependendo
um alto custo financeiro, social e emocional, No caso da deficiência intelectual leve, os da idade e das condições
afetando tanto os sistemas de saúde quanto fatores ambientais apresentam maior contri- socioeconômicas da população
buição para o quadro clínico. Em países com averiguada.
as famílias dos indivíduos afetados, já que
é uma condição irreversível; os tratamentos menores níveis socioeconômicos, fatores Fenótipo – características
disponíveis visam apenas amenizar os sinto- ambientais, tais como: desnutrição, ausência observáveis de um
mas e melhorar a qualidade de vida. O termo de assistência pré-natal e baixa escolaridade indivíduo.

anteriormente utilizado para essa condição resultam em uma prevalência maior de defi-
era "retardo mental" mas, em 2004, a Orga- ciência intelectual leve. Por outro lado, a de- Processos
nização Mundial da Saúde (OMS) aprovou ficiência intelectual de moderada a profunda neurodegenerativos –
é determinada preponderantemente por fa- neurodegeneração é a perda
a Declaração de Montreal sobre Deficiência progressiva da estrutura ou
Intelectual, que prioriza o uso do termo “de- tores genéticos. As frequências de deficiência funcionamento dos neurônios.
ficiência intelectual”. intelectual moderada a grave são similares
Doença de Alzheimer –
entre populações, pois frequentemente, nes- transtorno neurodegenerativo
Conforme mencionado no início deste ar- tes casos, a deficiência intelectual resulta de que causa a deterioração
tigo, considera-se que indivíduos com QI mutações ou alterações cromossômicas que cognitiva e da memória, além
abaixo de 70 têm deficiência intelectual. A perturbam gravemente o neurodesenvolvi- de alterações comportamentais
deficiência intelectual manifesta-se antes mento. No gráfico apresentado anteriormen- que comprometem a vida diária.
dos 18 anos e é caracterizada por limitações te (Figura 1) há um desvio à esquerda da
significativas no desempenho intelectual curva mostrando um aumento de indivíduos Transtorno do espectro
(raciocínio, aprendizagem e resolução de com deficiência intelectual moderada a pro- autista – o termo engloba
problemas) e em pelo menos duas habili- funda em relação à distribuição dos valores diferentes distúrbios do
dades do chamado comportamento adap- neurodesenvolvimento
de QI da população. caracterizados por problemas
tativo: comunicação, autocuidado, vida em
Frequentemente, indivíduos diagnosticados de interação e comunicação
casa e em comunidade, aptidão social, auto- social, padrões estereotipados e
nomia, saúde e segurança, desempenho aca- com deficiência intelectual também apre- repetitivos de comportamento.
dêmico, lazer e trabalho. Casos de declínio sentam outras alterações do neurodesenvol-
Epilepsia – distúrbio no qual
cognitivo com início tardio não são conside- vimento, como transtorno do espectro os neurônios se comportam
rados deficiência intelectual e se originam, autista, epilepsia e distúrbios comporta- de maneira hiperexcitável,
sobretudo, por processos neurodegene- mentais ou psiquiátricos. Adicionalmente, a levando a convulsões e perda
deficiência intelectual pode se apresentar iso- de consciência.
rativos (como na Doença de Alzheimer,
por exemplo). lada ou associada a malformações congê-
nitas. Nesses casos em que há outros sinais Malformações congênitas
Para crianças de até cinco anos, o termo físicos, diz-se que se trata de uma deficiência – qualquer defeito de
preferencialmente usado para diagnóstico é intelectual sindrômica. nascença na constituição
“atraso global de desenvolvimento” ao invés de um ou mais órgãos,
que alterem sua estrutura
física e, possivelmente, seu
funcionamento.

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HÁ FATORES GENÉTICOS E
AMBIENTAIS QUE ISOLADAMENTE
SÃO SUFICIENTEMENTE FORTES PARA Rubéola – Infecção viral
contagiosa conhecida pela sua
CAUSAR DEFICIÊNCIA INTELECTUAL erupção vermelha característica.
Alguns fatores ambientais isolados (ou seja, sem estarem É possível de prevenir por
meio de vacinação. Durante os
associados a fatores genéticos) têm impacto muito forte no primeiros meses de gestação,
neurodesenvolvimento, podendo levar então à deficiência in- pode causar aborto ou
telectual (Tabela 1), como é o caso de algumas infecções ma- deficiências no feto.
ternas no período de gestação (por exemplo, rubéola), ou
Meningite – Inflamação das durante a infância (como a meningite); problemas durante
meninges (membranas que o parto (hipóxia neonatal); lesões traumáticas decorrentes Hipóxia neonatal – Também
revestem o cérebro e medula de acidentes; subnutrição dentre outros. Um dos fatores mais chamada de “sofrimento
espinhal). É geralmente causada fetal”, consiste na diminuição
por infecções, que podem ser importantes como causa de deficiência intelectual é o consu-
ou ausência de absorção de
virais, bacterianas ou fúngicas. mo de álcool durante a gestação, que pode causar a síndrome oxigênio pelo feto.
alcoólica fetal; não há consumo de álcool considerado seguro
durante a gravidez.

Tabela 1. Principais causas de deficiência intelectual


Principais causas de deficiência
intelectual. Ambientais
Genéticas
Pré-natal Pós-natal

Infecções
(ex.: Zica)
Desnutrição
Alterações cromossômicas
(ex.: síndrome de Down)
Toxinas
(ex.: álcool)
21
Trauma mecânico
Irradiação
(ex.: raios X)

Desnutrição materna
Infecção
(ex.: meningite)
Mutações em genes únicos
(ex.: síndrome do X Frágil)
Oxigenação insuficiente
no parto
- FMR1
Baixa escolaridade
Trauma mecânico

Alteração cromossômica
– considerando que as células
humanas têm 46 cromossomos
(ou 23 pares), é a alteração
do número ou morfologia dos Fatores genéticos são responsáveis por gran- nes específicos que têm grande impacto no
cromossomos de uma célula. de parte dos casos de deficiência intelectual neurodesenvolvimento. Estima-se que exis-
moderada a profunda, sejam decorrentes de tam mais de 1000 genes que, quando mu-
alterações cromossômicas (numéricas e tados individualmente, estão relacionados à
Mutação –qualquer alteração estruturais), ou devido a mutações em ge- deficiência intelectual.
na sequência do DNA.

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Trissomia – alteração A trissomia do cromossomo 21 (Figura 4), isto é, a presen-


genética na qual a célula tem ça de três cópias do cromossomo 21, causa a Síndrome de
três cópias de um cromossomo
Down, que é a causa genética mais comum de deficiência in- Síndrome de Down –
específico em vez de duas.
telectual. Em cerca de 95% dos casos, a chance de haver re- condição genética causada pela
corrência na família é ínfima. Cabe dizer que a idade materna presença de um cromossomo
21 a mais. Causa uma variedade
avançada no momento da concepção (a partir de 35 anos) é de sinais clínicos, incluindo
um fator de risco para a ocorrência de síndrome de Down. deficiência intelectual.

Figura 4.
Cariótipo humano de uma
menina (note a presença de
dois cromossomos X e nenhum
cromossomo Y) com trissomia
A segunda causa genética mais comum de homens são mais frequentemente afetados. do 21. Imagem cedida pelo
deficiência intelectual – e primeira dentre As mulheres podem não manifestar quadro Laboratório de Genética
os casos hereditários – é a Síndrome do X- clínico ou apresentar grau variável de defici- Humana do Instituto de
Biociências da USP.
-Frágil. Esta síndrome é causada por muta- ência intelectual; no entanto, independen-
ções no gene FMR1, localizado no cromos- temente do quadro clínico, mulheres por-
somo X, e que exerce um papel importante tadoras de mutações no gene FMR1 têm Cariótipo – conjunto
de cromossomos de uma
no funcionamento dos neurônios. Por te- risco alto de terem filhos com a síndrome
espécie, ordenados de
rem apenas uma cópia do cromossomo X, do X-Frágil. acordo com seu número,
forma e tamanho.

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QUAIS SÃO OS GENES linhas gerais, são genes que, embora desem-
penhem funções diferentes, apresentam pa-
ASSOCIADOS À DEFICIÊNCIA pel essencial no cérebro em desenvolvimento.
INTELECTUAL E QUAL O SEU Assim, quando a função de algum deles está
PAPEL NO ORGANISMO? comprometida por uma mutação, o proces-
Genes relacionados à capacidade cognitiva so de formação e funcionamento do sistema
desempenham função relevante no nosso nervoso é alterado, trazendo consequências
organismo e só causam problemas caso apre- como a deficiência intelectual.
sentem algum defeito e tenham sua função As pesquisas que se dedicam a identificar
alterada ou anulada. Foi demonstrado, por quais são os fatores genéticos e também am-
exemplo, que o gene MEF2C atua no proces- bientais associados à deficiência intelectual
so de aprendizagem e de formação de memó- são essenciais para que se possa entender
ria; mutações nesse gene estão relacionadas à melhor o funcionamento do cérebro, incluin-
deficiência intelectual. do os processos de aprendizagem, formação
Mencionamos aqui o exemplo do gene de memória e diferentes tipos de inteligência.
FMR1, que causa a Síndrome do X-Frágil, e No futuro, esperamos que essas pesquisas
demos algumas estimativas da quantidade de possam ser base para o desenvolvimento de
genes já associados à deficiência intelectual. possíveis terapias para indivíduos com defi-
Mas, afinal, o que eles têm em comum? Em ciência intelectual.

REFERÊNCIAS ROPERS, H. H. Genetics of early onset cognitive im-


pairment. Annual Review of Genomics and Human
BHATE, S.; WILKINSON, S. Aetiology of learning Genetics, v. 11, p. 161-187, 2010.
disability. Aetiology and epidemiology, v. 5, n. 9, p.
298-301, 2006. Universia Brasil (2014). QI e hereditariedade: qual
é a relação? Disponível em: <https://noticias.
universia.com.br/ciencia-tecnologia/noti-
PARA SABER MAIS cia/2014/04/09/1094577/qi-hereditariedade-
REGAN, R.; WILLATT, L. Mental retardation: defi- -relaco.html>. Acesso em: 22 set. 2019.
nition, classification and etiology. Monographs in
Human Genetics, v.18, p. 16-30, 2010.

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