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 Excesso de álcool

OSTEOPOROSE  Heparina

Redução da densidade mineral óssea (DMO). DOENÇAS GASTRINTESTINAIS

Deterioração microarquitetural do tecido ósseo  fragilidade  Má absorção


óssea  aumento do risco de fraturas  Doença hepática crônica
 DII
Aumenta com a idade, pp em mulheres (deficiência de  Cirurgias do aparelho gastrintestinal
estrogênio após menopausa). Em homens, 50% é secundária,
pp abuso de álcool e uso crônico de glicocorticóide. MISCELÂNEA

Pode acometer apenas um osso, mas na maioria das vezes o  Mieloma


acometimento é múltiplo.  Homocistinúria
 Anorexia nervosa
Locais mais acometidos: coluna, fêmur (pp colo), antebraço e
 Atletas de alta performance (amenorreia de atleta)
quadril (maior mortalidade associada).
 Infecção por HIV
FISIOPATOLOGIA  LRC
 Mastocitose sistêmica
Defeito na absorção de massa óssea + Acelerada perda óssea.  Imobilização
 Dieta pobre em cálcio e vitamina D
 Até 20 anos: aumento da massa óssea
 Alto consumo de café ou de sal
 20-40 anos: remodelamento da massa óssea
 Baixo peso
 Após 40 anos: perda de massa óssea
 ATR
 Neoplasia do sistema hepatopoético
PRINCIPAIS CAUSAS DE OSTEOPOROSE
 Tabagismo
SECUNDÁRIA
 Nutrição parenteral
DOENÇAS ENDÓCRIN AS  Depressão
 ICC
 Hipogonadismo  Escoliose idiopática
 Hipertireoidismo
 Hiperparatireoidismo ANAMNESE
 Síndrome de cushing
Predominantemente assintomática até que haja fratura.
 Hiperprolactinemia
 DM Pode haver

DOENÇAS INFLAMATÓRIA S  Dor aguda dorsal


 Cifose
 Doença inflamatória óssea
 Dor crônica
 Espondilite anquilosante
 Restrição de movimentos
 Artrite reumatóide
 Imobilização total
 LEA
Muitas lombalgias e dorsalgias podem ser de origem
FÁRMACOS osteoporótica.
 Glicocorticóide
FATORES DE RISCO
 Agonista GnRH
 Acetato de medroxiprogesterona  Idade atual (pp idosos), gênero e estatura
 IBPs e bloqueadores H2 (alumínio)  Artrite reumatoide
 Diuréticos de alça  Fratura prévia por osteoporose
 Ciclosporina  HF de fratura de quadril
 Excesso de vitamina A  Evidencia de osteoporose em densitometria óssea
 Levotiroxina (DO)
 Sedativos  Baixo IMC
 Anticonvulsivantes  Tabagismo

GABRIELA BERTOLETTI OLMI - gbolmi@ucs.br - IP: 177.75.149.198


 Consumo de álcool (> 3 doses/dia) RECOMENDAÇÕES
 Glicocorticoide ≥ 5 mg de prednisona por dia por ≥ 3
meses.  Mulheres ≥ 65 e homens ≥ 70 anos
 Inatividade  Mulheres na pós-menopausa e homens entre 50-69
 Quedas – incluir demências, alterações visuais e anos com fatores de risco para fratura
alterações mecânicas o 1 fator de causa secundária + 2 fatores de
 Causas secundárias estilo de vida
o Se normal, repetir a cada 5 anos
 DM
 Fratura em indivíduos > 50 anos (determina gravidade
 Uso crônico de BZD
da doença)
OMS: FRAX (FRACTURE RISK ASSES SMENT TOOL)  Acompanhamento de eficácia de tto a cada 2 anos
(varia).
Risco em 10 anos de sofrer fratura relevante. Pode-se usar para  Adultos com comorbidades ou em uso crônico de
avaliar risco de osteoporose em mulheres > 65 anos. medicamentos (pp glicocorticoide) associados a perda
de massa óssea
EXAME FÍSICO  Evidência de osteoporose em radiografia simples.
 Peso
RESULTADOS
 Estatura – perda documentada de 2 cm ou referida de
4 cm = suspeita de osteoporose Mulheres menopausadas e homens > 50 anos: T-score (média
 Hipercifose dorsal das pessoas com 20 anos de idade) ≤ -2,5 = osteoporose.
 Protusão de abdome
 Outras deformidades esqueléticas Mulheres na menacme e homens < 50 anos: Z-score (média da
população do mesmo sexo e raça) ≤ -2,0 = densidade óssea
 Sinais de doenças associadas a osteoporose
abaixo da faixa esperada para idade. Evitar termo osteoporose,
EXAMES COMPLEMENTARES pois indivíduos jovens com baixa densidade óssea não
apresentam necessariamente risco de fratura.
Densitometria óssea: Padrão ouro
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO
Laboratório: Apenas se suspeita osteoporose secundaria.
Principais exames: Detectar falhas no estilo de vida e evitar quedas

 Cálcio urinário MEV:


 TSH
 Exposição solar adequada
 Eletrolitos
 Dieta balanceada com ingesta de cálcio e outros
 Creatinina
minerais essenciais
 Calcifediol
 IMC 20-25
Não encontrada correlação entre déficit de vitamina D e  Exercícios regulares de fortalecimento muscular com
osteoporose = não solicitar dosagem sistemática carga – melhorar agilidade, força, postura, equilíbrio,
DMO e reduzir risco de quedas e fraturas
Radiografia simples: Não é exame diagnóstico – evidencia de  Cessar tabagismo
alteração na densidade óssea somente quando perda de 30%  Evitar excesso de álcool
da massa óssea.
EXPOSIÇÃO SOLAR E DIE TA
DENSITOMETRIA ÓSSEA
 10-15 minutos de luz solar direta a cada 10-15 horas –
Não usar como rastreio em mulheres > 50 anos ou uso de protetor solar não impede síntese de vitamina
menopausadas (baixo poder preditivo e alto custo). 80% das D
fraturas osteoporoticas acontecem em pessoas com escore-T >  Abdome ou braços
2,5 dp.  2-3 vezes/semana
 Pele mais escura demanda maior tempo (3-5 vezes
mais)
 Idosos tem epiderme e derma mais finas, e menor
reserva de 7-DHC (precursor de vit D), diminuindo
capacidade de produção da vitamina.

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 Atenção com acamados: pouco sol, dieta inadequada,  Objetos de uso diário facilmente alcançáveis – evitar
baixa mobilidade. necessidade se abaixar ou uso de bancos ou escadas
 Banheiro: piso antiderrapante, barras de apoio e
Recomendações dietéticas de consumo diário de vit. D cadeira estável para facilitar lavagem dos pés
 Corrimão nas escadas e marcar degraus com faixa
 Primeiro ano de vida: 400 U
antiderrapante
 Até os 70 anos: 600 U
 Identificar distúrbios na visão, audição, equilíbrio e
 > 70 anos: 800 U
coordenação.
 Maior parte da vit D não vem da dieta
 Pesquisar uso de medicações com efeitos colaterais no
Recomendações dietéticas de cálcio: 1200 mg/dia – equilíbrio e neurológicos.
suplementação não parece efetiva, tentar garantir aporte
diretamente na dieta. Exemplos de alimentos ricos em cálcio: TRATAMENTO FARMACOLÓGICO

 Leite (250 ml) = 300 mg Finalidade: ↓ risco de fraturas.


 Iogurte (170 ml) = 300 mg
Eficácia comparada entre os diferentes fármacos é
 Queijo (30 g) = 200 desconhecida
Suplementação de cálcio e vitamina D Tempo de tratamento incerto – pacientes de alto risco se
beneficiam de tratamentos mais prolongados
 Dieta + suplementação na pós menopausa devem ter
o 1200 mg de cálcio + 800 unidades de vitamina
INDICAÇÕES
D
 Metade, preferencialmente, deve vir da dieta Indicado em mulheres pós-menopausa e homens ≥ 50 anos se:
 Calcio carbonato ou cálcio citrato?
o Carbonato consumido com as refeições tem  Fratura de vértebra ou de quadril (incluindo fratura
boa aceitabilidade e é barato vertebral assintomática) sem trauma maior para
o Usar citrato em caso de uso de IBP ou prevenção de fratura clínica
antagonista-h2, ou em caso de acloridria.  Osteoporose documentada em colo de fêmur, quadril
 Vitamina D preferir colecalciferol total ou coluna por DEXA, após avaliação de causas
 Risco cardiovascular da suplementação de cálcio é secundárias
incerto – evitar superplementação (> 2000 mg/dia),
Se osteopenia ou baixa massa óssea (T-score entre -1 e -2,5) +
evitar dosas > 500 mg de uma vez, encorajar dieta em
probabilidade em 10 anos de fratura de quadril ≥ 3% OU
vez da suplementação.
probabilidade em 10 anos de fratura maior relacionada a
osteoporose ≥ 20%, usar em:
ATIVIDADE FÍSICA

 Pico de massa óssea é atingido entre adolescência e os  Pacientes em uso prolongado de glicocorticoides
20 anos – encorajar exercícios nessa faixa etária.  Homens com câncer de próstata em terapia de
 Preferência por exercícios de resistência (carga) bloqueio androgênico + risco alto de fratura (FRAX)
 Componentes do exercício para uma boa saúde óssea: Levar em consideração
impacto + fortalecimento + equilíbrio
 Disponibilidade da medicação
PREVENÇÃO DE QUEDAS  Custo
Principal causa de morte acidental em > 65 anos. Evitar quedas  Experiências prévias de tratamentos
= evitar 90% das causas de fratura de quadril.  Compreensão do indivíduo sobre a doença e suas
consequências
Mudanças em fatores ambientais:
Atualmente, o medicamento com maior acessibilidade e custo-
 Boa iluminação benefício é o ALENDRONATO (10 mg/dia ou 70 mg/semanal –
 Quarto de dormir próximo ao banheiro em jejum) – semanal tem menos efeitos colaterais e maior
 Piso antiderrapante tolerabilidade.
 Retirar tapetes, móveis baixos e com cantos
Tabela com medicamentos no tratado/whitebook.
pontiagudos
 Não deixar objetos pequenos no chão Várias diretrizes não recomendam ou recomendam contra:
 Tomadas a 1 metro do chão, e não no rodapé estrogênios conjugados, TRH, moduladores seletivos de

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receptores estrogênicos, raloxifeno, lasofoxifeno, tibolona,
denosumab e calcitonina.

SEGUIMENTO

Não há necessidade de nova densitometria nos primeiros 3


anos de terapia com bifosfonatos.

Reavaliar a continuação da farmacoterapia após 3-5 anos,


interrompendo tratamento medicamentoso nesse período
(drug holidays) – alendronato acumula nos ossos e pode causar
efeitos adversos sérios.

Não fazer associação entre fármacos

QUANDO REFERENCIAR

Tratamento não efetivo; causas secundárias limitando


tratamento.

ERROS COMUNS

 Não fazer rastreio clínico quando não tem DO a


disposição
 Rastrear com dosagem de vitamina D
 Tratar com cálcio e vitamina D
 Não investigar e tratar adulto com historia de fratura


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