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I. IDENTIFICAÇÃO
Os dados são colocados na mesma linha, em sequência (tipo procuração). Dela constam
os seguintes itens:
- Nome completo do paciente por extenso, uma vez que, constará o mesmo do
seu prontuário ou ficha de triagem.
- Idade em anos redondos (ex. “35 anos”);
- Sexo;
- Nacionalidade; Naturalidade;
- Grau de instrução: analfabeto, alfabetizado, primeiro, segundo ou terceiro grau
completo ou incompleto;
- Profissão;
- Estado civil – não necessariamente a situação legal, mas se o paciente se
considera ou não casado, por exemplo, numa situação de coabitação;
- Religião (ou fé que professa, se professa alguma).
A motivação pode ser tanto intencional (estimula e orienta as ações), como reguladora
(permite ao sujeito controlar seu comportamento e o dos outros). Aqui também são
anotados, se houver, os medicamentos tomados pelo paciente (suas doses, duração
e uso). Caso não tome remédios, registra -se: “Não faz uso de medicamentos”.
Neste item busca-se, com relação à doença psíquica, “COMO” ela se manifesta,
com que frequência e intensidade e quais os tratamentos tentados.
- Puberdade: época de aparição dos primeiros sinais; nas mulheres, a história menstrual
(menarca: regularidade, duração e quantidade dos catamênios; cólicas e cefaleias;
alterações psíquicas, como nervosismo, emotividade, irritabilidade, depressão;
menopausa, última menstruação).
Ex: “Paciente relata que os primeiros sinais da puberdade ocorreram aos onze anos e
que obteve informações sobre menstruação...”.
- Hábitos: uso do álcool, fumo ou quaisquer outras drogas. Caso não faça uso,
assinalar: “Não faz uso de álcool, fumo ou quaisquer outras drogas”.
- Filhos: número; idades; saúde; personalidade. Não é necessário citar os nomes dos
filhos.
Ex: “Tem dois filhos: um de 8 anos, cursando a 2ª série do 1º grau, apontado como
“carinhoso, mas cobra demais de mim e da minha mulher. O outro tem 6 anos e cobra
menos”.
V. CONSTELAÇÃO FAMILIAR
Nesta etapa, investigam-se os antecedentes mórbidos do paciente descrevendo se há
histórico de familiares com doença ou transtorno mental.
Ex: Avó paterna e irmão diagnosticados com esquizofrenia; Tio paterno diagnosticado
com Transtorno de personalidade, ETC.
Neste ponto da anamnese, cessa esse relato do paciente e passa-se a ter o registro da
observação do entrevistador ou terapeuta, no momento da(s) entrevista(s). Na
apresentação do exame psíquico, as anotações deverão ser feitas de forma que
alguém de fora da área de psicopatologia possa compreendê-las. A sua organização
deve obedecer a determinados quesitos que, obrigatoriamente, serão respondidos pelo
entrevistador.
Nunca é demais lembrar que tudo o que não é observado no momento da entrevista
ficará na HDA ou na CURVA VITAL. Exemplo: se o paciente diz que passou a ter
insônia após o adoecer, isso constará da HDA.
Com todos os dados apresentados no exame psíquico, formula-se com base nos
termos técnicos alguns aspectos objetivos que justifiquem o diagnóstico. O
discurso referente à defesa do diagnóstico deve se pautar no tripé: “Etiologia
(Quando e como surgiu o adoecer), Sintomatologia (Os sintomas presentes no
paciente, destacando as alterações do comportamento, e alterações do funcionamento
mental), e, Evolução (Como evoluiu ou está evoluindo a doença ou transtorno).