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3.

A objectivação da normatividade jurídica – o sistema jurídico

a) O direito como “sistema”:

- a assimilação superadora da dialéctica "ordem"/"problema": confronto com as concepções


normativistas e decisionistas;

- a acentuação da específica relevância metodonomológica do sistema jurídico.


TIPOS DE SISTEMAS

1) Critério do modelo:

a) sistema centrado numa “unidade por identidade formal e de conceitualização abstracta”;


b) sistema polarizado numa unidade por redução a um único fundamento puramente formal;
c) sistema funcionalmente esquematizado segundo relações sociológicas de “input – output”;
d) sistema de fundamentação;
e) sistema polarizado numa unidade normativa de dialéctica realização a posteriori e regressiva.

2) critério tipológico:

a) “sistema regulamentar” e “sistema axiológico”;


b) “sistema normativista” e “sistema decisionista”.

3) critério histórico: o jusracionalismo e o normativismo


b) O sistema jurídico:

α) O sentido do direito (a deveniente intenção irredutivelmente especificante da


normatividade jurídica) – remissão.

β) Os princípios normativos

γ) As normas (o momento da imposição estratégico-política da normatividade jurídica)

δ) A jurisprudência judicial

ε) A dogmática

ζ) A realidade jurídica

η) As regras procedimentais
α) O sentido do direito (a deveniente intenção irredutivelmente especificante da
normatividade jurídica) – remissão.

β) Os princípios normativos (o momento de validade da normatividade jurídica):

αα) caracterização normativa: os princípios normativos como fundamentos;

ββ) os vários tipos de princípios jurídicos – alguns dos mais importantes problemas
implicados pela sua consideração; a distinção entre princípios, normativos, princípios
gerais de direito (positivismo) e princípios de direitos natural; princípios como ratio,
intentio e jus;

γγ) a sua constituição jurídica; os princípios normativos como princípios de direito


(consonância de fundamentação e consonância de função) e como princípios do
direito.
Classificações dos princípios
normativos
Critérios propostos:

- posição no sistema jurídico: Princípios Positivos  Princípios Transpositivos  Princípios


Suprapositivos

- modo de objectivação: princípios normativos escritos e (ainda) não escritos;

- intencionalidade normativa: princípios normativos abertos e em forma de norma;

- origem normativa: princípios que são imediatas explicitações da normatividade da ideia de


direito; princípios que assimilam juridicamente valores e padrões ético-sociais; princípios que se
revelam originária e especificamente jurídicos.
γ) As normas (o momento da imposição estratégico-política da normatividade jurídica)

αα) a sua estrutura lógica (a hipótese e a estatuição);

ββ) a sua índole normativa: as normas jurídicas como critérios: “posterius”


problemático-normativo e não puramente “prius” prescritivo; o contraponto ratio
legis/ratio juris

γγ) os elementos normativos constitutivos das normas jurídicas legais – elemento


racional ou fundamento e elemento imperativo ou autoritário.
Classificações das normas legais
Algumas classificações:

1) quanto à estrutura ou «módulo lógico» e à «independência ou auto-subsistência da solução-


-conteúdo» (plenitude do sentido)

2) quanto à articulação ou coerência sistémica (âmbito de validade espacial e âmbito


pessoal de validade)

3) quanto ao vínculo lógico com a acção(-relação) combinada com a perspectiva da


autonomia privada (relação com a vontade dos destinatários)

4) quanto à sanção
1) quanto à estrutura ou «módulo lógico» e à «independência ou auto-subsistência da
solução-conteúdo» (plenitude do sentido):
- normas autónomas
- normas não autónomas: normas remissivas explícitas, normas remissivas implícitas (ficções,
presunções iuris tantum e presunções iuris et de jure)
- proposições não normativas: definições legais, classificações legais, regras meramente
qualificativas

2) quanto à articulação ou coerência sistémica (âmbito de validade espacial e âmbito


pessoal de validade):
- critério da «especialidade» territorial: normas universais, globais ou nacionais, normas
regionais e normas locais
- critério da «especialidade» material: normas gerais ou comuns, normas especiais, normas
excepcionais
3) quanto ao vínculo lógico com a acção(-relação) combinada com a perspectiva da
autonomia privada (relação com a vontade dos destinatários):
- normas imperativas, injuntivas ou cogenses – preceptivas e proibitivas;
- normas permissivas ou dispositivas – facultativas ou concessivas ou atributivas,
interpretativas stricto sensu, supletivas

4) quanto à sanção:
- leges plus quam perfectae
- leges perfectae
- leges minus quam perfectae
- leges imperfectae
δ) A jurisprudência judicial (o momento da concreta realização judicativo-decisória da
normatividade jurídica) – o seu específico sentido no horizonte de um sistema de legislação;
a presunção de justeza.

ε) A dogmática (o momento da elaboração racionalmente fundamentante da


normatividade jurídica); funções da dogmática; a presunção de racionalidade.

ζ) A realidade jurídica (o momento de “acção histórica” da normatividade jurídica); a


presunção de eficácia.

η) As regras procedimentais (o momento técnico-praxístico da normatividade jurídica); a


presunção de prestabilidade.
c) Alusão à problemática da autónoma relevância de cada um dos mencionados
estratos do sistema jurídico.

d) A índole estrutural do sistema jurídico: aberto, material e regressivo (de histórica


reconstituição regressiva).

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