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Infância
1. Thaise
2. Flavia
3. Luciana

😘
1-Thaise

Psicologia do Desenvolvimento
● Psicologia evolutiva:
○ Objeto de estudo: conduta humana;
○ Estuda a mudança ao longo do tempo.
● Definição: “Psicologia evolutiva é a disciplina que se dedica ao estudo das mudanças psicológicas que, em uma
certa relação com a idade, ocorrem nas pessoas ao longo de seu desenvolvimento, isto é, desde sua concepção até
a morte”.
● Traços- Mudança:
1. Caráter normativo→Processos de todos os seres humanos.
2. Fenômenos idiossincráticos: Próprios do indivíduo;
3. Mudanças relacionadas à idade: Período de vida.
● Idades- Períodos do desenvolvimento
○ Primeira infância: 0-2 anos;
○ Educação infantil: 2-6 anos;
○ Ensino fundamental: 6-12 anos;
○ Adolescente: 12-20 anos;
○ Maturidade: 20-65 anos;
○ Velhice: A partir de 65 anos.
● Influências no Desenvolvimento
1. Maturação: Processo de mudança de acordo com a idade;
2. Cultura: Influência do contexto. Ex:Apego;
3. Momento histórico: Desenvolvimento no interior da cultura. Ex:independência econômica;
aposentadoria;
4. Subgrupos Sociais: Status social; Ex:Acesso À escolarização;
5. Traços e Características individuais: Caráter genético, experiências, contexto individual.
● Objetivos da Psicologia do desenvolvimento
1. Descrição: O que, como, curso;
2. Explicação:Como, causas, hipóteses;
3. Predição: Indicação sobre melhora e otimização;
● Perspectiva Histórica:
● Século XIII: Antigamente a taxa de mortalidade infantil era muito alta, poucos bebês sobreviveram;
● Até Século XVII-A infância não era considerada um período específico de vida;
● Menino Selvagem de Aveyron→VIctor; encontrado em 1800;
● Século XIX: trabalho e preocupação com seu bem-estar.
● Estudo Psicologia Infantil: início do século XX:
○ Lei regulamentando o trabalho infantil;
○ Introduzida a legislação sobre educação;
○ Tribunais juvenis;
○ Serviços de assistência social à criança;
Necessidade de conhecer e avaliar o Desenvolvimento:
● França: A. Binet → Metodologia experimental (memória, inteligência) desenvolvimento infantil;
Pesquisas Início do Século XX:
● Estudo da criança e do desenvolvimento;
○ Pioneiro: Stanley Hall (USA);
■ Meta: descrever a sequência do desenvolvimento;
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■ Pressuposto:Maturação e hereditariedade;
● Influência Psicologia do Desenvolvimento:
○ Freud: Fases Psicossexuais (conflitos emocionais);
○ Watson: Aprendizagem e influências ambientais;
○ A. Gesell (1880 -1961): interesse no processo de crescimento e maturação-ótica evolutiva. Aspectos normativos;
○ J. Watson (1878-1957): emoções, condicionamento;
○ B. F. Skinner (1904-1990): Consequências fundamentais para determinar comportamento;
○ A. Bandura: Aprendizagem social;
○ K. Lewin (1890-1947): Conduta é uma totalidade.
○ S. Freud (1856-1939): Desenvolvimento Psicossexual;
○ J. Piaget: Desenvolvimento intelectual.
○ H. Wallon(1879-1962): Emocional, intelectual, social
Psicologia Evolutiva Contemporânea-1970
● Erikson (1902-1994): Teoria do desenvolvimento psicossocial-ciclo vital humano;
● K. Lorenz: Teoria etológica(antecedentes filogenéticos- valor de sobrevivência para espécie).
● J. Bowlby (1969): Teoria do apego;
● U. Bronfenbrenner (1979): Modelo bioecológico.Contexto-sucessão de esferas interpenetradas ação;
● L. Vygotsky (1896-1934): Ação sobre o meio que são desenvolvidas as funções psicológicas(pensamento, linguagem);
● Teoria interacionista de caráter holístico.
Período após Segunda Guerra Mundial
● Espinha dorsal da Psicologia Infantil:
○ Psicanálise;
○ Comportamentalismo;
↳Psicologia Experimental: Formular e testar explicações teóricas;
Questão Atual
● Mudanças nos sistemas familiares e na atenção e cuidados dispensados à infância- que tipo de consequências para
o desenvolvimento?
Pesquisa sobre Desenvolvimento Infantil:
● Pesquisa básica: Gerar conhecimento sobre os processos;
● Pesquisa Aplicada: Dirigida à solução de problemas.
Métodos
1. Transversais: Comapara diferentes faixas etárias;
2. Correlacionais: Testar hipóteses- relação entre variáveis;
3. Longitudinais: Observação durante um período de tempo;
4. Experimental: Modifica uma variável (VI) e mensura outra (VD);
5. Experimentos de campo: Mostra direção causal na “vida real”;
6. Estudos Interculturais: Comparação entre as culturas.
Método Experimental:
● Experimento clássico Harlow (1963-1968);
● VI- Mãe substituta (arame e pano);
● VD- Comportamento do filhote de macaco.
Controvérsias Conceituais
1. Herança-meio: Transmissão hereditária de características psicológicas;
2. Perfil Maturativo: calendário maturativo.
3. Herdabilidade dos traços Psicológicos.
4. Continuidade-descontinuidade.
Conceitos sobre o desenvolvimento
1. Maturação X Aprendizado;
2. Continuo X Cumulativo;
3. Estabilidade X Mudança;

Conceitos Fundamentais da teoria de Piaget

Teoria epistemológica genética


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● Biografia-Piaget (1896-1980)
● “Jovem intelectualmente precoce”;
● (1906): publicação de “descrição pardal”;
● (1911): Explicação biológica do conhecimento;
● (1914): Bacharelado da Universidade de NeuchÂtel;

1
Não anotei tudo da biografia dele, nem no caderno, nem aqui.
3

● (1918): Doutorado em ciências naturais;


○ Moluscos: adaptação ao ambiente;
○ Estruturas modificavam à medida que o ambiente mudava;
○ Publicou 25 trabalhos sobre moluscos.
● Desenvolvimento biológico X variáveis do ambiente;
● Piaget (1952):”Desenvolvimento biológico é um processo de adaptação ao meio; não poderia ser
explicado apenas por maturação”.
➔ Obras/Transições: Biologia → Filosofia → Psicologia;
➔ 1918: Publicações:
◆ “Biologia e Guerra”
● Piaget rejeitou posições darwinianas e lamarckianas que guerras são inevitáveis;
● Para Piaget, o desenvolvimento humano e esforço para compreender movem o homem no
sentido da cooperação e do altruísmo e o afastam da guerra.
● Desenvolvimento: processo interativo.
◆ “Recherche”:
● Romance- luta de Piaget com a ciência e a crença;
● “A fase final da pesquisa é a reconstrução: a ciência fornece as leis do mundo, a crença é o seu
motor”. → Para Piaget a inteligência é a ciência-conhecimento e os valores são a crença.

● 1918: Doutorado Biologia -> Psicologia; (Afastamento da Filosofia: dificuldade de experimentação);


● 1919:Trabalhou em clínicas psicológicas (experimentação psicológica);
● 1919: Trabalhou no laboratório de Binet padronizando testes;
○ Testes: intrigado com as respostas incorretas das crianças nos testes;
○ Desenvolvimento da inteligência poderia ser estudado experimentalmente.
● Educação Piaget: “(...) para mim, educação significa produzir criadores, mesmo que não haja muitos
deles, mesmo que a criação de uma pessoa esteja limitada pela comparação com a de outros”.
Abordagem:
● Piaget desenvolveu uma técnica-clínico-descritiva: perguntas individuais às crianças e o registro de
suas respostas e dos seus raciocínios para as respostas.
● O trabalho de Piaget foi de observação, invariavelmente sistemática, e suas análises foram
extremamente detalhadas, elas destinavam-se a detectar as mudanças no desenvolvimento do
funcionamento cognitivo;
● Principais fontes para 2 primeiros livros foram as observações dos seus 3 filhos nascidos em 1925 e
1931,

Conceitos Fundamentais
1. Hereditariedade;
2. Adaptação:
a. Assimilação;
b. Acomodação:
3. Esquema;
4. Equilibração.

Hereditariedade
● Estruturas biológicas (sensoriais e neurológicas) → Predispõe ao surgimento de estruturas mentais.
● “Herdamos um organismo que vai amadurecer em contato com o meio ambiente”.
● Interação organismo- ambiente → estruturas cognitivas;
● Maturação do organismo (SNC) contribui para o aparecimento de novas estruturas mentais,
proporcionam adaptação ao ambiente.
○ Ambiente é físico e social;
Adaptação
1. Assimilação;
2. Acomodação;
● Conhecimento possibilita novas formas de interação com o ambiente proporcionando adaptação de
situações novas.
● Buscar estruturas mentais;
○ Estruturas existentes → Assimilação;
○ Estruturas inexistentes: estruturas modificadas na busca da forma adequada de lidar com uma
nova situação → Acomodação;
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Assimilação
● Tentativa feita pelo sujeito de solucionar uma determinada situação, utilizando uma estrutura mental já
formada, a nova situação é assimilada a um sistema já pronto.
ex: tipo aprendeu a subir uma escada normal e com corrimão e agora vai ter que subir, por exemplo, em uma escada irregular
e sem correção.
Acomodação
● Modificação das estruturas antigas com vista a solução de um novo problema de ajustamento, a uma
nova situação.
● Adaptação a uma nova exigência da realidade;
● Ex: andar com uma bike sem rodinha depois de aprender a andar só com rodinha.
Assimilação-Acomodação
● Processos de assimilação e acomodação são complementares e presentes durante a vida do
indivíduo.
● Dificilmente possa ocorrer assimilação sem acomodação.
● O processo de adaptação intelectual é um processo extremamente dinâmico e envolve todo
momento assimilação e acomodação.
Esquema
● Unidade estrutural básica de pensamento ou ação e que corresponde às estruturas biológicas que
muda e se adapta;
● A partir do equipamento biológico hereditário a criança irá formar estruturas mentais com a finalidade de
organizar as sensações e estados internos;
● Esquema simples: sugar o dedo quando encosta os lábios;
● Esquema complexo: solucionar problemas científicos.
● Nascimento: reflexão preensão → Maturação biológica + estimulação do ambiente = esquema de
preensão.
○ Reflexo→esquema. Ex: esquema de sucção.
● Unidades estruturais móveis que se modificam e se adaptam;
● Continuo desenvolvimento se dá no sentido de permitir uma adaptação mais complexa a uma realidade que é
percebida por ele, exigindo pensamento cada vez mais adaptado.
● Iniciais→ abstratos;
Equilíbrio
● O organismo funciona de modo a atingir o equilíbrio e a procurar manter um estado de equilíbrio interno que permite
a sobrevivência num determinado ambiente.Para isso os vários elementos orgânicos se organizam em sistema de
forma a obter tanto um desenvolvimento como um funcionamento harmônico de todas as partes.Se um dos
elementos entra em desacordo com os demais, ocorre um processo no organismo com vistas a retornar o estado de
equilíbrio.
○ Ex: Fome → comer (equilíbrio);
● Equilíbrio: Processo de organização das estruturas cognitivas num sistema coerente, interdependente, que possibilita
ao indivíduo um tipo ou outro de adaptação à realidade;
● Desequilíbrio: Depender da interferência das pessoas para sobreviver;
● Equilíbrio: Organização das impressões sensoriais;
○ 1ª Forma de equilíbrio: Formação série de esquemas sensoriais-motores;
● Desenvolvimento é um processo que busca atingir formas de equilíbrio cada vez melhores.É um
processo de equilibração sucessiva que tende de uma forma final a aquisição do pensamento
operacional formal.
● A cada problema novo o equilíbrio é rompido e ocorre uma movimentação das estruturas mentais no
sentido de solucionar este desequilíbrio e atingir novamente o estado de equilíbrio.

Conceitos desenvolvimento cognitivo


Conceito Piagetiano Definição

Equilíbrio Harmonia entre os esquemas e as experiências do indivíduo.

Assimilação Tentativa de adaptar as novas experiências pela interpretação destas de acordo com os esquemas já
existentes.
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Acomodação Modificação dos esquemas existentes para poder lidar melhor com as novas experiências;

Organização Reorganização de esquemas pré-existentes em estruturas novas e mais complexas

Conceitos Fundamentais-Estágios
● Estágios são degraus em direção a novos equilíbrios;
● Características:
○ Ordem sequencial- invariável;
○ Compartilham estrutura de conjunto;
○ Transição entre estágios é gradual;
● Pontos de equilibração no desenvolvimento cognitivo
○ Vão permitir a mudança para o estágio seguinte (pontos de transição);
○ Há 3 grandes pontos de equilibração no desenvolvimento cognitivo;
■ Sensório motor→ Pré-operante
● Aos 18 meses- uso de símbolos;
■ Pré-operante → Operacional Concreto
● Entre 5 e 7 anos- operações concretas;
■ Operacional concreto → Operatório Formal
● Adolescência- operações abstratas;
● Estágios do desenvolvimento cognitivo-Piaget
○ Sensório motor- 0 aos 2 anos;
○ Pré-operatório- 2 aos 6/7 anos;
○ Operatório concreto- 6/7 aos 11 anos;
○ Operatório formal- a partir dos 11/12 anos;
Estágio Sensório-Motor (0 a 18/24 meses)
● Inteligência essencialmente prática;
● Relação com o mundo pelos sentidos e pela ação:
● Pensamento no presente imediato, sem planejamento ou intenção;
● Ainda não há representação interna dos objetos (imagens/palavras).
● Conquistas do Estágio Sensório-motor:
○ Conceito de objeto- em torno dos 8 meses- diferenciação dos objetos do mundo e do próprio
corpo;
○ Permanência de objeto- em torno dos 9 meses- o mundo é estável independentemente de
sua percepção imediata;
■ Principais conquistas do estágio: Permanência de objeto e reconhecimento de quem é o outro.
○ Início da função simbólica- linguagem.
Estágio Pré-Operatório (Entre 2 e 6/7 anos)
● Não se limita a presente;
● Pensamento egocêntrico (incapacidade de levar em conta o ponto de vista de outrem);
● Pensamento intuitivo (conclusões da realidade imediata);
● Não-reversibilidade (pensamento arraigado à realidade concreta, não realização de operações mentais);
● Representações da realidade- faz-de-conta;
Estágio Operatório Concreto ( 6/7 aos 11 anos)
● Superação do pensamento egocêntrico;
● Aparecimento da lógica e da reversibilidade (A>B → B<A);
● Pensamento operatório- organização das conservações e das classificações;
● Uso da lógica indutiva;
● Manejo de símbolos para o aprendizado da leitura, escrita e matemática.
Estágio das Operações Formais ( A partir dos 11 anos)
● Aparecimento da lógica formal-uso das entidades linguísticas;
● Pensamento lógico-dedutivo (predizer resultados a partir de princípios gerais - idéias- formular
hipóteses);
● Pensamento abstrato- exaustividade lógica;

Idade Estágio Esquemas Primários Principais Aquisições


aproximada
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Nascimento aos Sensório-motor Bebês usam capacidades sensoriais para As crianças adquirem um senso primitivo
2 anos explorar o ambiente e adquirir um entendimento de “eu” e “outros” aprendendo que os
básico. objetos continuam a existir quando não
Ao nascerem, possuem apenas reflexos inatos. podem ser vistos(permanência do
Ao fim do estágio são capazes de complexas objeto).
coordenações sensório-motoras.

2 aos 7 anos Pré- As crianças usam simbolismos (imagens e Crianças se tornam imaginativas em
operacional linguagem) para representar e entender aspectos suas brincadeiras.Gradualmente
do ambiente.Respondem aos objetos de acordo percebem que outras pessoas nem
com o que aparentam.Pensamento é sempre percebem o mundo como elas o
egocêntrico. fazem.

7 aos 11 anos Operacional As crianças adquirem e usam operações As crianças são mais enganadas pelas
Concreto cognitivas (atividades mentais que compõem o aparências.Passam a entender relações
pensamento lógico) entre objetos e os eventos.

11 anos em Operacional As operações cognitivas do adolescente são O pensamento lógico não está mais
diante Formal reorganizadas de modo a permitir que operem limitado ao concreto ou
sobre operações ( pensar sobre observável.Adolescentes adoram se
pensamento).Pensamento é sistemático e envolver em discussões hipotéticas e
abstrato. podem se tornar idealistas.Capazes de
raciocínio sistemático e dedutivo.

Estágios do Desenvolvimento Cognitivo: Sensório-motor


Estágio Sensório-Motor: 0 a 24 meses
● Inteligência nesse estágio é fundamentalmente prática, ligada ao sensorial e à ação motora.
● Conquistas:
○ Estabelecimento da conduta intencional;
○ Construção do conceito de objeto permanente.

Subestágio Idade Caracterização

Subestágio 1 0-1 mês Adaptações inatas, exercícios de reflexos.

Subestágio 2 1-4 meses Primeiras adaptações adquiridas, esquemas simples (Reação circular
primária).

Subestágio 3 4-8 meses Coordenação de esquemas simples (Reação circular Secundária).

Subestágio 4 8-12 meses Coordenação de esquemas secundários e início da intencionalidade.

Subestágio 5 12-18 meses Experimentação ativa de novas coordenações (Reação circular terciária).

Subestágio 6 18-24 meses Invenção de novas coordenações por combinação mental de representações.

● Unidade básica do comportamento: Esquema

➔ Reação circular Primária (1-4 meses): esquemas simples, descobertos pelo bebê e registro ao seu
corpo (chupar a mãe);
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➔ Reação circular Secundária (4-8 meses): coordenações de esquemas inicialmente ao acaso, mas
associados ao meio físico e social;
➔ Reação circular Terciária (12-18 meses): coordenação flexível de esquemas secundários,
experimentando novos meios que levam a um efeito desejável.Relações de “ver o que acontece”.
Subestágio 1: Exercício dos reflexos inatos (0-1 mês)
● Reflexos → repertório mínimo para sobreviver;
● Repetição de esquemas inatos → assimilação.
Subestágio 2: Primeiras Adaptações (1-4 meses)
● Formação das primeiras estruturas adquiridas;
● “Quando o bebê faz algo não intencional e o agrada, inicia um processo de assimilação- conseguir
novamente o mesmo efeito”;
● A criança repete comportamentos centrados no seu corpo.
● Conquista: Seguir com os olhos o movimento de objetos;
Subestágio 3:Reação circular secundária (4-8 meses)
● Crianças começam a manipular, intencional e repetidamente os objetos que encontram no ambiente
(pegar, agarrar, sacudir, bater, colocar na boca);
● Há busca do objeto somente se está parcialmente oculto ( reconstrói-se o todo a partir de uma parte);
● Representação do objeto continua sendo dependente da ação;
Subestágio 4:Coordenação dos esquemas secundários (8-12 meses)
● Ações têm intencionalidade;
● Primeiras coordenações do tipo instrumental meio-fins(pegar a bola
● → anteparo-tirar o anteparo meio-fim pegar bola);
○ Ex: Agarrar um boneco + retirar obstáculo entre ela e o boneco;
● Nessa idade a criança começa a antecipar( Ex: sair de casa quando colocam determinada
roupa).Interesse da criança pelo que ocorre no meio que a cerca;
● Criança aprende que o objeto continua a existir mesmo que não está a vista → ainda não há conceito
de objeto completamente desenvolvido, a criança acha quando aparece uma parte do objeto;
Subestágio 5:Reações circulares terciárias (12-18 meses)
● Desenvolve habilidade de seguir movimentos sequenciais visíveis e procura por um objeto onde foi
escondido por último;
● Ainda não há permanência do objeto → incapacidade de compreender “deslocamentos invisíveis”;
● Criança ensaia vários procedimentos até resultado desejado( Criança procura o objeto- observação do
local, não mais do conhecimento anterior);
Subestágio 6: Invenções de novas combinações (18-24 meses)
● Inteligência opera cada vez mais com representações, antecipando os efeitos sem necessidade de agir;
● A criança vai elaborando seu conhecimento dos objetos e das relações espaciais → reconstrói
deslocamentos que não tenha visto.

Função simbólica
● Acesso à função simbólica resume a evolução da inteligência sensório-motora;
● Símbolos originam-se na ação;
● Significados → assimilação “dar significado ou compreender um objeto é assimilá-lo aos esquemas
disponíveis;
Permanência do objeto
● Habilidade cognitiva de permanência → início do verdadeiro pensamento: habilidade de usar o símbolo
mental para resolver os problemas;
● Prepara para o estágio seguinte- pensamento separa da ação;
● Permanência do objeto é a base de todos os avanços subsequentes na habilidade intelectual;
● “A conservação de objetos é, entre outras coisas, uma função da sua localização; isto é, a criança
aprende simultaneamente que o objeto não para de existir quando desaparece, e aprende para onde
ele vai.Este fato mostra, de princípio, que a formação do esquema do objeto permanente está
estreitamente relacionada com o todo espaço temporal e com a organização causal do universel
prático”.
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Estágio Pré-Operatório (2-7 anos)


● Pensamento: Ações motoras → pensamento conceitual representacional.
● Características do pensamento pré-operacional-(são contínuas e necessárias)
Características da inteligência-obstáculos ao pensamento lógico:
○ Egocentrismo;
■ Estado cognitivo em que a criança vê o mundo apenas sob seu ponto de vista;
■ Acredita que todos pensam como ela e que todos pensam as mesmas coisas que ela;
■ Crianças não refletem sobre seus próprios pensamentos;
■ Conflito do seu pensamento com o dos demais colegas obriga a criança a questionar seus
pensamentos → grupo de interação entre colegas é fundamental para reduzir egocentrismo
(adaptação ao mundo social).
○ Centração;
■ Diante de estímulo visual a criança centra a atenção em um número limitado de aspectos
perceptuais do estímulo;
■ Crianças tendem a centrar-se sobre aspectos perceptivos do objeto;
■ Criança 4-5 anos:

○ Ausência de reversibilidade;
■ Não é capaz de reverter, só tem um jeito de pensar;
● Não é capaz de mentalemnte reverter o ato de estender a fileira.

○ Inabilidade de acompanhar transformações.


■ Incapacidade de raciocinar sobre transformações; → Reproduzem
posições iniciais e finais;
● Foco: elementos da sequência em vez de transformação de um estado a outro.Não
integra série de eventos relação inicio-fim.
● Ex: lápis caindo;
● E: criança diz que são vários caracóis → não entende que é o mesmo;
● Incapacidade de acompanhar transformações inibe o desenvolvimento da lógica;
● Características gradualmente se integram: “um deteriorização do egocentrismo permite (requer) a
uma criança descentrar mais e acompanhar transformações simples.Tudo isto, por sua vez, ajuda a
criança na construção da reversilibilidade”.

● A capacidade de representação de objetos e eventos é o principal desenvolvimento desses


estágio:
○ Imitação diferida;
■ Imitação de eventos e objetos já distantes.
■ Implica que a criança desenvolveu a capacidade de representar mentalmente (recordar)
comportamento imitado.
■ EX brincar de fazer bolo;
○ Jogo simbólico;
■ “Sua função é satisfazer o eu pela transformação do que é real naquilo que é desejado”(Piaget,
1967,p.23).
■ Criança constrói símbolos (únicos);
■ “Jogo do Faz-de-conta”; imitativo, mas com forma de auto expressão ;
■ Ex: brincar com um bloco como se fosse um avião;
○ Desenho;
■ Crianças desenham o que elas imaginam e não o que veem.


○ Imagem mental;
■ Representações internas (símbolos) de objetos ou experiências perceptivas passadas, embora
não sejm cópia fiel daquelas experiências.
○ Linguagem falada;
■ Emprego de palavras para expressar sentimentos, pensamentos, necessidades.Emprego da
palavra falada como símbolo.
■ “A linguagem falada representa três consequências essenciais ao desenvolvimento mental:
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● a possibilidade do intercâmbio verbal com outras pessoas;


● a internalização da palavra, linguagem interna, o aparecimento do pensamento;
● internalização da ação, o que de agora em diante, mais do que puramente perceptiva
e motora será uma representação intuitiva por meio de imagens e “experimentos
mentais””.
■ Desenvolvimento da linguagem nesse estágio-Transição: Fala egocêntrica → fala
socializada intercomunicativa;

EX: •Criança 2-4 anos: Ela tem uma conversa consigo mesmo, na presença de terceiros. (Fala egocêntrica -
ausência de verdadeira comunicação).
◦ Srta L. diz a um grupo de crianças que a coruja não enxerga durante o dia.
◦ LEV: “Bem, eu sei perfeitamente que ela não enxerga”
◦ LEV: “Eu já terminei as luas, mas tenho que mudá-las”
◦ LEV: “Eu tenho uma espingarda para matá-lo. Eu tenho um cavalo e também uma espingarda”
◦ Piaget chama de Monólogos coletivos
• Criança 6-7 anos: Linguagem torna-se comunicativa (Fala socializada)
• Pie (6;5): “Agora você não terá o lápis, porque você o pediu. Hei (6;0) “Sim, eu o terei porque ele é
meu” – Pie “Ele não é seu, ele pertence a todas as crianças. Ele pertence a Srta L porque ela comprou e
também pertence a todas as crianças;

■ Como as crianças adquirem a linguagem falada?


● Adquire como os demais conhecimentos;
● Início:Domina mal o código;
● Criança aprende (constrói) as regras da linguagem a partir de sua experiência;
○ Com a experiência, as construções se tornam refinadas.
Linguagem e pensamento
● “De fato, a inteligência aparece bem antes da linguagem, o que quer dizer, bem antes do pensamento, o
qual pressupõe o uso de signos verbais (linguagem internalizada).Ela é inteiramente uma inteligência
prática baseada na manipulação de objetos; em vez de palavras e conceitos ela usa preceitos e
movimentos organizados em ‘esquemas de ação’.Por exemplo, pegar uma vara para alcançar um
objeto distante é um ato de inteligência.Aqui, um instrumento, o meio para atingir um fim, é coordenada
com uma meta pré-estabelecida.”

Diferenças

Sensório-motor Pré-operatório

Mais lento Comportamento verbal permite representação de ações


mais rapidamente.

Ações imediatas Adaptam para além do presente

Procede de forma gradual Pensamento representativo e a linguagem permite à criança


manipular simultaneamente muitos elementos de forma
organizada.

Socialização
● Desenvolvimento interligado de modo que desenvolvimento social age sobre o desenvolvimento
cognitivo e afetivo;
● Conhecimento social constituído na interação criança e adulto.
Conservação
● “Conservação refere-se ao conceito de que a quantidade de uma matéria permanece a mesma
independente de quaisquer mudanças em uma dimensão irrelevante”.
● Durante o estágio pré-operatório é próprio da criança
a não conservação;

Desenvolvimento afetivo:
● A representação permite agora a criação de imagens das
experiências, assim pela primeira vez os sentimentos podem ser
representados e recordados;
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● Os sentimentos são mais duradouros e consistentes;


● Gostar- reciprocidade de atitudes e valores (respeito mútuo).
Desenvolvimento moral:
● Raciocínio moral consequência do desenvolvimento cognitivo e afetivo;
● Raciocínio moral completo no estágio operatório concreto.
● “Dos 2 aos 7 anos….As normas não são generalizáveis, mas são válidas apenas sob condições particulares.Por
exemplo, a criança considera errado mentir a seus pais e adultos, mas não a seus companheiros.Após os 8 anos
aprendem que é errado mentir em qualquer situação”.
Regras
1. Motor: Prazer da brincadeira vem da manipulação motora;
2. Egocêntrico: começam a jogar com outras crianças, mas por ser egocêntrica, a criança continua jogando sozinha
(2-6 anos);
3. Cooperação: compreensão das regras do jogo (em torno de 7-8 anos);
4. Codificação das regras: 11-12 anos, regras são feitas pelo grupo e podem ser mudadas.
Acidente e Falta de jeito
● Crianças (pré-operatório) são incapazes de apreciar as intenções das outras crianças.Julgamento
resultado concreto e quantitativo.
○ Caso 1: Henrique- quebrou 15 xícaras;
○ Caso 2: João- quebrou 1 xícara;
Mentira
● Antes dos 6-7 anos mentir é um “comportamento mau”(palavras feias que não podem dizer);
● A partir dos 7 anos: mentir é dizer algo que não é verdade;
● A partir dos 11 anos reconhecem as intenções em relação à mentira (intencionalmente falsa).

Estágio Operatório Concreto(7-11 anos)


● Início da vida acadêmica;
● ↧egocentrismo → Jogos de Regras (Jogo simbólico é coletivo)-Distanciamento da fantasia;
● Conhecimento transformado em conceito→ Operações mentais;
● Criança: Raciocínios tornam-se lógicos;
○ Realiza classificações;
○ Noção de conservação (mantém magnitude apesar transformação);
■ “Conservação refere-se ao conceito de que a quantidade de uma matéria permanece a mesma
independente de qualquer mudança em uma dimensão irrelevante”.

Conservação Idade

Número 6-7

Quantidade (massa) 7-8

Área 7-8

Volume(líquido) 7-8

Peso 9-10

Volume (sólido) 11-12



○ Reversibilidade (realiza operações inversas);
○ Consciência das regras;
○ Relações cooperativas;

Fatores determinantes
transição do
pré-Operatório
→Operatório Concreto
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● Aquisição de várias conservações:


○ Entendimento que certas propriedades (quantidade, número, comprimento, etc) são
conservadas (não variam) em função de certas transformações (divisão em partes menores,
mudanças na forma ou localização);
○ “Trata-se de aplicação dos modelos lógicos e matemáticos que foram considerados úteis por
Piaget para descrever natureza psicológica ou as estruturas cognitivas reais.A estrutura
lógica-matemática é modelo da estrutura cogniitva”.
Estrutura de agrupamento
definida por regras:
● Composição: Meninos +
meninas: crianças;
● Associatividade: Mesmo
resultado pode ser obtido de várias
maneiras.(Ex: soma 10: 5+5 ou 4+6
ou 3+7 ou 2+8 ou 1+9);
● Identidade: Elemento
somado a outros não modifica
(0+0=0);
● Reversibilidade: Elemento
somado ao seu inverso produz o
elemento de identidade (crianças-meninos+meninas);
● Identidades especiais ou tautologia: Toda classe desempenha papel de identidade.EX: Laranja e
peiras são frutas;
Aplicabilidade Proposta Piagetiana
● Psicólogos: Compreender quais processos mentais que a criança adquiriu na fase e qunsi as limitações
que permanecem em seu raciocínio;
● Educadores: Fazer análise do conteúdo programático e da metodologia de ensino usada- verificar que
medidas são adequadas às possibilidades das crianças.

Estágio Operatório Formal (Início por volta dos 11- 12 anos)


● Resultado longo percurso:
○ Sensório-motor → Pré-operatório → Operatório Concreto → Operatório Formal;
● Capaz de formular hipótese e a partir delas chegar a conclusão que independem da verdade factual ou
da conservação → Raciocínio hipotético-dedutivo;
● Adolescente se liberta do concreto e é capaz de aplicar conjunto de transformações possíveis;
● Capacidade de realizar operações lógicas-nível das ideias desvinculando do concreto;
● Piaget (1969)”O pensamento concreto é a representação de uma ação possível e o formal é a
representação de uma representação de ações possíveis”;
○ Levantar hipóteses possǘeis → deduzir conclusões;
● Raciocínio:
○ Dedutivo: Das premissas à conclusão-geral para específico;
○ Científico-Indutivo:Dos fatores específicos às conclusões gerais.
● Operação de transitividade: Se A=B e B=C então A=C.

O Método Clínico
“O bom experimentador deve, efetivamente, reunir duas qualidades, muitas vezes incompatíveis: saber observar,
ou seja, deixar a criança falar, não desviar nada, não esgotar nada e, ao mesmo tempo, saber buscar algo de
preciso, ter a cada instante uma hipótese de trabalho, uma teoria verdadeira ou falsa, para controlar.É preciso
ter-se ensinado o método clínico para compreender a verdadeira dificuldade, ou os alunos que se iniciam
sugerem à criança tudo aquilo que deseja descobrir, ou não sugerem nada, pois não buscam nada, e portanto
também não encontram nada”. (Piaget, 1926,p.11)
➔ O Método clínico
1 . Controle;
2, Objetivos do exame;
3, Pressupostos do Exame;
12

“A metodologia piagetiana procura voltar-se para a situação psicológica do sujeito”


1. Controle:
● Controle em mensuração de habilidades mentais:Reconhecimento que diversas condições
específicas podem influenciar a performance do sujeito que está sendo avaliado;
● Recomendações:
○ Ambiente calmo e que ofereça conforto;
○ Experimentador deixar o sujeito a vontade;
○ Motivar sujeito para a tarefa;
○ Naturalidade ao fazer perguntas;
○ Forma de fazer pergunta padronizada;
○ Controle de compreensão.
2. Objetivos do exame:
● Não é nas respostas corretas do sujeito;
● A ênfase no método clínico-piagetiano recai sobre o processo que leva o sujeito a dar esta ou
aquela resposta.
○ EX: menina de 5 anos- respondeu corretamente (15 balas) & menina de 11 anos-
respondeu incorretamente 16 balas);
● Estudo dos processos que geram as respostas que se pode evidenciar a maior complexidade e
sofisticação do pensamento da criança mais velha;
● “A causalidade do acerto ou erro deverá ser compreendida pelo exame deste processo, e não
superada pelo acréscimo de outros itens”.
3. Pressupostos do exame
● “As diferenças individuais resultantes da interpretação não são tomadas como indicadores do
estágio no desenvolvimento intelectual em que o examinado se encontra”.
● “A abordagem piagetiana sugere que se procure compreender o que os acertos e os erros
revelam sobre o raciocínio do sujeito examinado”.
➔ Uso do Método clínico
1. Preparação para o exame;
2. Metodologia;
3. Avaliação das respostas.

1. Preparação para o exame


● Conhecimento da solução do problema:
○ Questões para verificação da compreensão da tarefa;
■ “Há mais bolinhas em A ou em B, ou se há o mesmo tanto”;
○ Questões críticas na determinação do estágio de desenvolvimento;
● Conhecimento dos estágios de desenvolvimento da inteligência;
● Escolha prévio das situações possibilita ao examinador a formulação de objetivos claros
para seu trabalho;
● Escolher a linguagem a ser usada;
● Importante o examinador saber que tipos de perguntas deve usar, por serem
compreensíveis e não dirigirem o sujeito para uma dada resposta;
2. Metodologia
● Confrontação do sujeito com problemas concretos → sujeito deve resolver;
○ Lógica→ estrutura de raciocínio (conservação de quantidade, seriação, inclusão de classe e
transitividade);
○ Conteúdo→ desenvolvimento de conceitos (corpos flutuantes e transmissão de movimentos);
● Examinador deve acompanhar o raciocínio do sujeito, estando atento ao que ele diz ou
faz, sem corrigir automaticamente as respostas do sujeito e sem completar o que o
sujeito diz- Não concluir pelo sujeito;
● Essencial obtenção de justificativa para as respostas dadas;
● Não deixar ambiguidades permanecerem - esclarecer;
● Eliminar hipóteses alternativas quanto ao nível em que o sujeito se encontra.
3. Avaliação da resposta
● Finalidade é encontrar uma explicação que englobe todas as respostas dadas pelo
sujeito, certas ou erradas;
● Considerar a reação do sujeito diante das contradições que lhe sejam apontadas;
● Buscar relação entre os elementos cruciais na resolução do problema e o raciocínio do
sujeito;
● Sujeito pode não ter consciência do seu raciocínio - descobrir a organização do
pensamento do sujeito;
● Embora a criança justifique sua recusa do elemento, ela não está consciente das
implicações desta recusa que constituem a explicação do seu raciocínio buscada pelo
experimentador;
Diagnóstico Operatório
● Objetivo das provas:
○ Rastrear as noções de tempo, espaço, conservação, causalidade, número;
13

○ Determinar o nível de pensamento da criança;


● Provas:
A. Seriação com palitos;
B. Classificação;
a. Dicotomia ou mudança de critério (fichas);
b. Quantificação da inclusão de classes(flores);
c. Inclusão de classes;
C. Conservação
a. Pequenos conjuntos (fichas);
b. Conservação de quantidade de líquidos;
c. Composição de quantidade de líquidos;
d. Conservação de quantidade de matéria (massa modelar);
e. Conservação de peso;
f. Conservação de volume, largura, comprimento.
● Provas a serem aplicadas:
○ Prova de Seriação (palitos);
○ Prova de quantificação da inclusão de classes (flores);
○ Prova de conservação de quantidade número (fichas);
○ Prova de conservação de quantidade de massa (massa de modelar);
● Avaliação seriação:
○ Pré-operatório: ausência de ordem, criança não consegue construir uma série crescente nem
decrescente.As vezes ordena grupos de 2-3-4 elementos sem ordem;
○ Intermediário: Compreensão global, forma escada por ensaio e erro, fracassa ao incluir duas
novas, tendo que iniciar novamente a seriação;
○ Operatório: Seriação.A criança consegue a seriação considerando em todos os elementos o
conjunto das relações entre os elementos;
● Avaliação inclusão de classes:
○ Pré-operatório: Não consegue realizar a inclusão, já que não considera o todo e as partes;
○ Intermediária: Responde de forma intuitiva, não é capaz de fundamentar as respostas;
○ Operatório: Realiza a inclusão.Fundamenta as respostas.
● Examinador avalia a prova - 3 níveis
1. Ausência de noção;
2. Nível intermediário (respostas instáveis, incompletas, denotam não aquisição);
3. Êxito(aquisição da noção).

Teoria Analítica-Comportamental do Desenvolvimento


● Aspectos históricos
○ Estudo da criança e do seu desenvolvimento psicológico;
○ Início EUA-STanley Hall;
■ Investigações desenvolvimento-Testes de inteligência;
■ Psicologia do desenvolvimento:
● Descritiva;
● Normativa (idade);
○ Segunda Guerra Mundial (1939-45):
■ Mudança da direção da Psicologia do Desenvolvimento nos EUA-teóricos
Europa;
● Jean Piaget e Heinz Werner;
● Psicologia do desenvolvimento:
○ Ênfase abordagens teóricas:
■ Psicanálise: sexualidade;
■ Piaget: cognição;
■ Behaviorismo: proposta estuda todos os tipos de
comportamento;
● Perspectiva Histórica Desenvolvimento na Análise do Comportamento:
○ Pioneiro → Sidney W. Bijou:
■ Pioneiro no estudo do Desenvolvimento na Análise do Comportamento;
■ Interesse iniciou nos estudos de Watson, posteriormente influência de ideias
Skinnerianas;
14

■ Foi Diretor e professor de Psicologia do Institute of Child Development na


Universidade de Washington em 1948.Vertente metodológica pautada nos
princípios da Análise do Comportamento;
○ Bijou e Baer:disciplina sobre desenvolvimento psicológico;
■ Notaram uma lacuna no material que fosse compatível com a pesquisa no
Institute of Child Development, que fornecesse uma base para aplicação dos
princípios comportamentais;
■ Child Development: A systematic and empirical theory publicado em 1961 por
Sidney Bijou e Donald Baer (Gehn, 2013; Bijou & Baer, 1961);
● Desenvolvimento Análise Comportamental:
○ Livro de Bijou e Baer (1978/1961) origem sistematização compreensão do
desenvolvimento na Análise do Comportamento;
○ “Mudanças progressivas nas interações entre comportamentos de um organismo e os
acontecimentos do seu ambiente”.
○ Bidirecionalidade de controle entre o comportamento do organismo e o ambiente;
○ Progressivo: descrições sucessivas das diferenças qualitativas nas interações entre
comportamento e ambiente.
● Desenvolvimento
○ Processo dinâmico e funcional→ papéis parentais têm influência. sobre o
comportamento dos filhos;
○ Não é reflexo da idade→ Possibilitado;
○ Relações funcionais→história de vida importam para o desenvolvimento;
● Possibilitado —> maturação ( possibilitado pela idade);
● Tipo um bebê de 1 mês não tem estrutura pra sentar sabe;
● Abordagens-Desenvolvimento
○ Cognitiva: Comportamento da criança revela processo mental;
○ Psicanalistas: Comportamento, crescimento, personalidade;
○ Normativas (Gesell): Estágios, comportamentos motores, sociais, linguísticos;
○ Comportamental: comportamento não é determinado por processos mentais ou
personalidade, mas características especiais de maturação biológica e história de
interação com o ambiente.
● A natureza da mudança desenvolvimental:
○ “Isto quer dizer que assumimos a posição de que os comportamentos das crianças
não são determinados por processos mentais ou pela personalidade, mas por
características especiais, maturação biológica e história da interação com um
ambiente particular desde o momento da conepção”.
● Desenvolvimento Análise do Comportamento:
○ Comportamento afeta o ambiente → ambiente afeta o comportamento;
○ Indivíduo interage com o ambiente de maneira contínua e infinita;
○ Ex: amamentação:
■ A: ver peito/mamadeira;
■ R: sugar;
■ C: Saciedade;
● Análise Comportamental do Desenvolvimento:
○ Nessa definição, o que explicaria o fato de uma criança de dois anos não falar?
○ A Análise do comportamento diverge das concepções tradicionais→ mudanças no
tempo fixam características vinculadas a idade;
● O que causa nosso desenvolvimento:
○ Maturação X aprendizagem;
○ Maturação: desenvolvimento biológico do indivíduo de acordo com a herança
biológica da espécie;
15

○ Aprendizagem: processo pelo qual nossas experiências produzem


mudanças.Mudamos em resposta ao ambiente;
● Multideterminação: (Skinner)
○ Filogenese;
○ ontogênese;
○ Cultura;

QUESTÕES NORTEADORAS
1. O que explica o fato de crianças serem criadas no mesmo ambiente e terem comportamentos
diferentes?
2. Quais fatores podem influenciar o desenvolvimento?
3. Como a noção de Desenvolvimento de Bijou e Baer explica o vínculo e relação pais-filhos.
4. Uma criança que apresenta atraso na linguagem, social e emocional, o que pode estar
afetando?

Teoria Maturacional - Arnold Gesell


● Desenvolvimento Global;
● Como as crianças foram se desenvolvendo;
● Arnold Gesell
○ Psicólogo e médico;
○ Nasceu dia 21 de junho de 1880, em Alma, Wisconsin, EUA;
○ Licenciou em Psicologia na universidade de Wisconsin, 1903;
○ Faculdade de Medicina de Yale, licenciado em 1915;
○ Gesell devotou a sua vida ao trabalho de pesquisa;
○ Morreu dia 29 de maio de 1961 em New Haven;
○ Para Gesell, o desenvolvimento é como um processo contínuo em
constante evolução, começando na concepção, atravessa diversas etapas que
tem uma sequência ordenada, imutável, representando cada uma destas etapas
um nível de maturidade no ciclo de desenvolvimento.A criança evolui, então, no
sentido de aquisição de maturidade;
○ https://youtu.be/ByBRqMNTcNQ?si=hudkPy0vCo9NMruJ
● Padrões de comportamento
○ Comportamento - cérebro e sistemas;
○ Bebê com córtex cerebral intacto continuará a desenvolver saudável;
○ Desde que não haja interferências de nenhum evento nocivo orgânico,
psicológico e social;
● Padrões de comportamento
○ O corpo de uma criança cresce e seu comportamento torna-se mais
complexo;
○ A formação de sua ‘mente” é similar a formação de seu corpo - pois ocorre através
dos mesmos processos de desenvolvimento;
○ O SNC sofre diferenciações ligadas ao crescimento (amadurecimento) acarretando
mudanças em seu comportamento;
○ O comportamento tem origem no cérebro e nos sistemas sensorial e motor;
○ A regularidade temporal, facilidade e integração numa idade predizem o
comportamento em idade posterior;
16

● Comportamento
○ “Comportamento é um termo conveniente para todas as reações
da criança, sejam elas reflexas, espontâneas ou aprendidas”;
● Desenvolvimento comportamental
○ A medida que o sistema nervoso sofre diferenciações ligadas ao
crescimento, o corpo também se diferencia;
○ O desenvolvimento é um processo de padronização + refere-se ao caráter
normativo do desenvolvimento;
○ Diferenciação neural → especialização de função - novo comportamento;

18º.Semana 40º.Semana
○ Desenvolvimento → processo de
gestacional: mão pós-natal:mão tateia padronização;
agarra e flexiona e remexe ○ “Padrão comportamental é simplesmente
uma resposta definida do sistema neuromotor a uma
situação específica (p.4)”.
○ Todos os padrões comportamentais
evoluem de maneira equiparável;
● 5 campos do comportamento
1. Comportamento adaptativo;
2. Comportamento motor grosseiro;
3. Comportamento motor delicado;
4. Comportamento de linguagem;
5. Comportamento pessoal-social;

1) Comportamento adaptativo
● Organização dos estímulos:
○ Coordenação dos olhos e mãos para alcançar;
○ Utilização do equipamento motor para solução de problemas práticos;
● Precursor da “inteligência”” posterior, pois significa a capacidade de utilizar a experiência
prévia na solução de novos problemas;
● O comportamento adaptativo:
○ Organização de estímulos;
○ A percepção das relações;
○ A decomposição do todo em partes;
○ A reintegração dessas partes para a formação do todo.
2) Comportamento motor grosseiro
● Relações posturais, grandes músculos:
17

○ Equilibrar a cabeça;
○ Ficar de pé;
○ Engatinhar;
○ Andar;
○ Correr;
○ Etc….
3) Comportamento motor delicado
● Uso das mãos e dos dedos (pequenos músculos) para manipulação, ou seja, aproximação
preensória do objeto:
○ Ponto de partida estimativa de sua maturidade;
○ Uso de mãos e dedos;
○ Padrão de preensão de objetos;
○ Capacidade de manipulá-los;
4) Comportamento de linguagem
● Comunicação audível ou visível ( gestos, expressões faciais, movimentos posturais,
vocalização, palavras ou frases);
● Fase pré-verbal → verbal;
● Desenvolvimento da linguagem receptiva e expressiva:
○ Expressões faciais;
○ Vocalizações;
○ Comunicação gestual;
○ Comunicação oral:
■ Palavras;
■ Palavras-frase;
■ Frase.
5) Comportamento pessoal-social —> Autonomia;
● Relações pessoais da criança à cultura social:
○ Treino toalete;
○ Aptidão para se alimentar;
○ Cooperação;
○ Internalização dos valores da cultura;
○ Grau de independência;
○ Comportamento imitativo.

● Diagnóstico desenvolvimentista
○ Comportamento normal assume padrões à medida que se desenvolve;
○ Diagnóstico consiste na observação discriminativa dos padrões comportamentais e
em sua avaliação através de padrões comportamentais normais;
○ Padrão comportamental normal é um critério de maturidade que foi definido por
estudos sistemáticos da evolução sadia do desenvolvimento:
■ Sequências comportamentais, ordem;
■ Idade cronológica.
○ O desenvolvimento é um processo contínuo e prossegue estágio por estágio por
estágio numa sequência ordenada e cada estágio exibe um grau ou nível de
maturidade;
○ Observa-se que existem períodos integradores com mudanças fundamentais no foco
e nos centros de organização;
○ A organização do comportamento se inicia antes do nascimento e sua direção é
céfalo-caudal e proximal-distal.

➔ (0-8 s) Embrião;
➔ (8-40 s) Feto;
18

➔ (0-2 a) Bebê;
➔ (2-5 a) Pré-escolar;
➔ (5-12 a) Idade escolar;
➔ (12-24 a) Adolescência;
➔ Maturidade do adulto.

● Estágios e sequências
○ Sequência ordenada;
○ Cada estágio → um nível de maturidade;
○ Tendências → primeiro ano de vida:
■ Primeiro trimestre (0-16 s): coordenação músculos oculomotores;
■ Segundo trimestre (16-28 s):coordenação dos músculos que sustentam a
cabeça, parte superior do tronco, braços;
■ Terceiro trimestre (28-40 s): adquire comando dos dedo e tronco.Apanha
objetos, seta e engatinha;
■ Quarto trimestre (40-52 s): Amplia o comando de suas pernas e pés, anda
sozinho.
○ Tendências:
■ Segundo ano: Anda, corre, articula palavras e enunciados verbais
curtos.Controle das fezes e urina.Senso rudimentar de identidade;
■ Terceiro ano: Fala frases, usa palavras como instrumento de
pensamento.Atende exigências da cultura;
■ Quarto ano: Formula inúmeras perguntas, percebe analogias, conceitua e
generaliza;
■ Quinto ano: controle motor bem amadurecido.Pula e senta.Narra
histórias.Prefere brincadeiras em grupo.Sente orgulho pelas realizações;
○ Tendências do comportamento aquisitivo:
■ Sexto ano: Coleciona ninharias esporadicamente;
■ Sétimo ano: Tem interesse específicos;
■ Oitavo ano: Tem marcado interesse (Ex:boneca);
■ Décimo ano: Interesse intelectual;
■ Quinze anos: Tem apreço pelo dinheiro.
19

Referências:
Gesell, A. (2000). Gesell e Amatruda diagnóstico do
desenvolvimento: avaliação e tratamento do
desenvolvimento neuropsicológico no lactente e
na criança pequena, o normal e o patológico.
Editores: Knobloch, H.Passamanick, B. (Tradução:
Ribeiro, V.L. São Paulo: Editora Atheneu.

Desenvolvimento - Henri Wallon- Teoria


Psicogenética
● Origem dos processos psicológicos
● Cognitiva, afetiva e motora;
● Afetivo —> afeto —> como o meio tá afetando; Ex: como a mãe fala com a criança;
● Henri Wallon (1879-1962):
○ Médico, psiquiatra, filósofo, psicólogo e educador;
○ Dedicou-se a Psicopatologia - campo médico;
○ Psiquismo humano - Psicologia;
○ Contemporâneo de freud, Piaget e Vygotsky;
○ Teoria Psicogenética;
○ https://www.youtube.com/watch?v=-6vuFpW9dFs
● Relações recíprocas
○ Biológico;
○ Social;
● Desenvolvimento biológico condição desenvolvimento social
○ Recém-nascido: impulsos reflexos, provocados por desconforto - depende de alguém
satisfazer as necessidades.
20

○ resposta do meio → estabelecer;


○ “União da situação, ambiente com o sujeito começa por ser global”(Wallon, 196
p.162);
○ Não existe sujeito a princípio, é uma indiferenciação entre recém nascido e o meio
social (mãe) e físico que o acolhe.
○ Mãe e bebê—> indiferenciados nesse momento —> meio que vai atender ….
● Desenvolvimento
○ Relação criança-ambiente;
■ Quem tá com a criança naquele momento;
● Dinâmica do desenvolvimento
○ Etapas: conjunto de necessidades e interesses.Sucedem numa ordem.
○ Criança e meio: dinâmica de determinações recíprocas - a cada idade
estabelece-se um tipo particular de interações entre sujeito e o seu meio.
■ Cognitivo vai surgindo no afeto —> dá acesso a aprender conceitos;
○ Contexto do desenvolvimento: físico, pessoas, linguagem,
cultura;
○ Meio não é estático: transforma-se com a criança;
● Fatores orgânicos X Fatores sociais
○ Fatores orgânicos: sequência fixa de estágios de desenvolvimento;
■ Influência dos fatores orgânicos;
○ Fatores sociais: efeitos transformados por esses;
■ Fatores sociais—> fundamental importância!!!
○ Biológico: habilidades motoras básicas (preensão, marcha);
○ Influência meio: Condutas psicológicas superiores, inteligência simbólica,
linguagem, pensamento;
○ Funções psíquicas: processo de sofisticação mesmo que já adquiriu maturação;
● Ritmo do desenvolvimento
○ Descontínuo, marcado por rupturas;
○ Cada etapa→ mudanças do estágio anterior;
○ Wallon: passagem de um estágio para o outro requer
reformulação. Momentos de passagem: crise;
○ Não é contínuo, tem altos e baixos, vai mudando;
○ Reformulação —> crise;
● Desenvolvimento
● Afetividade : sentir, ser afetado;
● Movimento: agir com o corpo, ir no ambiente;
● Pensar
○ Desenvolvimento infantil→ processo pontuado por
conflitos:
■ Exógena→ações da criança e ambiente
exterior;
■ Endógena→efeitos da maturação nervosa;
○ Cada fase tem atividades específicas → recursos
que a criança dispõe para interagir com o meio;
○ Construção progressiva em que se sucedem fases
com predominância alternadamente afetiva e
cognitiva;
● Recurso que a criança tem aos 11 anos é mais complexo que o que ela tem com
1 ano, por exemplo;

● Estágios
21

1. Estágio Impulsivo-Emocional;
2. Estágio Sensório-Motor e Projetivo;
3. Estágio do Personalismo;
4. Estágio categorial;

1) Estágio Impulsivo-Emocional
● Idade: 0 a 1 ano;
● Emoção→ interação criança com o meio;
● Afetividade orienta as primeiras reações do bebê às pessoas;
● Reações voltadas adulto → emoção;
● Bebê: manifestações impulsivas + ações do adulto → estabelecimento de relação;
● Emoção é o elo entre criança e adulto;
● Exuberância manifestações afetivas → inaptidão para agir sobre a realidade;
● Motricidade que manifesta emoção → andar;
● Emoção: predomínio —> relação bebê com a mãe;

2) Estágio Sensório-Motor e Projetivo


● Idade: 1 a 3 anos;
● Interesse da criança para exploração motora do mundo físico, marcha e preensão
autonomia;
● Função simbólica;
● Projetivo:característica do funcionamento metal, ato mental projeta-se em atos motores;
● Predomínio relações cognitivas com o meio;
● Nova utilização das coisas, que deixam apenas de ser exploradas e manuseadas e se tornam
significativas, dimensão aqui agora;
● Projetar no ato a intenção (antes você só chorava)

3) Estágio do Personalismo
● Idade: 3 a 6 anos;
● Tarefa central: processo de formação da personalidade;
● Construção da consciência de si se dá por meio das interações sociais,
re-orienta interesse das pessoas;
● Conquista a volta para o mundo, em situação de imitação e oposição.
● Você começa a ter amiguinhos
● Forma a personalidade
● “Meu amigo tem isso, eu também quero isso “

4) Estágio Categorial
● Início: 6 anos;
● Avanços: plano da inteligência —> evolução anterior (função simbólica e personalização);
● Relação com o meio predomínio aspecto cognitivo;
● Relação objetos, pensar e operar;
● Adolescência: nova definição da personalidade que foi desestruturada devido a mudanças
corporais;
● “A afetividade, o movimento e a inteligência constituem campos funcionais entre os quais se
distribui a atividade da criança”;
● Cognição —> processo de alfabetização

● Predominância funcional:
○ Alternância entre afetivo e cognitivo;
○ Caráter intelectual: elaboração do real;
○ Caráter afetivo: relações com o mundo humano;
22

● Alternância funcional
○ Alternam a dominância, mas ambas incorporam umas das outras;

● Estágios
1. Estágio Impulsivo-Emocional —> Afetividade/ impulsiva, emocional;
2. Estágio Sensório-Motor e Projetivo —> recursos intelectuais (linguagem);
3. Estágio do Personalismo —> Afetividade simbólica/exprime por palavras e ideias;
4. Estágio Categorial—>Afetividade racionalizada / sentimentos elaborados no plano mental;

● “Processo do desenvolvimento se assemelha ao movimento de um pêndulo, oscilando entre


pólos opostos, imprimindo características próprias a cada etapa do desenvolvimento “.
(Galvão, 1995, p.47)

2-Flávia
Teoria Psicossexual de Freud
A Sexualidade Infantil
● Conceitos:
○ Trieb = pulsão (tradução da Imago = instinto);
1. Complexo de Édipo;
2. Sexualidade infantil;
3. Sexualidade perversa polimorfa;
4. Zonas erógenas;
5. Fases da libido: oral, anal, fálica e genital.

A experiência de satisfação (Freud 1885)


● Bebê- fome (necessidade básica biológica ) - (aumento de excitação = desprazer) choro e
movimentação motora (pura descarga biológica) + mãe (leite) saciedade da fome (diminuição da
excitação = prazer);
● Mãe oferece o leite e vem junto uma comunicação.Modo como a mãe atende o seu bebê (colo, manhês,
olhares, toque carinhoso = erógeno = ação específica da mãe ) repetidamente ( pelo menos 8 vezes ao
dia, no início da vida do bebê);
● Bebê associa diminuição de excitação ao prazer, leite e mamãe;
● Experiências de prazer são representadas como lembranças no psiquismo do bebê e acessadas
temporariamente, de modo alucinatório, em momentos de desprazer pelo sugar (o dedo, a chupeta).

A Sexualidade Infantil (fase oral)


● Da necessidade biológica à demanda de amor (o erógeno torna-se fonte de prazer);
● Autoerotismo;
● O erógeno (sexualidade infantil- finalidade auto erógena) é secundário à satisfação das necessidades
básicas (finalidade de autopreservação);
● Chupar o dedo (ou a chupeta);
● Desejo da mãe → bebê ser objeto do desejo da mãe;

● Fase oral (1)


○ Do nascimento aos 6 meses;
○ Fase oral( anaclítica);
23

○ Bebê desamparado;
○ Relação mãe-bebê: do instinto de autopreservação para o instinto sexual (erógeno);
○ Relação mãe-bebê: “como se fosse um só”- indiferenciado da mãe (não tem ego formado
ainda).Do nascimento até os 6 meses;
○ Experiências de prazer dominantes;
○ Identificação à espécie humana;
○ O bebê para Freud: “Inerme”;
○ Pulsão oral;
○ Instinto de autoconservação: alimentação + erógeno (pulsão ou instinto/impulso auto erógeno);
○ Zona erógena→boca e cavidade oral, olhos (olhar humano), ouvido (voz humana), pele (toque
carinhoso);
○ Conceito de falo→ elemento de “potência” → Mãe fálica;
○ Pai “inexistente” para o bebê;

● Fase oral (2)


○ Desmame (presença/ausência da mãe);
○ Alimento sólido semissólido;
○ Percepção progressiva de um eu (inicial) e de um não-eu (a mãe);
○ Processo de formação do ego;
○ Predomínio das experiências de prazer - em quantidade e frequência;
○ Vivências parciais- erógenas na relação com a mãe;
○ Olhar da mãe- da mãe integrando as vivências parciais em uma oralidade (espelho = olhar
encantado da mãe);
○ Bebê percebe a imagem e internaliza como imago).Simultaneamente se percebe como um ego
ideal separado da mãe.
○ Linguagem = o bebê - eu (m)eu
○ Fase oral- formação do ego
■ Das marcações parciais→ olhar parciais → formação do ego → separação da relação
com a mãe;
■ Presença/ausência- desmame.

Fase anal
● Saída das fraldas e uso do peniquinho;
● Amadurecimento orgânico da válvula da uretra e da válvula do esfíncter;
● Pulsão anal: erógena ânus;
● Objeto da pulsão: fezes;
● Pai rival;
● Relação com mãe:” Ela diz isso, mas o que ela quer?”- O desejo da mãe é um equinimiga;
● Busca retorno à relação com a mãe pelo bebê;
● Mãe demanda o novo; que ele cresça;
● Fases: como controle da mãe; como presente(dom); como desejo;
● Consequẽncias psíquicas da fase anal:
○ Controle do outro;
○ Higiene- Limpeza/sujeira;
○ Generosidade/Avareza;
○ Atividade/passividade;
○ Agressividade;
○ Interior e exterior;
○ Relação com o tempo.

Teorias sexuais das crianças (Freud, 1908, vol.IX)


● Chegada de um novo bebê(p. 215-216);
● Teorias sexuais- conforme partes do corpo que já entraram no circuito pulsional;
● Responder ao enigma do desejo da mãe- O que queres?
● Quando está prestes a compreender a relação sexual a criança recua:
○ “A mãe está castrada”: as mulheres também têm um pênis(p.219);
● Quando a criança está prestes a descobrir a relação sexual como origem dos bebês ela desiste (p.221).

Teoria psicossexual- Fase fálica


● O conceito de Falo
○ O que é o falo? → Elemento que representa potência;
24

○ Falo na fase oral:


■ O bebê é o falo da mãe.Mãe se torna fálica (potente) com o seu bebê.A mãe é
desejante e o bebê é o objeto do desejo da mãe.
○ Falo na fase anal:
■ é um enigma.”Ela me diz isso, mas o que ela quer?.
○ Falo na fase fálica:
■ é o penis.Premissa universal do falo.

Fase fálica
● Entre 3 anos e 6 meses até 6 anos de idade;
● Diferença sexual anatômica;
● Premissa Universal do falo;
● Nessa fase o falo é o pênis;
● Ter ou não ter o falo?
● Pai é o herói porque é possuidor do falo;
● Mãe fica destituída de ser valor fálico;
● Constituição da identidade sexual: sou menino ou sou menina?Cada sexo terá uma constituição
ps-iquica específica;
● Elementos que fazem parte do questionamento: o próprio corpo, a comparação com o outro sexo, as
identificações com as figuras parentais, insígnias sociais sobre o masculino e feminino, em determinada
cultura e época;
● Fatores inconscientes;
● No Menino: falo da mãe/castração/identificação ao pai- que é possuidor do falo/facilização do pênis =
medo da castração.
● Na Menina: falo da mãe/castração/identificação ao pai- possuidor do falo/castração/identificação com a
mãe/equação do pênis = falo = bebê;
○ Inveja do pênis;
z
25

Teoria psicossexual-fase fálica

● Complexo de Édipo
○ Identidade sexual – meninos (medo da castração); Meninas (inveja do pênis);
○ O pai- representante das leis e interditos sociais e conteúdos de tradição. O pai
possibilita o acesso ao mundo social e é figura de autoridade que age na restrição de
parcela dos desejos.
● O pai e as instâncias psíquicas superego e ideal de ego – herdeiros do
complexo de Édipo
○ Pai possibilitador: quando eu crescer (ideal de ego);
○ Pai que restringe: autoridade, lei (superego);
○ Restringe para possibilitar- castração;
○ Não é o pai carrasco nem o pai benevolente;
● Superego
○ Instância psíquica – internalização da autoridade paterna;
○ Lacan – figura obscena e feroz;
○ “Panóptico”;
○ Voz que fala em terceira pessoa;
○ Pune o ego- remorso e sentimento de culpa;
● Ideal de ego
○ Pai possibilitador- capacidade de fazer projetos;
○ Perspectiva de futuro;
○ Adiamento das satisfações pulsionais;
○ Relativiza a tirania do superego;

Teoria psicossexual- Período de Latência


● Fase fálica
○ Formação do superego e ideal de ego- encerra o Complexo de Édipo;
○ Formação da identidade sexual e “escolha do objeto de amor”;
● Período de Latência
○ Repressão/recalque das pulsões sexuais- ficam latentes no inconsciente;
○ Amnésia infantil- no pré-consciente o esquecimento ;
○ Sublimação: dessaxualização da pulsão e investimento dos afetos em atividades
sociais, culturais ou científicas= escolarização, alfabetização, continhas....
○ As crianças se separam nas brincadeiras- meninas brincam com meninas e meninos
brincam com meninos;
● Fase Genital
○ Puberdade: mudanças biológicas secundárias;
○ As pulsões voltam ao pré-consciente;
○ Fase Genital (adolescência): as pulsões sexuais (parciais) da sexualidade perversa
polimorfas confluem para a genitalidade;

Teoria psicossexual-Fase Genital


● Titãs: https://www.youtube.com/watch?v=dSE4Iq61-Z0
● Fase genital
○ Transformações da puberdade;
26

○ Puberdade- mudanças biológicas (hormonais – caracteres sexuais secundários);


○ Reedição do Complexo de Édipo – voltam as questões da libido, agora a libido que
faz confluir as pulsões parciais (sexualidade infantil) para genitalidade (preparo para
a relação sexual adulta);
● Adolescência
● Crise normal da adolescência
○ Crise normal da adolescência
○ Lutos:
■ 1. Pelo corpo infantil
■ 2. Pelos pais da infância
■ 3. Pela identidade infantil
● Trabalho psiquico da adolescencia (Ruffino)
○ Capacidade de amar;
○ Capacidade de trabalhar;
○ Capacidade de se fazer reconhecer no campo social;

Teoria das relações objetais (Spitz)


Organizadores psíquicos

● Método
○ Bebês no primeiro ano de vida;
○ Instituições de acolhimento – 1950 (pós-guerra);
○ Observações de bebês por observadores homens e mulheres simultaneamente–
aprox. 650 crianças;
○ Filmagem e análise de filmes;
○ Análise de características típicas do desenvolvimento da idade;
○ Análise de cada caso em casos de patologias;
● Noção de desenvolvimento
○ p.96;
● Organizadores psíquicos
○ Concepção psíquica
● Objeto libidinal
○ Libido- energia que liga ao objeto libidinal;
○ Pode ser coisa, corpo, pessoa;
○ Torna o objeto privilegiado no psiquismo;
○ O Objeto libidinal é representado no psiquismo. A representação do objeto libidinal
(de amor) é internalizada;
○ Em Spitz – como imagem (que é uma representação) e por pensamento (inicial no
bebê ainda);
● Primeiro organizador
○ Nome: Precursor do objeto libidinal;
○ Quando: de 2m a 6m;
○ Sinal: sorriso;
○ Consequências teóricas: p. 102.
● Segundo organizador
○ Nome: Estabelecimento do objeto libidinal;
○ Quando: de 6m a 8m;
○ Sinal: estranhamento do estranho;
○ Ansiedade propriamente diferente de medo
27

○ Consequências teóricas: p. 145 e p. 149.


● Terceiro organizador
● Nome: Origens e início da comunicação humana;
● Quando: locomoção;
● Sinal: “não” e meneio de cabeça;
● Comunicação – abstração e frustração (precursores do superego);
● Consequências teóricas: p.172.

Teoria do Amadurecimento pessoal→ Winnicott


● Teoria do amadurecimento normal
○ Tendência inata ao amadurecimento;
○ Aspecto saudável e doença são dependentes do momento do processo ao
qual pertence ou teve origem;
○ Estágios iniciais ocorrem a base da personalidade e da saúde psíquica.
○ Paradigma dual: relação mãe-bebê.
1. Tendência inata à integração um uma unidade (eu).O homem é um ser temporal. A teoria
do amadurecimento pessoal é a explicitação temporal, na forma de estágios de várias tarefas
que a tendência inata impõe ao indivíduo ao longo da vida. Ela não acontece
automaticamente, mas depende do ambiente facilitador.
2. Existência contínua de um ambiente facilitador. Ambiente que forneça cuidados
suficientemente bons para que o bebê (dependente) se torne uma pessoa. É um ambiente
confiável, previsível e estável (mãe-ambiente). Depende da existência da mãe dedicada
comum. Ele pode equilibrar ou compensar as tendências inatas do bebê.
● Preocupação Materna Primária
○ Final da gestação e primeiras semanas de vida do bebê.
○ É um fenômeno saudável e esperado do psiquismo materno, nessa fase da vida da
mulher.
○ Retira a libido do mundo externo, recolhe a libido e investe no bebê.
○ Estado de hipersensibilidade da mãe para perceber o bebê: parte da mãe se torna
bebê e outra parte permanece adulta. (identificação);
○ Permite que a mãe “saiba” exatamente do que o bebê precisa e se adapte às
necessidades básicas do bebê. (O bebê é a mãe e a mãe é o bebê);
○ “Loucura necessária das mães” (temporária);
○ A mãe deve se “recuperar” da PMP – ela reprime essa experiência e esquece esse
seu estado psíquico.
● Mãe dedicada Comum
○ O ambiente facilitador é no início a mãe dedicada comum.
○ Cuidados adaptativos da mãe para um bebê singular. Identificar qual é a necessidade
do bebê, no momento, e responder a ela.
○ Espontaneidade e pessoalidade da mãe.
○ Capacidade da mãe de supor que o bebê é alguém em desenvolvimento e é diferente
dela.
○ Ela facilita um processo que pertence ao bebê.
○ Falível, por isso suficiente. Não é a “mãe ideal”.
○ Mãe dedicada comum:
■ holding;
■ handling;
■ e apresentação de objetos.
● Holding e Handling
28

○ Holding: suporte confiável. Forma cuidadosa com que o bebê é sustentado pela mãe
(colo) numa etapa da vida na qual é ainda incapaz de executar movimentos
suficientemente autônomos para, por exemplo, manter-se na posição sentada ou
sustentar sua cabeça sem o auxílio externo.
○ Handling (manuseio): confiabilidade do ambiente. Série de cuidados que derivam do
holding materno–Os cuidados do handling são habitualmente expressos em condutas
sociais parentais, como embalar, tocar, acalmar, falar, cantar, fazer barulhos e caretas
que, por sua vez, surgem em resposta a condutas do recém–nascido que são, elas
também, essencialmente sociais, como o grito, a agitação, o sorriso e o olhar.
● Apresentação de objetos
○ A mãe deve apresentar os objetos – em “pequenas doses”, como sugere Winnicott–
que a criança constrói consistentemente a confiança no ambiente. A confiança, como
se vê, depende dessa simplificação num duplo sentido: primeiramente, ela implica a
existência de objetos adequados à capacidade de uso por parte do bebê e, em
segundo, solicita um modo de apresentação do mundo que sustente a rotina e a
previsibilidade necessárias à maturação sadia. O progressivo afastamento do outro
deve, nesse contexto, estar condicionado à crescente capacidade de o bebê suportar
sua ausência, fato que deve refletir a construção consistente do campo da confiança.
● Psicopatologias das mães
○ “Fuga para a sanidade”;
○ Baby blues;
○ Depressão pós-parto;

Objetos e fenômenos transicionais-Winnicott


● Objetos transicionais
○ Após nascimento, bebês usam punho, dedos e polegares para estimular a zona oral
para satisfazer pulsão oral e em momentos tranquilos;
○ Após alguns meses, brincam de bonecas, paninhos, ursinho como objeto especial-
“Viciados” (primeira posse não-eu- empírico);
○ Entre um e outro período- Objetos transicionais e fenômenos transicionais
○ Surgem entre 4-6-8-12 meses de idade e perduram durante a infância;
○ NÃO FAZEM PARTE DO CORPO DO BEBÊ, MAS NÃO INTEIRAMENTE
RECONHECIDOS COMO PERTENCENTES À REALIDADE EXTERIOR.
● Objeto transicional
○ A natureza do objeto;
○ A capacidade do bebê reconhecer um objeto não-eu;
○ Lugar do objeto: dentro, fora, na fronteira;
○ Capacidade do bebê criar, pensar em, imaginar, dar origem a um objeto;
○ Início de um relacionamento objetal de natureza afetuosa.
● Na área intermediária da experiência
○ Objeto transicional (paninho, ursinho, boneca, objetos macios) e fenômeno
transicional (balbucio do bebê, canções de ninar, mexer no lóbulo da orelha,
maneirismos);
○ Entre o polegar e o ursinho;
○ Entre o erotismo oral e a verdadeira relação objetal;
○ Unidade pessoal- Self: membrana limitadora entre o interior e o exterior – possui uma
realidade interna, um mundo interno.
○ Winnicott- terceira área de experiência, entre a realidade interna, (subjetiva) e a
realidade externa (objetiva) – região intermediária de experimentação.
29

○ Área não questionada da experiência, “pois nenhuma reindicação é feita em seu


nome, salvo a de que ela possa existir como um lugar de descanso para o indivíduo
permanentemente engajado na tarefa humana de manter as realidades interna e
externa separadas, e ao mesmo tempo inter relacionadas” p. 317
○ Base do pensamento e do devaneio;
○ Não é uma alucinação: não está sob controle mágico;
○ Área da ilusão;
○ Defesa contra a ansiedade depressiva: usados na hora de dormir, solidão e ameaça
de separação:
■ Objeto confortador.
● Mãe suficientemente boa
○ Exige preocupação (preocupação materna primária)fácil e livre de
○ ressentimento;
○ Experiência de frustração;
○ Recursos psíquicos do bebê – concepção progressiva da realidade externa;
○ Da dependência absoluta à dependência relativa;
○ Quando ocorre a separação mãe-bebê – abre-se no intervalo o espaço potencial
(Brincar, religião e arte- área da ilusão e da criatividade.

3-Luciana
Teoria do Apego
➔ O lugar do apego no desenvolvimento;
● “O afeto é a fita isolante dos neurônios”.
○ Nas relações de afeto, as crianças
aprendem e as conexões neuronais se
condensam para novas conexões
surgirem.
○ Cola que liga os neurônios →
conexão/ ligação forte que não será
mais desfeita;
○ Relação bate-bola:
■ Interação com o bebê;
■ comunicação além do afeto;
● “A teoria do Apego oferece uma base para estudos sobre os afetos e as emoções dos seres humanos,
proporcionando um suporte empírico coerente para a compreensão dos processos de desenvolvimento
normal e patológico, ao integrar aspectos da biologia moderna ao embasamento de seus estudos”.
● Exemplo
○ Acolhimento institucional X Acolhimento familiar;
30

➔ Quem foi Bowlby;


● John Bowlby (1907-1990);
○ Edward John Mostyn Bowlby;
○ Nascido em família aristocrata Inglesa;
○ História pessoal de rupturas de vínculos;
○ Psiquiatra, psicólogo e psicanalista.
○ Treinado por Melanie Klein;
○ Tenente-coronel do corpo médico na Segunda Guerra;
○ Cuidado com “crianças delinquentes” e órfãos de guerra;
○ Atitude antissocial- privação materna;
○ Modelo de Observação;
○ Darwin+Freud;
○ Papel fundamental na psiquiatria e na psicologia;
○ Contribuições sem precedentes para intervenções que melhoram o curso do desenvolvimento;

➔ O que é apego;
● Mecanismo básico dos seres humanos;
○ Biologicamente programado;
○ Necessidade do contato independente do alimento;
○ Envolve reconhecimento de figura de apego e das respostas dela;(Bate-bola);
● Harry Harlow- 1958- O macabro experimento que investigou o amor;
● Bowlby considera existir um sistema que impulsiona o indivíduo a apegar-se àqueles que podem lhe
fornecer sobrevivência e segurança;
○ Ontologia do Apego;
○ Atenção: reconhecer a importância das relações primárias de cuidado e de afeto é diferente
de atribuir-lhes uma explicação evolutiva (impulso inato);

➔ Comportamentos de apego;
● Ações de uma pessoa para alcançar ou manter proximidade com outro indivíduo identificado como mais
apto para lidar com o mundo;
● Formas Ativas:
○ socialmente compreensivas/rápidas de resolver;
○ Ex:Seguir o cuidador, sorrir,...
● Formas Aversivas:
○ Ex: chorar,...
➔ Modelo Interno de Funcionamento;
● Representação mental do sistema de comportamento de apego;
● Como o indivíduo representa as experiências da infância relacionadas às percepções do ambiente, de si
mesmo e das figuras de apego; → Personalidade e desenvolvimento;

➔ Fases da Teoria do Apego


1. estudos de Bowlby alicerçado nas observações de primatas
não humanos e nos trabalhos com crianças institucionalizadas;
2. Liderada por Ainsworth, com suas observações naturalistas da
interação mãe-bebê.Desenvolveu o procedimento de laboratório da Situação
Estranha, resultando no sistema de classificação da organização do apego do
bebê em relação às figuras parentais;
3. Movimento para o nível da representação.O modelo funcional
interno do relacionamento com a figura de apego reflete a história das respostas
do cuidador às ações do bebê ou tentativas de ações em direção a essa figura.
➔ Quem foi Ainsworth (1913-1999);
● Mary Dinsmore Salter Ainsworth;
● Já doutora em psicologia, estudou com Bowlby em Londres;
● 1954-Mudança para Uganda;
● Observações naturalistas da relação mãe-bebê em Kampala;
● Retorno aos EUA-Universidade de Virginia:

➔ Fenômeno da ‘‘Base segura”


● Base segura: 1 ou mais cuidadores que asseguram a segurança e estabelecem um bom vínculo com a
criança;
31

● Esta relação vai sendo construída, ao longo do desenvolvimento, no contexto das interações
estabelecidas entre criança e a figura de vinculação, onde a qualidade dos cuidados parentais (em
particular, a sensibilidade, a responsividade e a acessibilidade) é tida como fundamental para uma
organização segura ou insegura dos comportamentos.
➔ Condições básicas para o estabelecimento do Apego
● Estabilidade;
● Duração;
● Previsibilidade;
● Sensibilidade materna(ou do cuidador primário);
● Segundo Ainsworth existe um padrão comportamental que os bebês exibem como forma de
apresentarem segurança quando estão na presença da mãe, e um comportamento análogo a esse
quando estão confrontados com alguém estranho.

➔ Situação Estranha + tipos de apego


1. O observador leva a mãe e a criança até a sala e sai.
2. A criança e a mãe permanecem na sala. A mãe incentiva a criança a brincar.
3. -Uma desconhecida entra na sala e, aos poucos, interage com a criança, enquanto a estranha está falando com a
criança, a mãe sai discretamente.
4. Primeiro episódio de separação. A desconhecida tenta acalmar a criança, se necessário.
5. Primeiro episódio de reencontro. A mãe entra na sala e a desconhecida sai. A mãe responde aos sinais da criança,
tenta consolá-la se precisar e procura fazer com que volte a explorar.
6. Segundo episódio de separação. As duas saem da sala.
7. Terceiro episódio de separação. A desconhecida entra na sala, responde às iniciativas e aos sinais da criança e tenta
consolá-la ou distrai-la se necessário.
8. Segundo episódio de reencontro. A mãe entra e pega a criança no colo, a desconhecida abandona a sala. A mãe
tenta consolá-la se for preciso e procura fazer com que volte a explorar.
Tipos de apego
● Seguro: O bebê utiliza a mãe como base segura para
exploração.Protesta quando o cuidador se afasta e busca proximidade e
conforto quando este retorna, retornando a exploração.Pode sentir-se
confortado por um estranho, mas demonstra preferência clara pelo cuidador;
● Ansioso-Evitativo: Pouca afetividade nas brincadeiras.Pouco ou
nenhum estresse quando o cuidador se afasta ou nenhuma resposta visível
quando este retorna.Trata o estranho de forma similar ao cuidador.
● Ansioso-Ambivalente: Quando o cuidador não pode ser utilizado
como base segura.Busca aproximação antes mesmo do afastamento do
cuidador.Estresse na separação, com emoções ambivalentes associadas
quando o cuidador retorna.Dificilmente o estranho consegue acalmá-lo.
● Desorganizado-Desorientado: Estereotipias( comportamentos repetitivos) quando o cuidador retorna,
como comportamentos repetitivos ou mal orientados.Aproximações incoerentes e comportamentos
desorientados.

★ Sobre a questão da vinculação ao longo da vida, Bowlby já tinha considerado que a vinculação na idade
adulta é semelhante, na sua natureza, à que ocorre durante a infância e apontou poucas diferenças
entre as relações estabelecidas entre as relações estabelecidas entre as figuras cuidadoras e a
relações formadas entre pares ou companheiros românticos.
32

★ Ainsworth considerou o fenômeno da base segura como elemento central da vinculação ao longo da
vida, referindo que uma relação de vinculação segura é aquela que facilita o funcionamento e
competência fora da relação.

➔ Terceira fase da TA
● Para Main e cols.(1985), o modelo funcional interno é uma representação mental
dos aspectos do mundo, dos outros, do self, dos relacionamentos com os outros que são
relevantes para o indivíduo.Inclui componentes afetivos e cognitivos.Os padrões de resposta
segura, insegura evitativa e insegura ambivalente, identificadas na situação estranha de
Ainsworth, seriam expressões de modelos funcionais particulares dos relacionamentos, que
poderiam guiar o comportamento em outros contextos.

➔ Erik Erikson (1902-1994)


● Erik Homburger Erikson;
● Judeu de origem alemã;
● Conturbada adolescência;
● Estudos não formais;
● Interesse pelas artes o levou à psicanálise;
● Analisando de Anna Freud;
● Instituto de Psicanálise de Viena;
● Fuga da europa pelo nazismoa (1933);
● Escola Médica de Harvard e Universidade de Yale;
● Vivência em reservas indígenas, observações;
● Investigação transcultural- história pessoal;
● Investigações de aspectos biográficos de personalidade à época(Hitler, Gandhi, King,...);
● 1950: publicou Infância e sociedade; 1968: Identidade, Juventude e Crise.

➔ A teoria Psicossocial
● Pressupostos Freudianos;
● Foco: senso gradativo de identidade;
● Novidades???
○ Relação com o Ambiente;
○ Olhar para além da adolescência;

➔ Identidade
★ Princípio Epigenético:
○ Epigênese: maneira pela qual um gene muda diante das influências ambientais.Em outras
palavras, as coisas no ambiente podem impactar positivamente ou negativamente a maneira
como o material genético é expresso no desenvolvimento dos seres humanos.
○ Progressão no desenvolvimento a partir de um sistema básico: todos os aspectos da
personalidade dependem do desenvolvimento adequado desenvolvimento adequado na
sequência apropriada e cada um existe de alguma forma , antes de alcançar seu momento
crítico.

➔ Pulsão X Ambiente
★ Para Erikson a energia ativadora do comportamento é de natureza
Psicossocial, integrando não apenas fatores pulsionais inatos, mas
também fatores sociais aprendidos em contextos histórico-culturais específicos.

➔ Crise
● Em cada etapa do desenvolvimento (estágios psicossociais) ocorrem pressões do ambiente social que
vão ser geradoras de conflito ou crise.A crise oferece à pessoa em desenvolvimento a possibilidade de
uma saída, uma forma de lidar mais ou menos adaptativa.É possível influenciar e dirigir
conscientemente o desenvolvimento em cada estágio.Eventos em estágios posteriores podem levar à
superação da experiências infantis negativas, contribuindo para o estabelecimento da identidade.
● Conflito dos diferentes períodos do ciclo vital;
● Cada conflito deverá ser resolvido;
○ Positivamente= virtude.
33

○ Negativamente=ansiedade e fracasso.

➔ Estágios

Fase Idade Crise Resultado


Psicossocial favorável
(sentimento) (virtude
associada)

Estádio Até cerca dos Confiança versus impulso e


Sensorial 18 meses de desconfiança(básica) esperança
vida (bebê)

Desenvolviment dos 18 meses Autonomia versus autocontrole e 1º Estágio (do nascimento aos 18
o Muscular até cerca de vergonha e dúvida força de vontade
3 anos meses)
(primeira
infância) ● Confiança básica X Desconfiança
○ (precisa resolver conflito ) →
Controlo Motor Dos 3 aos 5 Iniciativa versus Culpa orientação e
anos objetivo Esperança (virtude dessa fase);
(segunda
infância)
● Senso de confiança nas pessoas e nos
objetos de seu mundo;
Período de dos 5 aos 13 Engenho versus método e ● Busca pelo equilíbrio entre interação
Latência anos (idade Inferioridade competência
escolar) com o meio e proteção;
● Elemento crucial: respostas/meio
Moratória dos 13 aos Identidade e recusa devoção e
Psicossocial 21 anos versus confusão de fidelidade responsivo, atento e coerente;
(Puberdade e papéis, identidade difusa
adolescência)

Maioridade dos 21 até Intimidade e associação e


2º Estágio (18 meses aos 3 anos)
Jovem cerca dos 40 solidariedade versus amor ● Autonomia X Vergonha/Dúvida →
anos(Adulto Isolamento
Jovem) Vontade
● Aumento da independência em relação
Meia-Idade dos 40 anos Generatividade* , produção e
até cerca dos produtividade versus cuidado, carinho aos adultos: “Eu faço!”;
60 anos
(adulto)
Estagnação, imersão em
si
● Passagem do controle externo para o
autocontrole;
Maturidade Para além Integridade versus renúncia e ● Necessidades fisiológicas; linguagem;
dos 60 anos Desesperança sabedoria
(idade da emoções;
reforma)
● Vergonha/dúvida ajudam a reconhecer
os limites e possibilidades
● “Terrible two’;
● Exemplo: Questão do desfralde (controle, autonomia,...);

3º Estágio (3 anos aos 5 anos) ● Autoestima: visão que a criança tem de suas
● Iniciativa X Culpa → capacidades;
Propósito/orientação/objetivo; ● Escola: socialização; alfabetização;
● ↳internalização de desempenho;
códigos/combinados; ● Bullying;
● Compreensão e regulação das emoções;
● Sentimentos conflitantes: cerne neste estágio;
● Aprovação social: pensamento moral; 5º Estágio (13 anos aos 21 anos)
● Importância do brincar: experimentando ● Identidade X Confusão de papéis →
papéis; Devoção e Fidelidade
● Tornar-se um adulto singular com percepção
4º Estágio (5 anos aos 13 anos) coerente do self e papel valorizado na
● Indústria/engenho X Inferioridade → sociedade;
método e competência ● Ocupação + valores + identidade sexual
● Desenvolvimento do autoconceito: Identidade satisfatória;
real X ideal; ● Colocar em prática habilidades adquiridas na
infância;
34

● Moratória Psicossocial ○ (geração→geração)


○ Período de adiamento da idade ● Movimento para o exterior;
adulta; ● Preocupação em orientar e estabelecer a
○ Busca de compromissos com os geração anterior;
quais possam ser fiéis; ● Necessidade de ser necessário X exigẽncias
○ Necessidades pessoais X exigências sociais;
socioculturais e institucionais; ● Comportamento pró-social (para além do
○ Marcos etários para finalização desta geracional);
fase adultez emergente;
8º Estágio (60 anos ou mais)
6º Estágio (21 anos aos 40 anos) ● Integridade X Desespero → Sabedoria
● Conquista culminante: senso de integridade
● Intimidade X Isolamento → Associação e
do ego;
amor
● Avaliar e aceitar a vida;
● Compromissos pessoais profundos com o
● Senso de coerência e totalidade;
outro;
● Entendimento do significado da vida dentro da
● Desenvolvimento do sentido ético;
ordem social mais ampla.
● Relacionamentos íntimos: sacrifício e
compromisso;
● Impulso procriador natural;

7º Estágio (40 anos aos 60 anos)


● Generatividade X Estagnação → Produção
e cuidado

Teoria Histórico-Cultural
➔ O que vem antes?
➔ Vida intensa de Vygotsky;
➔ O momento histórico;
➔ A teoria (pressupostos + ideias básicas);
➔ Visão de desenvolvimento;

● Aprendizado e desenvolvimento: O que vem antes?

Segundo Vygotsky o aprendizado vem antes do desenvolvimento,


ou seja, a aprendizagem é fundamental para o desenvolvimento
desde o nascimento da criança , o que esta aprende é a base
fundamental para o seu desenvolvimento.
https://construindoumaprendizado.wordpress.com/vygotsky-aprendizagem-e-desenvolvimento/#:~:te
xt=Segundo%20Vygotsky%20o%20aprendizado%20vem,fundamental%20para%20o%20seu%20de
senvolvimento.

● Lev Semionovich Vygotsky (1896-1934)


○ Orsha, Bielorussia;
○ Pai bancário e mãe professora;
○ Tradições judaicas;
○ Estuda com tutor até os 14 anos:
○ Poliglota;
○ Literatura, Teatro, Direito, História e Filosofia;
○ Intensa vida acadêmica;
○ Psicologia acadêmica: crianças com deficiência
(reabilitação e processos mentais);
○ Pedologia;
○ 1924: II Congresso de Psicologia de Leningrado;
35

○ Instituto de Psicologia de Moscou;


○ Morte precoce;
○ Proibição de sua obra.
● Contexto histórico
○ 1917- Revolução Russa
■ Processo revolucionário por meio do qual a Rússia deixou de ser uma
monarquia absolutista governada por pelos Czares Romanov e se
tornou uma república socialista, a União Soviética;
○ Da Psicologia como Ciência
■ Idealismo (descrever) X Mecanicismo (explicar);

○ Ideal revolucionário e materialismo histórico-dialético


■ “O Materialismo considera que na sociedade tudo está ligado à natureza,
visto que o homem age sobre ela para produzir seus materiais de consumo,
no entanto, não somos produtos da natureza, mas sim da história
humana(...)O homem faz sua história à medida que modifica os meios de
produção e transforma a natureza, o homem evolui, muda a sociedade, trava
combates” (Pereira & Francioli, 2011, p.94);
○ “Troika” → Leontiev-Luria-Vygotsky
■ “A revolução nos libertou para a discussão de novas ideias, novas filosofias e
sistemas sociais(...)Fomos arrebatados por um grandioso movimento
histórico.Nossos interesses pessoais foram consumidos em favor das metas
mais amplas de uma nova sociedade coletiva.A atmosfera que se seguiu
imediatamente à revolução proporcionou a energia para muitos
empreendimentos ambiciosos”. (Luria, 1992, p.24 e 25).
● Pressupostos
■ Entradas de desenvolvimento:
○ Planos genéticos
■ Filogênese*;
● História da evolução da espécie;
■ Ontogênese*
■ Microgênese;
● “Zoom” nas pequenas interações/ações que as pessoas realizam (no dia a dia);
● Porta aberta para esse não determinismo
● Reside a possibilidade de algumas pessoas apresentarem resiliência (superar dificuldades em
situações de risco).
■ Sociogênese;

*determinismo mais forte;


● Meio influencia o indivíduo, que também tem um efeito no meio;
● https://youtu.be/T1sDZNSTuyE?si=ZLFQlG4CZUZOSwbo
○ 2:19-10:57
○ 37:02 - “Grande parte da minha experiência no mundo é intermediada pela
experiência do outro”- Marta kohl de Oliveira
36

😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁
➔ Funções psicológicas superiores;
➔ Teses Básicas;
➔ Mediação, instrumentos e signos;
➔ Zona de desenvolvimento proximal;

● A preocupação inicial de Vygotsky não foi elaborar uma teoria do desenvolvimento


infantil.
● “A teoria histórico-cultural (ou sócio-histórica) do psiquismo, também conhecida como
abordagem sócio interacionista, elaborada por Vygotsky tem como objetivo central
caracterizar os aspectos tipicamente humanos do comportamento e elaborar hipóteses
de como essas características se formaram ao longo da história humana e de como se
desenvolveram durante a vida de um indivíduo”.
● Interesse principal de Vygostky: funções psicológicas superiores;
● Método: materialismo histórico-dialético;
● Internalização através da interação com a cultura;

● Funções psicológicas superiores


○ Modo de funcionamento psicológico tipicamente humano;
○ Internalização de formas culturais de comportamento;
● Principais Ideias - Teses Básicas
1. Relação indivíduo-sociedade;
2. Origem Cultural das funções psíquicas;
3. Base biológica do funcionamento humano;
4. Características de mediação;
5. Desenvolvimento Mental a partir do contexto social;

1) Relação Indivíduo-Sociedade
■ Toda relação—> indivíduo-objeto/pessoa—>Sempre mediada (signos ou instrumentos);
● Relação com os objetos ->mediada;
● Características tipicamente humanas não estão presentes desde o nascimento;
● Resultam da interação dialética entre o homem e seu meio sócio-cultural;
● Ser humano transforma o meio e a si mesmo.
2) Origem cultural das funções psíquicas
● Funções especificamente humanas se origina, na relação do indivíduo com o seu meio;
● Desenvolvimento mental não é imutável, passivo ou universal;
● A cultura é parte constitutiva da natureza humana;
3) Base biológica do funcionamento humano
37

● O cérebro é o órgão principal da atividade mental;


● Sistema aberto, de grande plasticidade;
● Estrutura e funcionamento cerebral são moldados ao longo da história da espécie e
história individual;
4) Características de mediação
■ Mais forte—> mais se desenvolve (se adequa?)
■ Ideia de que todo desenvolvimento se dá com a mediação;
● Instrumentos técnicos e signos: ferramentas auxiliares;
● Linguagem:mediador por excelência;
● Capacidade exclusiva da espécie humana;

● Mediação simbólica
○ “Para realizar sua atividade, o homem se relaciona com seus semelhantes e fabrica
os meios, os instrumentos: “o uso e a criação de meios de trabalho.Embora existam
em algumas espécies animais, caracterizam de forma eminente o trabalho
humano”(Marx, 1972).Isto quer dizer que as relações dos homens entre si e com a
natureza são mediadas pelo trabalho”.
■ Faz de conta—> importante

● Instrumentos

● Signos
○ Mediação de natureza simbólica (semiótica)
■ Característica semiótica (simbólica);
○ “Senhor Junior, que é sorveteiro, vendeu 1600 sorvetes em 10 dias.Quantos sorvetes
ele vendeu por dia?
○ Instrumento de atividade psíquica;
○ Média a relação entre homem e objeto, facilita, regula e controla a ação motora do
homem, tornando a ação psicológica mais sofisticada;
○ Signos “são elementos que representam uma realidade ou expressam outros objetos,
eventos ou situações”;

■ Criança internaliza os instrumentos/símbolos (individualmente) —> cultura;


■ Não é a placa em si que vai impedir você de virar, é a capacidade cognitiva que permite que você entenda
o que o objeto significa;
38

● Um refinamento um pouco maior (capacidade de abstração);

5) Desenvolvimento mental a partir do contexto social


● Processos psicológicos superiores não devem ser compreendidos como uma cadeia de
processos elementares;
● Processos psicológicos superiores podem ser descritos e explicados a partir de mudanças
que ocorrem no meio social ;

➔ “Devido a essas características especificamente humanas, torna-se impossível considerar o


desenvolvimento do sujeito como um processo previsível, universal, linear ou gradual”;
➔ “Com a ajuda do adulto, as crianças assimilam ativamente aquelas habilidades que foram
construídas pela história social ao longo dos milênios; ela aprende a sentar, a andar, a
controlar os esfíncteres, a falar, a sentar-se à mesa, a comer com talheres, tomar líquidos em
copos, etc.Através das intervenções constantes dos adultos ( e de crianças mais
experientes)os processos psicológicos mais complexos começam a se formar”;

● Exercício:

● Zona de desenvolvimento proximal


○ Vygotsky (1998) definiu a zona de desenvolvimento proximal (ZDP) como:
■ (...) a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma
determinar através da solução independente de problemas, e o nível de
desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas
sob a orientação de um adulto ou em colaboração com os companheiros
mais capazes (p.97).

😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁
➔ Retomando….
➔ Pensamento e Linguagem
➔ Estudo de caso

● Central até aqui…..


○ Quem foi Vygotsky?
○ Qual era o interesse dele?
○ Que método ele utilizou?Por que?
○ O que é mediação simbólica?
○ Como ela ocorre?
○ Qual é a diferença entre instrumento e signo?
39

○ O que é Zona de desenvolvimento proximal?

- [ ] vygotsky : revolução russa, marx(ênfase relação indício sociedade e trabalho-se relacionarem


com o mundo com ferramentas ), (preocupação principal) oq a espécie humana tem de diferente
das outras (funções biológicas superiores)- quais são as caracterizar que diferenciam a espécie
humana, pq temos a capacidade de pensar,…
- [ ] Método: materialismo histórico dialético; introduz a ideia da mediação simbólica como forma do
indivíduo se relacionar com os objetos, indivíduos
- [ ] funções psicológicas superiores vão se formar a partir da relação mediada que o indivíduo tem
o meio (internalização) e mediação dada por signo (abstração) ou instrumentos (externo ao
indivíduo/coisa concreta)
- [ ] mediação simbólica-> como o indivíduo se relaciona com outro
- [ ] zdp-> (conceito central vygotsky) espaço entre o nível de desenvolvimento real e nível de
desenvolvimento potencial

● "Grande parte da minha experiência no mundo é intermediada pela experiência do outro"-Marta Kohl de
Oliveira;
● Linguagem
Linguagem antes da aprendizagem
■ Conquistas evolutivas;
■ Garante que todo mundo se entenda;
■ Função de pensamento generalizante;
■ Comunicação verbal —> papel central na teoria;
■ Signos para se comunicar com significados para diálogo —> exclusivo humano;
○ A fala tem um papel fundamental de organizadora da atividade prática e das
funções psicológicas humanas;
○ “O momento de maior significado no curso do desenvolvimento intelectual, que dá
origem às formas puramente humanas de inteligência prática e abstrata, acontece
quando a fala e a atividade prática, então duas linhas completamente independentes
de desenvolvimento, convergem” (Vygotsky, 1984, p.27).
● Língua→ fala/discurso
○ Principal e mais complexo instrumento de representação simbólica da espécie
humana;
■ Sem linguagem, o ser humano não é social, histórico e nem cultural;
■ Funções: comunicação e pensamento generalizante;
● Pensamento generalizante
○ Como os indivíduos possuem experiências singulares e complexas, as diversas
manifestações vividas devem ser reduzidas a signos simplificados e generalizados,
para que os membros do grupo possam compreender.Ai é que aparece a segunda
função da linguagem, a do pensamento generalizante, organizando o mundo real
numa mesma classe de objetos ou seja, criando as categorias.
○ Função do pensamento generalizante: “[...} torna a linguagem um instrumento do
pensamento: a linguagem fornece os conceitos e as formas de organização do real
que constituem a mediação entre o sujeito e o objeto de conhecimento”. (Oliveira,
1993, p.43).
● Pensamento e Linguagem
○ Uso da linguagem implica uma visão generalizada do mundo;
○ Categorias/classificação;
○ Ato de nomear é o ato de classificar;
○ Capacidade de abstrair é possível porque a língua existe como sistema organizado,
articulado e compartilhado;
40

➔ Como é verdadeiro para quase todas as contribuições significativas à ciência, as ideias de


Vygotsky e de Piaget são avaliadas mais por quanto nos estimulam a ampliar nosso
conhecimento, do que por quão perfeitamente representam uma compreensão completa e
definitiva da mente humana em desenvolvimento.

ESTUDO DE CASO: Teoria Histórico-Cultural


Ana é uma garota de 8 anos que vive em um sítio próximo a "Esperança", uma pequena cidade no interior do
estado de Minas Gerais. Ela é a filha mais nova de uma família de classe média composta por seus pais e um irmão
mais velho, Lucas, de 12 anos. A relação entre Ana e seu irmão é marcada por uma combinação de rivalidade e
cuidado mútuo. Enquanto eles competem por atenção dos pais e em jogos, eles também demonstram afeto e apoio um
pelo outro quando enfrentam desafios. A mãe de Ana é uma professora de educação infantil e o pai é um agricultor. A
família de Ana é extremamente próxima, valoriza a educação e sempre a encorajam a buscar conhecimento, a ter
contato com a natureza e a contribuir com as atividades da casa.As brincadeiras favoritas de Ana são se esconder entre
as macieiras e fazer “comidinha” com folhas, terra e elementos que recolhe no campo.
O município de Esperança, onde Ana mora, é tranquilo, ali a maioria das famílias vive da agricultura e a
educação é muito valorizada. Na cidade há uma escola pública bem avaliada, chamada "Escola Municipal Monte
Alegre", onde Ana estuda. A escola possui uma estrutura relativamente boa, com salas de aula bem equipadas, uma
biblioteca e atividades extracurriculares.
Ana tem amigos na escola, mas suas amizades mais fortes são com seu irmão e os primos que
frequentemente visitam o sítio da família. Ana é uma criança excepcionalmente eloquente e articulada para a idade
dela. Ela tem um vasto vocabulário e expressa ideias complexas de maneira clara e organizada. Sua capacidade
de comunicação é frequentemente elogiada por seus professores e pais. Ela lê avidamente e mantém um diário no qual
escreve regularmente sobre seus pensamentos e experiências. No entanto, Ana é mais avançada na linguagem do que
em matemática e ciências. Ela tende a se destacar em disciplinas que enfatizam a expressão verbal, como literatura e
redação, enquanto pode enfrentar desafios em matemática, onde precisa de mais orientação.

1. Como as relações familiares de Ana influenciam seu desenvolvimento cognitivo e linguístico, de


acordo com a teoria de Vygotsky?
2. Qual é a importância do ambiente cultural e social de Ana na formação de sua Zona de
Desenvolvimento Proximal (ZDP)?
3. Ana é uma criança que se destaca na linguagem e comunicação. Como a teoria histórico-cultural
de Vygotsky pode explicar sua proficiência na linguagem?

Possivelmente, o fato de a mãe ser professora pode desempenhar um papel crucial nesse
processo. Os professores muitas vezes possuem um profundo entendimento da importância da
educação e do domínio da linguagem como ferramenta fundamental para o desenvolvimento
intelectual e social. Dessa forma, a influência de uma mãe professora pode fornecer um ambiente
propício para o aprendizado e aprimoramento das habilidades linguísticas.
Além disso, o apoio e encorajamento da família desempenham um papel significativo. O estímulo
para buscar conhecimento e contribuir para as atividades da casa demonstram um ambiente que
valoriza a aprendizagem e a participação ativa. Isso cria um contexto em que uma pessoa é
incentivada a desenvolver suas habilidades linguísticas e intelectuais, promovendo um ambiente
propício para a expressão e compreensão complexa por meio da linguagem.
A teoria da microgênese, proposta por Vygotsky, também é relevante nesse contexto. Ela sugere
que cada indivíduo possui uma história única de desenvolvimento, influenciada por suas interações
sociais e experiências. Isso significa que, mesmo dentro do mesmo ambiente familiar e
educacional, cada pessoa pode desenvolver suas habilidades linguísticas de maneira distinta, com
base em suas experiências e interações específicas.
Em resumo, a inteligência na área de linguagem é resultado de uma interação complexa entre
fatores como a influência da família, especialmente quando a mãe é professora, o encorajamento
para buscar conhecimento e a teoria da microgênese que permite a singularidade do
desenvolvimento de cada indivíduo. Esses elementos são combinados para criar um ambiente
propício ao desenvolvimento das habilidades linguísticas e intelectuais.
41

Segundo a teoria de Vygotsky, a inteligência na área de linguagem está ligada ao desenvolvimento


cultural e social de um indivíduo. Ele acreditava que a inteligência é moldada pelas interações
sociais e culturais, e que a linguagem desempenha um papel fundamental nesse processo.
Vygotsky enfatizava a importância da linguagem na construção do pensamento e na mediação das
atividades intelectuais.
Portanto, alguém pode ser considerado inteligente na área de linguagem quando é capaz de utilizar
uma linguagem de forma eficaz para expressar ideias, compreender conceitos complexos e
comunicar-se de maneira clara e precisa. Isso reflete um desenvolvimento cognitivo influenciado
pela interação com o ambiente social e cultural ao redor.

Funções psicológicas superiores que são, elas mesmas, produto da atividade vital humana - o
trabalho, Tais funções, portanto, não estão postas biologicamente. Constituem, antes, processos
sociais complexos que convertem as funções psicológicas elementares em superiores, ou seja,
saimos de um funcionamento biológico para um modo sócio-histórico de ser, o modo humano.

TEORIA BIOECOLÓGICA DO
DESENVOLVIMENTO HUMANO-Bronfenbrenner

● Complexidade humana
○ A Teoria Bioecológica reorientou a tradicional concepção de psicologia, que dá aos
processos psicológicos uma conotação demasiado individualista. Na Teoria
Bioecológica, os processos psicológicos são propriedades de sistemas, a pessoa é
um dos elementos e o foco principal está nos processos e nas interações.
● Urie Bronfenbrenner (1917-2005)
○ Moscou, URSS;
○ Marginalidade e pobreza;
○ Migração para os EUA na infância;
42

○ Pai cientista, mãe professora;


○ Vivências com "saúde mental";
○ Música e Psicologia;
○ Cornell, Harvard e Michigan;
○ Casamento duradouro, 6 filhos;
○ "Uma vida marcada por fatores de risco e de proteção concomitantes, que mostram,
em sua própria experiência, o quanto custa e o quanto vale ser humano" (Koller,
2011);
1. Perseguiu uma boa teoria do desenvolvimento humano;
2. Implicou e aplicou a teoria em políticas e práticas para a melhoria da
qualidade de vida;
3. Comunicou seus achados para as mais variadas plateias;
● Influência
○ Kurt Lewin e a Teoria de campo
■ O comportamento é explicado como função da particular situação de forças
em seu espaço vital;
● Forças: Em interação, produzem sistema de tensão.Campo é
dinâmico.
● Espaço vital: Totalidade dos fatos que determinam o
comportamento.
■ Influências das forças ( + ou - ) que atuam em casa corpo/espaço vital;
■ Comportamento na sala é influenciado por diversos fatores; ->sala como espaço vital
1) Fase 1: 1942-1970
a) Envolve-se com práticas de políticas públicas, aprofundando seus estudos sobre
personalidade (Bronfenbrenner, 1960). Transição científica de investigações de teoria
de classe para sistêmica. O cume dessa fase está no volume Two worlds of
childhood: US and USSR (Bronfenbrenner, 1970).
■ Ambientes diferentes—> comportamentos diferentes;
2) Fase 2: 1971-1980
a) Consolida seu modelo ecológico pelo livro A Ecologia do Desenvolvimento Humano:
experimentos naturais e planejados, considerado por todos os cientistas do
desenvolvimento como um marco mundial no estudo sistêmico sobre
desenvolvimento humano. Nele se encontram os principais preceitos de seus
modelos e teoria ecológicos.
■ Modelo processo-pessoa -contexto-tempo;
3) Fase 3: 1981-2005
a) Amadurece suas ideias, consolidando-as como teoria bioecológica. Publica
Bioecologia do Desenvolvimento Humano: tornando os seres humanos mais
humanos, uma atualização e compilação de suas principais produções.

● 2° Fase: Modelo Biológico do Desenvolvimento humano


○ Propõe que o desenvolvimento seja estudado através da interação sinergias de
quatro núcleos inter-relacionados;
■ Vetores, tempo, contexto, história da pessoa —> importantes;
■ Centralidade —> processos;
43

● Quem foi Urie Bronfenbrenner?


● Qual era seu principal interesse com a psicologia?
● Por que sua teoria se chama "Bioecológica"?
● Quais foram as principais influências da TBDH?
● O que é o Modelo Bioecológico do Desen. Humano?
● O que são processos proximais?
● Quais são os diferentes níveis contextuais?
● O que é cronossistema?

Urie Bronfenbrenner foi um renomado psicólogo do desenvolvimento, nascido em 1917 e falecido em 2005. Ele é
reconhecido por sua contribuição significativa para a compreensão do desenvolvimento humano e a teoria bioecológica do
desenvolvimento.

Seu principal interesse na psicologia era compreender como os vários ambientes e contextos influenciam o desenvolvimento
humano ao longo do tempo.

A teoria de Bronfenbrenner é chamada de "bioecológica" porque enfatiza a interconexão dinâmica entre fatores biológicos
(como características genéticas) e contextos ecológicos (como família, escola, comunidade, cultura) na formação do
desenvolvimento humano.

As principais influências da Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano (TBDH) incluem as teorias do sistema
ecológico de Kurt Lewin, a teoria do desenvolvimento de Arnold Gesell, a teoria do desenvolvimento sociocultural de Lev
Vygotsky e a teoria do desenvolvimento evolutivo de Charles Darwin.

O Modelo Bioecológico do Desenvolvimento Humano de Bronfenbrenner é uma estrutura que descreve o desenvolvimento
humano como um processo influenciado por múltiplos sistemas concêntricos e inter-relacionados, denominados de
microssistema , mesossistema, exossistema e macrossistema.

Os processos proximais referem-se às interações diretas e imediatas que uma pessoa tem com seu ambiente social. Esses
processos são fundamentais para o desenvolvimento, pois são as relações e interações próximas que influenciam o
crescimento e aprendizado.

Os diferentes níveis contextuais na teoria bioecológica incluem:


- Microssistema: Ambiente imediato e direto no qual a pessoa vive e interage (família, escola, amigos).
- Mesossistema: Conexões entre os diferentes ambientes do microssistema de uma pessoa.
- Exossistema: Ambientes nos quais a pessoa não está diretamente envolvida, mas que afetam indiretamente seu
desenvolvimento (como o local de trabalho dos pais).
- Macrossistema: Sociedade em geral, incluindo crenças culturais, valores, leis e sistemas políticos.

O cronossistema é o elemento temporal na teoria bioecológica, que considera as mudanças ao longo do tempo nos vários
contextos e sistemas que influenciam o desenvolvimento humano. Ele envolve a dimensão temporal e histórica dos
ambientes e influências no decorrer da vida de uma pessoa.

● Processo
○ Construto fundamental da teoria;
○ O desenvolvimento humano se dá através de
interações externas e imediatas cada vez mais
complexas do ser humano com as pessoas, objetos
e símbolos.
○ Interações que acontecem em dois sentidos:
44

■ (1) mecanismos constantes de ligação entre o ambiente e a pessoa;


■ (2) forma como a pessoa se desenvolve nas atividades diárias, papéis e
inter-relações.
○ PROCESSOS PROXIMAIS: motores do desenvolvimento;
■ Engajamento em uma atividade;
■ Interações regulares ao longo do tempo;
■ Progressivamente mais complexas;
■ Reciprocidade;
■ Estimulação.
○ Competência X Disfunção
■ Competência: Aquisição de conhecimentos, habilidades e capacidades para
conduzir e direcionar seu próprio comportamento;
■ Disfunção: Manifestação recorrente de dificuldade em manter o controle e a
integração do comportamento, em diferentes domínios do desenvolvimento;
○ O poder, o conteúdo e a direção que os processos proximais possuem para
promover o desenvolvimento variam sistematicamente, dependendo das
características da pessoa em desenvolvimento; dos contextos em que ela se
encontra inserida; das continuidades sociais e mudanças que acontecem com
o passar do tempo; assim como o período histórico durante o qual a pessoa
vive.
● Pessoa
○ Envolve características tanto determinadas biológica e psicológicamente, quanto as
construídas na relação com o ambiente.
○ Características da pessoa são tanto produto como produtoras de desenvolvimento.
○ (1) demandas: características que agem como estímulo imediato em outras pessoas,
encorajando ou desencorajando reações do meio, favorecendo ou não processos
proximais.
○ (2) recursos biopsicológicos: características não tão evidentes, relacionadas a
eventos sociais, mentais e emocionais (experiências, conhecimentos, habilidades)
que influenciam diretamente os processos proximais.
○ (3) força: características que tem a ver com diferenças de temperamento, motivação,
persistência, etc., e são elas que vão colocar os processos proximais
em movimento.
● Contexto
○ O ambiente ecológico de desenvolvimento humano
não se limita apenas a um ambiente único e imediato, e deve ser
“concebido topologicamente como uma organização de estruturas
concêntricas, cada uma contida na seguinte” (BRONFENBRENNER,
1996 p.18).
○ MACROSSISTEMA: conjunto de ideologias, valores e
crenças, religiões, formas de governo, culturas e subculturas presentes no cotidiano
das pessoas
○ EXOSSISTEMA: ambientes que o indivíduo não frequenta, mas que ainda assim
exercem influência indireta sobre seu desenvolvimento (trabalho dos pais, associação
de moradores, rede de apoio social)
○ MESOSSISTEMA: conjunto de microssistemas e suas inter relações (família-escola;
universidade-local de estágio; família-amigos)
○ MICROSSISTEMA: ambiente imediato em que a pessoa vive. Reciprocidade,
equilíbrio de poder e afeto são características das relações estabelecidas neste
sistema (família, parentes, amigos, escola).
micro—>macro
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Tempo
● “Cronossistema”
● Permite examinar a influência sobre o desenvolvimento humano de mudanças e
continuidades que acontecem ao longo do ciclo da vida
● Na análise do elemento TEMPO é fundamental levar em conta não só as mudanças que
ocorrem em relação à pessoa, mas também em relação ao ambiente e à relação dinâmica
entre esses dois processos.
● Microtempo: continuidade e descontinuidade dos pequenos episódios de processos
proximais. Pautam a regularidade (ou não) para o funcionamento efetivo dos processos
proximais.
● Mesotempo: peridiocidade dos processos proximais através de intervalos maiores de tempo,
como dias e semanas. Os efeitos cumulativos destes, podem produzir resultados
significativos no desenvolvimento.
● Macrotempo: expectativas e eventos em mudança através de gerações.

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