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Infância
1. Thaise
2. Flavia
3. Luciana
😘
1-Thaise
Psicologia do Desenvolvimento
● Psicologia evolutiva:
○ Objeto de estudo: conduta humana;
○ Estuda a mudança ao longo do tempo.
● Definição: “Psicologia evolutiva é a disciplina que se dedica ao estudo das mudanças psicológicas que, em uma
certa relação com a idade, ocorrem nas pessoas ao longo de seu desenvolvimento, isto é, desde sua concepção até
a morte”.
● Traços- Mudança:
1. Caráter normativo→Processos de todos os seres humanos.
2. Fenômenos idiossincráticos: Próprios do indivíduo;
3. Mudanças relacionadas à idade: Período de vida.
● Idades- Períodos do desenvolvimento
○ Primeira infância: 0-2 anos;
○ Educação infantil: 2-6 anos;
○ Ensino fundamental: 6-12 anos;
○ Adolescente: 12-20 anos;
○ Maturidade: 20-65 anos;
○ Velhice: A partir de 65 anos.
● Influências no Desenvolvimento
1. Maturação: Processo de mudança de acordo com a idade;
2. Cultura: Influência do contexto. Ex:Apego;
3. Momento histórico: Desenvolvimento no interior da cultura. Ex:independência econômica;
aposentadoria;
4. Subgrupos Sociais: Status social; Ex:Acesso À escolarização;
5. Traços e Características individuais: Caráter genético, experiências, contexto individual.
● Objetivos da Psicologia do desenvolvimento
1. Descrição: O que, como, curso;
2. Explicação:Como, causas, hipóteses;
3. Predição: Indicação sobre melhora e otimização;
● Perspectiva Histórica:
● Século XIII: Antigamente a taxa de mortalidade infantil era muito alta, poucos bebês sobreviveram;
● Até Século XVII-A infância não era considerada um período específico de vida;
● Menino Selvagem de Aveyron→VIctor; encontrado em 1800;
● Século XIX: trabalho e preocupação com seu bem-estar.
● Estudo Psicologia Infantil: início do século XX:
○ Lei regulamentando o trabalho infantil;
○ Introduzida a legislação sobre educação;
○ Tribunais juvenis;
○ Serviços de assistência social à criança;
Necessidade de conhecer e avaliar o Desenvolvimento:
● França: A. Binet → Metodologia experimental (memória, inteligência) desenvolvimento infantil;
Pesquisas Início do Século XX:
● Estudo da criança e do desenvolvimento;
○ Pioneiro: Stanley Hall (USA);
■ Meta: descrever a sequência do desenvolvimento;
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■ Pressuposto:Maturação e hereditariedade;
● Influência Psicologia do Desenvolvimento:
○ Freud: Fases Psicossexuais (conflitos emocionais);
○ Watson: Aprendizagem e influências ambientais;
○ A. Gesell (1880 -1961): interesse no processo de crescimento e maturação-ótica evolutiva. Aspectos normativos;
○ J. Watson (1878-1957): emoções, condicionamento;
○ B. F. Skinner (1904-1990): Consequências fundamentais para determinar comportamento;
○ A. Bandura: Aprendizagem social;
○ K. Lewin (1890-1947): Conduta é uma totalidade.
○ S. Freud (1856-1939): Desenvolvimento Psicossexual;
○ J. Piaget: Desenvolvimento intelectual.
○ H. Wallon(1879-1962): Emocional, intelectual, social
Psicologia Evolutiva Contemporânea-1970
● Erikson (1902-1994): Teoria do desenvolvimento psicossocial-ciclo vital humano;
● K. Lorenz: Teoria etológica(antecedentes filogenéticos- valor de sobrevivência para espécie).
● J. Bowlby (1969): Teoria do apego;
● U. Bronfenbrenner (1979): Modelo bioecológico.Contexto-sucessão de esferas interpenetradas ação;
● L. Vygotsky (1896-1934): Ação sobre o meio que são desenvolvidas as funções psicológicas(pensamento, linguagem);
● Teoria interacionista de caráter holístico.
Período após Segunda Guerra Mundial
● Espinha dorsal da Psicologia Infantil:
○ Psicanálise;
○ Comportamentalismo;
↳Psicologia Experimental: Formular e testar explicações teóricas;
Questão Atual
● Mudanças nos sistemas familiares e na atenção e cuidados dispensados à infância- que tipo de consequências para
o desenvolvimento?
Pesquisa sobre Desenvolvimento Infantil:
● Pesquisa básica: Gerar conhecimento sobre os processos;
● Pesquisa Aplicada: Dirigida à solução de problemas.
Métodos
1. Transversais: Comapara diferentes faixas etárias;
2. Correlacionais: Testar hipóteses- relação entre variáveis;
3. Longitudinais: Observação durante um período de tempo;
4. Experimental: Modifica uma variável (VI) e mensura outra (VD);
5. Experimentos de campo: Mostra direção causal na “vida real”;
6. Estudos Interculturais: Comparação entre as culturas.
Método Experimental:
● Experimento clássico Harlow (1963-1968);
● VI- Mãe substituta (arame e pano);
● VD- Comportamento do filhote de macaco.
Controvérsias Conceituais
1. Herança-meio: Transmissão hereditária de características psicológicas;
2. Perfil Maturativo: calendário maturativo.
3. Herdabilidade dos traços Psicológicos.
4. Continuidade-descontinuidade.
Conceitos sobre o desenvolvimento
1. Maturação X Aprendizado;
2. Continuo X Cumulativo;
3. Estabilidade X Mudança;
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Não anotei tudo da biografia dele, nem no caderno, nem aqui.
3
Conceitos Fundamentais
1. Hereditariedade;
2. Adaptação:
a. Assimilação;
b. Acomodação:
3. Esquema;
4. Equilibração.
Hereditariedade
● Estruturas biológicas (sensoriais e neurológicas) → Predispõe ao surgimento de estruturas mentais.
● “Herdamos um organismo que vai amadurecer em contato com o meio ambiente”.
● Interação organismo- ambiente → estruturas cognitivas;
● Maturação do organismo (SNC) contribui para o aparecimento de novas estruturas mentais,
proporcionam adaptação ao ambiente.
○ Ambiente é físico e social;
Adaptação
1. Assimilação;
2. Acomodação;
● Conhecimento possibilita novas formas de interação com o ambiente proporcionando adaptação de
situações novas.
● Buscar estruturas mentais;
○ Estruturas existentes → Assimilação;
○ Estruturas inexistentes: estruturas modificadas na busca da forma adequada de lidar com uma
nova situação → Acomodação;
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Assimilação
● Tentativa feita pelo sujeito de solucionar uma determinada situação, utilizando uma estrutura mental já
formada, a nova situação é assimilada a um sistema já pronto.
ex: tipo aprendeu a subir uma escada normal e com corrimão e agora vai ter que subir, por exemplo, em uma escada irregular
e sem correção.
Acomodação
● Modificação das estruturas antigas com vista a solução de um novo problema de ajustamento, a uma
nova situação.
● Adaptação a uma nova exigência da realidade;
● Ex: andar com uma bike sem rodinha depois de aprender a andar só com rodinha.
Assimilação-Acomodação
● Processos de assimilação e acomodação são complementares e presentes durante a vida do
indivíduo.
● Dificilmente possa ocorrer assimilação sem acomodação.
● O processo de adaptação intelectual é um processo extremamente dinâmico e envolve todo
momento assimilação e acomodação.
Esquema
● Unidade estrutural básica de pensamento ou ação e que corresponde às estruturas biológicas que
muda e se adapta;
● A partir do equipamento biológico hereditário a criança irá formar estruturas mentais com a finalidade de
organizar as sensações e estados internos;
● Esquema simples: sugar o dedo quando encosta os lábios;
● Esquema complexo: solucionar problemas científicos.
● Nascimento: reflexão preensão → Maturação biológica + estimulação do ambiente = esquema de
preensão.
○ Reflexo→esquema. Ex: esquema de sucção.
● Unidades estruturais móveis que se modificam e se adaptam;
● Continuo desenvolvimento se dá no sentido de permitir uma adaptação mais complexa a uma realidade que é
percebida por ele, exigindo pensamento cada vez mais adaptado.
● Iniciais→ abstratos;
Equilíbrio
● O organismo funciona de modo a atingir o equilíbrio e a procurar manter um estado de equilíbrio interno que permite
a sobrevivência num determinado ambiente.Para isso os vários elementos orgânicos se organizam em sistema de
forma a obter tanto um desenvolvimento como um funcionamento harmônico de todas as partes.Se um dos
elementos entra em desacordo com os demais, ocorre um processo no organismo com vistas a retornar o estado de
equilíbrio.
○ Ex: Fome → comer (equilíbrio);
● Equilíbrio: Processo de organização das estruturas cognitivas num sistema coerente, interdependente, que possibilita
ao indivíduo um tipo ou outro de adaptação à realidade;
● Desequilíbrio: Depender da interferência das pessoas para sobreviver;
● Equilíbrio: Organização das impressões sensoriais;
○ 1ª Forma de equilíbrio: Formação série de esquemas sensoriais-motores;
● Desenvolvimento é um processo que busca atingir formas de equilíbrio cada vez melhores.É um
processo de equilibração sucessiva que tende de uma forma final a aquisição do pensamento
operacional formal.
● A cada problema novo o equilíbrio é rompido e ocorre uma movimentação das estruturas mentais no
sentido de solucionar este desequilíbrio e atingir novamente o estado de equilíbrio.
Assimilação Tentativa de adaptar as novas experiências pela interpretação destas de acordo com os esquemas já
existentes.
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Acomodação Modificação dos esquemas existentes para poder lidar melhor com as novas experiências;
Conceitos Fundamentais-Estágios
● Estágios são degraus em direção a novos equilíbrios;
● Características:
○ Ordem sequencial- invariável;
○ Compartilham estrutura de conjunto;
○ Transição entre estágios é gradual;
● Pontos de equilibração no desenvolvimento cognitivo
○ Vão permitir a mudança para o estágio seguinte (pontos de transição);
○ Há 3 grandes pontos de equilibração no desenvolvimento cognitivo;
■ Sensório motor→ Pré-operante
● Aos 18 meses- uso de símbolos;
■ Pré-operante → Operacional Concreto
● Entre 5 e 7 anos- operações concretas;
■ Operacional concreto → Operatório Formal
● Adolescência- operações abstratas;
● Estágios do desenvolvimento cognitivo-Piaget
○ Sensório motor- 0 aos 2 anos;
○ Pré-operatório- 2 aos 6/7 anos;
○ Operatório concreto- 6/7 aos 11 anos;
○ Operatório formal- a partir dos 11/12 anos;
Estágio Sensório-Motor (0 a 18/24 meses)
● Inteligência essencialmente prática;
● Relação com o mundo pelos sentidos e pela ação:
● Pensamento no presente imediato, sem planejamento ou intenção;
● Ainda não há representação interna dos objetos (imagens/palavras).
● Conquistas do Estágio Sensório-motor:
○ Conceito de objeto- em torno dos 8 meses- diferenciação dos objetos do mundo e do próprio
corpo;
○ Permanência de objeto- em torno dos 9 meses- o mundo é estável independentemente de
sua percepção imediata;
■ Principais conquistas do estágio: Permanência de objeto e reconhecimento de quem é o outro.
○ Início da função simbólica- linguagem.
Estágio Pré-Operatório (Entre 2 e 6/7 anos)
● Não se limita a presente;
● Pensamento egocêntrico (incapacidade de levar em conta o ponto de vista de outrem);
● Pensamento intuitivo (conclusões da realidade imediata);
● Não-reversibilidade (pensamento arraigado à realidade concreta, não realização de operações mentais);
● Representações da realidade- faz-de-conta;
Estágio Operatório Concreto ( 6/7 aos 11 anos)
● Superação do pensamento egocêntrico;
● Aparecimento da lógica e da reversibilidade (A>B → B<A);
● Pensamento operatório- organização das conservações e das classificações;
● Uso da lógica indutiva;
● Manejo de símbolos para o aprendizado da leitura, escrita e matemática.
Estágio das Operações Formais ( A partir dos 11 anos)
● Aparecimento da lógica formal-uso das entidades linguísticas;
● Pensamento lógico-dedutivo (predizer resultados a partir de princípios gerais - idéias- formular
hipóteses);
● Pensamento abstrato- exaustividade lógica;
Nascimento aos Sensório-motor Bebês usam capacidades sensoriais para As crianças adquirem um senso primitivo
2 anos explorar o ambiente e adquirir um entendimento de “eu” e “outros” aprendendo que os
básico. objetos continuam a existir quando não
Ao nascerem, possuem apenas reflexos inatos. podem ser vistos(permanência do
Ao fim do estágio são capazes de complexas objeto).
coordenações sensório-motoras.
2 aos 7 anos Pré- As crianças usam simbolismos (imagens e Crianças se tornam imaginativas em
operacional linguagem) para representar e entender aspectos suas brincadeiras.Gradualmente
do ambiente.Respondem aos objetos de acordo percebem que outras pessoas nem
com o que aparentam.Pensamento é sempre percebem o mundo como elas o
egocêntrico. fazem.
7 aos 11 anos Operacional As crianças adquirem e usam operações As crianças são mais enganadas pelas
Concreto cognitivas (atividades mentais que compõem o aparências.Passam a entender relações
pensamento lógico) entre objetos e os eventos.
11 anos em Operacional As operações cognitivas do adolescente são O pensamento lógico não está mais
diante Formal reorganizadas de modo a permitir que operem limitado ao concreto ou
sobre operações ( pensar sobre observável.Adolescentes adoram se
pensamento).Pensamento é sistemático e envolver em discussões hipotéticas e
abstrato. podem se tornar idealistas.Capazes de
raciocínio sistemático e dedutivo.
Subestágio 2 1-4 meses Primeiras adaptações adquiridas, esquemas simples (Reação circular
primária).
Subestágio 5 12-18 meses Experimentação ativa de novas coordenações (Reação circular terciária).
Subestágio 6 18-24 meses Invenção de novas coordenações por combinação mental de representações.
➔ Reação circular Primária (1-4 meses): esquemas simples, descobertos pelo bebê e registro ao seu
corpo (chupar a mãe);
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➔ Reação circular Secundária (4-8 meses): coordenações de esquemas inicialmente ao acaso, mas
associados ao meio físico e social;
➔ Reação circular Terciária (12-18 meses): coordenação flexível de esquemas secundários,
experimentando novos meios que levam a um efeito desejável.Relações de “ver o que acontece”.
Subestágio 1: Exercício dos reflexos inatos (0-1 mês)
● Reflexos → repertório mínimo para sobreviver;
● Repetição de esquemas inatos → assimilação.
Subestágio 2: Primeiras Adaptações (1-4 meses)
● Formação das primeiras estruturas adquiridas;
● “Quando o bebê faz algo não intencional e o agrada, inicia um processo de assimilação- conseguir
novamente o mesmo efeito”;
● A criança repete comportamentos centrados no seu corpo.
● Conquista: Seguir com os olhos o movimento de objetos;
Subestágio 3:Reação circular secundária (4-8 meses)
● Crianças começam a manipular, intencional e repetidamente os objetos que encontram no ambiente
(pegar, agarrar, sacudir, bater, colocar na boca);
● Há busca do objeto somente se está parcialmente oculto ( reconstrói-se o todo a partir de uma parte);
● Representação do objeto continua sendo dependente da ação;
Subestágio 4:Coordenação dos esquemas secundários (8-12 meses)
● Ações têm intencionalidade;
● Primeiras coordenações do tipo instrumental meio-fins(pegar a bola
● → anteparo-tirar o anteparo meio-fim pegar bola);
○ Ex: Agarrar um boneco + retirar obstáculo entre ela e o boneco;
● Nessa idade a criança começa a antecipar( Ex: sair de casa quando colocam determinada
roupa).Interesse da criança pelo que ocorre no meio que a cerca;
● Criança aprende que o objeto continua a existir mesmo que não está a vista → ainda não há conceito
de objeto completamente desenvolvido, a criança acha quando aparece uma parte do objeto;
Subestágio 5:Reações circulares terciárias (12-18 meses)
● Desenvolve habilidade de seguir movimentos sequenciais visíveis e procura por um objeto onde foi
escondido por último;
● Ainda não há permanência do objeto → incapacidade de compreender “deslocamentos invisíveis”;
● Criança ensaia vários procedimentos até resultado desejado( Criança procura o objeto- observação do
local, não mais do conhecimento anterior);
Subestágio 6: Invenções de novas combinações (18-24 meses)
● Inteligência opera cada vez mais com representações, antecipando os efeitos sem necessidade de agir;
● A criança vai elaborando seu conhecimento dos objetos e das relações espaciais → reconstrói
deslocamentos que não tenha visto.
Função simbólica
● Acesso à função simbólica resume a evolução da inteligência sensório-motora;
● Símbolos originam-se na ação;
● Significados → assimilação “dar significado ou compreender um objeto é assimilá-lo aos esquemas
disponíveis;
Permanência do objeto
● Habilidade cognitiva de permanência → início do verdadeiro pensamento: habilidade de usar o símbolo
mental para resolver os problemas;
● Prepara para o estágio seguinte- pensamento separa da ação;
● Permanência do objeto é a base de todos os avanços subsequentes na habilidade intelectual;
● “A conservação de objetos é, entre outras coisas, uma função da sua localização; isto é, a criança
aprende simultaneamente que o objeto não para de existir quando desaparece, e aprende para onde
ele vai.Este fato mostra, de princípio, que a formação do esquema do objeto permanente está
estreitamente relacionada com o todo espaço temporal e com a organização causal do universel
prático”.
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○ Ausência de reversibilidade;
■ Não é capaz de reverter, só tem um jeito de pensar;
● Não é capaz de mentalemnte reverter o ato de estender a fileira.
■
○ Imagem mental;
■ Representações internas (símbolos) de objetos ou experiências perceptivas passadas, embora
não sejm cópia fiel daquelas experiências.
○ Linguagem falada;
■ Emprego de palavras para expressar sentimentos, pensamentos, necessidades.Emprego da
palavra falada como símbolo.
■ “A linguagem falada representa três consequências essenciais ao desenvolvimento mental:
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EX: •Criança 2-4 anos: Ela tem uma conversa consigo mesmo, na presença de terceiros. (Fala egocêntrica -
ausência de verdadeira comunicação).
◦ Srta L. diz a um grupo de crianças que a coruja não enxerga durante o dia.
◦ LEV: “Bem, eu sei perfeitamente que ela não enxerga”
◦ LEV: “Eu já terminei as luas, mas tenho que mudá-las”
◦ LEV: “Eu tenho uma espingarda para matá-lo. Eu tenho um cavalo e também uma espingarda”
◦ Piaget chama de Monólogos coletivos
• Criança 6-7 anos: Linguagem torna-se comunicativa (Fala socializada)
• Pie (6;5): “Agora você não terá o lápis, porque você o pediu. Hei (6;0) “Sim, eu o terei porque ele é
meu” – Pie “Ele não é seu, ele pertence a todas as crianças. Ele pertence a Srta L porque ela comprou e
também pertence a todas as crianças;
Diferenças
Sensório-motor Pré-operatório
Socialização
● Desenvolvimento interligado de modo que desenvolvimento social age sobre o desenvolvimento
cognitivo e afetivo;
● Conhecimento social constituído na interação criança e adulto.
Conservação
● “Conservação refere-se ao conceito de que a quantidade de uma matéria permanece a mesma
independente de quaisquer mudanças em uma dimensão irrelevante”.
● Durante o estágio pré-operatório é próprio da criança
a não conservação;
Desenvolvimento afetivo:
● A representação permite agora a criação de imagens das
experiências, assim pela primeira vez os sentimentos podem ser
representados e recordados;
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Conservação Idade
Número 6-7
Área 7-8
Volume(líquido) 7-8
Peso 9-10
Fatores determinantes
transição do
pré-Operatório
→Operatório Concreto
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O Método Clínico
“O bom experimentador deve, efetivamente, reunir duas qualidades, muitas vezes incompatíveis: saber observar,
ou seja, deixar a criança falar, não desviar nada, não esgotar nada e, ao mesmo tempo, saber buscar algo de
preciso, ter a cada instante uma hipótese de trabalho, uma teoria verdadeira ou falsa, para controlar.É preciso
ter-se ensinado o método clínico para compreender a verdadeira dificuldade, ou os alunos que se iniciam
sugerem à criança tudo aquilo que deseja descobrir, ou não sugerem nada, pois não buscam nada, e portanto
também não encontram nada”. (Piaget, 1926,p.11)
➔ O Método clínico
1 . Controle;
2, Objetivos do exame;
3, Pressupostos do Exame;
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QUESTÕES NORTEADORAS
1. O que explica o fato de crianças serem criadas no mesmo ambiente e terem comportamentos
diferentes?
2. Quais fatores podem influenciar o desenvolvimento?
3. Como a noção de Desenvolvimento de Bijou e Baer explica o vínculo e relação pais-filhos.
4. Uma criança que apresenta atraso na linguagem, social e emocional, o que pode estar
afetando?
● Comportamento
○ “Comportamento é um termo conveniente para todas as reações
da criança, sejam elas reflexas, espontâneas ou aprendidas”;
● Desenvolvimento comportamental
○ A medida que o sistema nervoso sofre diferenciações ligadas ao
crescimento, o corpo também se diferencia;
○ O desenvolvimento é um processo de padronização + refere-se ao caráter
normativo do desenvolvimento;
○ Diferenciação neural → especialização de função - novo comportamento;
18º.Semana 40º.Semana
○ Desenvolvimento → processo de
gestacional: mão pós-natal:mão tateia padronização;
agarra e flexiona e remexe ○ “Padrão comportamental é simplesmente
uma resposta definida do sistema neuromotor a uma
situação específica (p.4)”.
○ Todos os padrões comportamentais
evoluem de maneira equiparável;
● 5 campos do comportamento
1. Comportamento adaptativo;
2. Comportamento motor grosseiro;
3. Comportamento motor delicado;
4. Comportamento de linguagem;
5. Comportamento pessoal-social;
1) Comportamento adaptativo
● Organização dos estímulos:
○ Coordenação dos olhos e mãos para alcançar;
○ Utilização do equipamento motor para solução de problemas práticos;
● Precursor da “inteligência”” posterior, pois significa a capacidade de utilizar a experiência
prévia na solução de novos problemas;
● O comportamento adaptativo:
○ Organização de estímulos;
○ A percepção das relações;
○ A decomposição do todo em partes;
○ A reintegração dessas partes para a formação do todo.
2) Comportamento motor grosseiro
● Relações posturais, grandes músculos:
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○ Equilibrar a cabeça;
○ Ficar de pé;
○ Engatinhar;
○ Andar;
○ Correr;
○ Etc….
3) Comportamento motor delicado
● Uso das mãos e dos dedos (pequenos músculos) para manipulação, ou seja, aproximação
preensória do objeto:
○ Ponto de partida estimativa de sua maturidade;
○ Uso de mãos e dedos;
○ Padrão de preensão de objetos;
○ Capacidade de manipulá-los;
4) Comportamento de linguagem
● Comunicação audível ou visível ( gestos, expressões faciais, movimentos posturais,
vocalização, palavras ou frases);
● Fase pré-verbal → verbal;
● Desenvolvimento da linguagem receptiva e expressiva:
○ Expressões faciais;
○ Vocalizações;
○ Comunicação gestual;
○ Comunicação oral:
■ Palavras;
■ Palavras-frase;
■ Frase.
5) Comportamento pessoal-social —> Autonomia;
● Relações pessoais da criança à cultura social:
○ Treino toalete;
○ Aptidão para se alimentar;
○ Cooperação;
○ Internalização dos valores da cultura;
○ Grau de independência;
○ Comportamento imitativo.
● Diagnóstico desenvolvimentista
○ Comportamento normal assume padrões à medida que se desenvolve;
○ Diagnóstico consiste na observação discriminativa dos padrões comportamentais e
em sua avaliação através de padrões comportamentais normais;
○ Padrão comportamental normal é um critério de maturidade que foi definido por
estudos sistemáticos da evolução sadia do desenvolvimento:
■ Sequências comportamentais, ordem;
■ Idade cronológica.
○ O desenvolvimento é um processo contínuo e prossegue estágio por estágio por
estágio numa sequência ordenada e cada estágio exibe um grau ou nível de
maturidade;
○ Observa-se que existem períodos integradores com mudanças fundamentais no foco
e nos centros de organização;
○ A organização do comportamento se inicia antes do nascimento e sua direção é
céfalo-caudal e proximal-distal.
➔ (0-8 s) Embrião;
➔ (8-40 s) Feto;
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➔ (0-2 a) Bebê;
➔ (2-5 a) Pré-escolar;
➔ (5-12 a) Idade escolar;
➔ (12-24 a) Adolescência;
➔ Maturidade do adulto.
● Estágios e sequências
○ Sequência ordenada;
○ Cada estágio → um nível de maturidade;
○ Tendências → primeiro ano de vida:
■ Primeiro trimestre (0-16 s): coordenação músculos oculomotores;
■ Segundo trimestre (16-28 s):coordenação dos músculos que sustentam a
cabeça, parte superior do tronco, braços;
■ Terceiro trimestre (28-40 s): adquire comando dos dedo e tronco.Apanha
objetos, seta e engatinha;
■ Quarto trimestre (40-52 s): Amplia o comando de suas pernas e pés, anda
sozinho.
○ Tendências:
■ Segundo ano: Anda, corre, articula palavras e enunciados verbais
curtos.Controle das fezes e urina.Senso rudimentar de identidade;
■ Terceiro ano: Fala frases, usa palavras como instrumento de
pensamento.Atende exigências da cultura;
■ Quarto ano: Formula inúmeras perguntas, percebe analogias, conceitua e
generaliza;
■ Quinto ano: controle motor bem amadurecido.Pula e senta.Narra
histórias.Prefere brincadeiras em grupo.Sente orgulho pelas realizações;
○ Tendências do comportamento aquisitivo:
■ Sexto ano: Coleciona ninharias esporadicamente;
■ Sétimo ano: Tem interesse específicos;
■ Oitavo ano: Tem marcado interesse (Ex:boneca);
■ Décimo ano: Interesse intelectual;
■ Quinze anos: Tem apreço pelo dinheiro.
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Referências:
Gesell, A. (2000). Gesell e Amatruda diagnóstico do
desenvolvimento: avaliação e tratamento do
desenvolvimento neuropsicológico no lactente e
na criança pequena, o normal e o patológico.
Editores: Knobloch, H.Passamanick, B. (Tradução:
Ribeiro, V.L. São Paulo: Editora Atheneu.
● Estágios
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1. Estágio Impulsivo-Emocional;
2. Estágio Sensório-Motor e Projetivo;
3. Estágio do Personalismo;
4. Estágio categorial;
1) Estágio Impulsivo-Emocional
● Idade: 0 a 1 ano;
● Emoção→ interação criança com o meio;
● Afetividade orienta as primeiras reações do bebê às pessoas;
● Reações voltadas adulto → emoção;
● Bebê: manifestações impulsivas + ações do adulto → estabelecimento de relação;
● Emoção é o elo entre criança e adulto;
● Exuberância manifestações afetivas → inaptidão para agir sobre a realidade;
● Motricidade que manifesta emoção → andar;
● Emoção: predomínio —> relação bebê com a mãe;
3) Estágio do Personalismo
● Idade: 3 a 6 anos;
● Tarefa central: processo de formação da personalidade;
● Construção da consciência de si se dá por meio das interações sociais,
re-orienta interesse das pessoas;
● Conquista a volta para o mundo, em situação de imitação e oposição.
● Você começa a ter amiguinhos
● Forma a personalidade
● “Meu amigo tem isso, eu também quero isso “
4) Estágio Categorial
● Início: 6 anos;
● Avanços: plano da inteligência —> evolução anterior (função simbólica e personalização);
● Relação com o meio predomínio aspecto cognitivo;
● Relação objetos, pensar e operar;
● Adolescência: nova definição da personalidade que foi desestruturada devido a mudanças
corporais;
● “A afetividade, o movimento e a inteligência constituem campos funcionais entre os quais se
distribui a atividade da criança”;
● Cognição —> processo de alfabetização
● Predominância funcional:
○ Alternância entre afetivo e cognitivo;
○ Caráter intelectual: elaboração do real;
○ Caráter afetivo: relações com o mundo humano;
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● Alternância funcional
○ Alternam a dominância, mas ambas incorporam umas das outras;
● Estágios
1. Estágio Impulsivo-Emocional —> Afetividade/ impulsiva, emocional;
2. Estágio Sensório-Motor e Projetivo —> recursos intelectuais (linguagem);
3. Estágio do Personalismo —> Afetividade simbólica/exprime por palavras e ideias;
4. Estágio Categorial—>Afetividade racionalizada / sentimentos elaborados no plano mental;
2-Flávia
Teoria Psicossexual de Freud
A Sexualidade Infantil
● Conceitos:
○ Trieb = pulsão (tradução da Imago = instinto);
1. Complexo de Édipo;
2. Sexualidade infantil;
3. Sexualidade perversa polimorfa;
4. Zonas erógenas;
5. Fases da libido: oral, anal, fálica e genital.
○ Bebê desamparado;
○ Relação mãe-bebê: do instinto de autopreservação para o instinto sexual (erógeno);
○ Relação mãe-bebê: “como se fosse um só”- indiferenciado da mãe (não tem ego formado
ainda).Do nascimento até os 6 meses;
○ Experiências de prazer dominantes;
○ Identificação à espécie humana;
○ O bebê para Freud: “Inerme”;
○ Pulsão oral;
○ Instinto de autoconservação: alimentação + erógeno (pulsão ou instinto/impulso auto erógeno);
○ Zona erógena→boca e cavidade oral, olhos (olhar humano), ouvido (voz humana), pele (toque
carinhoso);
○ Conceito de falo→ elemento de “potência” → Mãe fálica;
○ Pai “inexistente” para o bebê;
Fase anal
● Saída das fraldas e uso do peniquinho;
● Amadurecimento orgânico da válvula da uretra e da válvula do esfíncter;
● Pulsão anal: erógena ânus;
● Objeto da pulsão: fezes;
● Pai rival;
● Relação com mãe:” Ela diz isso, mas o que ela quer?”- O desejo da mãe é um equinimiga;
● Busca retorno à relação com a mãe pelo bebê;
● Mãe demanda o novo; que ele cresça;
● Fases: como controle da mãe; como presente(dom); como desejo;
● Consequẽncias psíquicas da fase anal:
○ Controle do outro;
○ Higiene- Limpeza/sujeira;
○ Generosidade/Avareza;
○ Atividade/passividade;
○ Agressividade;
○ Interior e exterior;
○ Relação com o tempo.
Fase fálica
● Entre 3 anos e 6 meses até 6 anos de idade;
● Diferença sexual anatômica;
● Premissa Universal do falo;
● Nessa fase o falo é o pênis;
● Ter ou não ter o falo?
● Pai é o herói porque é possuidor do falo;
● Mãe fica destituída de ser valor fálico;
● Constituição da identidade sexual: sou menino ou sou menina?Cada sexo terá uma constituição
ps-iquica específica;
● Elementos que fazem parte do questionamento: o próprio corpo, a comparação com o outro sexo, as
identificações com as figuras parentais, insígnias sociais sobre o masculino e feminino, em determinada
cultura e época;
● Fatores inconscientes;
● No Menino: falo da mãe/castração/identificação ao pai- que é possuidor do falo/facilização do pênis =
medo da castração.
● Na Menina: falo da mãe/castração/identificação ao pai- possuidor do falo/castração/identificação com a
mãe/equação do pênis = falo = bebê;
○ Inveja do pênis;
z
25
● Complexo de Édipo
○ Identidade sexual – meninos (medo da castração); Meninas (inveja do pênis);
○ O pai- representante das leis e interditos sociais e conteúdos de tradição. O pai
possibilita o acesso ao mundo social e é figura de autoridade que age na restrição de
parcela dos desejos.
● O pai e as instâncias psíquicas superego e ideal de ego – herdeiros do
complexo de Édipo
○ Pai possibilitador: quando eu crescer (ideal de ego);
○ Pai que restringe: autoridade, lei (superego);
○ Restringe para possibilitar- castração;
○ Não é o pai carrasco nem o pai benevolente;
● Superego
○ Instância psíquica – internalização da autoridade paterna;
○ Lacan – figura obscena e feroz;
○ “Panóptico”;
○ Voz que fala em terceira pessoa;
○ Pune o ego- remorso e sentimento de culpa;
● Ideal de ego
○ Pai possibilitador- capacidade de fazer projetos;
○ Perspectiva de futuro;
○ Adiamento das satisfações pulsionais;
○ Relativiza a tirania do superego;
● Método
○ Bebês no primeiro ano de vida;
○ Instituições de acolhimento – 1950 (pós-guerra);
○ Observações de bebês por observadores homens e mulheres simultaneamente–
aprox. 650 crianças;
○ Filmagem e análise de filmes;
○ Análise de características típicas do desenvolvimento da idade;
○ Análise de cada caso em casos de patologias;
● Noção de desenvolvimento
○ p.96;
● Organizadores psíquicos
○ Concepção psíquica
● Objeto libidinal
○ Libido- energia que liga ao objeto libidinal;
○ Pode ser coisa, corpo, pessoa;
○ Torna o objeto privilegiado no psiquismo;
○ O Objeto libidinal é representado no psiquismo. A representação do objeto libidinal
(de amor) é internalizada;
○ Em Spitz – como imagem (que é uma representação) e por pensamento (inicial no
bebê ainda);
● Primeiro organizador
○ Nome: Precursor do objeto libidinal;
○ Quando: de 2m a 6m;
○ Sinal: sorriso;
○ Consequências teóricas: p. 102.
● Segundo organizador
○ Nome: Estabelecimento do objeto libidinal;
○ Quando: de 6m a 8m;
○ Sinal: estranhamento do estranho;
○ Ansiedade propriamente diferente de medo
27
○ Holding: suporte confiável. Forma cuidadosa com que o bebê é sustentado pela mãe
(colo) numa etapa da vida na qual é ainda incapaz de executar movimentos
suficientemente autônomos para, por exemplo, manter-se na posição sentada ou
sustentar sua cabeça sem o auxílio externo.
○ Handling (manuseio): confiabilidade do ambiente. Série de cuidados que derivam do
holding materno–Os cuidados do handling são habitualmente expressos em condutas
sociais parentais, como embalar, tocar, acalmar, falar, cantar, fazer barulhos e caretas
que, por sua vez, surgem em resposta a condutas do recém–nascido que são, elas
também, essencialmente sociais, como o grito, a agitação, o sorriso e o olhar.
● Apresentação de objetos
○ A mãe deve apresentar os objetos – em “pequenas doses”, como sugere Winnicott–
que a criança constrói consistentemente a confiança no ambiente. A confiança, como
se vê, depende dessa simplificação num duplo sentido: primeiramente, ela implica a
existência de objetos adequados à capacidade de uso por parte do bebê e, em
segundo, solicita um modo de apresentação do mundo que sustente a rotina e a
previsibilidade necessárias à maturação sadia. O progressivo afastamento do outro
deve, nesse contexto, estar condicionado à crescente capacidade de o bebê suportar
sua ausência, fato que deve refletir a construção consistente do campo da confiança.
● Psicopatologias das mães
○ “Fuga para a sanidade”;
○ Baby blues;
○ Depressão pós-parto;
3-Luciana
Teoria do Apego
➔ O lugar do apego no desenvolvimento;
● “O afeto é a fita isolante dos neurônios”.
○ Nas relações de afeto, as crianças
aprendem e as conexões neuronais se
condensam para novas conexões
surgirem.
○ Cola que liga os neurônios →
conexão/ ligação forte que não será
mais desfeita;
○ Relação bate-bola:
■ Interação com o bebê;
■ comunicação além do afeto;
● “A teoria do Apego oferece uma base para estudos sobre os afetos e as emoções dos seres humanos,
proporcionando um suporte empírico coerente para a compreensão dos processos de desenvolvimento
normal e patológico, ao integrar aspectos da biologia moderna ao embasamento de seus estudos”.
● Exemplo
○ Acolhimento institucional X Acolhimento familiar;
30
➔ O que é apego;
● Mecanismo básico dos seres humanos;
○ Biologicamente programado;
○ Necessidade do contato independente do alimento;
○ Envolve reconhecimento de figura de apego e das respostas dela;(Bate-bola);
● Harry Harlow- 1958- O macabro experimento que investigou o amor;
● Bowlby considera existir um sistema que impulsiona o indivíduo a apegar-se àqueles que podem lhe
fornecer sobrevivência e segurança;
○ Ontologia do Apego;
○ Atenção: reconhecer a importância das relações primárias de cuidado e de afeto é diferente
de atribuir-lhes uma explicação evolutiva (impulso inato);
➔ Comportamentos de apego;
● Ações de uma pessoa para alcançar ou manter proximidade com outro indivíduo identificado como mais
apto para lidar com o mundo;
● Formas Ativas:
○ socialmente compreensivas/rápidas de resolver;
○ Ex:Seguir o cuidador, sorrir,...
● Formas Aversivas:
○ Ex: chorar,...
➔ Modelo Interno de Funcionamento;
● Representação mental do sistema de comportamento de apego;
● Como o indivíduo representa as experiências da infância relacionadas às percepções do ambiente, de si
mesmo e das figuras de apego; → Personalidade e desenvolvimento;
● Esta relação vai sendo construída, ao longo do desenvolvimento, no contexto das interações
estabelecidas entre criança e a figura de vinculação, onde a qualidade dos cuidados parentais (em
particular, a sensibilidade, a responsividade e a acessibilidade) é tida como fundamental para uma
organização segura ou insegura dos comportamentos.
➔ Condições básicas para o estabelecimento do Apego
● Estabilidade;
● Duração;
● Previsibilidade;
● Sensibilidade materna(ou do cuidador primário);
● Segundo Ainsworth existe um padrão comportamental que os bebês exibem como forma de
apresentarem segurança quando estão na presença da mãe, e um comportamento análogo a esse
quando estão confrontados com alguém estranho.
★ Sobre a questão da vinculação ao longo da vida, Bowlby já tinha considerado que a vinculação na idade
adulta é semelhante, na sua natureza, à que ocorre durante a infância e apontou poucas diferenças
entre as relações estabelecidas entre as relações estabelecidas entre as figuras cuidadoras e a
relações formadas entre pares ou companheiros românticos.
32
★ Ainsworth considerou o fenômeno da base segura como elemento central da vinculação ao longo da
vida, referindo que uma relação de vinculação segura é aquela que facilita o funcionamento e
competência fora da relação.
➔ Terceira fase da TA
● Para Main e cols.(1985), o modelo funcional interno é uma representação mental
dos aspectos do mundo, dos outros, do self, dos relacionamentos com os outros que são
relevantes para o indivíduo.Inclui componentes afetivos e cognitivos.Os padrões de resposta
segura, insegura evitativa e insegura ambivalente, identificadas na situação estranha de
Ainsworth, seriam expressões de modelos funcionais particulares dos relacionamentos, que
poderiam guiar o comportamento em outros contextos.
➔ A teoria Psicossocial
● Pressupostos Freudianos;
● Foco: senso gradativo de identidade;
● Novidades???
○ Relação com o Ambiente;
○ Olhar para além da adolescência;
➔ Identidade
★ Princípio Epigenético:
○ Epigênese: maneira pela qual um gene muda diante das influências ambientais.Em outras
palavras, as coisas no ambiente podem impactar positivamente ou negativamente a maneira
como o material genético é expresso no desenvolvimento dos seres humanos.
○ Progressão no desenvolvimento a partir de um sistema básico: todos os aspectos da
personalidade dependem do desenvolvimento adequado desenvolvimento adequado na
sequência apropriada e cada um existe de alguma forma , antes de alcançar seu momento
crítico.
➔ Pulsão X Ambiente
★ Para Erikson a energia ativadora do comportamento é de natureza
Psicossocial, integrando não apenas fatores pulsionais inatos, mas
também fatores sociais aprendidos em contextos histórico-culturais específicos.
➔ Crise
● Em cada etapa do desenvolvimento (estágios psicossociais) ocorrem pressões do ambiente social que
vão ser geradoras de conflito ou crise.A crise oferece à pessoa em desenvolvimento a possibilidade de
uma saída, uma forma de lidar mais ou menos adaptativa.É possível influenciar e dirigir
conscientemente o desenvolvimento em cada estágio.Eventos em estágios posteriores podem levar à
superação da experiências infantis negativas, contribuindo para o estabelecimento da identidade.
● Conflito dos diferentes períodos do ciclo vital;
● Cada conflito deverá ser resolvido;
○ Positivamente= virtude.
33
○ Negativamente=ansiedade e fracasso.
➔ Estágios
Desenvolviment dos 18 meses Autonomia versus autocontrole e 1º Estágio (do nascimento aos 18
o Muscular até cerca de vergonha e dúvida força de vontade
3 anos meses)
(primeira
infância) ● Confiança básica X Desconfiança
○ (precisa resolver conflito ) →
Controlo Motor Dos 3 aos 5 Iniciativa versus Culpa orientação e
anos objetivo Esperança (virtude dessa fase);
(segunda
infância)
● Senso de confiança nas pessoas e nos
objetos de seu mundo;
Período de dos 5 aos 13 Engenho versus método e ● Busca pelo equilíbrio entre interação
Latência anos (idade Inferioridade competência
escolar) com o meio e proteção;
● Elemento crucial: respostas/meio
Moratória dos 13 aos Identidade e recusa devoção e
Psicossocial 21 anos versus confusão de fidelidade responsivo, atento e coerente;
(Puberdade e papéis, identidade difusa
adolescência)
3º Estágio (3 anos aos 5 anos) ● Autoestima: visão que a criança tem de suas
● Iniciativa X Culpa → capacidades;
Propósito/orientação/objetivo; ● Escola: socialização; alfabetização;
● ↳internalização de desempenho;
códigos/combinados; ● Bullying;
● Compreensão e regulação das emoções;
● Sentimentos conflitantes: cerne neste estágio;
● Aprovação social: pensamento moral; 5º Estágio (13 anos aos 21 anos)
● Importância do brincar: experimentando ● Identidade X Confusão de papéis →
papéis; Devoção e Fidelidade
● Tornar-se um adulto singular com percepção
4º Estágio (5 anos aos 13 anos) coerente do self e papel valorizado na
● Indústria/engenho X Inferioridade → sociedade;
método e competência ● Ocupação + valores + identidade sexual
● Desenvolvimento do autoconceito: Identidade satisfatória;
real X ideal; ● Colocar em prática habilidades adquiridas na
infância;
34
Teoria Histórico-Cultural
➔ O que vem antes?
➔ Vida intensa de Vygotsky;
➔ O momento histórico;
➔ A teoria (pressupostos + ideias básicas);
➔ Visão de desenvolvimento;
😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁
➔ Funções psicológicas superiores;
➔ Teses Básicas;
➔ Mediação, instrumentos e signos;
➔ Zona de desenvolvimento proximal;
1) Relação Indivíduo-Sociedade
■ Toda relação—> indivíduo-objeto/pessoa—>Sempre mediada (signos ou instrumentos);
● Relação com os objetos ->mediada;
● Características tipicamente humanas não estão presentes desde o nascimento;
● Resultam da interação dialética entre o homem e seu meio sócio-cultural;
● Ser humano transforma o meio e a si mesmo.
2) Origem cultural das funções psíquicas
● Funções especificamente humanas se origina, na relação do indivíduo com o seu meio;
● Desenvolvimento mental não é imutável, passivo ou universal;
● A cultura é parte constitutiva da natureza humana;
3) Base biológica do funcionamento humano
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● Mediação simbólica
○ “Para realizar sua atividade, o homem se relaciona com seus semelhantes e fabrica
os meios, os instrumentos: “o uso e a criação de meios de trabalho.Embora existam
em algumas espécies animais, caracterizam de forma eminente o trabalho
humano”(Marx, 1972).Isto quer dizer que as relações dos homens entre si e com a
natureza são mediadas pelo trabalho”.
■ Faz de conta—> importante
● Instrumentos
● Signos
○ Mediação de natureza simbólica (semiótica)
■ Característica semiótica (simbólica);
○ “Senhor Junior, que é sorveteiro, vendeu 1600 sorvetes em 10 dias.Quantos sorvetes
ele vendeu por dia?
○ Instrumento de atividade psíquica;
○ Média a relação entre homem e objeto, facilita, regula e controla a ação motora do
homem, tornando a ação psicológica mais sofisticada;
○ Signos “são elementos que representam uma realidade ou expressam outros objetos,
eventos ou situações”;
● Exercício:
😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁😁
➔ Retomando….
➔ Pensamento e Linguagem
➔ Estudo de caso
● "Grande parte da minha experiência no mundo é intermediada pela experiência do outro"-Marta Kohl de
Oliveira;
● Linguagem
Linguagem antes da aprendizagem
■ Conquistas evolutivas;
■ Garante que todo mundo se entenda;
■ Função de pensamento generalizante;
■ Comunicação verbal —> papel central na teoria;
■ Signos para se comunicar com significados para diálogo —> exclusivo humano;
○ A fala tem um papel fundamental de organizadora da atividade prática e das
funções psicológicas humanas;
○ “O momento de maior significado no curso do desenvolvimento intelectual, que dá
origem às formas puramente humanas de inteligência prática e abstrata, acontece
quando a fala e a atividade prática, então duas linhas completamente independentes
de desenvolvimento, convergem” (Vygotsky, 1984, p.27).
● Língua→ fala/discurso
○ Principal e mais complexo instrumento de representação simbólica da espécie
humana;
■ Sem linguagem, o ser humano não é social, histórico e nem cultural;
■ Funções: comunicação e pensamento generalizante;
● Pensamento generalizante
○ Como os indivíduos possuem experiências singulares e complexas, as diversas
manifestações vividas devem ser reduzidas a signos simplificados e generalizados,
para que os membros do grupo possam compreender.Ai é que aparece a segunda
função da linguagem, a do pensamento generalizante, organizando o mundo real
numa mesma classe de objetos ou seja, criando as categorias.
○ Função do pensamento generalizante: “[...} torna a linguagem um instrumento do
pensamento: a linguagem fornece os conceitos e as formas de organização do real
que constituem a mediação entre o sujeito e o objeto de conhecimento”. (Oliveira,
1993, p.43).
● Pensamento e Linguagem
○ Uso da linguagem implica uma visão generalizada do mundo;
○ Categorias/classificação;
○ Ato de nomear é o ato de classificar;
○ Capacidade de abstrair é possível porque a língua existe como sistema organizado,
articulado e compartilhado;
40
Possivelmente, o fato de a mãe ser professora pode desempenhar um papel crucial nesse
processo. Os professores muitas vezes possuem um profundo entendimento da importância da
educação e do domínio da linguagem como ferramenta fundamental para o desenvolvimento
intelectual e social. Dessa forma, a influência de uma mãe professora pode fornecer um ambiente
propício para o aprendizado e aprimoramento das habilidades linguísticas.
Além disso, o apoio e encorajamento da família desempenham um papel significativo. O estímulo
para buscar conhecimento e contribuir para as atividades da casa demonstram um ambiente que
valoriza a aprendizagem e a participação ativa. Isso cria um contexto em que uma pessoa é
incentivada a desenvolver suas habilidades linguísticas e intelectuais, promovendo um ambiente
propício para a expressão e compreensão complexa por meio da linguagem.
A teoria da microgênese, proposta por Vygotsky, também é relevante nesse contexto. Ela sugere
que cada indivíduo possui uma história única de desenvolvimento, influenciada por suas interações
sociais e experiências. Isso significa que, mesmo dentro do mesmo ambiente familiar e
educacional, cada pessoa pode desenvolver suas habilidades linguísticas de maneira distinta, com
base em suas experiências e interações específicas.
Em resumo, a inteligência na área de linguagem é resultado de uma interação complexa entre
fatores como a influência da família, especialmente quando a mãe é professora, o encorajamento
para buscar conhecimento e a teoria da microgênese que permite a singularidade do
desenvolvimento de cada indivíduo. Esses elementos são combinados para criar um ambiente
propício ao desenvolvimento das habilidades linguísticas e intelectuais.
41
Funções psicológicas superiores que são, elas mesmas, produto da atividade vital humana - o
trabalho, Tais funções, portanto, não estão postas biologicamente. Constituem, antes, processos
sociais complexos que convertem as funções psicológicas elementares em superiores, ou seja,
saimos de um funcionamento biológico para um modo sócio-histórico de ser, o modo humano.
TEORIA BIOECOLÓGICA DO
DESENVOLVIMENTO HUMANO-Bronfenbrenner
● Complexidade humana
○ A Teoria Bioecológica reorientou a tradicional concepção de psicologia, que dá aos
processos psicológicos uma conotação demasiado individualista. Na Teoria
Bioecológica, os processos psicológicos são propriedades de sistemas, a pessoa é
um dos elementos e o foco principal está nos processos e nas interações.
● Urie Bronfenbrenner (1917-2005)
○ Moscou, URSS;
○ Marginalidade e pobreza;
○ Migração para os EUA na infância;
42
Urie Bronfenbrenner foi um renomado psicólogo do desenvolvimento, nascido em 1917 e falecido em 2005. Ele é
reconhecido por sua contribuição significativa para a compreensão do desenvolvimento humano e a teoria bioecológica do
desenvolvimento.
Seu principal interesse na psicologia era compreender como os vários ambientes e contextos influenciam o desenvolvimento
humano ao longo do tempo.
A teoria de Bronfenbrenner é chamada de "bioecológica" porque enfatiza a interconexão dinâmica entre fatores biológicos
(como características genéticas) e contextos ecológicos (como família, escola, comunidade, cultura) na formação do
desenvolvimento humano.
As principais influências da Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano (TBDH) incluem as teorias do sistema
ecológico de Kurt Lewin, a teoria do desenvolvimento de Arnold Gesell, a teoria do desenvolvimento sociocultural de Lev
Vygotsky e a teoria do desenvolvimento evolutivo de Charles Darwin.
O Modelo Bioecológico do Desenvolvimento Humano de Bronfenbrenner é uma estrutura que descreve o desenvolvimento
humano como um processo influenciado por múltiplos sistemas concêntricos e inter-relacionados, denominados de
microssistema , mesossistema, exossistema e macrossistema.
Os processos proximais referem-se às interações diretas e imediatas que uma pessoa tem com seu ambiente social. Esses
processos são fundamentais para o desenvolvimento, pois são as relações e interações próximas que influenciam o
crescimento e aprendizado.
O cronossistema é o elemento temporal na teoria bioecológica, que considera as mudanças ao longo do tempo nos vários
contextos e sistemas que influenciam o desenvolvimento humano. Ele envolve a dimensão temporal e histórica dos
ambientes e influências no decorrer da vida de uma pessoa.
● Processo
○ Construto fundamental da teoria;
○ O desenvolvimento humano se dá através de
interações externas e imediatas cada vez mais
complexas do ser humano com as pessoas, objetos
e símbolos.
○ Interações que acontecem em dois sentidos:
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Tempo
● “Cronossistema”
● Permite examinar a influência sobre o desenvolvimento humano de mudanças e
continuidades que acontecem ao longo do ciclo da vida
● Na análise do elemento TEMPO é fundamental levar em conta não só as mudanças que
ocorrem em relação à pessoa, mas também em relação ao ambiente e à relação dinâmica
entre esses dois processos.
● Microtempo: continuidade e descontinuidade dos pequenos episódios de processos
proximais. Pautam a regularidade (ou não) para o funcionamento efetivo dos processos
proximais.
● Mesotempo: peridiocidade dos processos proximais através de intervalos maiores de tempo,
como dias e semanas. Os efeitos cumulativos destes, podem produzir resultados
significativos no desenvolvimento.
● Macrotempo: expectativas e eventos em mudança através de gerações.