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Competência da Disciplina
Apreciar os processos de aprendizagem e avaliação a partir da matriz de referência.
Habilidades Descritores
Descritores:
Debater a matriz de referên- • Definir matriz curricular e Matriz de Referência.
cia no contexto dos demais • Relacionar matriz curricular, de referência e os projetos
documentos didático-peda- pedagógicos de curso.
gógicos.
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Mas de onde vem o perfil do egresso?
O perfil do egresso é uma construção do Núcleo Docente Estruturante (NDE) do curso a partir das
Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN). Consulte as DCNs do curso que está inserido:
http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=12991 e responda:
1. Em que ponto da Diretriz curricular do curso está apresentando a necessidade dos
conhecimentos trabalhados na sua disciplina?
Lembre-se: Diretriz curricular não determina disciplinas. Elas apresentam as competências e
habilidades que precisam ser desenvolvidas.
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Qual a diferença entre
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Entendendo
Conceitos
“O termo ‘currículo’ deriva do latim curriculum (originado do verbo latino currere, que
significa correr) e refere-se ao curso, à rota, ao caminho da vida ou das atividades de
uma pessoa ou grupo de pessoas” (GORDON apud FERRAÇO, 2005, p. 54). Na
educação, o currículo representa um compêndio dos conhecimentos e valores que
identificam o processo social expresso pelo trabalho pedagógico presente no
ambiente escolar.
Currículo escolar: é um documento que descreve as competências e habilidades
exigidas dos alunos e lista o Conteúdo Programático. É a “forma como se vive”, é a
trajetória de formação para se chegar ao objetivo final que é Perfil do Egresso.
O Currículo parte do Perfil do Egresso, apresenta a distribuição do percurso de
aprendizagem pela Matriz Curricular, é orientado pelos objetivos de aprendizagem
explícitos na Matriz de Referência e direciona o “como” percorrer essa trajetória
baseado nas concepções pedagógicas escolhidas pela Instituição de Ensino Superior
(IES) e atendendo as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Superior (DCN) de
cada Curso.
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O Currículo do curso está expresso pelo Projeto Pedagógico do Curso que é uma construção
coletiva da IES, do corpo docente e discente na medida em que a IES apresenta suas concepções
pedagógicas e as diretrizes de formação, a Matriz Curricular e a Matriz de Referência são
elaboradas por docentes e discentes e revisadas com periodicidade.
dicas
Qual o papel do currículo escolar no ambiente educacional?
https://institutoayrtonsenna.org.br/pt-br/meu-educador-meu-idolo/materialdeeducacao/qual-o-papel-d
https://institutoayrtonsenna.org.br/pt-br/meu-educador-meu-idolo/materialdeeducacao/qual-o-papel-do-curriculo-escolar-no-ambiente-educacional.html
o-curriculo-escolar-no-ambiente-educacional.html
https://institutoayrtonsenna.org.br/pt-br/meu-educador-meu-idolo/materialdeeducacao/qual-o-papel-do-curriculo-escolar-no-ambiente-educacional.html
mais
NOGUEIRA, Nilbo Ribeiro. Projeto Político-Pedagógico (PPP): guia prático para construção
participativa. São Paulo: Érica, 2009.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536522326/pageid/7
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Vamos compreender um
1. Para que serve?
A Matriz de referência determinará:
1. A competência que o aluno deverá desenvolver ao final da disciplina (seria o
objetivo geral da disciplina).
2. As habilidades que precisarão ser desenvolvidas para que o aluno chegue a
competência (equivalem aos objetivos específicos da disciplina).
3. Os descritores que são as ações que os alunos irão desenvolver em cada aula (são
os objetivos da aula).
Compreenda a diferença entre a formação conteudista tradicional e a formação por
competência:
Na formação por conteúdos o que vai guiar suas aulas é um rol de conteúdos.
Na formação por competência o que irá guiar suas aulas é “o que o aluno irá fazer
com esse conteúdo”.
Qual a ação que o aluno deverá desenvolver com esse conteúdo? Isso é o descritor.
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O Descritor é a soma do conteúdo com a ação.
Descritor
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
Conteúdo Ação
Exemplo:
Na disciplina de matemática o conteúdo seria fração. Mas o que esse aluno tem que saber fazer
a partir do conteúdo de fração?
- Realizar equações de fração;
- Distribuir partes iguais de um todo.
Não trabalhamos na formação por competência, o conteúdo pelo conteúdo, mas, o que fazer
com esse conteúdo.
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Portanto, a Matriz de Referência norteará todo o processo de aprendizagem. Ela que irá
determinar “como” deverá ser sua aula.
Outra função de extrema importância da Matriz de Referência é a de conduzir a avaliação. Se
sabemos claramente o que nossos alunos devem desenvolver, saberemos estabelecer critérios
para servir de parâmetro mínimo ou máximo exigido para avaliar os descritores (conteúdos em
ação) alcançados pelos alunos, se realmente conseguiram desenvolver o que se esperava deles.
Mas isso é uma outra história e você terá um módulo específico para isso. Fique atento ao
módulo 10 de nosso aperfeiçoamento.
dicas
Descritor (de competência ou habilidade).
http://ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/descritor-de-competencia-ou-habilidade
Matriz de Referência.
http://www.portalavaliacao.caedufjf.net/pagina-exemplo/matriz-de-referencia/
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2. Como elaborar
Segue um resumo para auxiliar na elaboração de uma Matriz de Referência:
Conjunto de unidades Objetivo geral da Grupo de conteúdo. SABER FAZER! Conteúdo + função
de ensino disciplina. Ao final da O objetivo da habilidade mental do aluno.
minha disciplina o aluno de ENSINO. (Ação do (Objetivo geral das
será capaz, dê? (1 verbo verbo sempre será maior aulas). Nunca pode ser
somente.) ou igual que o descritor.) maior que a habilidade. 1
Para habilidade uma verbo somente. Menor ou
ação do verbo. Nunca igual que a habilidade.
pode ser extenso. Habilidade poderá ser o
último descritor.
A habilidade deve ter no
mínimo 2 descritores.
Habilidade não deve ter
muitos descritores. Se
tiver mais de 8
descritores analisar se
não são 2 habilidades.
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Matriz de Referência
1. Localize sua disciplina (qual parte do Perfil do Egresso ela ajuda a
formar? É ofertada em que período do curso? Quais disciplinas são
base para ela? Ela é base para quais disciplinas?)
2. Nada de sentenças longas. Seja breve e objetivo.
3. As frases sempre iniciarão com um verbo no infinitivo informando a
ação que se espera do ALUNO e não do professor.
4. Defina a competência da disciplina (objetivo geral da Disciplina). Para
isso faça a seguinte pergunta: Concluída essa disciplina meu aluno
deverá ser capaz de fazer o que?
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Vamos para um exemplo simples. No curso de marcenaria,
disciplina de elaboração de cercas.
Pergunta: Ao final da disciplina o aluno deverá ser capaz de
fazer o que?
Resposta: Ao final da disciplina o aluno deverá ser capaz de
construir diversos tipos de cercas.
Para construir a competência retire: Ao final da disciplina o
aluno deverá ser capaz de.
A competência será: Construir diversos tipos de cercas.
Mas para construir diversos tipos de cerca, quais
habilidades são necessárias?
• Escolher o tipo de cerca adequada ao projeto;
• Escolher o tipo de madeira adequada ao tipo de cerca;
• Montar a cerca.
Então já temos: competência da disciplina e as habilidades
necessárias para desenvolver essa competência.
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Disciplina: Construção de cercas
Competência Habilidades Descritores
Escolher o tipo de
madeira adequada à
cerca escolhida.
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Agora já temos uma matriz de referência completa para a habilidade “Escolher o tipo de cerca
adequado ao projeto”:
Escolher o tipo de
madeira adequada à
cerca escolhida.
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Como pode observar os verbos escolhidos estão em uma ordem crescente de complexidade. E
finalizam com uma ação. Essa ordem crescente de complexidade foi proposta por Benjamin
Bloom que apresentou uma classificação de objetivos de aprendizagem para o domínio sobre
um conhecimento, chamada de Taxonomia de Bloom.
É de extrema importância professor, que você compreenda o uso da Taxonomia de Bloom, pois
ela deve nortear o processo de ensino e aprendizagem.
Para isso, faça as leituras a seguir e assista ao vídeo Taxonomia Digital de Bloom. Embora o
vídeo apresente o emprego da taxonomia de Bloom na formação digital é perfeitamente
aplicável para o aprendizado em qualquer área.
dicas
Entendendo a pirâmide de Bloom
http://educar.online/247/entendendo-a-piramide-de-bloom/
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Taxonomia Digital de Bloom
https://www.youtube.com/watch?v=_1xN0jGIbdw
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Entre 1999 e 2001 a Taxonomia de Bloom foi revisada e facilitou ainda mais sua utilização:
Fonte: http://missglauedu.weebly.com/taxonomia-de-bloom-e-tecnologia.html
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Funções Mentais Julgamento
Síntese
do
n teú smo
: co me
a lho m si
b e
Tra fim
}co
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t e úd nta
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Aplicação : co rram
o e
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a e
Tr o m
m
co
Compreensão
Memória
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A distribuição dos verbos na nova proposta da Taxonomia de Bloom é:
Fonte: http://amplifica.org/taxonomiadebloom/
Você pode utilizar a taxonomia que entender mais conveniente. Ambas são adequadas.
Lembre-se: devemos sempre proporcionar que nossos alunos desenvolvam o máximo de suas
capacidades, utilizando as 3 últimas funções mentais (analisar, avaliar e criar).
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Agora que já compreendeu como construímos os descritores, proponho que faça um exercício
com a disciplina de Construção de cercas. Sugira os descritores que faltam:
Escolher o tipo de
madeira adequada à
cerca escolhida.
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Minha proposta para essa matriz de referência seria:
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Será que ficou semelhante? Repare que cada habilidade indica um “fazer” que é desenvolvido por
diversas ações que serão realizadas ao longo das aulas propostas nos descritores.
Todo “saber” (conteúdo) tem necessariamente que servir para um “fazer”. Se este saber não tiver
um fazer, provavelmente não deveria estar na proposta da disciplina.
Outra dica importante: Na Matriz de Referência não entra a estratégia que será utilizada na aula
ou na disciplina.
Exemplo de descritor que apresenta estratégia:
Desenvolver um portfólio com os tipos de cercas.
A menos que seu objetivo de aprendizagem seja que o aluno aprenda a desenvolver um portfólio,
o portfólio não deve constar na Matriz de Referência, que poderia ficar da seguinte forma:
Apresentar os tipos de cercas.
O portfólio é a estratégia de aula que será utilizada e que pode ser alterada a cada semestre.
O que acha de agora revisitar a Matriz de Referência de sua disciplina e fazer uma revisão?
Aproveite para apontar as necessidades de adequação para o próximo semestre.
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Cuidado para não se empolgar e propor verbos de
função mentais muito elevadas. Não devemos ficar
somente nos verbos de função mentais mais
baixos, mas também não podemos propor algo
elevado e que não seja possível do aluno alcançar
em nossas aulas.
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Falamos de tanta coisa e até agora ninguém
falou de ementa, e ementa? Não se usa mais?
A ementa de uma disciplina surge a partir das
habilidades e competências apontadas nas
DCNs, que dão o Norte para onde seguir e criam
uma unidade entre os cursos de cada área de
graduação autorizados no país, facilitando a
migração de alunos de instituição para
instituição. O conteúdo apontado é o meio pelo
qual iremos desenvolver as habilidades e
competências que serão trabalhados na
disciplina. Ela será construída a partir das
unidades de ensino.
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Matriz de Referência?
A Matriz de Referência norteará o planejamento da disciplina. Se o
descritor for:
Discutir os diversos tipos de cercas.
Sua aula deverá propor a discussão dos tipos de cercas, então a
estratégia de aula deverá permitir a discussão. Uma aula expositiva não
será adequada para o desenvolvimento de descritor.
Trataremos disso no módulo de Planejamento de disciplina e de aula.
A Matriz de Referência também norteará as avaliações, uma vez que há
a necessidade de mensurar se as habilidades propostas foram
desenvolvidas. Também teremos um módulo para isso: Avaliação na
Educação por Competências.
Enquanto isso revise sua Matriz de Referência e qualquer dúvida grite:
Dá um help!
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