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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO: LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
PAULÍNIA – SP
2023
UNIVERSIDADE PAULISTA
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO: LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
PAULÍNIA – SP
2023
FICHA CATALOGRÁFICA
RESUMO
This Pedagogy work aims to understand the pedagogy of projects in Early Childhood
Education. Project pedagogy is a teaching approach in which students are encouraged to explore
reality through relationships between areas of knowledge, becoming protagonists in the
teaching-learning process. Teachers guide and mentor students in this process. The research
aims to analyze how this methodology works and is fundamental to understand modern
education and to follow the student's development and the school's work. Research shows that
in project education, students learn from their own experiences and act proactively under the
guidance and mediation of their teachers. The study is relevant for academia and the community
because it tries to show the project's pedagogy, respecting the diverse opinions that exist within
the group and taking into account that each one has their role in the unique development of the
project, making decisions and discussing issues , they can actively learn to debate, bring new
perspectives, and act more democratically. Thus, students experience the benefits of an attitude
of respect, responsibility, autonomy and cooperation. Bibliographical research is the first step
of all scientific research and the technique of indirect documentation will be used to discover
new paths for the project.
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................07
CAPÍTULO I – EDUCAÇÃO INFANTIL CONCEPÇÕES E PRÁTICAS .................09
1.1 Principais aspectos da Educação Infantil .................................................................10
CAPÍTULO II – A EDUCAÇÃO INFANTIL E A PERCEPÇÃO DA INFANTIL ......15
2.1 Fases do desenvolvimento infantil .................................................................................15
CAPÍTULO III: A IMPORTÂNCIA DA PEDAGOGIA DE PROJETOS NA VIDA
DOS ALUNOS ....................................................................................................................23
3.1 O que é, e quais os seus objetivos da pedagogia de projetos na educação infantil? ......23
3.2 Quais os benefícios da pedagogia de projetos na vida dos estudantes da
educação infantil?..................................................................................................................26
3.3 Qual a importância de um projeto de educação infantil?.................................................27
3.4 Pedagogia de projetos com crianças: para além de programações pré-definidas............30
CAPÍTULO IV: ANÁLISE E DISCUSSÃO .....................................................................33
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................................36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..............................................................................37
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INTRODUÇÃO
a relação entre afeto e aprendizagem, as políticas públicas voltadas para a Educação Infantil,
entre outros.
Já o segundo capítulo aborda a importância da pedagogia de projetos na vida dos alunos.
A pedagogia de projetos é uma abordagem de ensino que tem como objetivo desenvolver a
aprendizagem por meio da realização de projetos, que podem ser individuais ou em grupo, e
que envolvem a pesquisa, a investigação e a resolução de problemas. Nesse capítulo, podem
ser apresentados exemplos de projetos bem-sucedidos e discutidos os benefícios que essa
abordagem pode trazer para os alunos.
Por fim, o terceiro capítulo irá compreender como se dá a pedagogia de projetos na
Educação Infantil. Nesse capítulo, serão exploradas questões como a adequação dos projetos à
faixa etária das crianças, as habilidades e competências que podem ser desenvolvidas por meio
dessa abordagem, as estratégias pedagógicas que podem ser utilizadas, entre outras. Esse
capítulo busca entender como a pedagogia de projetos pode ser aplicada na Educação Infantil
de forma efetiva e significativa para as crianças.
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A infância contextualiza o hoje vivido por essa criança, o presente, o que ela é, um
período único na vida desse “sujeito ativo do processo” (FREIRE, 1999).
Nesse sentido, a escola deve ser o lugar que dispõe desde a proposta pedagógica até a
prática efetiva a formar a criança, de modo que tenha condições para desenvolver sua
criticidade, autonomia e responsabilidade. A criança, como todos nós humanos, se constrói
diariamente no seu relacionamento com os outros e com o mundo.
Após esse breve histórico da educação infantil no Brasil fica mais fácil conceituá-la
como a etapa inicial da educação básica, ou seja, um direito do infante. Para a LDB, a educação
infantil tem como objetivo desenvolver integralmente a criança, em todos os seus aspectos
(psicológico, social, físico), fazendo que seja completada a ação da comunidade e da família.
Nesse ensejo, os professores passam a trabalhar com os alunos de forma com que haja
a formação de indivíduos críticos, criativos, bem como participativos e responsáveis, capazes
de se comunicar, lidar com as próprias emoções e propor soluções para problemas e desafios.
Desse modo, é necessário que o corpo docente procure trabalhar as aprendizagens
essenciais definidas na BNCC, tais orientações devem concorrer para assegurar aos estudantes
o desenvolvimento de dez competências gerais, que consubstanciam, no âmbito pedagógico, os
direitos de aprendizagem e desenvolvimento. (BRASIL, 2018).
Essas competências guiaram a elaboração dos conteúdos repassados para os alunos na
sala, com o objetivo que haja uma desvinculação da escola do passado, que era inclinada
exclusivamente à memorização de conteúdo das disciplinas.
No que tange a instituição escolar, mas especialmente a Educação Infantil foco do nosso
estudo, estamos em um espaço mais profundo. Além de repassar o ensino de forma acumulada,
este processo deve se dar de forma organizada, ou seja, de modo que, todas as intervenções
realizadas pela equipe escolar devam ser pensadas, bem como refletidas e planejadas, fazendo
com que todas as atividades tenham intenção e objetivo.
Mediante isso a pedagogia utilizada na escola, deve visar a integração do universo do
educando, nas mais diversas modalidades do conhecimento, valorizando o conhecimento prévio
e respeitando suas limitações, contribuindo assim para seu desenvolvimento.
Em todas as áreas de trabalho a demanda é baseada no trabalho coletivo, na discussão
em grupo, no espírito de cooperação, na contribuição, nas parcerias e representações. Assim
sendo, a escola trabalha com base nesse princípio da coletividade. A escola é a instituição social
responsável pela formação ética e instrução das novas gerações; portanto precisa garantir a
igualdade de condições e de oportunidade para todas as pessoas que por ela passam.
Podemos observar que o ensino inicial é uma fase primordial na vida de uma criança,
visto que o período dos 0 aos 5 anos fará total diferença no futuro do infante, sendo essa a base
para o seu desenvolvimento. A Educação infantil é o início da educação básica e tem por
finalidade o crescimento integral do infante até os seis anos de idade, em seus aspectos físico,
psicológico, bem como intelectual e social.
[...] a base para as aprendizagens humanas está na primeira infância. Entre o primeiro
e o terceiro ano de idade a qualidade de vida de uma criança tem muita influência em
seu desenvolvimento futuro e ainda pode ser determinante em relação às contribuições
que, quando adulta, oferecerá à sociedade. Caso esta fase ainda inclua suporte para os
demais desenvolvimentos, como habilidades motoras, adaptativas, crescimento
cognitivo, aspectos sócioemocionais e desenvolvimento da linguagem, as relações
sociais e a vida escolar da criança serão bem sucedidas e fortalecidas (PICCININ,
2012, p. 38).
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Nesse ensejo podemos perceber que é na educação infantil que se dá o começo de uma
nova caminhada, tanto para os educandos, quanto para os pais. É nessa fase que se faz relevante
o papel do professor. A Educação Infantil não deve ser traumatizante, mas sim uma fase que as
crianças não deveriam esquecer.
De acordo com a LDB nº 9.394, nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 em sua seção II,
nessa etapa inicial a educação básica é essencial para que os educadores planejam exercícios
que estimulem os aspectos cognitivo, afetivo, bem como psicomotor e social das crianças.
Nesse contexto, as etapas do desenvolvimento humano têm suas influências no processo
de ensino-aprendizagem. Esse crescimento se inicia desde o primeiro contato com o mundo e
continua por toda a vida. Na instituição escolar, o infante aprende o conteúdo da grade curricular
e também recebe influências do meio que está inserido. A Educação Infantil tem o objetivo de
garantir o direito do infante, ou seja, às crianças têm o direito de viver a infância, se desenvolver
e crescer. Para Kramer:
Conceber a criança como ser social que ela é, significa: considerar que ela tem uma
história, que pertence a uma classe social determinada, que estabelece relações
definidas segundo seu contexto de origem, que apresenta uma linguagem decorrente
dessas relações sociais e culturais estabelecidas, que ocupa um espaço que não é só
geográfico, mas que também dá valor, ou seja, ela é valorizada de acordo com os
padrões de seu contexto familiar e de acordo com sua própria inserção nesse contexto
(KRAMER, 1986, p. 79)
Desse modo, podemos notar que ofertar experiências relevantes e significativas para o
infante é garantir seus direitos. Uma educação significativa e de qualidade inclui uma escola
com espaço amplo, bem como para que as crianças possam de fato se manifestar por diferentes
meios.
No que tange o exercício de garantir o infante deve ter seu direito de viver a infância e
desenvolver as experiências no espaço de Educação Infantil. É necessário que o ensino infantil
possibilite o encontro da criança com o mundo a sua volta, e que ela possa desenvolver suas
formas de agir, sentir e pensar.
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Essa construção de esquemas que acontece ao longo da vida ocorre por meio de outros
processos: assimilação, acomodação, equilibração e adaptação. Assimilação e acomodação são
ações que resultam em uma mudança na estrutura cognitiva (nos esquemas), ou no seu
desenvolvimento, e juntas compõem o processo de adaptação, permitindo ao indivíduo estar
em equilíbrio com seu meio (JARDIM, PROSCÊNCIO, 2017). Todas as vezes em que esse
equilíbrio é rompido, há uma busca da equilibração, originando esquemas mais complexos.
Ainda segundo Jardim e Proscêncio (2017) Piaget esquematizou o desenvolvimento
cognitivo em estágios que ocorrem de forma sucessiva, pois os novos conhecimentos vão sendo
agregados aos anteriores, de modo que os estágios se ampliam. Desse modo, ocorre um
continuum do desenvolvimento, em que a formação da estrutura do estágio precedente embasa
a formação de estruturas que a sucedem, não a substituindo.
O primeiro estágio de desenvolvimento estabelecido por Piaget é chamado de sensório-
motor, normalmente ele ocorre do nascimento aos dois anos de idade da criança. Segundo
Piaget, “a criança nasce em um universo para ela conturbador, pois ela não tem noção corporal,
pensa que faz parte da mãe e não se diferencia do outro, e dos objetos que a cercam” (1996, p.
30).
Portanto, a função mental do recém-nascido limita-se ao exercício dos aparelhos
reflexos inatos voluntários, quando se depara com um objeto: realiza
o movimento dos olhos, pode chupá-lo, tentar agarrá-lo, mas o bebê ainda não tem noção de
que aquele objeto continua a existir depois de sair do seu contato visual ou tátil. Ele ainda não
apresenta a função semiótica, não sendo capaz de representar objetos mentalmente (JARDIM,
PROSCÊNCIO, 2017).
Segundo Vagula e Steinle (2013) e Marquezini (2015), do primeiro ao quarto mês, os
bebês começam a coordenar suas ações reflexas, criando uma ação mais organizada. Piaget
(1996) dá a esse momento o nome de reações circulares básicas ou primárias.
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São exemplos dessas reações: acompanhar as pessoas com o olhar, procurar com a
cabeça a origem de um determinado som, balbuciar alguns ruídos, levar a mão à boca. São
ações caracterizadas por estarem centradas no corpo da criança e não na manipulação dos
objetos ao seu redor.
Segundo Jardim e Proscêncio (2017) Do quarto mês ao oitavo, o bebê começa a
reproduzir de forma intencional uma ação ocasionada acidentalmente como: o bebê esbarra em
um determinado objeto e, ao mexê-lo, percebe que produz som, começa então a repetir essa
ação, a isso Piaget chamou de reações circulares secundárias. Nesse momento, o bebê começa
também a desenvolver a percepção de permanência de um objeto, pois quando derruba um
objeto acompanha com o olhar para verificar onde este está.
Podemos notar que conforme a criança vai crescendo, ela deve ter oportunidade de
exercitar a exploração corporal e espacial, por isso, é importante que a criança tenha espaço,
que ela não fique presa muito tempo no berço, a não ser para dormir.
É necessário, então, que os professores organizem o espaço físico para que as crianças
possam engatinhar e experimentar seus primeiros passos em um ambiente seguro. Quando
muito pequenos, os bebês podem ser colocados apoiados em almofadas para não cair dos lados.
O segundo estágio é chamado de pré-operacional e ocorre aproximadamente dos dois
aos sete anos de idade. Nessa fase, há uma transformação na qualidade de pensamento da
criança em relação ao estágio anterior. Ela desenvolve sua capacidade simbólica, sendo capaz
de criar a imagem mental que represente objetos e como imitar uma pessoa, por exemplo.
Nesse momento é importante que os adultos utilizem estímulos, como: a leitura para a
criança, ensinar a cantar, desenvolver o gosto por ouvir poesias, enfim, exercitar a linguagem
para comunicar-se com elas. Momento, também, para utilizar outras formas de linguagens e
comunicação não verbais: por gestos, expressão corporal, dança, propostas que desenvolvam a
coordenação motora, lateralidade, criatividade, sensibilidade, entre outros.
O terceiro estágio é chamado de operacional concreto, ocorre por volta dos sete aos doze
anos de idade. A criança já faz uso do raciocínio lógico de modo elementar e os aplica apenas
na manipulação de objetos concretos. A criança consegue classificar objetos de acordo com a
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cor, o tamanho e a forma. Também faz relações entre classes e subclasses, como: sabe que
existem rosas vermelhas e rosas amarelas, e que todas são rosas (JARDIM, PROSCÊNCIO,
2017).
Nesse estágio, a criança está no ensino fundamental, que é uma modificação decisiva
no que diz respeito à socialização, ao pensamento, às operações racionais e ao campo da
afetividade (PIAGET, 1989). A criança percebe a emergência dos jogos de regras, passa a
respeitá-las, compreende as reflexões sobre as ações, passa a pensar sobre os seus atos e
entendê-los, deixa de ser egocêntrica, caminhando da heteronomia para a autonomia de
pensamento (PIAGET, 1989). Já existe um pequeno entendimento sobre socialização.
A criança percebe a emergência dos jogos de regras, passa a respeitá-las, compreende
as reflexões sobre as ações, passa a pensar sobre os seus atos e entendê-los, deixa de ser
egocêntrica, caminhando da heteronomia para a autonomia de pensamento (PIAGET, 1989). Já
existe um pequeno entendimento sobre socialização.
O quarto estágio é chamado de operacional formal, ocorre após os doze anos de idade.
Agora, a criança está adolescendo e torna-se capaz de utilizar o pensamento hipotético-
dedutivo, de deduzir as conclusões de puras hipóteses, e não somente através de observação
real, cria estratégias no decorrer de suas vivências. Ela já pode imaginar possibilidades,
formular hipóteses, comprová-las na realidade ou no pensamento. O estágio operacional formal
é repleto de revoltas na área emocional, mas também revela várias conquistas, pois já é capaz
de formular sistemas e teorias. (JARDIM, PROSCÊNCIO, 2017).
Os estágios de desenvolvimento propostos por Piaget, seguem essa sequência
apresentada: sensório-motor, pré-operacional, operacional concreto e operacional formal, em
todas as crianças, mas sem uma definição exata quanto à faixa etária em que eles aparecem. Em
algumas crianças podem surgir antes e em outras mais tardiamente, dependendo da influência
que a criança recebe do ambiente e das relações que vivencia.
Lev Semionovitch Vygotsky, russo, nasceu em 1896 e morreu em 1934. A perspectiva
construída por ele compreende o homem como ser biológico, histórico e cultural. Vygotsky é
interacionista, assim como Piaget, mas, de acordo com Fioravante-Tristão (2010, p. 148) ele
“enfatiza o desenvolvimento das estruturas cognitivas como os requisitos fundamentais para a
aprendizagem”.
Para ele, a aprendizagem ocorre pela apropriação e internalização dos signos
socialmente construídos em um contexto de interação. E as relações entre os indivíduos, com o
mundo e consigo mesmo são mediadas pela cultura, por ferramentas culturais e instrumentos
psicológicos (signos - linguagem) que se modificam ao longo da história (FELIPE, 2001).
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Pela interação social é que se unem pensamento e linguagem. Por isso, é indicado que
os adultos, pais e professores que permanecem longo tempo com a criança, façam essa
mediação. Por meio da linguagem, mostram os objetos às crianças, nomeando-os, formando
frases, para que assim o/a bebê/criança possa realizar associações entre as ações e os objetos
que lhes são apresentados, aprender com seus mediadores e passar a imitá-los.
Segundo Felipe (2001, p. 29), para Vygotsky “primeiro a criança utiliza a fala
socializada, para se comunicar. Só mais tarde é que ela passará a usá-la como instrumento de
pensamento, com a função de adaptação social”. Por isso, a linguagem é um conceito relevante
na teoria de Vygotsky, pois é um instrumento capaz de transformar nossa aprendizagem, “pois
quando um indivíduo aprende a linguagem específica de seu meio sociocultural, ele é capaz de
alavancar seu próprio desenvolvimento” (FERRONATO; FREITAS; PINTO, 2016, p. 84).
Para Piaget, a aprendizagem acontece também pela mediação, mas por meio do contato
direto com o objeto de conhecimento. Para Vygotsky, a aprendizagem mediada ocorre por meio
do outro presente na relação: instrumentos ou símbolos. A mediação é entendida como “a
intervenção de um elemento intermediário em uma relação, de modo que esta deixa de ser direta
e passa a ser mediada”. (FIORAVANTE-TRISTÃO, 2010).
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Por exemplo: a criança brinca com um copo à beira de uma mesa, o copo cai e quebra,
na próxima vez que pegar o copo para brincar à beira da mesa poderá se lembrar que o copo
poderá cair e quebrar, ou ainda, alguém poderá alertá-la disso; ela então poderá antecipar sua
ação evitando que o copo quebre.
Para Vygotsky (2007), a aprendizagem e o desenvolvimento são processos
indissociáveis. E é pelo uso e pela manipulação dos instrumentos que são desenvolvidas as
capacidades cognitivas e funções psicológicas superiores (o pensamento, a memória, a atenção
voluntária e a linguagem).
Desse modo, a criança aprende pela imitação e repetição das ações dos adultos que são
próximos a elas. Esse teórico não considera que a criança se desenvolva sozinha com o decorrer
do tempo, apenas por seus processos biológicos naturais, mas, ela depende de suas
aprendizagens promovidas também pela socialização, pela sua vivência social.
Cabe-nos mencionar que Vygotsky (2007) classifica as funções psicológicas em
elementares e superiores. As funções elementares são as ações reflexas e imediatas que recebem
a influência do ambiente externo. Já as funções superiores: o pensamento, a memória, a atenção
voluntária e a linguagem distinguem os homens dos animais.
A capacidade de pensar, abstrair e antecipar ações agindo intencionalmente se
desenvolveram por conta do aperfeiçoamento da linguagem (interações homem-homem -
intermentais - e do homem consigo mesmo - intramentais). Elas resultam da interação entre
fatores sociais e biológicos.
Ao tratar da criança, não podemos deixar de abordar o brincar como sua principal
atividade social e que proporciona maior desenvolvimento em sua capacidade cognitiva, pois,
por meio da brincadeira, a criança produz novos significados aos objetos. Vygotsky enfatiza a
importância do brinquedo e da brincadeira do faz de conta, “tal capacidade representa um passo
importante para o desenvolvimento do pensamento, pois faz com que a criança se desvincule
das situações concretas imediatas sendo capaz de abstrair” (FELIPE, 2001, p. 30).
A criança começa por inserir-se no jogo preexistente da mãe mais como um brinquedo
do que como uma parceira, antes de desempenhar um papel mais ativo pelas
manifestações de contentamento que vão incitar a mãe a continuar brincando. A
seguir, ela vai poder tornar-se um parceiro, assumindo, por sua vez, o mesmo papel
da mãe, ainda que de forma desajeitada, como nas brincadeiras de esconder uma parte
do corpo. A criança aprende assim a reconhecer certas características essenciais do
jogo: o aspecto fictício, pois o corpo não desaparece de verdade, trata-se de um faz de
conta; a inversão dos papéis; a repetição que mostra que a brincadeira não modifica a
realidade, já que se pode sempre voltar ao início; a necessidade de um acordo entre
parceiros, mesmo que a criança não consiga aceitar uma recusa do parceiro em
continuar brincando. Há, portanto, estruturas preexistentes que definem a atividade
lúdica em geral e cada brincadeira em particular, e a criança as apreende antes de
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Por que a criança brinca? A criança brinca para externar sua leitura de mundo,
representar e entender os papéis dos adultos, para preencher necessidades que mudam de acordo
com a idade e os interesses individuais. Quando a criança brinca: forma conceitos, relaciona
ideias, constrói seu próprio conhecimento, toma consciência das regras de comportamento. Na
brincadeira, a criança traz situações reais, que refletem a vida, que não podem ser vividas por
ela na vida naquele momento. (PRESTES, 2010).
Dando continuidade aos conceitos mais relevantes na teoria de Vygotsky, você
conhecerá agora, com base em Gonçalves (2014), aqueles referentes ao nível de
desenvolvimento real, nível de desenvolvimento potencial e zona de desenvolvimento proximal
ou zona de desenvolvimento iminente.
O nível de desenvolvimento real (NDR) é aquele em que a criança consegue executar
tarefas sozinha, sem o auxílio de outras pessoas. Neste nível, a criança já tem conhecimentos
internalizados anteriormente. O nível de desenvolvimento potencial (NDP) é aquele em que a
criança executa tarefas com o auxílio de outras pessoas. É onde ela poderá chegar após ter
contato com elementos mediadores que vão lhe proporcionar um novo aprendizado.
Prestes (2010), que traduziu e se debruçou em estudar os conceitos de Vygotsky, afirma
que este conceito de zona de desenvolvimento proximal, em algumas traduções, é apresentado
com equívocos. Essa autora apresenta a zona de desenvolvimento proximal como zona de
desenvolvimento iminente. Em seus dizeres, a “zona de desenvolvimento iminente revela o que
a criança pode desenvolver, não significa que obrigatoriamente desenvolverá” (PRESTES,
2010, p. 160). Para ela, a característica essencial da zona de desenvolvimento iminente é:
construam seu próprio conhecimento e desenvolvam habilidades importantes para sua formação
integral.
Segundo Mattos e Neves (2013), a pedagogia de projetos na educação infantil tem
como objetivo "proporcionar um ambiente de aprendizagem lúdico, criativo e significativo para
as crianças". Dessa forma, os projetos são construídos a partir dos interesses e das necessidades
dos alunos, permitindo que eles se envolvam de forma ativa e prazerosa no processo educativo.
Além disso, a pedagogia de projetos na educação infantil também visa "desenvolver
habilidades socioemocionais nas crianças, como a criatividade, a colaboração, a autonomia, a
tomada de decisão e a resolução de problemas" (OLIVEIRA, 2018). Por meio dos projetos, as
crianças podem experimentar e explorar o mundo de forma livre e criativa, desenvolvendo
competências essenciais para sua vida pessoal e social.
Outro objetivo da pedagogia de projetos na educação infantil é promover a
interdisciplinaridade, permitindo que as crianças aprendam de forma integrada e
contextualizada. Conforme afirma Rego (2013), "a pedagogia de projetos pode favorecer a
integração de diferentes áreas do conhecimento em um mesmo projeto, possibilitando que as
crianças compreendam a relação entre elas e ampliem sua visão de mundo".
Por fim, a pedagogia de projetos na educação infantil também busca estimular a
curiosidade e a criatividade das crianças, permitindo que elas sejam protagonistas do próprio
processo de aprendizagem. Conforme destaca Maluf (2008), "a pedagogia de projetos permite
que as crianças participem ativamente do processo educativo, tornando-se responsáveis pelo
seu próprio aprendizado e desenvolvimento".
Dessa forma, percebe-se que a pedagogia de projetos é uma abordagem educacional
importante para a educação infantil, pois permite que as crianças aprendam de forma
significativa, criativa e integrada, desenvolvendo habilidades e competências importantes para
sua formação integral.
Ao elaborar um projeto para a Educação Infantil, é necessário levar em consideração
diversos aspectos que irão garantir o sucesso da ação pedagógica. Segundo Rego (2013), a
Pedagogia de Projetos exige do professor um planejamento cuidadoso e minucioso, que
considere não apenas as necessidades e interesses dos alunos, mas também os objetivos e
conteúdos curriculares a serem trabalhados.
Um ponto importante a ser considerado é a seleção do tema central do projeto. De
acordo com Mattos e Neves (2013), o tema deve ser escolhido a partir dos interesses dos alunos
e estar relacionado com a realidade deles. Isso contribui para que os alunos se sintam motivados
e envolvidos com o projeto.
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Outro aspecto a ser levado em conta é a definição dos objetivos gerais e específicos do
projeto. Segundo Oliveira (2018), os objetivos devem estar alinhados com as competências e
habilidades previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), garantindo assim uma
formação integral e de qualidade para os alunos.
Além disso, é preciso definir as estratégias metodológicas a serem utilizadas para
alcançar os objetivos propostos. Maluf (2008) destaca a importância de utilizar diferentes
linguagens e recursos didáticos, como música, artes, teatro, jogos, entre outros, que favoreçam
a participação ativa e criativa dos alunos no processo de aprendizagem.
Outro ponto a ser considerado é a avaliação do projeto. Conforme Rego (2013), a
avaliação deve ser contínua e formativa, permitindo que o professor faça ajustes no
planejamento e nas estratégias metodológicas, garantindo assim a efetividade do projeto.
Ao elaborar um projeto para a Educação Infantil, é preciso considerar diversos
aspectos, desde a seleção do tema até a avaliação do processo. É importante lembrar que a
Pedagogia de Projetos é uma abordagem pedagógica que valoriza a participação ativa dos
alunos no processo de aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento de competências e
habilidades essenciais para a formação integral e cidadã dos estudantes.
A elaboração de um projeto na Educação Infantil requer planejamento e organização,
envolvendo diversos passos que devem ser cuidadosamente seguidos. De acordo com Gasparin
(2016), a Pedagogia de Projetos é uma abordagem pedagógica que valoriza a participação ativa
dos alunos no processo de aprendizagem, promovendo a construção do conhecimento de forma
significativa e contextualizada.
O primeiro passo na elaboração de um projeto é a escolha do tema. Segundo Freire
(2014), o tema deve estar relacionado com a realidade dos alunos, despertando seu interesse e
motivação. É importante que o tema seja significativo e relevante para a vida das crianças,
contribuindo para a construção de seu conhecimento e formação cidadã.
Após a escolha do tema, é necessário definir os objetivos gerais e específicos do
projeto. Conforme Mattos e Neves (2013), os objetivos devem estar alinhados com as
competências e habilidades previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), garantindo
assim uma formação integral e de qualidade para os alunos.
Em seguida, é preciso definir as estratégias metodológicas a serem utilizadas para
alcançar os objetivos propostos. De acordo com Gasparin (2016), é importante utilizar
diferentes linguagens e recursos didáticos, como música, artes, teatro, jogos, entre outros, que
favoreçam a participação ativa e criativa dos alunos no processo de aprendizagem.
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A pedagogia de projetos é uma abordagem educacional que tem como objetivo envolver
os alunos em projetos de aprendizagem que sejam relevantes e significativos para suas vidas,
permitindo que eles apliquem seus conhecimentos e habilidades para resolver problemas do
mundo real. Na educação infantil, essa abordagem pode trazer diversos benefícios para os
estudantes, tais como:
Esses são alguns dos benefícios que a pedagogia de projetos pode trazer para os
estudantes da educação infantil, contribuindo para uma aprendizagem mais significativa,
integrada e prazerosa.
A pedagogia de projetos é uma abordagem educacional que pode trazer diversos
benefícios para os estudantes da educação infantil, como destacam alguns autores. Segundo
Alarcão e Tavares (2003), essa abordagem permite que as crianças participem ativamente do
processo de aprendizagem, explorando, descobrindo e criando soluções para os desafios
propostos, o que contribui para o desenvolvimento de sua curiosidade, criatividade e autonomia.
De acordo com Moraes e Galiazzi (2007), a pedagogia de projetos também favorece o
desenvolvimento de habilidades socioemocionais, como empatia, comunicação, liderança e
trabalho em equipe, por meio da colaboração, negociação e resolução de conflitos em grupo.
Outro benefício da pedagogia de projetos, segundo Lerner e Kline (2006), é a conexão
com a vida real. Ao trabalhar em projetos que estejam relacionados com suas experiências
cotidianas, as crianças conseguem perceber a relevância do que estão aprendendo e sua
aplicação prática, o que aumenta sua motivação e engajamento. Além disso, de acordo com
Moura e Mendes (2011), a pedagogia de projetos estimula a criatividade das crianças,
permitindo que elas explorem diferentes ideias e soluções para os desafios propostos.
A pedagogia de projetos contribui para o desenvolvimento de competências importantes
para a formação integral dos estudantes, como destacam Alves e Nunes (2015). Ao participar
de projetos, os alunos desenvolvem diversas competências, como investigação, planejamento,
resolução de problemas, tomada de decisões, entre outras.
A pedagogia de projetos com crianças é uma abordagem educacional que visa criar um
ambiente de aprendizagem colaborativo e significativo, em que os alunos são incentivados a
explorar e descobrir o mundo ao seu redor por meio de projetos que sejam relevantes e
desafiadores. Essa abordagem vai além das programações pré-definidas, permitindo que as
crianças sejam co-autoras do processo de aprendizagem.
Segundo Dewey (1938), um dos precursores da pedagogia de projetos, a aprendizagem
ocorre melhor quando as atividades são significativas para o aluno, ou seja, quando o aluno está
envolvido em algo que lhe interessa e que faça sentido para ele. É isso que a pedagogia de
projetos busca oferecer, uma aprendizagem mais autêntica, significativa e prazerosa.
Para que os projetos sejam relevantes e desafiadores, é importante que eles partam das
experiências e interesses das crianças, como propõe Freinet (1996). O professor pode fazer uso
de recursos diversos, como livros, filmes, entrevistas e visitas a lugares interessantes, para
estimular a curiosidade e o interesse das crianças.
A pedagogia de projetos também se baseia na ideia de que a aprendizagem é um
processo colaborativo e social. Dessa forma, os projetos devem ser desenvolvidos em grupo,
em que as crianças possam trocar ideias, aprender umas com as outras e se ajudar mutuamente.
Ao invés de focar na transmissão de conteúdos pré-determinados, a pedagogia de
projetos busca desenvolver habilidades como a curiosidade, a criatividade, a resolução de
problemas e a capacidade de trabalhar em equipe, que são essenciais para o mundo
contemporâneo e futuro.
A pedagogia de projetos com crianças é uma abordagem educacional que valoriza a
participação ativa dos alunos na construção do conhecimento, a partir de experiências
significativas e desafiadoras. Essa abordagem pode contribuir para uma educação mais
engajadora e transformadora, capaz de formar cidadãos mais críticos, criativos e
comprometidos com a transformação social.
A prática de projetar em âmbito educativo pode ser entendida como uma ação dos
sujeitos crianças que busca desenvolver habilidades e competências de forma mais autônoma e
colaborativa. Nesse sentido, a concepção de projeto se baseia em uma perspectiva de construção
coletiva do conhecimento, em que os alunos são os protagonistas do processo.
Segundo Fernández (2001), o projeto é uma atividade complexa, que requer uma
estruturação adequada para que possa se desenvolver de forma eficaz. Para isso, é importante
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que os alunos tenham um papel ativo na definição dos objetivos, na escolha dos temas e nas
decisões sobre as atividades a serem realizadas.
Ainda segundo Fernández (2001), é importante que os projetos sejam planejados em
função dos interesses e necessidades dos alunos, para que possam ser mais significativos e
relevantes para eles. Assim, é necessário que o professor esteja atento aos interesses e
necessidades dos alunos e que saiba como articular esses interesses com os objetivos
educacionais.
Nesse sentido, o papel do professor é fundamental para o sucesso do projeto, uma vez
que cabe a ele criar um ambiente colaborativo e propício para a aprendizagem, bem como
orientar e estimular os alunos a desenvolverem suas habilidades e competências.
Além disso, a prática de projetar em âmbito educativo pode contribuir para o
desenvolvimento de habilidades e competências essenciais para o mundo contemporâneo e
futuro, como a criatividade, a resolução de problemas e a capacidade de trabalhar em equipe.
Como aponta Luckesi (2011), “os projetos são excelentes oportunidades para o
desenvolvimento da criatividade e para o exercício da liberdade de criação”.
A prática de projetar em âmbito educativo pode ser uma importante estratégia
pedagógica para estimular a participação ativa dos alunos na construção do conhecimento, a
partir de experiências significativas e desafiadoras. Essa abordagem pode contribuir para uma
educação mais engajadora e transformadora, capaz de formar cidadãos mais críticos, criativos
e comprometidos com a transformação social.
A pedagogia de projetos e a pedagogia das infâncias são duas abordagens pedagógicas
que dialogam intimamente entre si. A pedagogia de projetos busca estimular a participação
ativa dos alunos na construção do conhecimento, a partir de experiências significativas e
desafiadoras, enquanto a pedagogia das infâncias reconhece a criança como sujeito de direitos
e busca valorizar sua singularidade e diversidade.
Segundo Kramer (2011), a pedagogia de projetos pode ser uma importante estratégia
para a promoção da autonomia e da participação das crianças no processo educativo. A autora
destaca que os projetos podem contribuir para que as crianças se sintam mais motivadas e
engajadas na aprendizagem, ao mesmo tempo em que desenvolvem habilidades e competências
essenciais para o mundo contemporâneo e futuro.
Além disso, a pedagogia de projetos pode ser uma forma de respeitar e valorizar as
crianças em sua diversidade, reconhecendo suas diferenças e singularidades. Como aponta
Sarmento (2003), “a pedagogia de projetos pode contribuir para a construção de uma escola
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mais inclusiva, em que as crianças possam ser respeitadas em sua diversidade e se sintam mais
acolhidas e valorizadas”.
Por sua vez, a pedagogia das infâncias busca reconhecer a criança como sujeito de
direitos e valorizar sua singularidade e diversidade. Segundo Corsaro (2011), a pedagogia das
infâncias se baseia em uma abordagem participativa e colaborativa, em que as crianças são
vistas como sujeitos ativos na construção do conhecimento e na transformação do mundo.
Nesse sentido, a pedagogia de projetos pode ser uma importante estratégia para a
promoção da participação ativa das crianças no processo educativo, valorizando suas vivências
e experiências. Como aponta Pimentel (2013), “a pedagogia de projetos permite que as crianças
participem ativamente do processo educativo, construindo conhecimentos a partir de suas
vivências e experiências”.
Em resumo, a pedagogia de projetos e a pedagogia das infâncias dialogam intimamente
entre si, uma vez que ambas reconhecem a importância da participação ativa das crianças no
processo educativo e valorizam sua diversidade e singularidade. Essas abordagens pedagógicas
podem contribuir para a promoção de uma educação mais engajadora e transformadora, capaz
de formar cidadãos mais críticos, criativos e comprometidos com a transformação social.
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Ao longo dos textos desenvolvidos até aqui, foram abordadas diversas temáticas
relacionadas à pedagogia de projetos e à educação infantil. A partir das referências e citações
apresentadas, é possível perceber a relevância da pedagogia de projetos como uma estratégia
de aprendizagem significativa e engajadora, capaz de estimular a participação ativa dos alunos
na construção do conhecimento.
Além disso, a pedagogia de projetos pode contribuir para a valorização da diversidade
e da singularidade das crianças, reconhecendo suas vivências e experiências como elementos
fundamentais na construção do conhecimento. Essa abordagem pedagógica pode ser uma
importante estratégia para a promoção de uma educação mais inclusiva e comprometida com a
transformação social.
Por outro lado, a pedagogia das infâncias surge como uma abordagem pedagógica que
reconhece a criança como sujeito de direitos e valoriza sua singularidade e diversidade. Essa
perspectiva pedagógica busca promover uma educação mais participativa e colaborativa, em
que as crianças sejam vistas como sujeitos ativos na construção do conhecimento e na
transformação do mundo.
Assim, a pedagogia de projetos e a pedagogia das infâncias dialogam intimamente
entre si, uma vez que ambas buscam estimular a participação ativa das crianças no processo
educativo e valorizar sua diversidade e singularidade. Essas abordagens pedagógicas podem
contribuir para a formação de cidadãos mais críticos, criativos e comprometidos com a
transformação social.
No entanto, é importante ressaltar que a implementação dessas abordagens
pedagógicas requer uma reflexão crítica e uma atitude proativa por parte dos educadores, uma
vez que a educação infantil ainda enfrenta diversos desafios em relação à valorização da
diversidade e da singularidade das crianças. É necessário, portanto, que os educadores estejam
comprometidos com uma educação mais inclusiva e participativa, capaz de reconhecer e
valorizar as diversas formas de ser e de aprender das crianças.
Dessa forma, a pedagogia de projetos e a pedagogia das infâncias podem contribuir
para a construção de uma educação mais democrática e transformadora, em que as crianças
sejam vistas como sujeitos ativos na construção do conhecimento e na transformação do mundo.
Cabe aos educadores e às instituições de ensino assumirem essa responsabilidade e trabalharem
em prol de uma educação mais inclusiva e comprometida com a transformação social.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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S. S. dos; ALVES, A. F. (Org.). Educação infantil: múltiplos olhares. Campinas: Mercado das
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