Você está na página 1de 40

UNIVERSIDADE PAULISTA

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO: LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

BEATRIZ ROCHA MACIEL 2050843


KARIN SILVA MATIOLEVITCZ 2049339
LAURA FERREIRA RODRIGUES 2051157
MARIA TELMA APARECIDA DE CASTRO OZORIO 0543693
RAYANNE ARAÚJO DA SILVA COSTA 2069542

PEDAGOGIA DE PROJETOS NA INFÂNCIA

PAULÍNIA – SP
2023
UNIVERSIDADE PAULISTA
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO: LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

BEATRIZ ROCHA MACIEL 2050843


KARIN SILVA MATIOLEVITCZ 2049339
LAURA FERREIRA RODRIGUES 2051157
MARIA TELMA APARECIDA DE CASTRO OZORIO 0543693
RAYANNE ARAÚJO DA SILVA COSTA 2069542

PEDAGOGIA DE PROJETOS NA INFÂNCIA

Trabalho de conclusão de curso apresentado


como requisito parcial para a obtenção do título
de Pedagogia
Universidade Paulista – Polo Paulínia – SP
Orientação: Lisienne Navarro

PAULÍNIA – SP
2023
FICHA CATALOGRÁFICA
RESUMO

O presente trabalho de Pedagogia tem como objetivo compreender a pedagogia de projetos na


Educação Infantil. A pedagogia de projetos é uma abordagem de ensino em que os alunos são
estimulados a explorar a realidade por meio das relações entre as áreas do conhecimento,
tornando-se protagonistas no processo de ensino-aprendizagem. Os professores são
orientadores e mentores dos alunos nesse processo. A pesquisa visa analisar como essa
metodologia funciona e é fundamental para compreender a educação moderna e acompanhar o
desenvolvimento do aluno e o trabalho da escola. A pesquisa mostra que na educação por
projetos, os alunos aprendem com suas próprias experiências e agem proativamente sob a
orientação e mediação de seus professores. O estudo tem relevância para o meio acadêmico e
para a comunidade porque tenta mostrar a pedagogia do projeto, respeitando as diversas
opiniões que existem dentro do grupo e levando em consideração que cada um tem seu papel
no desenvolvimento único do projeto, tomando decisões e discutindo questões, eles podem
aprender ativamente a debater, trazer novas perspectivas e agir mais democraticamente. Assim,
os alunos experimentam os benefícios de uma atitude de respeito, responsabilidade, autonomia
e cooperação. A pesquisa bibliográfica é o primeiro passo de toda pesquisa científica e será
utilizada a técnica de documentação indireta para desvendar novos caminhos para o projeto.

Palavras – chave: pedagogia de projetos; educação infantil; aprendizagem ativa.


ABSTRACT

This Pedagogy work aims to understand the pedagogy of projects in Early Childhood
Education. Project pedagogy is a teaching approach in which students are encouraged to explore
reality through relationships between areas of knowledge, becoming protagonists in the
teaching-learning process. Teachers guide and mentor students in this process. The research
aims to analyze how this methodology works and is fundamental to understand modern
education and to follow the student's development and the school's work. Research shows that
in project education, students learn from their own experiences and act proactively under the
guidance and mediation of their teachers. The study is relevant for academia and the community
because it tries to show the project's pedagogy, respecting the diverse opinions that exist within
the group and taking into account that each one has their role in the unique development of the
project, making decisions and discussing issues , they can actively learn to debate, bring new
perspectives, and act more democratically. Thus, students experience the benefits of an attitude
of respect, responsibility, autonomy and cooperation. Bibliographical research is the first step
of all scientific research and the technique of indirect documentation will be used to discover
new paths for the project.

Key-words: pedagogy of projects; early childhood education; active learning.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...................................................................................................................07
CAPÍTULO I – EDUCAÇÃO INFANTIL CONCEPÇÕES E PRÁTICAS .................09
1.1 Principais aspectos da Educação Infantil .................................................................10
CAPÍTULO II – A EDUCAÇÃO INFANTIL E A PERCEPÇÃO DA INFANTIL ......15
2.1 Fases do desenvolvimento infantil .................................................................................15
CAPÍTULO III: A IMPORTÂNCIA DA PEDAGOGIA DE PROJETOS NA VIDA
DOS ALUNOS ....................................................................................................................23
3.1 O que é, e quais os seus objetivos da pedagogia de projetos na educação infantil? ......23
3.2 Quais os benefícios da pedagogia de projetos na vida dos estudantes da
educação infantil?..................................................................................................................26
3.3 Qual a importância de um projeto de educação infantil?.................................................27
3.4 Pedagogia de projetos com crianças: para além de programações pré-definidas............30
CAPÍTULO IV: ANÁLISE E DISCUSSÃO .....................................................................33
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................................36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..............................................................................37
7

INTRODUÇÃO

O presente trabalho situa-se na área da Pedagogia, no âmbito da Educação Infantil e tem


como proposta: Compreender como se dá a pedagogia de projetos na Educação Infantil.
A pesquisa analisa aspectos relevantes, como: Os estudantes podem aprender com base
em sua própria experiência, agindo de forma ativa, com a orientação e mediação do professor?
Como funciona essa metodologia e como ela é fundamental para compreender os conceitos de
uma educação moderna e acompanhar o desenvolvimento do aluno e o trabalho da escola?
A pedagogia de projetos é uma forma de estrutura curricular em que os alunos são
estimulados a explorar a realidade por meio das relações entre as áreas do conhecimento, é
também uma metodologia de ensino que visa educar pela experiência e tornar os alunos
protagonistas no processo de ensino-aprendizagem, tendo os professores como orientadores e
mentores.
O estudo tem como objetivo geral: Analisar a pedagogia de projetos na infância. E
objetivos específicos: Refletir sobre a educação infantil, explicar a importância da pedagogia
de projetos na vida dos alunos, compreender como se dá a pedagogia de projetos na Educação
Infantil.
A pesquisa mostra que na educação por projetos, os alunos aprendem com suas próprias
experiências e agem proativamente sob a orientação e mediação de seus professores.
O estudo tem relevância para o meio acadêmico e para a comunidade porque
tenta mostrar a pedagogia do projeto, respeitando as diversas opiniões que existem dentro do
grupo e levando em consideração que cada um tem seu papel no desenvolvimento único do
projeto, tomando decisões e discutindo questões, eles podem aprender ativamente a debater,
trazer novas perspectivas e agir mais democraticamente. Desta forma, eles experimentam os
benefícios de uma atitude de respeito, responsabilidade, autonomia e cooperação.
A pesquisa bibliográfica pode ser considerada como o primeiro passo de toda pesquisa
científica. Usaremos neste estudo a técnica de documentação indireta que incide no
levantamento de informações que já foram empregues por outrem, utilizaremos de tais
informações para tentar desvendar novos caminhos para o projeto.
Considerando as informações acima, o estudo está dividido em três capítulos. O
primeiro capítulo se concentra na reflexão sobre a Educação Infantil, ou seja, sobre as questões
e desafios que envolvem a educação das crianças na primeira infância, que compreende até os
seis anos de idade. Nesse capítulo, podem ser discutidos temas como a importância do brincar,
8

a relação entre afeto e aprendizagem, as políticas públicas voltadas para a Educação Infantil,
entre outros.
Já o segundo capítulo aborda a importância da pedagogia de projetos na vida dos alunos.
A pedagogia de projetos é uma abordagem de ensino que tem como objetivo desenvolver a
aprendizagem por meio da realização de projetos, que podem ser individuais ou em grupo, e
que envolvem a pesquisa, a investigação e a resolução de problemas. Nesse capítulo, podem
ser apresentados exemplos de projetos bem-sucedidos e discutidos os benefícios que essa
abordagem pode trazer para os alunos.
Por fim, o terceiro capítulo irá compreender como se dá a pedagogia de projetos na
Educação Infantil. Nesse capítulo, serão exploradas questões como a adequação dos projetos à
faixa etária das crianças, as habilidades e competências que podem ser desenvolvidas por meio
dessa abordagem, as estratégias pedagógicas que podem ser utilizadas, entre outras. Esse
capítulo busca entender como a pedagogia de projetos pode ser aplicada na Educação Infantil
de forma efetiva e significativa para as crianças.
9

CAPÍTULO I – EDUCAÇÃO INFANTIL CONCEPÇÕES E PRÁTICAS

A história da educação infantil no Brasil está ligada a um acontecimento relevante no


nosso país, ou seja, a entrada das mulheres no âmbito do mercado de trabalho. Com esse
acontecimento as mulheres não tinham com quem deixar seus filhos, com isso as mães
deixavam seus filhos com as “criadeiras” (mulheres que cuidavam de muitas crianças ao mesmo
tempo).
Partindo desse pressuposto podemos perceber que as instituições escolares surgiram
como método para substituir as criadeiras que em sua maioria trabalhavam em uma situação
bem precária. Isso resultou na intensa associação da creche ao assistencialismo, tal realidade só
começou a mudar na década de 70 a 80. A partida inicial da história das séries iniciais veio com
a Constituição de 88, que reconheceu a creche e a pré-escola como parte do sistema educacional
no país.
O atendimento à criança para além do que ocorria no âmbito privado de cada família
possibilitaria a superação das precárias condições sociais as quais ela estava sujeita,
levando à defesa de uma educação vista como compensatória desses problemas
(PASCHOAL e MACHADO, 2009, p. 84).

No Brasil, ao contrário da Europa, inicialmente, elas foram criadas para atendimento de


crianças pobres, com caráter compensatório e assistencialista. Primeiramente surgiram as
creches junto às indústrias e, mais tarde, as pré-escolas, que hoje em dia atendem às diversas
classes sociais (JARDIM; PROSCÊNCIO, 2017).
A denominação educação infantil também é um termo recente, adotado com a
Constituição de 1988, objetivando a superação da dicotomia entre a creche e a pré-escola e
passando a representar a educação das crianças desde o nascimento até o ingresso no ensino
fundamental. (PROSCÊNCIO, 2010).
A perspectiva que vem sendo construída sobre a infância e a criança, sofreu
modificações sociais, culturais e históricas nesse percurso. Philippe Ariès (1914-1984) foi um
teórico que evidenciou a mudança na concepção de infância na sociedade moderna decorrente
da alteração na estrutura social.
A criança, atualmente, é considerada como sujeito histórico produto da cultura na qual
se insere. Em nosso país, é vigente, de acordo com a legislação, a concepção de infância cidadã,
no qual a criança tem direitos assegurados pela lei e que deve ser respeitada e educada.
(JARDIM; PROSCÊNCIO, 2017).
10

A infância contextualiza o hoje vivido por essa criança, o presente, o que ela é, um
período único na vida desse “sujeito ativo do processo” (FREIRE, 1999).
Nesse sentido, a escola deve ser o lugar que dispõe desde a proposta pedagógica até a
prática efetiva a formar a criança, de modo que tenha condições para desenvolver sua
criticidade, autonomia e responsabilidade. A criança, como todos nós humanos, se constrói
diariamente no seu relacionamento com os outros e com o mundo.
Após esse breve histórico da educação infantil no Brasil fica mais fácil conceituá-la
como a etapa inicial da educação básica, ou seja, um direito do infante. Para a LDB, a educação
infantil tem como objetivo desenvolver integralmente a criança, em todos os seus aspectos
(psicológico, social, físico), fazendo que seja completada a ação da comunidade e da família.

1.1 Principais aspectos da Educação Infantil

O ensino inicial da educação básica é de extrema relevância para o desenvolvimento das


habilidades e conhecimentos que irão facilitar a forma de compreender e interiorizar o mundo
pelo infante. Neste contexto é essencial trabalhar atividades funcionais, ou seja, a ideia da
interação com o meio, determinado por um ato que foi planejado e projetado pelo docente.
Partindo desse pressuposto temos a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que
contempla seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento. Segundo o próprio texto da
BNCC, ela seria “um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e
progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das
etapas e modalidades da Educação Básica”. (BRASIL, 2018, p. 7).
O documento citado trata-se de orientações sobre o que seria indispensável na educação
de toda criança/adolescente brasileiro e uma forma de nortear as propostas curriculares de
escolas públicas e privadas. No que tange a Educação Infantil os princípios são: (BRASIL,
2018)

1 – Conviver com outras crianças e adultos;


2 – Brincar cotidianamente de diversas formas e em diferentes espaços;
3 – Participar ativamente do planejamento das atividades propostas pelo educador;
4 – Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções,
transformações, relacionamentos, histórias, objetos e elementos da natureza;
5 – Expressar suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas,
opiniões e questionamentos;
11

6 – Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural.

As interações e as brincadeiras fazem parte dos eixos estruturais da Educação Infantil e


são eles que asseguram às crianças os direitos de aprendizagem. Levando isso em consideração,
a BNCC na Educação Infantil é estruturada em cinco campos de experiência. De acordo com a
Base: (BRASIL, 2018)
Com base na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) brasileira, os Campos de
Experiência são uma forma de organizar a prática pedagógica na Educação Infantil, orientando
os professores e as instituições educacionais sobre as áreas do desenvolvimento das crianças
que devem ser trabalhadas.
Segundo a BNCC, os Campos de Experiência são "conjuntos amplos e dinâmicos de
experiências que envolvem as crianças em situações e práticas significativas e desafiadoras, em
contextos diversos". Conforme destacado por Souza (2020), os Campos de Experiência na
Educação Infantil são divididos em cinco áreas:

1. O Eu, o Outro e o Nós: Este campo de experiência está relacionado ao desenvolvimento


da identidade, da autoestima e das relações sociais da criança. Como afirma a BNCC,
este campo de experiência "propõe a construção de uma cultura de respeito, convívio e
interações éticas".
2. Corpo, Gestos e Movimentos: Este campo de experiência está relacionado ao
desenvolvimento da coordenação motora, da percepção sensorial e da expressão
corporal da criança. Segundo a BNCC, este campo de experiência "permite ampliar as
possibilidades de comunicação, expressão, interação e compreensão de si e do mundo".
3. Traços, Sons, Cores e Formas: Este campo de experiência está relacionado ao
desenvolvimento da sensibilidade estética, da criatividade e da percepção visual e
auditiva da criança. A BNCC destaca que este campo de experiência "propicia a
ampliação da capacidade de perceber, sentir, imaginar e criar".
4. Escuta, Fala, Pensamento e Imaginação: Este campo de experiência está relacionado ao
desenvolvimento da linguagem oral e escrita, da reflexão e da imaginação da criança.
Como destaca a BNCC, este campo de experiência "estimula a ampliação das
capacidades comunicativas e expressivas, bem como o desenvolvimento da curiosidade,
do desejo de saber e da imaginação".
5. Espaços, Tempos, Quantidades, Relações e Transformações: Este campo de experiência
está relacionado ao desenvolvimento da percepção espacial, temporal, numérica e lógica
12

da criança. Segundo a BNCC, este campo de experiência "possibilita a ampliação das


capacidades de observação, de investigação, de organização e de registro de
informações e conhecimentos".

A BNCC destaca que "os campos de experiência são inseparáveis e complementares, e


devem ser trabalhados de forma integrada, em projetos e atividades que envolvam a
curiosidade, a criatividade e o protagonismo das crianças" (BRASIL, 2018).
Dessa forma, compreende-se que os Campos de Experiência são uma importante
ferramenta para nortear a prática pedagógica na Educação Infantil, uma vez que eles abrangem
todas as áreas do desenvolvimento das crianças e permitem que os professores trabalhem de
forma integrada e significativa.
No ensino inicial, os pequenos passam por uma fase de grandes mudanças e conquistas.
Podemos perceber que as possibilidades de interação se transformam, bem como há uma
enorme extensão da capacidade de se estabelecer ligações afetivas e da habilidade de participar
do meio social em que vive. No decorrer de cada etapa, os pequenos começam a se expressar
através da imaginação, do ato de imitar, das brincadeiras, bem como da linguagem.
Desse modo, inicia-se a maior chance de compreensão de mundo, do desenvolvimento
da oralidade das crianças, a autonomia em relação aos cuidados pessoais, as crianças começam
a verem as brincadeiras com outra visão e o aumento no tempo de concentração dos mesmos,
essas e outras características são extremamente relevantes na vida das crianças, e cada uma
delas tem seu desenvolvimento dentro de seu ciclo.
Segundo Kuhlmann Júnior (2001, p.31), “a infância é uma condição do ser criança,
devendo ser compreendida no contexto das relações sociais: [...]”. Ainda segundo Kuhlmann
Júnior (2001, p.31).

Considerar a infância como uma condição da criança. O conjunto de experiências


vividas por elas em diferentes lugares históricos, geográficos e sociais é muito mais
do que uma representação dos adultos sobre esta fase da vida. É preciso conhecer as
representações da infância e considerar as crianças concretas, localizá-las nas relações
sociais, etc., reconhecê-las como produtoras da história.

Levando em consideração esses aspectos da faixa etária, buscamos promover atividades


baseadas em propostas pedagógicas fundamentadas e planejadas que contemplem todos os
aspectos do desenvolvimento social, cultural, físico e cognitivo e favoreçam o processo de
construção do conhecimento.
13

Nesse ensejo, os professores passam a trabalhar com os alunos de forma com que haja
a formação de indivíduos críticos, criativos, bem como participativos e responsáveis, capazes
de se comunicar, lidar com as próprias emoções e propor soluções para problemas e desafios.
Desse modo, é necessário que o corpo docente procure trabalhar as aprendizagens
essenciais definidas na BNCC, tais orientações devem concorrer para assegurar aos estudantes
o desenvolvimento de dez competências gerais, que consubstanciam, no âmbito pedagógico, os
direitos de aprendizagem e desenvolvimento. (BRASIL, 2018).
Essas competências guiaram a elaboração dos conteúdos repassados para os alunos na
sala, com o objetivo que haja uma desvinculação da escola do passado, que era inclinada
exclusivamente à memorização de conteúdo das disciplinas.
No que tange a instituição escolar, mas especialmente a Educação Infantil foco do nosso
estudo, estamos em um espaço mais profundo. Além de repassar o ensino de forma acumulada,
este processo deve se dar de forma organizada, ou seja, de modo que, todas as intervenções
realizadas pela equipe escolar devam ser pensadas, bem como refletidas e planejadas, fazendo
com que todas as atividades tenham intenção e objetivo.
Mediante isso a pedagogia utilizada na escola, deve visar a integração do universo do
educando, nas mais diversas modalidades do conhecimento, valorizando o conhecimento prévio
e respeitando suas limitações, contribuindo assim para seu desenvolvimento.
Em todas as áreas de trabalho a demanda é baseada no trabalho coletivo, na discussão
em grupo, no espírito de cooperação, na contribuição, nas parcerias e representações. Assim
sendo, a escola trabalha com base nesse princípio da coletividade. A escola é a instituição social
responsável pela formação ética e instrução das novas gerações; portanto precisa garantir a
igualdade de condições e de oportunidade para todas as pessoas que por ela passam.
Podemos observar que o ensino inicial é uma fase primordial na vida de uma criança,
visto que o período dos 0 aos 5 anos fará total diferença no futuro do infante, sendo essa a base
para o seu desenvolvimento. A Educação infantil é o início da educação básica e tem por
finalidade o crescimento integral do infante até os seis anos de idade, em seus aspectos físico,
psicológico, bem como intelectual e social.

[...] a base para as aprendizagens humanas está na primeira infância. Entre o primeiro
e o terceiro ano de idade a qualidade de vida de uma criança tem muita influência em
seu desenvolvimento futuro e ainda pode ser determinante em relação às contribuições
que, quando adulta, oferecerá à sociedade. Caso esta fase ainda inclua suporte para os
demais desenvolvimentos, como habilidades motoras, adaptativas, crescimento
cognitivo, aspectos sócioemocionais e desenvolvimento da linguagem, as relações
sociais e a vida escolar da criança serão bem sucedidas e fortalecidas (PICCININ,
2012, p. 38).
14

Nesse ensejo podemos perceber que é na educação infantil que se dá o começo de uma
nova caminhada, tanto para os educandos, quanto para os pais. É nessa fase que se faz relevante
o papel do professor. A Educação Infantil não deve ser traumatizante, mas sim uma fase que as
crianças não deveriam esquecer.
De acordo com a LDB nº 9.394, nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 em sua seção II,
nessa etapa inicial a educação básica é essencial para que os educadores planejam exercícios
que estimulem os aspectos cognitivo, afetivo, bem como psicomotor e social das crianças.
Nesse contexto, as etapas do desenvolvimento humano têm suas influências no processo
de ensino-aprendizagem. Esse crescimento se inicia desde o primeiro contato com o mundo e
continua por toda a vida. Na instituição escolar, o infante aprende o conteúdo da grade curricular
e também recebe influências do meio que está inserido. A Educação Infantil tem o objetivo de
garantir o direito do infante, ou seja, às crianças têm o direito de viver a infância, se desenvolver
e crescer. Para Kramer:

Conceber a criança como ser social que ela é, significa: considerar que ela tem uma
história, que pertence a uma classe social determinada, que estabelece relações
definidas segundo seu contexto de origem, que apresenta uma linguagem decorrente
dessas relações sociais e culturais estabelecidas, que ocupa um espaço que não é só
geográfico, mas que também dá valor, ou seja, ela é valorizada de acordo com os
padrões de seu contexto familiar e de acordo com sua própria inserção nesse contexto
(KRAMER, 1986, p. 79)

Desse modo, podemos notar que ofertar experiências relevantes e significativas para o
infante é garantir seus direitos. Uma educação significativa e de qualidade inclui uma escola
com espaço amplo, bem como para que as crianças possam de fato se manifestar por diferentes
meios.
No que tange o exercício de garantir o infante deve ter seu direito de viver a infância e
desenvolver as experiências no espaço de Educação Infantil. É necessário que o ensino infantil
possibilite o encontro da criança com o mundo a sua volta, e que ela possa desenvolver suas
formas de agir, sentir e pensar.
15

CAPÍTULO II – A EDUCAÇÃO INFANTIL E A PERCEPÇÃO DA INFANTIL

A Educação Infantil é uma etapa fundamental da educação básica, que compreende o


atendimento de crianças de zero a cinco anos de idade. Durante essa fase, é importante que as
instituições de ensino ofereçam um ambiente acolhedor e estimulante, que favoreça o
desenvolvimento integral da criança.
Uma das características da infância é a sua percepção peculiar do mundo, que difere
da percepção dos adultos. As crianças ainda estão descobrindo e compreendendo a realidade ao
seu redor, e por isso, têm uma curiosidade natural e uma abertura para experimentar e aprender.
Nesse sentido, é fundamental que a Educação Infantil esteja alinhada com essa
percepção infantil, oferecendo experiências significativas e desafiadoras que estimulem a
curiosidade, a imaginação e a criatividade das crianças. De acordo com a Base Nacional
Comum Curricular (BNCC), a Educação Infantil deve proporcionar um ambiente que "instigue
o desejo de saber, de experimentar, de fazer perguntas e de buscar respostas" (BRASIL, 2018)
Além disso, é importante que os professores e educadores estejam atentos às
especificidades do desenvolvimento infantil, respeitando o ritmo e as necessidades de cada
criança. A BNCC destaca que é fundamental que as atividades e experiências propostas levem
em consideração a "faixa etária, a maturidade, o contexto sociocultural e as experiências prévias
das crianças" (BRASIL, 2018).
Assim, compreende-se que a percepção infantil é fundamental para a prática
pedagógica na Educação Infantil. É necessário que as instituições de ensino estejam atentas às
necessidades e particularidades das crianças, oferecendo um ambiente acolhedor e desafiador
que favoreça o desenvolvimento integral e o prazer de aprender.

2.1 Fases de desenvolvimento infantil

Nesta seção, você conhecerá os processos e os estágios de desenvolvimento cognitivos


estabelecidos na teoria de Jean Piaget e os conceitos de zona de desenvolvimento proximal ou
zona de desenvolvimento iminente, nível de desenvolvimento potencial e nível de
desenvolvimento real de Vygotsky.
Desse modo, você poderá refletir sobre a relevância de o professor que atua na educação
infantil compreender cada um desses conceitos e suas implicações em sua ação docente.
A educação infantil é um segmento educacional que culmina na associação entre os
cuidados e a educação. A criança tem necessidades e singularidades que devem ser respeitadas.
16

Por isso, é de suma importância que o professor tenha conhecimento sobre o


desenvolvimento infantil. A partir desse conhecimento é que o docente planejará e organizará
sua ação de forma a contribuir para o desenvolvimento e a aprendizagem da criança.
Diversos são os teóricos que embasam as perspectivas e as propostas de ensino, do
mesmo modo, há também diversidade nas concepções sobre aprendizagem e desenvolvimento.
Neste tópico, veremos alguns desses estudiosos e seus pensamentos: Piaget e Vygotsky, que
abordam o desenvolvimento infantil sob a perspectiva interacionista.
Santrock (2010 apud BASTOS, 2015 p. 4) apresenta a seguinte definição para
desenvolvimento: “[...] é o padrão de mudanças socioemocionais, cognitivas e biológicas que
começam na concepção e continuam durante toda a vida de uma pessoa. A maior parte do
desenvolvimento envolve o crescimento, embora também envolva a decadência (morte)”.
Nesta pesquisa será apresentado a você dois teóricos: Piaget, sobre ele trataremos sobre
a construção das estruturas mentais nas crianças com ênfase no que ele define como esquemas,
processos de assimilação, acomodação e equilibração e os estágios de desenvolvimento da
criança. (JARDIM, PROSCÊNCIO, 2017).
E Vygotsky que tem uma compreensão de desenvolvimento que ocorre em um processo
histórico e social. Seus principais conceitos são as zonas de desenvolvimento proximal ou a
zona de desenvolvimento iminente, o nível de desenvolvimento real e o nível de
desenvolvimento potencial.
Suas teorias apresentam pontos discordantes, mas são conhecidas por serem
interacionistas, pois nelas concebe-se que a aquisição do conhecimento acontece pelas
interações do ser humano com o meio.
Piaget viveu de 1896 a 1980, suíço, era biólogo e apresentou uma teoria epistemológica,
que apesar de ser bastante explorada pela área da educação, não é uma teoria de aprendizagem.
Estudou seus próprios filhos para compreender as operações mentais chamadas de inteligência.
(JARDIM, PROSCÊNCIO, 2017).
Ele é considerado interacionista porque em sua teoria expõe que adquirimos
conhecimento com a interação que estabelecemos com o meio. Esse meio abrange tudo o que
está à nossa volta: objeto, ideias, relações, toda cultura e história do sujeito epistêmico (sujeito
do conhecimento que age no meio em que está inserido e que suas ações dependem do nível de
suas estruturas cognitivas, esse sujeito só aprende aquilo que está apto a aprender)
(FIORAVANTE-TRISTÃO, 2010; GONÇALVES, 2014).
Desse modo, para Piaget, conhecer os processos cognitivos como esquemas,
assimilação, acomodação e equilibração são necessários para compreender como a criança se
17

desenvolve. Descreveremos esses processos a seguir, com base em Gonçalves (2014) e


Fioravante-Tristão (2010).

Os esquemas são estruturas intelectuais - em que os processos ocorrem no sistema


nervoso, não sendo, portanto, observáveis, que organizam os eventos percebidos pelo
organismo. Conjuntos de ações padronizadas que se aplicam a elementos com
características comuns, ou seja, eles são classificados em grupos de acordo com essas
características. Quando a criança nasce, ela apresenta poucos esquemas, ainda de ação
reflexa, e conforme se relaciona com o mundo, esses esquemas vão sendo
coordenados entre si, interiorizados, diferenciados e tornando-se mais numerosos.
(JARDIM, PROSCÊNCIO, 2017, p. 96)

Essa construção de esquemas que acontece ao longo da vida ocorre por meio de outros
processos: assimilação, acomodação, equilibração e adaptação. Assimilação e acomodação são
ações que resultam em uma mudança na estrutura cognitiva (nos esquemas), ou no seu
desenvolvimento, e juntas compõem o processo de adaptação, permitindo ao indivíduo estar
em equilíbrio com seu meio (JARDIM, PROSCÊNCIO, 2017). Todas as vezes em que esse
equilíbrio é rompido, há uma busca da equilibração, originando esquemas mais complexos.
Ainda segundo Jardim e Proscêncio (2017) Piaget esquematizou o desenvolvimento
cognitivo em estágios que ocorrem de forma sucessiva, pois os novos conhecimentos vão sendo
agregados aos anteriores, de modo que os estágios se ampliam. Desse modo, ocorre um
continuum do desenvolvimento, em que a formação da estrutura do estágio precedente embasa
a formação de estruturas que a sucedem, não a substituindo.
O primeiro estágio de desenvolvimento estabelecido por Piaget é chamado de sensório-
motor, normalmente ele ocorre do nascimento aos dois anos de idade da criança. Segundo
Piaget, “a criança nasce em um universo para ela conturbador, pois ela não tem noção corporal,
pensa que faz parte da mãe e não se diferencia do outro, e dos objetos que a cercam” (1996, p.
30).
Portanto, a função mental do recém-nascido limita-se ao exercício dos aparelhos
reflexos inatos voluntários, quando se depara com um objeto: realiza
o movimento dos olhos, pode chupá-lo, tentar agarrá-lo, mas o bebê ainda não tem noção de
que aquele objeto continua a existir depois de sair do seu contato visual ou tátil. Ele ainda não
apresenta a função semiótica, não sendo capaz de representar objetos mentalmente (JARDIM,
PROSCÊNCIO, 2017).
Segundo Vagula e Steinle (2013) e Marquezini (2015), do primeiro ao quarto mês, os
bebês começam a coordenar suas ações reflexas, criando uma ação mais organizada. Piaget
(1996) dá a esse momento o nome de reações circulares básicas ou primárias.
18

São exemplos dessas reações: acompanhar as pessoas com o olhar, procurar com a
cabeça a origem de um determinado som, balbuciar alguns ruídos, levar a mão à boca. São
ações caracterizadas por estarem centradas no corpo da criança e não na manipulação dos
objetos ao seu redor.
Segundo Jardim e Proscêncio (2017) Do quarto mês ao oitavo, o bebê começa a
reproduzir de forma intencional uma ação ocasionada acidentalmente como: o bebê esbarra em
um determinado objeto e, ao mexê-lo, percebe que produz som, começa então a repetir essa
ação, a isso Piaget chamou de reações circulares secundárias. Nesse momento, o bebê começa
também a desenvolver a percepção de permanência de um objeto, pois quando derruba um
objeto acompanha com o olhar para verificar onde este está.
Podemos notar que conforme a criança vai crescendo, ela deve ter oportunidade de
exercitar a exploração corporal e espacial, por isso, é importante que a criança tenha espaço,
que ela não fique presa muito tempo no berço, a não ser para dormir.
É necessário, então, que os professores organizem o espaço físico para que as crianças
possam engatinhar e experimentar seus primeiros passos em um ambiente seguro. Quando
muito pequenos, os bebês podem ser colocados apoiados em almofadas para não cair dos lados.
O segundo estágio é chamado de pré-operacional e ocorre aproximadamente dos dois
aos sete anos de idade. Nessa fase, há uma transformação na qualidade de pensamento da
criança em relação ao estágio anterior. Ela desenvolve sua capacidade simbólica, sendo capaz
de criar a imagem mental que represente objetos e como imitar uma pessoa, por exemplo.

A partir desta idade, começam-se as brincadeiras do faz de conta, utilizando o que


chamamos de imagem diferida, quando ela faz de conta que um objeto é outro: o cabo
de vassoura vira um cavalo, um simples sabugo de milho se torna uma majestosa
boneca, uma caneta se transforma em microfone e a tampa da panela é o volante do
seu carro. Ainda se encontra no egocentrismo, pois não tem uma compreensão do
mundo em que vive, porém, a fala é cada vez mais desenvolvida, bem como a
capacidade de entender as palavras (JARDIM, PROSCÊNCIO, 2017, p.101).

Nesse momento é importante que os adultos utilizem estímulos, como: a leitura para a
criança, ensinar a cantar, desenvolver o gosto por ouvir poesias, enfim, exercitar a linguagem
para comunicar-se com elas. Momento, também, para utilizar outras formas de linguagens e
comunicação não verbais: por gestos, expressão corporal, dança, propostas que desenvolvam a
coordenação motora, lateralidade, criatividade, sensibilidade, entre outros.
O terceiro estágio é chamado de operacional concreto, ocorre por volta dos sete aos doze
anos de idade. A criança já faz uso do raciocínio lógico de modo elementar e os aplica apenas
na manipulação de objetos concretos. A criança consegue classificar objetos de acordo com a
19

cor, o tamanho e a forma. Também faz relações entre classes e subclasses, como: sabe que
existem rosas vermelhas e rosas amarelas, e que todas são rosas (JARDIM, PROSCÊNCIO,
2017).
Nesse estágio, a criança está no ensino fundamental, que é uma modificação decisiva
no que diz respeito à socialização, ao pensamento, às operações racionais e ao campo da
afetividade (PIAGET, 1989). A criança percebe a emergência dos jogos de regras, passa a
respeitá-las, compreende as reflexões sobre as ações, passa a pensar sobre os seus atos e
entendê-los, deixa de ser egocêntrica, caminhando da heteronomia para a autonomia de
pensamento (PIAGET, 1989). Já existe um pequeno entendimento sobre socialização.
A criança percebe a emergência dos jogos de regras, passa a respeitá-las, compreende
as reflexões sobre as ações, passa a pensar sobre os seus atos e entendê-los, deixa de ser
egocêntrica, caminhando da heteronomia para a autonomia de pensamento (PIAGET, 1989). Já
existe um pequeno entendimento sobre socialização.
O quarto estágio é chamado de operacional formal, ocorre após os doze anos de idade.
Agora, a criança está adolescendo e torna-se capaz de utilizar o pensamento hipotético-
dedutivo, de deduzir as conclusões de puras hipóteses, e não somente através de observação
real, cria estratégias no decorrer de suas vivências. Ela já pode imaginar possibilidades,
formular hipóteses, comprová-las na realidade ou no pensamento. O estágio operacional formal
é repleto de revoltas na área emocional, mas também revela várias conquistas, pois já é capaz
de formular sistemas e teorias. (JARDIM, PROSCÊNCIO, 2017).
Os estágios de desenvolvimento propostos por Piaget, seguem essa sequência
apresentada: sensório-motor, pré-operacional, operacional concreto e operacional formal, em
todas as crianças, mas sem uma definição exata quanto à faixa etária em que eles aparecem. Em
algumas crianças podem surgir antes e em outras mais tardiamente, dependendo da influência
que a criança recebe do ambiente e das relações que vivencia.
Lev Semionovitch Vygotsky, russo, nasceu em 1896 e morreu em 1934. A perspectiva
construída por ele compreende o homem como ser biológico, histórico e cultural. Vygotsky é
interacionista, assim como Piaget, mas, de acordo com Fioravante-Tristão (2010, p. 148) ele
“enfatiza o desenvolvimento das estruturas cognitivas como os requisitos fundamentais para a
aprendizagem”.
Para ele, a aprendizagem ocorre pela apropriação e internalização dos signos
socialmente construídos em um contexto de interação. E as relações entre os indivíduos, com o
mundo e consigo mesmo são mediadas pela cultura, por ferramentas culturais e instrumentos
psicológicos (signos - linguagem) que se modificam ao longo da história (FELIPE, 2001).
20

Sua teoria fundamenta-se no materialismo histórico-dialético de Karl Marx. Para ele, o


desenvolvimento humano ocorre pelas trocas estabelecidas com o meio sociocultural se
transformando e sendo transformado nessas relações. Para isso, foi necessário ao homem
desenvolver ferramentas materiais e instrumentos psicológicos para aprender a lidar com essas
ferramentas. Assim, desenvolveu-se como modo de autopreservação a comunicação para a
continuidade da espécie humana: signos e a linguagem (RICIERI, 2014).
Os signos são denominados instrumentos psicológicos, pois, pela utilização da
linguagem, o homem influencia o comportamento dos outros e o próprio (aprendizagem), por
meio dela podemos planejar, formular hipóteses, refletir e reorganizar as ideias.
Sobre a linguagem, são apresentados, segundo Ricieri (2014), alguns estágios:

a) Estágio pré-intelectual do desenvolvimento da fala no qual o recém-nascido se comunica por


meio de expressões físicas e emocionais.
b) Estágio pré-linguístico do desenvolvimento do pensamento em que a criança antes de
compartilhar o uso de instrumentos psicológicos, revela uso de estratégias inteligentes para
atingir alguns fins, mas ainda não tipicamente humanas.

Pela interação social é que se unem pensamento e linguagem. Por isso, é indicado que
os adultos, pais e professores que permanecem longo tempo com a criança, façam essa
mediação. Por meio da linguagem, mostram os objetos às crianças, nomeando-os, formando
frases, para que assim o/a bebê/criança possa realizar associações entre as ações e os objetos
que lhes são apresentados, aprender com seus mediadores e passar a imitá-los.
Segundo Felipe (2001, p. 29), para Vygotsky “primeiro a criança utiliza a fala
socializada, para se comunicar. Só mais tarde é que ela passará a usá-la como instrumento de
pensamento, com a função de adaptação social”. Por isso, a linguagem é um conceito relevante
na teoria de Vygotsky, pois é um instrumento capaz de transformar nossa aprendizagem, “pois
quando um indivíduo aprende a linguagem específica de seu meio sociocultural, ele é capaz de
alavancar seu próprio desenvolvimento” (FERRONATO; FREITAS; PINTO, 2016, p. 84).
Para Piaget, a aprendizagem acontece também pela mediação, mas por meio do contato
direto com o objeto de conhecimento. Para Vygotsky, a aprendizagem mediada ocorre por meio
do outro presente na relação: instrumentos ou símbolos. A mediação é entendida como “a
intervenção de um elemento intermediário em uma relação, de modo que esta deixa de ser direta
e passa a ser mediada”. (FIORAVANTE-TRISTÃO, 2010).
21

Por exemplo: a criança brinca com um copo à beira de uma mesa, o copo cai e quebra,
na próxima vez que pegar o copo para brincar à beira da mesa poderá se lembrar que o copo
poderá cair e quebrar, ou ainda, alguém poderá alertá-la disso; ela então poderá antecipar sua
ação evitando que o copo quebre.
Para Vygotsky (2007), a aprendizagem e o desenvolvimento são processos
indissociáveis. E é pelo uso e pela manipulação dos instrumentos que são desenvolvidas as
capacidades cognitivas e funções psicológicas superiores (o pensamento, a memória, a atenção
voluntária e a linguagem).
Desse modo, a criança aprende pela imitação e repetição das ações dos adultos que são
próximos a elas. Esse teórico não considera que a criança se desenvolva sozinha com o decorrer
do tempo, apenas por seus processos biológicos naturais, mas, ela depende de suas
aprendizagens promovidas também pela socialização, pela sua vivência social.
Cabe-nos mencionar que Vygotsky (2007) classifica as funções psicológicas em
elementares e superiores. As funções elementares são as ações reflexas e imediatas que recebem
a influência do ambiente externo. Já as funções superiores: o pensamento, a memória, a atenção
voluntária e a linguagem distinguem os homens dos animais.
A capacidade de pensar, abstrair e antecipar ações agindo intencionalmente se
desenvolveram por conta do aperfeiçoamento da linguagem (interações homem-homem -
intermentais - e do homem consigo mesmo - intramentais). Elas resultam da interação entre
fatores sociais e biológicos.
Ao tratar da criança, não podemos deixar de abordar o brincar como sua principal
atividade social e que proporciona maior desenvolvimento em sua capacidade cognitiva, pois,
por meio da brincadeira, a criança produz novos significados aos objetos. Vygotsky enfatiza a
importância do brinquedo e da brincadeira do faz de conta, “tal capacidade representa um passo
importante para o desenvolvimento do pensamento, pois faz com que a criança se desvincule
das situações concretas imediatas sendo capaz de abstrair” (FELIPE, 2001, p. 30).

A criança começa por inserir-se no jogo preexistente da mãe mais como um brinquedo
do que como uma parceira, antes de desempenhar um papel mais ativo pelas
manifestações de contentamento que vão incitar a mãe a continuar brincando. A
seguir, ela vai poder tornar-se um parceiro, assumindo, por sua vez, o mesmo papel
da mãe, ainda que de forma desajeitada, como nas brincadeiras de esconder uma parte
do corpo. A criança aprende assim a reconhecer certas características essenciais do
jogo: o aspecto fictício, pois o corpo não desaparece de verdade, trata-se de um faz de
conta; a inversão dos papéis; a repetição que mostra que a brincadeira não modifica a
realidade, já que se pode sempre voltar ao início; a necessidade de um acordo entre
parceiros, mesmo que a criança não consiga aceitar uma recusa do parceiro em
continuar brincando. Há, portanto, estruturas preexistentes que definem a atividade
lúdica em geral e cada brincadeira em particular, e a criança as apreende antes de
22

utilizá-las em novos contextos, sozinha, em brincadeiras solitárias, ou então com


outras crianças (BROUGÉRE, 1998, p. 106).

Por que a criança brinca? A criança brinca para externar sua leitura de mundo,
representar e entender os papéis dos adultos, para preencher necessidades que mudam de acordo
com a idade e os interesses individuais. Quando a criança brinca: forma conceitos, relaciona
ideias, constrói seu próprio conhecimento, toma consciência das regras de comportamento. Na
brincadeira, a criança traz situações reais, que refletem a vida, que não podem ser vividas por
ela na vida naquele momento. (PRESTES, 2010).
Dando continuidade aos conceitos mais relevantes na teoria de Vygotsky, você
conhecerá agora, com base em Gonçalves (2014), aqueles referentes ao nível de
desenvolvimento real, nível de desenvolvimento potencial e zona de desenvolvimento proximal
ou zona de desenvolvimento iminente.
O nível de desenvolvimento real (NDR) é aquele em que a criança consegue executar
tarefas sozinha, sem o auxílio de outras pessoas. Neste nível, a criança já tem conhecimentos
internalizados anteriormente. O nível de desenvolvimento potencial (NDP) é aquele em que a
criança executa tarefas com o auxílio de outras pessoas. É onde ela poderá chegar após ter
contato com elementos mediadores que vão lhe proporcionar um novo aprendizado.
Prestes (2010), que traduziu e se debruçou em estudar os conceitos de Vygotsky, afirma
que este conceito de zona de desenvolvimento proximal, em algumas traduções, é apresentado
com equívocos. Essa autora apresenta a zona de desenvolvimento proximal como zona de
desenvolvimento iminente. Em seus dizeres, a “zona de desenvolvimento iminente revela o que
a criança pode desenvolver, não significa que obrigatoriamente desenvolverá” (PRESTES,
2010, p. 160). Para ela, a característica essencial da zona de desenvolvimento iminente é:

[...] possibilidades de desenvolvimento, mais do que do imediatismo e da


obrigatoriedade de ocorrência, pois se a criança não tiver a possibilidade de contar
com a colaboração de outra pessoa em determinados períodos de sua vida, poderá não
amadurecer certas funções intelectuais e, mesmo tendo essa pessoa, isso não garante,
por si só, o seu amadurecimento. (PRESTES, 2010, p. 173).

Finalizando, podemos dizer que na teoria de Vygotsky, o homem é um ser biológico


que convive em sociedade e nessas relações ele aprende. Essa aprendizagem contribui para sua
aquisição de conhecimentos e para o seu desenvolvimento humano, por isso também é um ser
histórico e cultural.
23

CAPÍTULO III - A IMPORTÂNCIA DA PEDAGOGIA DE PROJETOS NA VIDA DOS


ALUNOS

A pedagogia de projetos é uma abordagem educacional que vem ganhando destaque


na atualidade, pois valoriza a participação ativa do aluno na construção do conhecimento.
Segundo Kilpatrick (1918), o objetivo da pedagogia de projetos é "criar situações em que o
aluno, de forma ativa e consciente, possa construir o seu próprio conhecimento".
A partir dessa abordagem, os alunos são incentivados a trabalhar em projetos que
envolvam a solução de problemas concretos, permitindo que desenvolvam habilidades como a
criatividade, a autonomia, a colaboração e a tomada de decisão. Segundo Carneiro (2010), a
pedagogia de projetos "permite ao aluno uma atuação mais ativa no processo de aprendizagem,
tornando-o mais responsável e autônomo".
Outro benefício da pedagogia de projetos é que ela torna o ensino mais significativo
para os alunos, uma vez que o conhecimento é construído a partir de situações reais e do
interesse dos próprios estudantes. Como afirma Hernández (1998), a pedagogia de projetos
"permite a criação de um espaço educativo mais significativo, no qual o aluno pode se sentir
protagonista do seu próprio processo de aprendizagem".
Além disso, a pedagogia de projetos também favorece a interdisciplinaridade, uma vez
que os projetos podem envolver conteúdos de diferentes áreas do conhecimento. Como aponta
Mattos e Neves (2013), "a pedagogia de projetos permite a transversalidade do currículo,
favorecendo a integração de diferentes disciplinas em uma mesma atividade, o que proporciona
uma compreensão mais ampla e contextualizada do conhecimento".
Dessa forma, percebe-se que a pedagogia de projetos é uma abordagem educacional
importante para a vida dos alunos, pois favorece o desenvolvimento de habilidades e
competências essenciais para a sua formação integral. Além disso, permite uma aprendizagem
mais significativa e interdisciplinar, tornando o ensino mais dinâmico e atraente para os
estudantes.

3.1 O que é, e quais os seus objetivos da pedagogia de projetos na educação infantil?

A pedagogia de projetos é uma abordagem educacional que visa valorizar a


participação ativa dos alunos no processo de aprendizagem. Na educação infantil, essa
abordagem pode ser utilizada de forma apropriada e efetiva, permitindo que as crianças
24

construam seu próprio conhecimento e desenvolvam habilidades importantes para sua formação
integral.
Segundo Mattos e Neves (2013), a pedagogia de projetos na educação infantil tem
como objetivo "proporcionar um ambiente de aprendizagem lúdico, criativo e significativo para
as crianças". Dessa forma, os projetos são construídos a partir dos interesses e das necessidades
dos alunos, permitindo que eles se envolvam de forma ativa e prazerosa no processo educativo.
Além disso, a pedagogia de projetos na educação infantil também visa "desenvolver
habilidades socioemocionais nas crianças, como a criatividade, a colaboração, a autonomia, a
tomada de decisão e a resolução de problemas" (OLIVEIRA, 2018). Por meio dos projetos, as
crianças podem experimentar e explorar o mundo de forma livre e criativa, desenvolvendo
competências essenciais para sua vida pessoal e social.
Outro objetivo da pedagogia de projetos na educação infantil é promover a
interdisciplinaridade, permitindo que as crianças aprendam de forma integrada e
contextualizada. Conforme afirma Rego (2013), "a pedagogia de projetos pode favorecer a
integração de diferentes áreas do conhecimento em um mesmo projeto, possibilitando que as
crianças compreendam a relação entre elas e ampliem sua visão de mundo".
Por fim, a pedagogia de projetos na educação infantil também busca estimular a
curiosidade e a criatividade das crianças, permitindo que elas sejam protagonistas do próprio
processo de aprendizagem. Conforme destaca Maluf (2008), "a pedagogia de projetos permite
que as crianças participem ativamente do processo educativo, tornando-se responsáveis pelo
seu próprio aprendizado e desenvolvimento".
Dessa forma, percebe-se que a pedagogia de projetos é uma abordagem educacional
importante para a educação infantil, pois permite que as crianças aprendam de forma
significativa, criativa e integrada, desenvolvendo habilidades e competências importantes para
sua formação integral.
Ao elaborar um projeto para a Educação Infantil, é necessário levar em consideração
diversos aspectos que irão garantir o sucesso da ação pedagógica. Segundo Rego (2013), a
Pedagogia de Projetos exige do professor um planejamento cuidadoso e minucioso, que
considere não apenas as necessidades e interesses dos alunos, mas também os objetivos e
conteúdos curriculares a serem trabalhados.
Um ponto importante a ser considerado é a seleção do tema central do projeto. De
acordo com Mattos e Neves (2013), o tema deve ser escolhido a partir dos interesses dos alunos
e estar relacionado com a realidade deles. Isso contribui para que os alunos se sintam motivados
e envolvidos com o projeto.
25

Outro aspecto a ser levado em conta é a definição dos objetivos gerais e específicos do
projeto. Segundo Oliveira (2018), os objetivos devem estar alinhados com as competências e
habilidades previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), garantindo assim uma
formação integral e de qualidade para os alunos.
Além disso, é preciso definir as estratégias metodológicas a serem utilizadas para
alcançar os objetivos propostos. Maluf (2008) destaca a importância de utilizar diferentes
linguagens e recursos didáticos, como música, artes, teatro, jogos, entre outros, que favoreçam
a participação ativa e criativa dos alunos no processo de aprendizagem.
Outro ponto a ser considerado é a avaliação do projeto. Conforme Rego (2013), a
avaliação deve ser contínua e formativa, permitindo que o professor faça ajustes no
planejamento e nas estratégias metodológicas, garantindo assim a efetividade do projeto.
Ao elaborar um projeto para a Educação Infantil, é preciso considerar diversos
aspectos, desde a seleção do tema até a avaliação do processo. É importante lembrar que a
Pedagogia de Projetos é uma abordagem pedagógica que valoriza a participação ativa dos
alunos no processo de aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento de competências e
habilidades essenciais para a formação integral e cidadã dos estudantes.
A elaboração de um projeto na Educação Infantil requer planejamento e organização,
envolvendo diversos passos que devem ser cuidadosamente seguidos. De acordo com Gasparin
(2016), a Pedagogia de Projetos é uma abordagem pedagógica que valoriza a participação ativa
dos alunos no processo de aprendizagem, promovendo a construção do conhecimento de forma
significativa e contextualizada.
O primeiro passo na elaboração de um projeto é a escolha do tema. Segundo Freire
(2014), o tema deve estar relacionado com a realidade dos alunos, despertando seu interesse e
motivação. É importante que o tema seja significativo e relevante para a vida das crianças,
contribuindo para a construção de seu conhecimento e formação cidadã.
Após a escolha do tema, é necessário definir os objetivos gerais e específicos do
projeto. Conforme Mattos e Neves (2013), os objetivos devem estar alinhados com as
competências e habilidades previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), garantindo
assim uma formação integral e de qualidade para os alunos.
Em seguida, é preciso definir as estratégias metodológicas a serem utilizadas para
alcançar os objetivos propostos. De acordo com Gasparin (2016), é importante utilizar
diferentes linguagens e recursos didáticos, como música, artes, teatro, jogos, entre outros, que
favoreçam a participação ativa e criativa dos alunos no processo de aprendizagem.
26

Outro ponto fundamental na elaboração de um projeto é a seleção e organização dos


conteúdos a serem trabalhados. De acordo com Oliveira (2018), os conteúdos devem estar
relacionados com o tema central do projeto, de forma a promover a interdisciplinaridade e a
contextualização dos conhecimentos.
É necessário definir os critérios de avaliação do projeto. Segundo Rego (2013), a
avaliação deve ser contínua e formativa, permitindo que o professor faça ajustes no
planejamento e nas estratégias metodológicas, garantindo assim a efetividade do projeto.
A elaboração de um projeto na Educação Infantil requer planejamento e organização,
envolvendo a escolha do tema, a definição dos objetivos, a seleção das estratégias
metodológicas e dos conteúdos, além da definição dos critérios de avaliação. A Pedagogia de
Projetos é uma abordagem pedagógica que valoriza a participação ativa dos alunos no processo
de aprendizagem, promovendo a construção do conhecimento de forma significativa e
contextualizada.

3.2 Quais os benefícios da pedagogia de projetos na vida dos estudantes da educação


infantil?

A pedagogia de projetos é uma abordagem educacional que tem como objetivo envolver
os alunos em projetos de aprendizagem que sejam relevantes e significativos para suas vidas,
permitindo que eles apliquem seus conhecimentos e habilidades para resolver problemas do
mundo real. Na educação infantil, essa abordagem pode trazer diversos benefícios para os
estudantes, tais como:

1. Aprendizagem ativa: a pedagogia de projetos permite que as crianças participem


ativamente do processo de aprendizagem, explorando, descobrindo e criando soluções para os
desafios propostos, o que contribui para o desenvolvimento de sua curiosidade, criatividade e
autonomia.
2. Desenvolvimento de habilidades socioemocionais: por meio da colaboração,
negociação e resolução de conflitos em grupo, os alunos desenvolvem habilidades
socioemocionais, tais como empatia, comunicação, liderança e trabalho em equipe.
3. Conexão com a vida real: ao trabalhar em projetos que estejam relacionados com
suas experiências cotidianas, as crianças conseguem perceber a relevância do que estão
aprendendo e sua aplicação prática, o que aumenta sua motivação e engajamento.
27

4. Estímulo à criatividade: a pedagogia de projetos permite que as crianças


explorem diferentes ideias e soluções para os desafios propostos, o que estimula sua criatividade
e sua capacidade de inovação.
5. Desenvolvimento de competências: ao participar de projetos, os alunos
desenvolvem diversas competências, tais como investigação, planejamento, resolução de
problemas, tomada de decisões, entre outras, que são importantes para sua formação integral.

Esses são alguns dos benefícios que a pedagogia de projetos pode trazer para os
estudantes da educação infantil, contribuindo para uma aprendizagem mais significativa,
integrada e prazerosa.
A pedagogia de projetos é uma abordagem educacional que pode trazer diversos
benefícios para os estudantes da educação infantil, como destacam alguns autores. Segundo
Alarcão e Tavares (2003), essa abordagem permite que as crianças participem ativamente do
processo de aprendizagem, explorando, descobrindo e criando soluções para os desafios
propostos, o que contribui para o desenvolvimento de sua curiosidade, criatividade e autonomia.
De acordo com Moraes e Galiazzi (2007), a pedagogia de projetos também favorece o
desenvolvimento de habilidades socioemocionais, como empatia, comunicação, liderança e
trabalho em equipe, por meio da colaboração, negociação e resolução de conflitos em grupo.
Outro benefício da pedagogia de projetos, segundo Lerner e Kline (2006), é a conexão
com a vida real. Ao trabalhar em projetos que estejam relacionados com suas experiências
cotidianas, as crianças conseguem perceber a relevância do que estão aprendendo e sua
aplicação prática, o que aumenta sua motivação e engajamento. Além disso, de acordo com
Moura e Mendes (2011), a pedagogia de projetos estimula a criatividade das crianças,
permitindo que elas explorem diferentes ideias e soluções para os desafios propostos.
A pedagogia de projetos contribui para o desenvolvimento de competências importantes
para a formação integral dos estudantes, como destacam Alves e Nunes (2015). Ao participar
de projetos, os alunos desenvolvem diversas competências, como investigação, planejamento,
resolução de problemas, tomada de decisões, entre outras.

3.3 Qual a importância de um projeto de educação infantil?

A elaboração de um projeto para a educação infantil é essencial para a organização das


atividades pedagógicas, tendo em vista que esse documento permite a definição de objetivos
claros, a escolha de metodologias adequadas e o planejamento das ações a serem desenvolvidas.
28

A seguir, serão apresentados alguns aspectos relevantes sobre a importância de um projeto de


educação infantil, com base em estudos e pesquisas na área.
De acordo com Gonçalves (2004), um projeto de educação infantil tem a função de
estabelecer um planejamento de atividades que esteja coerente com as necessidades e interesses
das crianças. Isso significa que, por meio desse documento, é possível definir objetivos e metas
que sejam adequados à realidade dos estudantes, bem como escolher metodologias que
favoreçam o desenvolvimento integral das crianças.
Além disso, de acordo com os Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação
Infantil (BRASIL, 2006), a elaboração de um projeto de educação infantil permite que as
instituições de ensino tenham um maior controle sobre as atividades que são desenvolvidas com
as crianças, favorecendo a avaliação e o acompanhamento do processo educativo. Segundo
essas diretrizes, o projeto deve ser um documento vivo, que possa ser revisado e atualizado
periodicamente, a fim de acompanhar as mudanças e necessidades da comunidade escolar.
Outro aspecto importante da elaboração de um projeto de educação infantil é a
possibilidade de articulação com as famílias e a comunidade, como destaca Souza e Queiroz
(2017). Por meio desse documento, é possível estabelecer parcerias e estreitar o diálogo entre
a escola e a família, favorecendo a participação dos responsáveis no processo educativo das
crianças.
Um projeto de educação infantil bem elaborado pode contribuir para a qualidade da
educação oferecida às crianças, como destacam os Parâmetros Nacionais de Qualidade para a
Educação Infantil (BRASIL, 2006). Segundo essas diretrizes, o projeto deve contemplar uma
diversidade de áreas de conhecimento e atividades, de modo a favorecer o desenvolvimento
integral das crianças, considerando suas especificidades e necessidades.
Um bom projeto para a educação infantil precisa contemplar diversos aspectos
importantes, que vão desde a definição de objetivos claros até a escolha de metodologias
adequadas. A seguir, serão apresentados alguns elementos essenciais que um projeto para a
educação infantil deve ter, com base em estudos e pesquisas na área.
De acordo com os Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil
(BRASIL, 2006), um bom projeto para a educação infantil deve ter uma proposta pedagógica
clara e coerente com as necessidades e interesses das crianças. Isso significa que o projeto deve
partir da realidade dos estudantes e contemplar objetivos e metas que estejam adequados ao seu
desenvolvimento integral.
Além disso, segundo Souza e Queiroz (2017), um bom projeto para a educação infantil
deve contemplar atividades diversificadas e criativas, que favoreçam a aprendizagem por meio
29

da experimentação e da descoberta. Isso significa que o projeto deve priorizar metodologias


que estimulem a curiosidade e a imaginação das crianças, promovendo o desenvolvimento de
habilidades e competências fundamentais.
Outro aspecto importante que um projeto para a educação infantil deve contemplar é a
articulação com as famílias e a comunidade, como destaca Gonçalves (2004). Por meio desse
documento, é possível estabelecer parcerias e estreitar o diálogo entre a escola e a família,
favorecendo a participação dos responsáveis no processo educativo das crianças.
Por fim, um bom projeto para a educação infantil deve ter um caráter flexível e
dinâmico, que permita a revisão e atualização constante, conforme as necessidades e demandas
da comunidade escolar. Como destacam os Parâmetros Nacionais de Qualidade para a
Educação Infantil (BRASIL, 2006), o projeto deve ser um documento vivo, que possa ser
revisto e atualizado periodicamente, a fim de acompanhar as mudanças e necessidades da
comunidade escolar.
O aprendizado de projeto na educação infantil traz consigo alguns desafios, que podem
ser superados por meio de estratégias pedagógicas adequadas e uma equipe docente
comprometida. A seguir, serão apresentados alguns dos principais desafios e como eles podem
ser enfrentados, com base em estudos e pesquisas na área.
Um dos principais desafios do aprendizado de projeto na educação infantil é a
necessidade de uma maior organização e planejamento das atividades. Segundo Oliveira e
Castro (2017), é preciso definir com clareza os objetivos, as metas e os prazos do projeto, além
de estruturar as atividades de forma a contemplar as diferentes áreas do conhecimento.
Além disso, é preciso garantir que o aprendizado de projeto na educação infantil seja
adequado ao desenvolvimento e à idade das crianças. Como destaca Santos (2014), é importante
que as atividades propostas estejam de acordo com as capacidades e habilidades das crianças,
para que elas possam compreender e se envolver com o projeto.
Outro desafio que o aprendizado de projeto na educação infantil traz consigo é a
necessidade de uma maior participação e envolvimento dos pais e responsáveis. Conforme
destaca Souza e Queiroz (2017), é preciso estabelecer parcerias com as famílias, para que elas
possam colaborar com o processo educativo das crianças e compreender a importância do
aprendizado de projeto na educação infantil.
Por fim, um desafio importante do aprendizado de projeto na educação infantil é a
avaliação das atividades e dos resultados obtidos. Segundo Mazzoti e Gewandsznajder (2001),
é preciso avaliar tanto o processo quanto o produto do projeto, de forma a compreender o
impacto das atividades no desenvolvimento das crianças e na sua aprendizagem.
30

3.4 Pedagogia de projetos com crianças: para além de programações pré-definidas

A pedagogia de projetos com crianças é uma abordagem educacional que visa criar um
ambiente de aprendizagem colaborativo e significativo, em que os alunos são incentivados a
explorar e descobrir o mundo ao seu redor por meio de projetos que sejam relevantes e
desafiadores. Essa abordagem vai além das programações pré-definidas, permitindo que as
crianças sejam co-autoras do processo de aprendizagem.
Segundo Dewey (1938), um dos precursores da pedagogia de projetos, a aprendizagem
ocorre melhor quando as atividades são significativas para o aluno, ou seja, quando o aluno está
envolvido em algo que lhe interessa e que faça sentido para ele. É isso que a pedagogia de
projetos busca oferecer, uma aprendizagem mais autêntica, significativa e prazerosa.
Para que os projetos sejam relevantes e desafiadores, é importante que eles partam das
experiências e interesses das crianças, como propõe Freinet (1996). O professor pode fazer uso
de recursos diversos, como livros, filmes, entrevistas e visitas a lugares interessantes, para
estimular a curiosidade e o interesse das crianças.
A pedagogia de projetos também se baseia na ideia de que a aprendizagem é um
processo colaborativo e social. Dessa forma, os projetos devem ser desenvolvidos em grupo,
em que as crianças possam trocar ideias, aprender umas com as outras e se ajudar mutuamente.
Ao invés de focar na transmissão de conteúdos pré-determinados, a pedagogia de
projetos busca desenvolver habilidades como a curiosidade, a criatividade, a resolução de
problemas e a capacidade de trabalhar em equipe, que são essenciais para o mundo
contemporâneo e futuro.
A pedagogia de projetos com crianças é uma abordagem educacional que valoriza a
participação ativa dos alunos na construção do conhecimento, a partir de experiências
significativas e desafiadoras. Essa abordagem pode contribuir para uma educação mais
engajadora e transformadora, capaz de formar cidadãos mais críticos, criativos e
comprometidos com a transformação social.
A prática de projetar em âmbito educativo pode ser entendida como uma ação dos
sujeitos crianças que busca desenvolver habilidades e competências de forma mais autônoma e
colaborativa. Nesse sentido, a concepção de projeto se baseia em uma perspectiva de construção
coletiva do conhecimento, em que os alunos são os protagonistas do processo.
Segundo Fernández (2001), o projeto é uma atividade complexa, que requer uma
estruturação adequada para que possa se desenvolver de forma eficaz. Para isso, é importante
31

que os alunos tenham um papel ativo na definição dos objetivos, na escolha dos temas e nas
decisões sobre as atividades a serem realizadas.
Ainda segundo Fernández (2001), é importante que os projetos sejam planejados em
função dos interesses e necessidades dos alunos, para que possam ser mais significativos e
relevantes para eles. Assim, é necessário que o professor esteja atento aos interesses e
necessidades dos alunos e que saiba como articular esses interesses com os objetivos
educacionais.
Nesse sentido, o papel do professor é fundamental para o sucesso do projeto, uma vez
que cabe a ele criar um ambiente colaborativo e propício para a aprendizagem, bem como
orientar e estimular os alunos a desenvolverem suas habilidades e competências.
Além disso, a prática de projetar em âmbito educativo pode contribuir para o
desenvolvimento de habilidades e competências essenciais para o mundo contemporâneo e
futuro, como a criatividade, a resolução de problemas e a capacidade de trabalhar em equipe.
Como aponta Luckesi (2011), “os projetos são excelentes oportunidades para o
desenvolvimento da criatividade e para o exercício da liberdade de criação”.
A prática de projetar em âmbito educativo pode ser uma importante estratégia
pedagógica para estimular a participação ativa dos alunos na construção do conhecimento, a
partir de experiências significativas e desafiadoras. Essa abordagem pode contribuir para uma
educação mais engajadora e transformadora, capaz de formar cidadãos mais críticos, criativos
e comprometidos com a transformação social.
A pedagogia de projetos e a pedagogia das infâncias são duas abordagens pedagógicas
que dialogam intimamente entre si. A pedagogia de projetos busca estimular a participação
ativa dos alunos na construção do conhecimento, a partir de experiências significativas e
desafiadoras, enquanto a pedagogia das infâncias reconhece a criança como sujeito de direitos
e busca valorizar sua singularidade e diversidade.
Segundo Kramer (2011), a pedagogia de projetos pode ser uma importante estratégia
para a promoção da autonomia e da participação das crianças no processo educativo. A autora
destaca que os projetos podem contribuir para que as crianças se sintam mais motivadas e
engajadas na aprendizagem, ao mesmo tempo em que desenvolvem habilidades e competências
essenciais para o mundo contemporâneo e futuro.
Além disso, a pedagogia de projetos pode ser uma forma de respeitar e valorizar as
crianças em sua diversidade, reconhecendo suas diferenças e singularidades. Como aponta
Sarmento (2003), “a pedagogia de projetos pode contribuir para a construção de uma escola
32

mais inclusiva, em que as crianças possam ser respeitadas em sua diversidade e se sintam mais
acolhidas e valorizadas”.
Por sua vez, a pedagogia das infâncias busca reconhecer a criança como sujeito de
direitos e valorizar sua singularidade e diversidade. Segundo Corsaro (2011), a pedagogia das
infâncias se baseia em uma abordagem participativa e colaborativa, em que as crianças são
vistas como sujeitos ativos na construção do conhecimento e na transformação do mundo.
Nesse sentido, a pedagogia de projetos pode ser uma importante estratégia para a
promoção da participação ativa das crianças no processo educativo, valorizando suas vivências
e experiências. Como aponta Pimentel (2013), “a pedagogia de projetos permite que as crianças
participem ativamente do processo educativo, construindo conhecimentos a partir de suas
vivências e experiências”.
Em resumo, a pedagogia de projetos e a pedagogia das infâncias dialogam intimamente
entre si, uma vez que ambas reconhecem a importância da participação ativa das crianças no
processo educativo e valorizam sua diversidade e singularidade. Essas abordagens pedagógicas
podem contribuir para a promoção de uma educação mais engajadora e transformadora, capaz
de formar cidadãos mais críticos, criativos e comprometidos com a transformação social.
33

CAPÍTULO IV: ANÁLISE E DISCUSSÃO

Ao longo dos textos desenvolvidos até aqui, foram abordadas diversas temáticas
relacionadas à pedagogia de projetos e à educação infantil. A partir das referências e citações
apresentadas, é possível perceber a relevância da pedagogia de projetos como uma estratégia
de aprendizagem significativa e engajadora, capaz de estimular a participação ativa dos alunos
na construção do conhecimento.
Além disso, a pedagogia de projetos pode contribuir para a valorização da diversidade
e da singularidade das crianças, reconhecendo suas vivências e experiências como elementos
fundamentais na construção do conhecimento. Essa abordagem pedagógica pode ser uma
importante estratégia para a promoção de uma educação mais inclusiva e comprometida com a
transformação social.
Por outro lado, a pedagogia das infâncias surge como uma abordagem pedagógica que
reconhece a criança como sujeito de direitos e valoriza sua singularidade e diversidade. Essa
perspectiva pedagógica busca promover uma educação mais participativa e colaborativa, em
que as crianças sejam vistas como sujeitos ativos na construção do conhecimento e na
transformação do mundo.
Assim, a pedagogia de projetos e a pedagogia das infâncias dialogam intimamente
entre si, uma vez que ambas buscam estimular a participação ativa das crianças no processo
educativo e valorizar sua diversidade e singularidade. Essas abordagens pedagógicas podem
contribuir para a formação de cidadãos mais críticos, criativos e comprometidos com a
transformação social.
No entanto, é importante ressaltar que a implementação dessas abordagens
pedagógicas requer uma reflexão crítica e uma atitude proativa por parte dos educadores, uma
vez que a educação infantil ainda enfrenta diversos desafios em relação à valorização da
diversidade e da singularidade das crianças. É necessário, portanto, que os educadores estejam
comprometidos com uma educação mais inclusiva e participativa, capaz de reconhecer e
valorizar as diversas formas de ser e de aprender das crianças.
Dessa forma, a pedagogia de projetos e a pedagogia das infâncias podem contribuir
para a construção de uma educação mais democrática e transformadora, em que as crianças
sejam vistas como sujeitos ativos na construção do conhecimento e na transformação do mundo.
Cabe aos educadores e às instituições de ensino assumirem essa responsabilidade e trabalharem
em prol de uma educação mais inclusiva e comprometida com a transformação social.
34

A pedagogia de projetos tem se mostrado cada vez mais relevante no contexto da


educação infantil, visto que ela proporciona um ambiente de aprendizagem mais significativo
e estimulante para as crianças. Essa abordagem pedagógica tem como principal objetivo
incentivar a participação ativa dos alunos na construção do conhecimento, por meio da
realização de projetos que envolvam temas e problemas reais do cotidiano.
Através da pedagogia de projetos, as crianças são incentivadas a pensar criticamente,
a colaborar com seus colegas e a desenvolver habilidades e competências que serão
fundamentais para sua vida pessoal e profissional futura. Além disso, essa abordagem
pedagógica também promove a valorização da diversidade e da singularidade das crianças,
reconhecendo suas vivências e experiências como elementos importantes na construção do
conhecimento.
Um dos principais benefícios da pedagogia de projetos é que ela permite que as
crianças tenham uma participação ativa no processo educativo, assumindo um papel de
protagonismo em sua própria aprendizagem. Essa abordagem pedagógica incentiva a
autonomia, a criatividade e a iniciativa das crianças, permitindo que elas desenvolvam sua
capacidade de resolver problemas e de tomar decisões de forma independente.
Além disso, a pedagogia de projetos também promove a interdisciplinaridade,
integrando diferentes áreas do conhecimento em torno de um tema ou problema específico. Isso
permite que as crianças desenvolvam uma visão mais ampla e integrada do mundo,
compreendendo a interdependência entre diferentes áreas do conhecimento e a complexidade
dos problemas que enfrentamos.
Na vida das crianças, a pedagogia de projetos pode ser uma importante ferramenta para
o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais, como a empatia, a resiliência e a
cooperação. Ao trabalhar em projetos colaborativos, as crianças aprendem a ouvir e respeitar
as opiniões dos outros, a lidar com conflitos e a trabalhar em equipe.
Por fim, a pedagogia de projetos também pode contribuir para a formação de cidadãos
mais críticos e comprometidos com a transformação social. Ao trabalhar em projetos que
envolvem questões sociais e ambientais, as crianças são incentivadas a refletir sobre os desafios
do mundo em que vivem e a buscar soluções criativas e inovadoras para enfrentá-los.
Portanto, a pedagogia de projetos é uma abordagem pedagógica fundamental no
contexto da educação infantil, pois permite que as crianças assumam um papel ativo em sua
própria aprendizagem e desenvolvimento. Além disso, essa abordagem pedagógica também
promove valores importantes, como a cooperação, a empatia e a responsabilidade social, que
35

serão fundamentais para a formação de cidadãos mais críticos e comprometidos com a


transformação social.
36

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pedagogia de projetos é uma metodologia de ensino que tem como objetivo


desenvolver a aprendizagem dos alunos por meio da realização de projetos, que podem ser
individuais ou em grupo, e que envolvem a pesquisa, a investigação e a resolução de problemas.
Na Educação Infantil, essa abordagem pedagógica é fundamental, pois permite que as crianças
aprendam de forma ativa, explorando sua própria realidade e desenvolvendo habilidades e
competências essenciais para sua formação como indivíduos críticos e participativos na
sociedade.
Ao refletir sobre a importância da pedagogia de projetos na Educação Infantil, podemos
afirmar que essa abordagem pedagógica contribui significativamente para a formação integral
das crianças, pois permite que elas desenvolvam habilidades como a criatividade, a autonomia,
a responsabilidade, a cooperação e o pensamento crítico. Além disso, a pedagogia de projetos
estimula a curiosidade e o interesse pela aprendizagem, tornando o processo educacional mais
significativo e prazeroso para as crianças.
Porém, para que a pedagogia de projetos seja aplicada de forma efetiva na Educação
Infantil, é necessário que os educadores estejam preparados e capacitados para orientar e mediar
o processo de ensino-aprendizagem. É preciso que eles conheçam as características e as
necessidades das crianças nessa faixa etária, e que sejam capazes de adequar os projetos às suas
especificidades, de forma a garantir que a aprendizagem seja significativa e contextualizada.
Diante disso, podemos concluir que a pedagogia de projetos é uma metodologia
pedagógica essencial na Educação Infantil, pois contribui para o desenvolvimento integral das
crianças, estimulando sua curiosidade, criatividade e pensamento crítico, além de tornar o
processo de aprendizagem mais significativo e prazeroso. Por isso, é fundamental que os
educadores sejam capacitados e preparados para aplicar essa abordagem pedagógica de forma
efetiva e contextualizada, garantindo assim a formação de indivíduos críticos, participativos e
capazes de enfrentar os desafios do mundo contemporâneo.
37

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALARÇÃO, I.; TAVARES, J. Educação e mudança: a ação educativa em contexto escolar.


Porto: Porto Editora, 2003.

ALVES, A. F.; NUNES, E. T. O trabalho com projetos na educação infantil. In: SANTOS,
S. S. dos; ALVES, A. F. (Org.). Educação infantil: múltiplos olhares. Campinas: Mercado das
Letras, 2015. p. 45-61.

BASTOS, M. C. P. Educação aplicada aos cuidados da criança: compreendendo as


características da criança: cognição e linguagem. Caderno de Atividades. Valinhos:
Anhanguera Educacional, 2015.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares


Nacionais para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEB, 2010.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros Nacionais de


Qualidade para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEB, 2006.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018.

BROUGÉRE, G. Cultura Lúdica. Rev. Fac. Educ. São Paulo, v. 24, n. 2, p. 103-116, jul./
dez. 1998.

CARNEIRO, M. H. Pedagogia de projetos: uma construção de muitas mãos. Porto Alegre:


Mediação, 2010.

Corsaro, W. A. (2011). Sociologia da infância. Porto Alegre: Artmed.

DEWEY, J. (1938). Experience and Education. New York: Macmillan.

GASPARIN, J. L. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. Campinas: Autores


Associados, 2016.

FREINET, C. (1996). Pedagogia do bom senso. São Paulo: Martins Fontes.

FERNÁNDEZ, M. (2001). A inteligência aprisionada: abordagem psicopedagógica clínica


da criança e sua família. Porto Alegre: Artmed.

FELIPE, J. O Desenvolvimento infantil na perspectiva sociointeracionista: Piaget,


Vygotsy, Wallon. In: CRAIDY, C.; KAERCHER, G. E. (Orgs.) Educação infantil: para que te
quero? Porto Alegre: 2001.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo:


Paz e Terra, 2014.

FERRONATO, R. F.; FREITAS, M. de F. R. L. de; PINTO, R. de O. Concepções de


desenvolvimento e de aprendizagem. In: Psicologia da educação e da aprendizagem.
Londrina: Editora e Distribuidora Educacional, 2016.
38

FIORAVANTE-TRISTÃO, D. P. Piaget: obra e contribuições educacionais. In: _________.


Psicologia da Educação II. São Paulo: Pearson Educacional do Brasil, 2010.

GONÇALVES, M. A. O projeto político pedagógico na educação infantil. Revista


Histedbr On-line, Campinas, n. 14, p. 64-77, 2004.

GONÇALVES, M. A. O projeto político pedagógico na educação infantil. Revista Histedbr


On-line, Campinas, n. 14, p. 64-77, 2004.

GONÇALVES, C. E. de. Educação, desenvolvimento cognitivo e aprendizagem segundo a


epistemologia genética de Jean Piaget. In: CHIARATTI, F.; GONÇALVES, C. E. de S.;
RICIERI, M. Psicologia da Educação: desenvolvimento e aprendizagem. Londrina: Editora e
Distribuidora Educacional, 2014.

HERNÁNDEZ, F. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Porto


Alegre: Artmed, 1998.

JARDIM, Mota Santos; PROSCÊNCIO, Patrícia Alzira. Organização e didática na


educação infantil. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017.

JARDIM, Tatiane Mota Santos; PROSCÊNCIO, Patrícia Alzira. Organização e didática na


educação infantil. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017.

KILPATRICK, W. H. The project method. New York: Teachers College Press, 1918.

KUHLMANN JUNIOR, Moysés. O jardim de infância e a educação das crianças pobres:


final do século XIX, início do século XX. In: MONARCHA, Carlos (Org.). Educação da
infância brasileira: 1875-1983. Campinas, SP: Autores Associados, 2001. p. 3-30. (Coleção
educação contemporânea).

KRAMER, Sônia. O papel social da pré-escola. São Paulo: Fundação Carlos Chagas, 1986.
Editora Perspectiva, 2001.

Kramer, S. (2011). A política do pré-escolar no Brasil: a arte do disfarce. São Paulo: Cortez.

LERNER, D.; KLINE, P. Fazer escola, fazer história: práticas pedagógicas e subjetividade.
Porto Alegre: Artmed, 2006.

LDB - Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da


Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. BRASIL.

LUCKESI, C. (2011). Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. São


Paulo: Cortez.

MATTOS, T. F.; NEVES, T. M. B. A importância da definição de objetivos na elaboração


de projetos pedagógicos. In: III Congresso Nacional de Educação, 2013.

MATTOS, P. B.; NEVES, V. S. Pedagogia de projetos na escola: uma estratégia para a


formação do aluno-cidadão. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, v. 12, n. 1, p.
1-18, 2013.
39

MALUF, A. C. A pedagogia de projetos na educação infantil: uma experiência possível.


Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 3, n. 1, p. 1-12, 2008.

MAZZOTI, A. J. S.; GEWANDSZNAJDER, F. O método nas ciências naturais e sociais:


pesquisa quantitativa e qualitativa. São Paulo: Pioneira, 2001.

MORAES, M. C.; GALIAZZI, M. do C. Análise textual discursiva. Ijuí: Unijuí, 2007.

MOURA, M. O. de; MENDES, M. de L. Pedagogia de projetos: uma alternativa para o


desenvolvimento de habilidades socioemocionais. Revista de Ciências da Educação, v. 15, n.
30, p. 95-111, 2011.

OLIVEIRA, C. C. Pedagogia de projetos: uma proposta para a educação infantil. Revista


Interdisciplinaridade e Educação, Sorocaba, v. 2, n. 2, p. 37-47, 2018.

OLIVEIRA, F. M. C. A importância dos projetos pedagógicos para a Educação Infantil.


Revista Eletrônica de Educação, v. 12, n. 2, p. 114-130, 2018.

OLIVEIRA, R. S.; CASTRO, S. L. Desafios e possibilidades na construção de projetos na


educação infantil. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, vol. 2, no. 2,
pp. 119-136, 2017.

PASCHOAL, Jaqueline Delgado; MACHADO, Maria Cristina Gomes. A história da


educação infantil no Brasil: avanços, retrocessos e desafios dessa modalidade educacional.
Revista HISTEDBR On-line. Campinas, SP, n.33, p.78-95, 2009. Disponível em: Acesso em:
20 de abr. de 2023.

PIAGET, J. O nascimento da inteligência na criança. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1996

PIAGET, J. Seis estudos de psicologia. 24. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1989.

PICCININ, Priscila V. A intencionalidade do trabalho docente com as crianças de zero a


três anos na perspectiva Histórico-Cultural. 2012. 76 fls. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação em Pedagogia) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina

Pimentel, S. (2013). Pedagogia de projetos: fundamentos e implicações. Revista Brasileira


de Educação, 18(54), 43-61.

PROSCÊNCIO, P. A. Concepção de corporeidade de professores da Educação Infantil


e sua ação docente. 2010. 168 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade
Estadual de Londrina, Londrina, PR, 2010.

PRESTES, Z. R. Quando não é quase a mesma coisa: análise de traduções de Lev


Semionovitch Vigotsky no Brasil repercussões no campo educacional. 2010. Tese
(Doutorado) – Programa de Pós-graduação em Educação. Universidade de Brasília, Brasília,
2010.

Sarmento, M. J. (2003). As culturas da infância nas encruzilhadas da segunda


modernidade. In: M. J. Sarmento, A. C. B. Góes e M. E. L. T. R. C.
40

SANTOS, M. A. L. Aprendizagem por projetos: um desafio para a educação infantil.


Revista Eletrônica Saberes da Educação, v. 5, n. 2, p. 1-15, 2014.

SOUZA, A. M. L. de; QUEIROZ, S. L. A importância do projeto político-pedagógico na


educação infantil. Revista Científica do ITPAC, Araguaína, v. 10, n. 1, p. 7-16, 2017.

SOUZA, Rute Grossi Milani. Campos de Experiência na Educação Infantil: Fundamentos


e Práticas. São Paulo.

REGO, T. C. Pedagogia de projetos: fundamentos e implicações educacionais. São Paulo:


Atlas, 2013.

REGO, T. C. Vygotsky: Uma Perspectiva Histórico-Cultural da Educação. Petrópolis:


Vozes, 2013.

RICIERI, M. Educação, desenvolvimento cognitivo e aprendizagem segundo a psicologia


histórico-cultural de Lev Vygotsky. In: CHIARATTI, F. G. de O.; GONÇALVES, C.E. de
S.; RICIERI, M. Psicologia da educação: desenvolvimento e aprendizagem. Londrina: Editora
e Distribuidora Educacional S.A., 2014.

VAGULA, E. Fundamentos da Educação Infantil. In: VAGULA, E.; STEINLE, M. C. B.


Organização do Trabalho Pedagógico na Educação Infantil: reflexão e pesquisa. São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 2013.

VYGOTSKT, Lev. S. Internalização das funções psicológicas superiores. In:. A formação


social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

Você também pode gostar