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O presente trabalho da disciplina de Química tem como tema Química Orgânica, visa abordar
assuntos relacionados com os mesmo esta organizada da seguinte maneira:
Este são os objectivos gerais deste trabalho, abordar assuntos relacionados com o tema acima
citado.
1
1º GRUPO
HIDROCARBONETOS
(ALCANOS)
2
HIDROCARBONETOS
ALCANOS OU PARAFINAS
Fórmula geral
CnH2n +2
Onde:
Com base na formula geral, substituindo o n por valores numéricos, temos para:
A sua nomenclatura, segundo a IUPAC, é caracterizada pela terminação ANO e existem prefixos
listados abaixo para indicar o número de átomos de carbonos existente em cada cadeia.
3
Nº de 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Carbono
Prefixo Met Et pro Bu Pent He Hept Oc Non Dec Undec Dodec Tridec
t x t
Os quatros alcanos mais simples, com ate quatro átomos de carbono, têm nomes especiais que
foram conservados por tradição:
C2H6 Etano
CH3 – CH3
C3H8 Propano
CH3 – CH2 – CH3
Os alcanos de cinco ou mais átomos de carbonos já têm uma nomenclatura mais lógica. Seus
nomes são formados por um prefixo (de origem grega ou latina), que indica o número de átomos
de carbono na molécula. Seguido da terminação ANO, característica dos alcanos.
b) Alcanos ramificados
Regra
4
2. Numeram – se os átomos de carbono na cadeia, iniciando de um dos lados da cadeia
principal, tal que os radicais constem em carbonos com os menores números possíveis.
3. Referenciam – se os nomes dos radicais de forma sequenciada, obedecendo à ordem
alfabética das iniciais dos nomes dos radicais ou de complexidade crescente do tamanho
do radical.
4. Para cada radical especifica – se o numero correspondente ao do carbono de seu
posicionamento na cadeia. Ou cada ramificação terá um número que indica a sua posição
na cadeia principal.
Quando o alcano tem cadeia ramificada, devemos citar alem do nome da cadeia, o das
ramificações. As ramificações mais simples são os grupos derivados dos próprios alcanos, pela “
retirada” de apenas um átomo de hidrogénio. Seus nomes derivam do alcano correspondente,
trocando – se terminação ANO por IL (dai o nome genérico de grupos: alquil ou alquila). Sendo
assim, temos:
Composto Ramificação
CH4 (metano) – CH3 – (metil)
CH3 – CH3 (etano) – CH2 – CH3 (etil)
CH3 – CH2 – CH3 (propano) – CH2 – CH2 – CH3 (propil) (ou normal propil ou n-
propil)
CH3– CH2 – CH2– CH3 (butano) – CH2 – CH2 – CH2 – CH3 (butil) (ou normal butil ou n-
butil)
CH3 CH3
1
CH3 – 2CH– 3CH–4CH3 2,3–1
5
Cadeia principal com 6 átomos de carbono
6
CH3–5CH2 – 4CH2– 3CH–2CH2–1CH3
CH3
(grupo alquilo)
CH3
Nomenclatura Usual
Para dar nomes aos alcanos segundo a nomenclatura usual ou trivial, toma – se como base o
facto de se considerar os alcanos como derivados do metano pela substituição de um ou mais
hidrogénio por radicais. Deste modo, basta, em alcanos, identificar o carbono menos
hidrogenado e que será designado de metano e considerar os demais radicais.
CH3
CH3 CH2
CH3 – CH2 – CH CH3 – CH2 – CH –CH2 – CH3 CH3 – CH – CH – CH2 –CH2 – CH3
6
Tipos de isomeria
Isoméria é o fenómeno em que dois ou mais composto apresentam a mesma fórmula molecular
mas diferem na fórmula estrutural
Isómeros são substâncias que apresenta a mesma fórmula molecular mas com diferentes
fórmulas estruturais.
Por exemplo, existem, com a mesma formula C2H6O, os composto etanol e metoxi – metano, que
são distinguido pelas suas fórmulas estruturais planas:
H H H H
H –– C –– C –– H H –– C –– O –– C –– H
H OH H H
Isoméria espacial é a isomeria em que os isómeros possuem a mesma fórmula estrutural plana e
são reconhecidos, identificados e diferenciados pelas suas fórmulas estruturais espacial.
Por exemplo, existem dois compostos de formula molecular C2H2Cl2 cuja distinção só pode ser
feita com o auxilio das respectivas fórmulas espaciais.
H H H Cl
C=C C=C
7
Cl Cl Cl H
A isoméria plana
Isoméria de cadeia;
Isoméria de posição; e
Isoméria de função.
Isoméria de cadeia
CH3
Isomeria de posição
buteno – 1 buteno – 2
8
Função: hidrocarboneto Função: hidrocarboneto
Isoméria de função
H O
propanal propanona
Casos especiais
Existem dois tipos de isomeria plana que recebem denominações especiais: metameria e
tautoméria
Metaméria
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Cadeia: aberta e heterogénea Cadeia: aberta e heterogénea
Note que a diferença entre os compostos está na posição do heteroatomo oxigénio; então, o
metoxi – propano e o etonxi – etano é isómero de posição. Este caso de isomeria de posição
(diferença na posição de um hetereatomo) recebe o nome de isomeria de compensação ou
metaméria (meta = mudança).
Tautoméria
Dissolvendo etanal em água, verificamos que parte desse aldeido se converte em etanol através
da migração de um átomo de hidrogénio na molécula, estabelecendo um equilíbrio dinâmico
entre aldeido e enol, chamado aldo – enolico.
H O OH
H –– C –– C H –– C –– C –– H3C
H H HO
Esse tipo de isomeria de função recebe o nome de tautoméria (tauto = repetição), e ocorre não só
com aldeido, mas também com outros compostos.
Isoméria espacial
A isomeria espacial é aquela em que os compostos apresentam a mesma fórmula estrutural plana
e somente podem ser distinguidos através das fórmulas estruturais especiais.
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Divisão
Isoméria geométrica
H–C=C–H
Cl Cl
Na prática, verifica-se que existem dois compostos diferentes com essa mesma fórmula estrutural
plana: um composto apresenta PF = -80 o C e PE = 60 o C e o outro PF = = - 50 o C e PE = 45 o C.
A explicação é dada considerando que esses átomos podem dispor-se no espaço de duas
maneiras diferentes, sem, no entanto, mudar as ligações entre eles; ou seja, em cada carbono
ligam-se um hidrogénio e um cloro.
H H Cl H
C=C ou C
Cl Cl C
Cl H
Isoméria óptica
O estudo da isomeria óptica requer, inicialmente, que você conheça os conceitos de luz natural e
luz polarizada.
Estudaremos apenas a actividade óptica provocada pela assimetria molecular, nos seguintes
casos: compostos com carbono assimétrico, compostos alenicos e compostos cíclicos.
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Vejamos, inicialmente, o que se entende por carbono assimétrico, e como se verifica se a
molécula é ou não assimétrica.
Consideremos o metano (CH4) e vamos fazer sua representação especial utilizando o tetraedro:
H H
H–C–H C H
H H H
Uma molécula é assimétrica desde que não apresente plano de simetria, isto é, um plano que
divida a molécula em duas partes, tais que uma funciona como objecto e outra como a respectiva
imagem, considerando o plano como um espelho.
Carbono assimétrico é o átomo de carbono que representa quatro ligantes diferentes entre si.
H O
H3C –– C –– C
OH OH
CH3
12
2.°) Isoméria óptica
CH3
6
CH3 – 5CH2 – 4CH2 – 3C* – 2CH2 –1CH3
Síntese de Wurtz
O alcano final surge como sendo o objecto (radical) ligado à sua imagem. Há duplicação do
radical outrora ligado ao halogéneo.
2R – X + 2Na R – R` + 2NaX
n – decano
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Em presença de catalisadores adequados, a molécula do hidrogénio facilmente se rompe nos seus
átomos que se adicionam às ligações dupla ou tripla mediante a quebra destas formando – se
assim alcanos:
Pt/Ni
CH2 = CH2 + H2 CH3 – CH3
Pt/Ni
CH3 – C ≡ CH + 2H2 CH3 – CH3– CH3
Degradação de Dumas
Tal como se refere a designação do método, a degradação é uma destruição. O método Dumas
consiste em destruir moléculas de sais orgânicos sob acção de aquecimento e catalisadores
adequados, em presença do hidróxido de sódio. Repare que a «destruição» do sal ocorre sempre
da ligação entre o carbono de ligação dupla com o oxigénio e o restante radical alquil.
CaO/T
CH3 – CO – ONa + NAOH CH4 + Na2CO3
Já sabemos que os alcanos formam uma serie homologa. Porem, os membros desta serie
apresentam uma mudança gradual das propriedades físicas com crescimento do número de
átomos de carbono na molécula.
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Todos os alcanos são menos densos do que a água
São solúveis em água.
Os alcanos de cadeia, ramificada ao apresentam propriedade físicas tão claras e evidentes como
os alcanos de cadeia não ramificada. Mas em geral, o efeito da ramificação é a diminuição do
ponto de ebulição e da redução a densidade. Por exemplo, o ponto de ebulição do pântano é de
300K, mas do 2,2 – dimetilpropano é de 283 K. note que os dois compostos têm a mesma
fórmula molecular (mesmo numero de átomos de carbono e de hidrogénio)
Os alcanos são também denominados parafinas, devido ao fato de serem pouco reativas, ou seja,
por apresentarem pouca afinidade com outros composto ( porum affinis = pouco afim). Assim
sendo, podemos dizer que os alcanos são bastante estáveis; dai so reagirem com reagentes
energéticos e em codicoes energéticas. Dentre as reacções dos alcanos, vamos falar as seguintes:
combustão e substituição.
Combustão
metano oxigenio
do ar
etano oxigenio
do ar
Quando a quantidade de oxigénio não é suficiente, ocorre combustão incompleta nesse caso, em
lugar do CO2, forma – se CO e C.
Substituição
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Essa reacção consiste na substituição de um hidrogénio do alcano por outro ligante. As mais
importantes reacções de substituição dos alcanos são halogenação, nitracao e sulfonacao.
H H H H
H – C – C – H + Cl – Cl → H –– C –– C –– Cl + HCl
H H H H
cloro – etano
b) Nitração : o hidrogénio é substituído pelo grupo nitro (–– NO2), proveniente do acido
nítrico ( HNO3 = HO –– NO2 ).
H H H H
H H H H
nitro – etano
H H H H
H H H H
Regra de Markovnikov
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Nas reacções de substituição, substituímos o hidrogénio ligado ao carbono menos hidrogenado.
H H H H H H
H – C – C – C –– H+ Cl ––Cl → H –– C –– C –– C –– H + H –– Cl
H H H H Cl H
2 – Cloro – propano
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2º GRUPO
HIDROCARBONETOS
( ALCENOS)
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ALCENO
Segundo Kamogawa (2006:87). Um alceno é um hidrocarboneto que contém uma ligação dupla
carbono. A palavra olefina é frequentemente usada como sinônimo, mas alceno é o terma mais
empregado. Os alcenos ocorrem abundantemente na natureza. O etileno, por exemplo, é um
hormônio de uma planta que induz o amadurecimento da fruta. O etileno também é
utilizado como matéria prima para a formação de um dos polímeros mais utilizados na
atualidade o polietileno, um dos produtos orgânicos mais fabricados industrialmente. A
importância dos alcenos para indústria, além da sua aplicação direta, é a possibilidade do seu
uso na síntese de diversos outros produtos, como exemplo, o etanol, acetaldeído, ácido
acético, óxido de etileno, etileno glicol, cloreto de vinila, álcool isopropílico, polietileno,
polipropileno, etc. O etileno, o propileno e o buteno são sintetizados industrialmente por
craqueamento térmico de alcanos leves (C2-C8):
Segundo Barbosa (2011:67). Alceno são hidrocarbonetos que apresentam uma ou mais ligação
dupla. São, às vezes, denominado olefenos, termo comum na literatura antiga que é derivado do
latim oleum facere, que significa fazer ou produzir óleo.
Foi utilizado inicialmente para descrever compostos como o C 2=C2, que, sendo, gasosos, ao
serem tratados com cloro, resultava na formação de produtos líquidos, de aspetos oleosos.
Embora a palavra alqueno seja utilizada para nomear a de hidrocarbonetos com ligação dupla,
carbono-carbono, ela também é comumente utilizada para designar a presença da ligação dupla
C=C em qualquer molécula. Em outra palavras, conforme veremos no decorrer deste e dos
demais capítulos, em um grande número de moléculas coexistem vários grupos funcionais.
A formula geral dos alcenos é CnH2n, onde: n indica o numero de átomos de carbono e 2n indica o
numero de átomos de hidrogénio , sendo n ≥2.
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Nomenclatura dos alcenos
Para os alquenos que acabamos de ilustrar, foram apresentados os nomes comuns ou não
sistemáticos. Essa prática é ainda largamente utilizada nos dias de hoje. Assim, mesmo alguns
alquenos simples são conhecidos por IUPAC:
Para nomear os alcenos com cadeia normal, seguem- se as mesmas regras semelhante com os
alcanos.
De acordo com as regras da IUPAC, os nomes dos alquenos não ramificados são formados a
partir dos menos dos nomes dos alcanos correspondentes, trocando- se terminação ano por eno (
uma ligação dupla) adieno ( por duas ligações duplas), atrieno ( por três ligação dupla) e.t.c
As posição das ligações duplas são indicadas por números colocados imediatamente antes dos
sufixos eno, dieno e.t.c.
A enumeração da cadeia é feita a partir da extremidade que force a menor sequência de números.
Exemplos
Para nomear os alcenos com cadeia ramificada, contudo, hà que atentar no seguinte:
A nomenclatura dos alcenos de cadeias longas e ramificadas é, ainda, semelhante à dos alcanos
lembrando-se, porém, que:
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alceno, a posição da dupla é dada pelo número do primeiro carbono da dupla. Esse
número é escrito antes da terminação ENO.
Exemplo 2
hidrogénio por radicais alquilos. Assim sendo, escreve-se os nomes dos radicais seguidos pela
palavra «etileno», seguindo-se as seguintes regras, se existirem dois ou mais radicais iguais,
devem usar-se os prefixos di-, tri-, tetra-, e.t.c., para indicar o numero de radicais iguais.
Isómera
21
Seg
und
o
Isomeria de cadeia;
Isomeria de posição;
Isomeria de cadeia (ou de núcleo) é aquela em que os isômeros têm cadeias (o núcleos)
diferentes.
Isomeria geométrica
22
Isomeria cis-trans em alcenos a ausência de rotação da ligação dupla carbono-carbono dos
alcenos, tem como consequência química a formação de estéreo isômeros. Considere a situação
para o alceno dissubstituído, 2 buteno. Os dois grupos metilas em 2-buteno podem estar do
mesmo lado da ligação dupla (cis) ou em lados opostos (trans).
Isomeria de cadeia
Note que a diferença entre os compostos está no tipo de cadeia; então, o butano e o metil-
propano são isômeros de cadeìa,
Isomeria de
posição
Isomeria de
posição é o
caso de isomeria
plana na qual os isômeros pertencem à mesma função química, apresentam a mesma
cadeia carbônica, mas diferem entre si pela posição de um grupo funcional ou uma
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insaturação na cadeia carbônica. Note que a
diferença entre os compostos está na posição do grupo- OH; então, o propanol-1 e o propanol-2
são ìsômeros de posição.Note que a diferença está na posição da dupla ligação; então, o buteno-l
e o buteno-2 são isómeros de posição.
Devido a sua escassez na Natureza, os alcenos são preparados industrialmente através do meto
de cracking.
O termo cracking vem do ingles (to cracking = quebrar) e corresponde a um processo muito
complexo de aquecimento, na presença de catalisadores, a que são submetidas âs frações mais
pesadas do petróleo, ou seja, frações constituídas principalmente por alcanos de moléculas
grandes, Nesse processo as moléculas grandes sofrem quebras, originando moléculas menores de
alcanos, alcenos, carbono e hidrogênio, que são posteriormente separadas, Assim, no cradcking,
um alcano com molécula C8H18 pode sofrer as seguintes quebras:
posteriormente separadas, Assim, no cradcking, um alcano com molécula C8H18 pode sofrer as
seguintes quebras:
Eliminação
24
Desidrata
ção de
álcoois:
Reacção de Hidrogenação
Hidrogenação é a reação em que ocorre com adição de hidrogênio a uma estrutura orgânica.
Assim, um alcino submetido a uma hidrogenação catalítica parcial sofre a ruptura de uma ligação
π, convertendo-se no alceno correspondente.
Desse modo, podemos dizer que os alcenos são mais reativos que os alcanos, os quais, como
vimos, dão reações de substituição.
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Propriedades físicas dos alceno
As reação característica dos alceno é a reação de adição. Contudo sofre também reação de
combustível, dado ser inflamável.
Reacção de adição
Adição de agua
26
Adição de ácido sulfúrico
Reacção de Combustão
Conforme vimos, combustão é a reação com o oxigênio do ar. Os alcenos sofrem combustão
originando gás carbônico e água.
27
3º
GRUPO
HIDROCARBONETOS
( ALCINOS)
28
ALCINOS
Os alcinos ou alquinos - são os hidrocarbonetos acíclicos que contem, no mínimo, uma ligação
tripla C−C , sem que a sequência de carbonos forme um ciclo.
Onde:
Sendo n maior ou igual a 2 (n ≥ 2). São tradicionalmente conhecidos como acetilenos, embora o
nome acetileno seja usado para designar o membro mais simples da serie homologa – o etino.
Tal como os alcenos, os alcinos também são insaturados e, por isso, sofrem facilmente reacções
de adição e os métodos para prepara-los (uma parte pelo menos) envolvem reacções de
eliminação ( que produzem instaurações).
Nomenclatura da IUPAC
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Segundo a nomenclatura da IUPAC, a atribuição do nome aos alcinos obedece às mesmas regras
usadas na atribuição de nomes aos alcenos substituindo o prefixo –eno típico dos alcenos pelo
sufixo ino que representa a insaturação por ligação tripla.
A nomenclatura dos alcinos com cadeia ramificada é também semelhante à dos alcenos, sendo a
cadeia principal a mais longa que possui a ligação tripla e a numeração da cadeia principal inicia-
se na extremidade mais próxima da ligação tripla. A tabela que se segue apresenta alguns
exemplos.
C2 H2 CH ≡ CH Etino
C3 H 4 C H 3 −C ≡CH Propino
C4 H6 C H 3 −C H 2−C ≡ CH But-1-ino
C4 H6 C H 3 −C ≡C−C H 3 But-2-ino
Nomenclatura Usual
os alcinos são considerados derivados do etino¿), também chamado acetileno, pela substituição
parcial ou total dos átomos de hidrogénio por grupos alquilo. Assim, escreve-se os nomes dos
radicais seguidos da palavra etino como se pode ver nos exemplo seguinte.
Isomeria de cadeia
30
Os compostos pertencem a mesma função no tipo de cadeia carbónica.
Exemplo:
Fórmula molecular: C 6 H 10
CH3 Hex-1-ino-4-metilbut-1-ino
But-1-ino But-2-ino
Desidratação de álcoois
31
+¿¿
HO−C H 2−C H 2−OH H CH ≡ CH + 2 H 2 O
Etino
Desalogenação de haloalcanos
Cl Cl
2,2,3,3-tetraclorobuteno
C H 3 −C H 3 ¿/ Pt CH ≡ CH + 2 H 2
Propriedades físicas
Tal como nos alcanos e nos alcenos, as alcinos apresentam pontos de fusão e de ebulição
crescentes com o aumento da cadeia carbónica (massa molecular). São todos compostos
incolores, inodoros, insolúveis em água, mais solúveis em solventes orgânicos como o álcool, o
éter.
O etino ou acetileno, ao contrário dos outros alcinos tem cheiro agradável e é parcialmente
solúvel em água. Os alcinos são preparados em laboratórios porque não se encontram livres na
natureza.
Propriedades químicas
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presença ou não do hidrogénio no carbono da ligação tripla faz com que os alcinos tenham
propriedades químicas diferentes.
Os alcinos que possuem hidrogénio terminal são designados por alcinos verdadeiros e os que não
o possuem são designados por alcinos falsos.
Os alcinos sofrem reacções de adição electrofilica típicas, assim como acontece nos alcenos. O
Alcino de maior importância industrial é precisamente o membro mais simples da família – o
acetileno (etino), preparado pela acção da agua sobre o carbono de cálcio.
Os alcinos tal como os alcenos não tem reacções características a reacção de adição. Por serem
inflamáveis, sofrem também reacção de combustão.
CH ≡ CH + 2 H 2 catalizador C H 3 −C H 3
Reacção de combustão
33
5
C 2 H 2 + O2 2 C O2 +¿ H 2 O
2
3
C 2 H 2 + O2 2 C O2 +¿ H 2 O
2
1
C 2 H 2 + O2 2 C+¿ H 2 O
2
34
35
4º GRUPO
HIDROCARBONETOS
( AROMATICOS)
36
HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS
São hidrocarbonetos que apresentam na cadeia uma ou mais anéisbenzeicos. Apresentam cadeias
fechadas. A principal característica dos hidrocarbonetos aromáticos é a presença do anel
benzeico, que é considerado como a cadeia principal. Quando a cadeia principal contiver apenas
um anel benzeico ela é denominada benzeno, a terminação "ino", é devido à presença de dupla
ligação existente no anel.
Fórmula geral
A nomenclatura dos hidrocarbonetos não seguem as regras atribuídas aos demais
hidrocarbonetos, devido a isto eles recebem nomes particulares. Por ser umafamilia numerosa,
não é possível estabelecer uma fórmula geral que englobe todos os hidrocarbonetos aromáticos.
Formula Estrutural
Uma das dificuldades que os cientistas tiveram foi a de atribuir ao benzeno uma fórmula
estrutural que correspondesse ao seu comportamento químico.
37
A fórmula estrutural do benzeno proposta por Kekuleapresenta no entanto algumas limitações
não conseguia explicar, por exemplo a baixa reactividade do benzeno quando comparado com a
dos hidrocarbonetos saturados possuidores de ligações duplas.
Segundo esta teoria, o estado normal de uma molécula é explicada não por uma estrutura mas
por diferentes combinações de estruturas alternativas para a mesma.
H
C
CH
HC
Ou ou
HC CH
C
H
Fórmula estrutural de Kekule.
Obtenção do benzeno
Os métodos de obtenção do benzeno e seus derivados são os processos industriais e laboratoriais.
Produção industrial
Industrialmente o benzeno é obtido do petróleo ou pela destilação de um alcano.
Para facilitar a compreensão da reacção, colocamos a cadeia de sete átomos de carbono quase em
posição cíclica.
38
CH3
CH2
CH2
H2C
Cat + 4H2
H2C
b). Desidrogenação de CicloCH2
hexano Tolueno
n- heptano
CH2
CH2
CH3
H2C
Ca
H2C CH2
Benzeno
H2C
CicloHexano
Produção laboratorial
Trimerização do acetileno
To
3 CH ≡ CH
Acetileno 39
b). Obtenção a partir de fenóis
+Zn + ZnO
CH3
MgCl
+ Cl – CH3 + MgCl2.
Cloreto de
metila
Cloreto de fenil- tolueno
magnesio
d). Síntes
e de Friedel – Crafts
40
Consiste na reacção de hálito de aquilo com benzeno em presença de um ácido de Lewis, como
AlCl3.
H CH3
AlCl3
+ Cl – CH3 + HCl.
Cloreto de
metila
benzeno tolueno
Regras de nomenclaturas
Existem dois sistemas usados na nomenclatura dos benzenos monossubstituentes que são:
Ex.: F→Fluorbenzeno
Cl→Clorobenzeno
Br→Bromobenzeno
NO2→Nitrobenzeno
2. O substituinte e o anel benzeico são considerados em conjunto formando um novo nome base.
Ex.: SO3H→benzenossulfurico
CH3OH→ Tolueno (metilbenzeno).
Nomenclatura IUPAC dos derivados de C6H6
41
CH3-CH3
CH3 CH=CH2
CH3
Etilbenzeno
Metilbenzenoou Dimetilbenzenooux Venilbenzenoouetireno
tolueno ileno
Quando o anel benzeico estiver ligado a um radical (R), os outros átomos de carbono do anel
recebem nomes específicos em relação a posição radical (R), como ilustra a figura abaixo.
Radical(R)
orto
orto
meta meta
para
Nessa nomenclatura o radical (R) ou anel benzeico (o grupo metilo do anel benzeico), pode ter
designação diferente de acordo as posições.
Quando as ligações estão nos carbonos 1,2 o prefixo especifico é orto (o).
1,3 o prefixo é para (p) e se as ligações estão no carbono 1 e 4, o prefixo especifico é meta (m) e
finalmente a terminação xileno.
Ex.:
CH3
CH3 CH3
CH3
CH3
CH3
42
Classificação
O benzeno e todas substâncias que tenham estruturas e propriedades químicas semelhantes ao
benzeno são classificados como compostos aromáticos. A palavra aromático originalmente se
refere ao odor um tanto agradável de muitas dessas substâncias, mas hoje esse significado entrou
em discurso.
Substituição por halogenação → ocorre com a reacção de um halogénio (Cl2, Fe2, Br2, I2) com
benzeno.
cat
Ex.: C6H6 + Cl2 C6H5Cl + HCl→ acido clorídrico
Substituição por nitração → ocorre a substituição do grupo nitro (NO2), por um hidrogénio do
benzeno na presença do ácido sulfúrico.
H
NO2
H2SO4
+ HO– NO2 + H2O
benzeno
nitrobenzeno
Reacção de sulfonação→ ocorre com acido sulfúrico (H2SO4), a altas temperaturas, o iãosul
fónico é substituído pelo hidrogénio do benzeno.
43
H
SO3H
+ HO - SO3H + H2O
H
AlCl3 CH3
+ CH3 – Br + HBr
Brometo de hidrogenio
bromometano
benzeno metilbenzeno
15
C6H6 + O2 → 6CO2 + 3H2O (combustão completa).
2
7
C6H6 + O2 → 4CO + 2C + 3H2O (combustão incompleta).
2
Aplicação do benzeno
O benzeno é conhecido no comércio por benzol, é muito utilizado na indústria seja como
solvente orgânico na produção de insecticidas (DDT e BHC) ou fungicidas, corantes, tintas,
explosivos (TNT), medicamentos fenol
44
5º GRUPO
ALCOOIS
45
ÁLCOOIS
Os alcoois são compostos orgânicos que apresentam o grupo oxidrila ou hidroxila (– OH) ligado
a átomo de carbono saturado.
Exemplo:
H – C – OH H3C – C – CH = CH2
H OH
Metanol ou álcool metílico 3 – hidroxi – buteno – 1
1º ) posição do oxidrila
Carbono primário
H3C – CH2 – OH
H carbono secundário
H3C – C – CH3
OH
46
OH carbono terciário
H3C – C – CH3
CH3
2º ) número de oxidrilas
Propriedades físicas
Os monoalcoois primários e saturados de cadeia normal com até onze carbonos são líquidos; os
demais são sólidos. Entretanto, os álcoois secundários ou terciários que apresentam cadeia
ramificada ou insaturada são líquidos com mais de onze carbonos.
O OH
H H
47
Hidratação de alcenos OSO3H H
48
6º GRUPO
FENOIS
49
FENÓIS
De acordo com Barros (2010: 150), os fenóis são compostos orgânicos que possuem um ou mais
grupos hidroxilo ligados ao anel aromático. Resultam da substituição de um ou mais átomos de
hidrogénio nucleares do anel aromático por igual número de grupos hidroxilo.
Preparação de Fenóis
Neste sal diazónico não está presente o anião, mas apenas o catião, que é a parte importante para
a reacção. O anião pode ser um qualquer, cloreto, nitrato e sulfato.
Cl + + Cl -
OH- > 300 0C
Fenol
50
Oxidação do Cumeno
Este é um dos métodos mais importantes e eficazes, utilizando à escala industrial – oxidação do
isopropilbenzeno (cumeno) - onde se obtêm, em simultâneo, o fenol e a propanona (acetona).
CH3 CH3
CH3
H+ C – CH3
C – CH3 O2 C – CH3
H 2O O – OH
H O – OH +
H
H CH3 CH3
+
H2O O – C – CH3 H +
OH +
C – CH3
O –H O
Propano
Propriedades Químicas Fenol (acetona)
Prefixo + sufixo «oxi» + nome do metal ou prefixo + sufixo «óxido» + de + nome do metal
51
2 C6 H 5−OH + Mg ( MO )2 ⟶ ( C6 H 5 ) ❑2 Mg +2 H 2 O
Reacção de Substituição
As reacções de substituição são aquelas nas quais as moléculas dos reagentes trocam átomos
entre si.
Nitração
Nitração NO2
+ 3HNO3 +H2O
O2 N NO2
OH
OH
Halogenação
Halogenação Br
Luz
+3Br2 +3H Br
HO Br Br
OH
Aplicações do Fenol
O tem as seguintes aplicações:
52
Na produção de ácido pícrico, muito usado no tratamento de queimaduras sob a forma de
picrato de butesina, é também utilizado como explosivo, sendo os seus sais muito reactivos e
potentes.
Na conservação da madeira
Na produção de polímeros como o plástico
É usado como desinfectante e anti-séptico
Os agentes oxidantes mais usados são o KMnO 4 , K 2 Cr 2 O7 , MnO2 e CrO 3 . Os agentes oxidantes
são genericamente representados por [O]. Nestas reacções os álcoois primários originam
sucessivamente aldeídos e ácidos carboxílicos, enquanto os álcoois secundários originam
cetonas.
Os álcoois terciários não reagem visto que o carbono terciário ligado ao grupo hidroxilo não
possui nenhum átomo de hidrogénio que poderia ser removido pelo oxidante.
53
Obtenção de Álcoois por Redução
Redução de Aldeídos
Redução de Cetonas
Aplicação de Álcoois
Os álcoois possuem as seguintes aplicações:
54
O glicerol ou glicerina é útil na produção de polímeros e explosivos, assim como
emolientes nos cosméticos, como humectante do tabaco e adoçante.
55
7º GRUPO
ÉTERES
56
ÉTERES
Um éter é um composto onde o oxigénio esta diretamente ligado a dois radicais orgânicos.
Possuem nomenclatura oficial e usual. Ou por outras Éteres são compostos com estrutura geral
R-O-R, onde R e R são os grupos alquilo ou arilo.
Fórmula geral
R-O-R
Grupo funcional
R-C-O-R’
são semelhantes a éteres por possuírem átomos de oxigénio entre as cadeias carbónicas
(radicais). Porem, diferem-se destes por possuírem um grupo carbónico (CO) também entre os
carbonos. Assim, a molécula é estruturada por: radical-carbonilo-oxigenio-radical.
Nomenclatura
Nomenclatura IUPAC
Regra
O termo oxiliga-se ao prefixo que indica o número de átomos de carbono do radical menor,
seguido do nome do alcano que originou o outro radical.
57
Para nomear, utiliza-se sempre o nome da menor parte e depois o da maior parte,
separada por hífens.
Exemplos:
H3C-CH2-O-CH2-CH2-CH3H3C-O-CH3H3C-CH2-CH2-O--CH3
Etóxi-Propano Metóxi-MetanoPrópoxi-P-Tolueno
Os éteres são mais voláteis que os álcoois. O mais comum dos éteres é o etoxietano (vulgarmente
chamado por éter). É um líquido incolor de cheiro agradável muito volátil cujo ponto de ebulição
é de 35C. Esta volatilidade toma o etoxietanonuma substancia muito inflamável é por isso
perigosa. É pouco solúvel em água mais bem solúvel em outros solventes orgânicos. É usado
como anestésico; como solvente de gorduras e óleos; na preparação de seda artificial.
58
Dá-se o nome do motor radical ligado ao oxigénio.
Dá-se o nome do maior radical ligada ao oxigénio, seguido do prefixo –ilico. Em caso de
éteres com duas partes iguais, apenas coloca-se o nome do radical com o prefixo Di-
(opcional), seguido do prefixo –ilico.
O nome do menor radical vem primeiro, seguido do nome do maior radical, separado por
hifen.
H3C-CH3-O-CH2-CH2-CH3 H3C-O-CH3 H3C-CH2-CH2-O- -CH3
Menor parte: Maior parte: parte iguais: Menor parte: Maior parte:
2 Carbonos 3 carbonos 1 carbono 3 Carbonos 7 carbonos
Éter Etil-Propilico Éterdimetílico ou Éter Propil-P-Toluilico
Éter Metílico
Classificação dos éteres
Os éteres são classificados de acordo com os radicais ligados ao oxigénio. Um éter é
simétrico quando os dois radicais são iguais; assimétricos quando os radicais são
diferentes.
Utilizando os exemplos anteriores veja:
H3C-O-CH3 H3C-CH3-O-CH2-CH2-CH3
Isómeros
59
Propriedades físicas
180ºC, devido
Sendo o angulo entre as ligações R-O-R diferentes de ao efeito da repulsão dos pares
eletrónicos não ligantes do oxigénio, os momentos de dipolo das duas ligações não se anulam
mutualmente. Por isso os éteres apresentam um certo momento de dipolos, ainda que pequenas,
mais diferente de zero. Essa fraca polaridade, no entanto, não exercem efeito considerável sobre
o ponto de ebulição do éter, sendo aproximadamente igual ao do alcano de massa molecular e
geometria correspondente, mais muito menor que dos álcoois isómeros. Isto se deve
principalmente ao facto de que nos álcoois é possível a formação de ligações de hidrogénio entre
as moléculas, o que não ocorre no éter. Por outro lado, a solubilidade dos éteres em água é
comparativamente a dos álcoois correspondente, já que, com as moléculas de água, os éteres
podem formar ligações de hidrogénio.
Os éteres são substâncias muito mais voláteis do que os álcoois correspondentes (mais uma vez,
devido a ausência de ligação de hidrogénio). Os éteres líquidos são incolores, de cheiro
agradável. Por apresentarem um momento de Dipolo desprezível os éteres podem servir como
solventes apolares para substâncias orgânicas.
Propriedades Químicas
Os éteres são pouco reativos, em virtude da grande estabilidade das ligações C-O-C. No entanto,
os éteres são altamente inflamáveis, exigindo cuidado na sua manipulação. Alem disso, em
contato com o ar, a maioria dos éteres alifáticos transformam-se em peroxido instáveis. Embora,
se encontre em baixa concentração, esses peróxidos são muitos perigos, pois podem dar origem a
explosão violenta durante as destilações que se seguem as extrações com éter. A presença de
peroxido pode ser identificada pela adição de sulfato ferroso e tiocianato de potássio.
O peroxido oxida o ferro II a ferro III, o qual reage com o iao tiocianato, produzindo um
complexo de coloração vermelho-sangue característica. Essa é também uma maneira de eliminar
o peroxido, pois ele é reduzido pelo ion Fe2+. Também pode se eliminar o peroxido deslado o éter
com ácido sulfúrico concentrado. Poucas reações dos éteres são importante. Porem, a reação com
HX é um método interessante para a obtenção de álcoois e hálitos.
60
Os éteres mais simples são usados principalmente como solventes. Dentre
eles, o éter dietílico (éter comum) merece destaque:
Solvente no laboratório e na indústria
Anestésico
Extracção de óleos, gorduras, essências etc.
61
8º GRUPO
ALDEIDOS
62
ALDEÍDOS
São estruturalmente semelhantes ascetonas, pois ambos têm a carbonila (C=O) como grupo
funcional. A diferença entre eles é que os primeiros possuem pelo menos um átomo de
hidrogênio ligado ao carbono carbonílico, ao passo que o último possuem dois grupos alquil e ou
aril.
Propriedades físicas
63
Com o aumento do número de átomos de carbono do aldeído, a influência do grupo carbonila
sobre as propriedades físicas estes compostos deminuem , e eles passam a ter temperaturas de
ebulição proximas as dos alcanos e massa molas semalhantes como se pode observar nos
seguintes exemplos:
Doutecan-2-ona (M=180g mol-1,Te=247°C)
Tridecan(M=180g mol-1,Te=235°C)
Nomenclaturas de aldeídos
A nomenclatura IUPAC dos aldeídos é feita com a terminação AL. A cadeia principal é a
maislonga que inclui o grupo — CHO, e a numeração é feita a partir desse grupo.
Nomenclatura usual
64
Como sempre existem nomes particulares, como, por exemplo:
Os aldeidos são caraterizados pela presença de grupo funcional formila ou aldoxiila na ponta de
uma cadeia carbonica; formula geral :
Propriedades químicas
Os aldeídos são bastante reactivos, em decorrência da grande polaridade gerada pelo grupo
carbonilo, que serve como local de adição nucleofílica e aumentando a acidicidade dos átomos
de hidrogénio ligados ao carbono a (carbono ligado diretamente à carbonila). Em relação às
cetonas, os aldeídos são bem mais reactivos. Como o grupo carbonilo confere à molécula uma
estrutura plana, e a adição de um reagente nucleófilo pode ocorrer em dois lados, ou seja, a
superfície de contacto é maior, o que facilita a reacção. Isso possibilita a formação de
racematos(mistura de enantiômeros), caso o carbono seja assimétrico. Outros factores
influenciam a reactividade dos aldeídos intensidade da polaridade entre C e O e o volume do(s)
grupamento(s) ligado(s) à carbonila. Os grupos de indução diminuem a deficiência electrónica
no carbono e, consequentemente, diminui a afinidade deste por reagentes nucleofílicos (:Nu), ou
seja, a reacção de adição nucleofílica é mais difícil. Já os grupos de indução -Aumentam a
deficiência eletrônica no carbono e, consequentemente, aumentam afinidade deste por reagentes
nucleofílicos, ou seja, a reacção de adição nucleofílica é mais fácil. Quanto ao volume do(s)
65
agrupamento(s) ligado(s) à carbonila, tanto mais facilitada será a reacção quanto menor forem
esses grupos, devido a um menor
impedimento esférico (facilita a aproximação do reagente nucleofílico ao carbono). Também a
velocidade da reacção cresce proporcionalmente à intensidade da polaridade do grupo carbonilo,
pois mais intensa será a carga parcial positiva sobre o carbono, e maior será sua afinidade com o
nucleófilo.
Os aldeídos e cetonas podem reagir com composto de Grignard eposterior hidratação em meio
ácido, produzindo álcoois. O reagente de Grignard funciona como doador de carbono:
ataque carbonion ao
carbono polarizado
66
ataque eletrofilo
Os aldeídos e cetonas podem ser tratados com um agente fornecedor dehidretos e posteriormente,
tratados em meio ácido. Assim, obtemos umálcool:
Segundo paulo saraiva quima organica ecoqimica Os aldeídos mais importantes são os mais
simples. O aldeído fórmico éutilizado como:
Desinfetante
Líquido para conservação de cadáveres e peças anatômicas
Matéria-prima na fabricação de plásticos
Reagente para síntese de urotropina (medicamento renal) O aldeído acético é utilizado
para:
Produção de cloral (CCl3 - CHO), usado como hipnótico, como clarificador de tecidos
animais e na produção de DDT.
Os aldeídos são facilmente oxidados para produzir os ácidos carboxílicos,. os aldeídos têm um
próton –CHO que pode ser abstraído durante a oxidação, os aldeídos em ácidos carboxílicos,
67
mas CrO3 em ácidos aquosos é uma escolha mais comum no laboratório. A oxidação ocorre
rapidamente à temperatura ambiente e resulta em bons rendimentos.
Uma desvantagem nessa oxidação com CrO3 é que este ocorre sob condições ácidas, e as
moléculas sensíveis algumas vezes sofrem reações laterais. Uma alternativa é a utilização de
uma solução de oxido de prata, Ag2O, em amônia aquosa, o então conhecido reagente de
Tollens.
68
Isomeria dos Aldeiodo
Segundo so quimica Esta isomeria ocorre entre isômeros que pertencem à mesma função mas
diferem na posição de um heteroátomo na cadeia carbônica.
O heteroátomo deve sempre estar entre carbonos.
Exemplos:
Isomeria De Função
Esta isomeria ocorre quando os isómeros pertencem a funções diferentes. Os isômeros mais
comuns para este tipo de isomeria são:
álcool e éter
aldeído e cetona
ácido carboxílico e éster
Exemplos:
Isomeria De Tautomeria
Esta isomeria é um caso especial da isomeria plana, onde os isómeros pertencem à funções
químicas diferentes e estabelecem um equilíbrio químico dinâmico. Os casos mais comuns
69
ocorrem entre:
aldeído e enol
cetona e enol
Exemplos:
- aldeído e enol
Isomeria Espacial
A isomeria espacial é aquela que só pode ser explicada por meio de fórmulas estruturais
espaciais. Só será possível diferenciar os isômeros através de modelos moleculares espaciais.
A isomeria espacial divide-se em dois tipos:
- isomeria geométrica cis-trans
- isomeria óptica.
A isomeria geométrica cis-trans ocorre quando um par de isômeros apresenta a mesma fórmula
molecular, mas são diferentes em suas fórmulas estruturais.
Pode ocorrer em dois casos:
- em compostos com ligação dupla
- em compostos cíclicos
70
Os isômeros deverão ter carbonos unidos por uma dupla ligação e ligantes diferentes presos a
cada carbono da dupla ligação.
Seja a ligação dupla entre C = C e seus ligantes a, b, c, d, a condição para que ocorra a isomeria
geométrica cis-trans deve ter seus ligantes a e b diferentes e c e d diferentes.
Assim:
Exemplos:
A fórmula molecular C2H2Cl2 pode representar duas moléculas com fórmulas estruturais
diferentes.
átomos ligantes H e Cl estão no mesmo lado na fórmula à esquerda. Estão em posições opostas
na fórmula à direita. Por este motivo, damos nomes diferentes para estes isômeros.
Isomeria Cis
Isomeria Trans
– Indicando que os átomos estão em posições transversais ou opostas em relação aos carbonos da
dupla. A palavra trans vem do latim e significa “além de”.
71
Nomenclatura correta destes isômeros:
72
9º GRUPO
CETONAS
73
CETONAS
Cetonas são todos os compostos orgânicos que apresentam o radical – C – ligado a dois átomos
de carbono. O
Veja:
H3C – C – CH3
A nomenclatura IUPAC das cetonas contém a terminação ONA. A cadeia principal é a mais
longa que inclui a carbonila, e a numeração é feita a partir da extremidade mais próxima da
carbonila.
A nomenclatura usual das cetonas contém a palavra cetona, seguida dos nomes dos grupos
ligados à carbonila, em ordem alfabética, e com a terminação ílica. Por exemplo:
1
CH3 – 2C – 3CH3 Propan-2-ona (Nomenclatura IUPAC)
1
CH3 – 2C – 3CH2 – 4CH3 Butan-2-ona (Nomenclatura IUPAC)
74
CH3
Acetona O = C
CH3
É usada como solvente (de esmaltes, tintas, vernizes etc.), na extracção de óleos de sementes
vegetais, na fabricação de anidrido acético, de medicamentos etc.
Isomeria
As cetonas e Aldeidos de igual dimensão de cadeia carbónica são isómeros pois apresentam a
mesma fórmula molecular diferindo nas suas estruturas que pertencem a funções diferentes – um
aldeido e outra cetona. A compostos com mesma fórmula molecular que diferem no tipo de
função a que pertencem chamamos de isómeros de função.
O O
O OH OH
↓ ↓ ↓
Propriedades físicas
As cetonas de C3 até C10 são líquidas, incolores, de cheiro agradável, forte e característico.
Devido à carbonila, apresentam solubilidade em água, mas à medida que aumenta a cadeia
carbonila a solubilidade diminui.
OH O
↓ ↓
76
10º GRUPO
ACIDOS CARBOXILICOS
77
ÁCIDOS CARBOXÍLICOS
O
//
R— C ou R—CO—OH
\
OH
Onde :
78
Sendo monovalente, a carboxila só pode aparecer em extremidades de cadeias ou de
ramificações. A carboxilarepresenta também o estado mais oxidado (oxigenado) do carbono
numa cadeia carbónica . A carboxila representa também o estado mais oxidado (oxigenado) do
carbono numa cadeia carbônica:
O formula geral
//
Nomenclatura
Nomenclatura IUPAC
Os nomes IUPAC dos ácidos carboxílicos derivados dos alcanos são formados adicionando-se o
sufixo óicoà raiz do nome alcano correspondente, antecedido da palavra ácido. Por exemplo,
CH3COOH é chamado ácido etanóico. Entretanto, a maioria dos ácidos carboxílicos é conhecida
pelos nomes comuns. Por exemplo, o ácido etanóico é universalmente conhecido como ácido
acético.
1º Identifica-se a cadeia principal , que é a mais longa sucessacao de átomos de carbono que
inclui o grupo carboxilo
A nomenclatura usual consagrou nomes antigos, que lembram produtos naturais onde os ácidos
são encontrados
Classificação
Os ácidos carboxílicos podem ser classificados segundo o numero de grupos carboxílicos :
CH3-COOH
Ácido acético
(alifático)
80
Ácido benzóico
(aromático)
Ácidos monocarboxílicosalifáticos: com até quatro carbonos são líquidos incolores e solúveis
em água. Os de aspecto intermediário comportam de cinco até nove carbonos, possuem cheiro
rançoso e são parcialmente solúveis em água.
Entre os principais compostos da função dos ácidos carboxílicos utilizados no cotidiano, estão
o ácido metanoico, mais conhecido como ácido fórmico, e o ácido etanoico ou ácido acético.
aqueles com número de átomos de carbono superior a dez são classificados como ácidos graxos,
eles são encontrados em óleos e gorduras. Constituem uma forma de sólido insolúvel em água.
a solubilidade em água diminui à medida que o número de carbonos da cadeia aumenta, a água é
um composto polar, sendo assim ela só vai dissolver substâncias polares: “Semelhante dissolve
semelhante”. Ácidos carboxílicos contam com uma parte polar (carboxila) e outra apolar (cadeia
carbônica).
Isomería
Classificação
Isomeria Estrutural (Cadeia, Posição, Função)
Isomeria ou estereoisometria especial (geometric -cis ou trasn) (óptica)
Isomerismo estrutural
Os isómeros constitucionais ou estruturais são compostos que apesar de terem o mesmo
A fórmula molecular é diferente na ordem em que os átomos estão conectados, ou seja, eles têm
os mesmos átomos conectados de forma diferente (fórmula estrutural diferente).
Propriedades
Propriedades físicas
81
São substâncias polares.
Os ácidos alifáticos têm odor fraco ficando progressivamente forte e irritante nos ácidos
fórmico e acético. O odor se torna extremamente desagradável (semelhante à manteiga
rançosa) nos ácidos butírico (4C), valérico (5C) e capróico (6C). Os ácidos com mais que 6
carbonos não têm muito odor, por serem pouco voláteis.
Propriedades químicas
Reagem com bases para formar carboxilatos sais, nos quais o hidrogênio do grupo -OH é
substituído por um ion metálico. Deste modo, ácidos etanóicos/acéticos reagem
com bicarbonato de sódio para formar etanoato sódico (acetato de sódio), dióxido de
carbono e água:
CH3COOH + NaHCO3 → CH3COONa + CO2 + H2O
Grupos carboxila também reagem com grupos amina para formar ligações peptídicas e
com álcoois para formar ésteres.
82
Reacção com metais
A semelhança de dois ácidos inorgânico os ácidos carboxílicos reagem com metais formando
sais, mediante a substituição do Hodroxilo pelo metal.
Para dar nomes aos sais ora formados, basta proceder da seguinte maneira :
Nomenclatura IUPAC
Nomenclatura usual
Substituir a terminação “ico” do nome usual por “ato” e referir-se ao nome do metal.
2CH3—CO—OH+Na2O→ 2CH3—CO—ONa+H20
2CH3—CH2—CH—OH+Mg(OH)2→(CH3—CH2—CO—O)2 Mg+H2O
Propanoato de Magnesio
Os acidocarboxilicos de cadeia longa ao regirem com bases forman sais chamados saboes
Reacção de esterilização
CH3—CH2—CO—OH+CH3—OH↔CH3—CH2—CO—O—CH3—H2O
(ESTER)
83
Reacção com os reactivos de Tolles e Fehling
O ácido fórmico, por apresentar uma estrutura invertida assemelha-se a dos aldeídos, reagem
(excecionalmente) comosreativos de Tolles e Fehling.
HO—CO—H+2Cu(OH)2→3H2O+Cu2O+CO2
HO—CO—H+Ag2O→H20+CO2+2Ag
Preparação e Aplicação
Ácido fórmico
É um líquido incolor, cáustico, de cheiro forte e irritante. Seu nome deriva do fato de ser
encontrado em certas formigas vermelhas. É o que nos causa inchaço e coceira quando somos
picados por elas.
Industrialmente é preparado pela reacção:
Examinando a estrutura do ácido fórmico, percebemos que ele tem uma “parte” semelhante aos
aldeídos
. Isso lhe confere uma reatividade especial e diferente da dos demais ácidos:
Ácido acético
É um líquido incolor, de cheiro penetrante, de sabor azedo e solúvel em água,álcool e éter. É o
responsável pelo sabor azedo do vinagre (acetum% vinagre).Quando puro (e isento de água), o
ácido acético congela a 1 6,7 °C, tomando o aspecto de gelo. Daí o nome de ácido acético
glacial dado ao ácido acético puro.
84
O ácido acético é preparado
Além dos ácidos fórmico e acético já citados, os ácidos carboxílicos constituem uma família
muito grande, de reactividade acentuada e que produzem derivados também importantes, como
os sais, os ésteres, os anidridos e os cloretos de ácidos.
Na natureza, os ácidos carboxílicos estão presentes principalmente nos ésteres que constituem os
óleos e as gorduras, tanto de origem vegetal como de origem animal.
Industrialmente, os ácidos carboxílicos se prestam à fabricação de solventes, perfumes,
insecticidas, plásticos, fibras têxteis etc.
85
11ºGRUPO
(ÉSTERES)
86
ÉSTERES
Os esteres são compostos que resultam da combinação de um álcool ou fenol com um ácido
carboxilico. Desta reacção resulta a libertação de uma molécula de água.
Os ésteres possuem a fórmula geral:
Onde R e R’ são radicais alquilo. Nos esteres aromáticos teremos radicais arilo Ar e Ar’ em vez
de radicais alquilo.
Todos os esteres são caracterizados pela presença do grupo funcional:
No grupo funcional dos esteres o carbono esta unido a outro átomo de carbono, por uma ligação
simples, e a dois átomos de oxigénio, um por ligação simples e outro por ligação dupla. Repara
ainda que um átomo de oxigénio é partilhado por dois átomos de carbono unindo duas cadeias
carbónicas. De outro modo, podemos dizer que da impressão que nos esteres um átomo de
hidrogénio de um acido carboxilico foi substituído por um grupo R de uma cadeia carbónica.
Por exemplo, no etanoato ( ou acetato) de metilo o grupo R resulta do acido acético e o grupo R’
resulta do metanol.
Ou seja, no geral, nos esteres existem dois radicais: um resultante do acido ( alifatico ou
aromático) e o outro resultante do álcool ou fenol.
87
Os esteres são compostos que resultam da combinação de um álcool ou fenol com um acido
carboxilo. Desta reacção resulta a libertação de uma molécula de água.
Nomenclatura
Os estes são considerados compostos análogos aos sais. Como são sais do ácido e do grupo
alcoólico ou fenolico, na sua designação indica-se o sufixo – oico (de acido) por – ato (de sal).
De seguida, adiciona-se o nome do radical do acido. Entre as duas palavras coloca-se a
proposição “de”.
Formula Nome IUPAG Nomo comum Ponto de fusao Ponto de
estrutural normal, oC ebulicao
condensada normal, oC
HCOOCH3 Metanoato de Formiato de -99 32
metila metila
CH3COOCH Etanosto de Acetato de metila -98 57
metila
CH3COOCH2CH Etanoato de stila Acetato de etila -84 77
CH3CH2COOCH Propanoato de Propionato de -88 88
metila metila
Nomenclatura USUAL
ESTER + nome do radical derivado do álcool + nome do acido que deu origem ao Ester
Nomenclatura IUPAC
Substituir o sufixo ‘oico’ do nome do ácido carboxilico que deu origem ao Ester pelo sufixo
‘oato’, e, no fim, mencionar o nome do radical derivado do álcool.
Etanoato de metilo (IUPAC)/ acetato de metilo(USUAL)
88
Benzoato de metilo (IUPAC)
Convêm salientar que alem dos esteres orgânicos (alifaticos ou aromáticos) existem também
esteres inorgânicos, obtidos dos correspondentes ácidos minerais, tais como:
Sulfonato de etilo
Nitrato de metilo
89
Obtenção
Quando falamos de álcoois e dos ácidos carboxilicos aprendemos a conhecer a reacção de
esterificacao, isto é, a reacção de preparação dos esteres.
Tal reacção pode ser esquematicamente representada da seguinte forma:
Álcool + Acido → Ester + Agua
Os esteres podem então ser obtidos por:
Esterificacao directa – reacção lenta e reversível, catalisada em meio ácido, com rendimento na
ordem dos 60 %.
Com ajuda da marcação isotópica foi provado que os álcoois primários e secundários cedem o
átomo de hidrogénio e o acido o grupo OH que se unem para formar agua. Nos caso dos álcoois
terciários a situação inverte – se.
Reacção de sais com haletos orgânicos
90
Hidrolise
Ester + Agua → Acido carboxilo +Alcool
Hidrolise acida – processo inverso da esterificacao
Em presença de catalisadores ácidos, as gorduras sofrem quebra de ligação entre a parte do
radical alquilo e do alcoolato. As partículas provenientes da agua adicionam – se nas valências
livres, formando – se um álcool e acido carboxilico.
H+
CH3 – CH2 – CO – O – OCH3 + H2O → CH3 – CH2 – CO – OH + CH3 – OH
Acido Alcool
A reacção é lenta e reversível. Assim, num determinado intervalo de tempo, a reacção ocorre a
mesma velocidade nos dois sentidos (Vdireto = Vinverso), atingindo – se o equilíbrio. O rendimento
da reacção é baixo.
Hidrólise básica – saponificação
As gorduras, igualmente, quebra – se a ligação da parte do radical alquilo e do alcoolato,
adicionando – se a estas as partículas provenientes da quebra da base, formando – se um álcool e
sal (sabão).
CH3 – CH2 – CO – OCH3 + NaOH → CH3 - CH2 – CO – O – NH2 + CH3 - OH
Quando a hidrolise básica ou alcanica é efectuada com um éster de acido gordo, obtêm – se o sal
do acido gordo, cujo nome genérico é sabão. Dai a hidrolise básica ter sido originalmente
denominada de saponificação.
91
Na hidrólise básica a base actua não como catalisador mas como reagente no processo. A reacção
é completa e, portanto, o rendimento da reacção é elevado.
Hidratação catalítica das gorduras insaturadas
Consiste na quebra das ligações duplas e adição de hidrogénio as valências livres, transformando
as ligações duplas em simples (compostos saturados).
Alcoolise ou transesterificacao
A partir de um Ester e um álcool diferente daquele que forma o éster inicial, forma –se um novo
éster e o álcool do éster inicial.
92
Confere o aroma artificial a groselha e a rum
Antranilato de metilo
Confere aos alimentos o sabor artificial a uva
Etanoato de butilo
Essência que da o sabor a maca verde
Acetato de pentilo
Produz o aroma artificial a banana
Butanoato de etilo
Produz o aroma artificial a ananás
Acetato de propilo
Confere sabor artificial a pêra
93
12º GRUPO
AMINAS
94
AMINAS
São compostos orgânicos nitrogenados, são obtidas através da substituição de um ou mais
hidrogénios da amónia por demais grupos orgânicos radicais alquila ou arila. Elas possuem em
sua formula geral o elemento nitrogénio, existem muitos estimulantes que possuem em sua
formula o composto amino: Cafeina, Anfetamina, Cocaína e Crack.
Fórmulas gerais:
NOMENCLATURA
Os nomes das aminas na nomenclatura radico-funcional da IUPAC são constituídos pela junção
Dos nomes das cadeias alquílicas ligadas ao átomo de azoto, colocados por ordem alfabética,
antes da palavra amaina.
95
Classificação das aminas
aminas heterociclicas
96
Propriedades físicas
As Aminas podem ser encontradas nos três estados físicos: Sólido, Liquido e Gasoso, as que
estão no estado Gasoso são as alifaticas: Dimetilamina, Etilamina e Trimetilamina. Da
Porpilamina à Dodecilamina, se encontram no estado liquido, e as que possuem mais de doze
caborno são sólidas. As Aminas quase sempre são incolores, o cheiro do peixe, só as
Metilaminas e as Etilaminas que possuem um cheiro semelhante à amónia. Os seus compostos
aromáticos são tóxicos.
Métodos de obtenção das aminas
Reacções de haletos orgânicos (rx) com amônia (nh3)
Esse tipo de reacção produz Aminas primárias, ou seja, que possuem apenas um Hidrogénio
substituído. De forma genérica, temos:
NH3 + RX → R — NH2 + HX
Exemplo:
97
Redução de nitro compostos
Nesse caso, os nitrocompostos, sob acção de zinco na presença de um ácido diluído, sofrem
redução produzindo Aminas primárias. Exemplo:
Redução de nitrilas
Nessa reacção, o gás hidrogénio reage com as nitrilas, na presença de um catalisador, quebrando
a tripla ligação do carbono com o nitrogénio e produzindo uma Amina primária.
Exemplo:
`CH3 — C ≡ N + 2 H2 → H3C — CH2 — NH2
Método de hoffman
Baseia-se na reacção do amoníaco com um haleto orgânico. Podemos obter uma Amina primária,
secundária ou terciária, dependendo das proporções molares dos reagentes. A primeira etapa é
uma reacção do tipo Sn2, na qual o amoníaco faz o ataque nucleofílico ao carbono ligado ao
halogéneo, formando-se uma Amina, que numa segunda e terceira etapas reagem do mesmo
modo.
Aplicações das aminas
Os Aminas são compostos orgânicos que possuem em sua fórmula geral o elemento Nitrogénio,
existe uma variedade de substâncias pertencentes a essa classe orgânica. Como por exemplo:
Fenilamina, Anfetamina, Cafeína e Cocaína. Veja onde são encontradas tais substâncias e para
que são emp
98
13º GUPO
AMIDAS
99
AMIDAS
Amidas são compostos derivados de acido carboxilicos, em que o grupo hidroxilo foi substituído
por um grupo amino ou, são compostos derivados do amoníaco por substituição dos seus
hidrogénios por radicais acilo. O radical acilo é aquele que resulta da retirada do hidroxilo do
carboxilo
Denomina-se amida todo o composto orgânico que possui o azoto ligado directamente a um
grupo carbonilo.
Formula Geral
O
R CO NH2 ou R C NH2
Onde:
Nomenclatura
Nomenclatura IUPAC
Exemplo, a propanamida:
H3C CH2 C
NH2
Essa amida apresenta três átomo de carbono (prefixo prop) conectados por ligações simples
(infixo an). Para a nomenclatura, uniremos o prefixo prop, o infixo an e o sufixo amida. Assim
o nome do composto será propanamina.
Nomenclatura USUAL
Consiste em pronunciar o nome usual do acido que lhe da origem e, por fim a palavra «amida».
100
CH3 CO NH2 H CO NH2 C6H5 CO NH2
CH3 CO NH CO CH3
I: Dietamida
U: Diacetamida
U= nomenclatura USUAL
I: Tripropamida
U: Tripropionamida CO
CH2
CH3
Obtenção
Normalmente as amidas não existem na natureza. São preparadas em laboratórios por exemplo
através:
Do aquecimento de sais de amonio decompõe-se em amida e liberta agua. Exemplo da
reação:
101
Da hidratação de nitrilas (catalisada por H2SO4 ): R CN + H2OR CONH2.
Da reacção de cloretos de acido com amoníaco ou amina, pode utilizar-se também em
vez de cloreto de acido, anidridos ou esteres.
A amida mais conhecida é a diamina, a ureia são utilizadas em muitas sínteses em laboratórios e
como intermediário industriais na preparação de medicamento e outros derivados. O nylon é uma
poliamida muito importante entre os polímeros.
A ureia de formula CO(NH2)2, é uma diamina do acido carbónico, é um sólido branco, cristalino,
solúvel em agua e constitui um dos produtos finais do metabolismo dos aminas, sendo eliminado
pela urina. encontra-se na urina humana sendo eliminada em cerca de 25 a 35 g dependendo da
alimentação tida, que é obtida via síntese de Woehler.
O
NH4CNO NH2 C NH2 Ureia
Na indústria química é muito utilizado como fertilizante químico para fornecer nitrogénio ao
solo que é obtida a partir da reacção entre o amoníaco e o dióxido de carbono:
O
102
Na alimentação do gado, como matéria-príma para produzir plásticos e produtos farmacêuticos,
medicamentos sedativos e como estabilizador de explosivos.
103
14º GRUPO
TRIGLICÉRIDOS OU
GORDURAS
104
TRIGLICÉRIDOS OU GORDURAS
AFONSO e VILANCULOS (2015:192) as gorduras são esteres de glicerol e ácidos carboxílicos
de cadeia longa.
CUCO e MONJANE (2013:117) os triglicéridos são conhecidos como óleos ou gorduras (óleo
vegetal e gordura), produzidos e armazenados nos organismos vivos para fins de reserva
alimentar. Estes são triesteres derivados na combinação de glicerol (um trialcool), com ácidos,
especialmente ácidos gordos (ácidos carboxílicos de cadeia alquilica longa), no qual os três
grupos hidroxilos (do glicerol) sofrera condensação carboxílica com os ácidos, os quais não
precisam ser necessariamente iguais.
H2 – C – O – R1
H – C – O – R2
H2 – C – O – R3
Exemplos de triglicéridos
Alguns exemplos de gorduras, em que os três ácidos gordos que fazem parte das suas
composições são iguais:
Butirina: acido butanóico (ou acido butítrico) – um acido monocarboxílico, saturado, de cadeia
aberta, com fórmula molecular, C4H8O2, e de fórmula estrutural CH3 – CH2 – CH2 – COOH. O
nome usual ácido butítrico (manteiga).
105
Trioleato (trioleína): o ácido oleico é um ácido carboxílico uma vez que possui um grupo
funcional menos – COOH. O ácido oleico é um ácido gordo de cadeia longa, possuindo dezoito
átomos de carbono na sua estrutura. Por possuir uma dupla ligacao entre os carbonos é chamado
acido gordo insaturado.
Os ácidos gordos são uma classe de compostos orgânicos que constituem os lépidos, os quais são
vitais na construção da membrana celular, estando presentes na epiderma, a qual protege e faz
parte da barreira da pele evitando a sua desidratação, por perda de água transpidérmica.
O ácido oleico é um ácido gordo, que participa no nosso metabolismo desempenhando um papel
fundamental na síntese das hormonas.
Propriedades físicas
Os triglicédidos são compostos essencialmente apolares, pois as regiões polares dos seus
precursores desapareceram na forma das ligações do tipo esteres. Por essa razão, os triglicéridos
constituem moléculas muito hidrofólicos. São insolúveis em agua e solúveis em solventes
orgânicos, como o álcool, a benzina, o éter e o clorofórmio.
Os triglicéridos podem ser hidrolisadas libertando ácidos gordos e glicerol. Se esta hidrolise for
feita em meio alcalino, formam-se sais de ácidos gordos, os sabões, e o processo é chamado
dsaponificação.
106
Propriedades químicas
Hidrólise ácida
CH2 – O – CO – R CH2 - OH
H+
CH – O – CO – R + 3H2O CH – OH +3R – CO - OH
CH2 – O – CO – R CH2 – OH
CH2 – O – CO – R CH2 - OH
T
CH – O – CO – R + 3NaOH CH – OH + 3R – COO – ONa (sabão)
CH2 – O CO – R CH2 - OH
107
16º GRUPO
PROTEINA
108
AMINOÁCIDOS
Conforme você já aprendeu, cada composto pertence a uma determinada função. Entretanto,
existem compostos que pertencem simultaneamente a duas ou mais funções. Tais compostos são
de função mista.
Dentre os compostos de função mista, têm grande importância os que apresentam as ligações
amina e ácido: são os aminoácidos
Exemplos
O H O
H2C – C H3C – C – C
NH2 OH NH2 OH
Dentre os aminoácidos essenciais, podemos citar: leucina, valina, isoleucina, lisina, triptofano,
fenilalanina, metionina e treonina.
109
De acorda com a cadeia carbónica, os aminoácidos se classificam em alifaticos, aliciclicas e
aromáticos.
Propriedades físicas
Com relação aos alfas – aminoácidos, podemos dizer que são todos compostos sólidos incolores,
sendo a maioria de sabor adocicado, alguns insípidos e outros amargos. Com excepção da
glicina, que é solúvel em água, os demais apresentam solubilidade variável.
O O
Cl OH OH
Propriedades químicas
H O H O
solução
H3C – C – C H3C – C – C
NH2 OH NH2 O
Organolépticas
PROTEÍNAS
Proteínas (do grego protos, “primeiro”) são macromoléculas resultantes da condensação de
moléculas de α-aminoácidos através da ligação peptídica.
110
Aminoácido é uma molécula bifuncional que possui os grupos funcionais amino e ácido
carboxílico.
Exemplo:
Vinte aminoácidos diferentes são encontrados nas proteínas da maioria dos animais. Alguns são
chamados aminoácidos essenciais, porque não podem ser sintetizados pelos organismos dos
animais e devem, portanto, ser ingeridos como os alimentos. O número de aminoácidos
essenciais varia de um animal para outro. Oito aminoácidos são essenciais para o homem, nove
para o cão e dez para as abelhas.
111
Estrutura Primária
Os aminoácidos de uma cadeia polipeptídica são unidos por ligações amida formadas entre o
grupo carboxila de um aminoácido e o grupo amina do próximo. Esta união, chamada de ligação
peptídica, tem muitas propriedades importantes. Primeiramente, é resistente à hidrólise, de modo
que as proteínas são notavelmente estáveis cineticamente. Em segundo lugar, o grupo peptídico é
plano porque a ligação C—N tem uma característica de ligação dupla considerável. Em terceiro
lugar, cada ligação peptídica tem tanto um doador (o grupo NH) quanto um aceptor (o grupo
CO) de pontes de hidrogénio. As pontes de hidrogénio entre estes grupos da cadeia principal são
uma característica importante da estrutura da proteína. Finalmente, a ligação peptídica não tem
carga eléctrica, o que permite às proteínas formarem estruturas globulares firmemente
acondicionadas com grande parte de seu arcabouço imerso no interior da proteína.
Exemplo:
Proteínas simples ou homo proteínas São formadas exclusivamente por aminoácidos. É o que
acontece na albumina do ovo, na globulina do sangue.
112
Proteínas estruturais:
São as que contribuem para a formação do organismo, como, por exemplo, o colagénio
(abundante nos ossos, tendões e cartilagens), a queratina (formadora das unhas, dos cabelos.
Proteínas de armazenamento: como, por exemplo, a ferritina, que armazena ferro no baço.
Configuração das proteínas.
Importância Bioquímica
As proteínas apresentam uma elevada gama de funções nos seres vivos. Além de servir como
material estrutural, as proteínas estão envolvidas na regulação metabólica, transporte, defesa e
catálise. Os polipeptídeos são polímeros de aminoácidos. As proteínas consistem de uma ou mais
cadeias polipeptídicas.
Exemplos
113
Hidrólise Das Proteínas
Quando aquecidas com soluções aquosas de ácidos ou bases fortes ou sob a acção de enzimas, as
proteínas sofrem hidrólise, isto é, sofrem a reacção inversa da formação da ligação peptídica, À
medida que o tamanho da cadeia vai diminuindo, são dados vários nomes aos produtos
intermediários: Proteínas Metaloproteínas Proteoses PeptonasPolipeptídeos Peptídeos simples
Aminoácidos.
Exemplo:
Essa cadeia de reacções ocorre, por exemplo, em nosso aparelho digestório, sob a acção de várias
enzimas. Desse modo, as proteínas (alimentos) são desmontadas, e seus aminoácidos são
reaproveitados pelas células na montagem de novas proteínas.
Exemplo:
114
115
17º GRUPO
GLÍCIDOS OU
CARBOHIDRATOS
116
GLÍCIDOS OU CARBOHIDRATOS
A classe dos glícidos ( do grego glicos «doce») abrange desde o açúcar comum a compostos
muito complexos, como a celulose e o amido, que são produzidos nos vegetais pelo processo da
fotossíntese e transformados no processo de respiração.
Os glícidos são também chamados açucares, pois o açúcar comum pertence a esta classe.
Também designados por hidratos de carbonoou carbohidratos, pois muitos destes compostos
obedecem a formula geral
C 8( H 2O)y.
Energia luminosa
Água
Monossacarídeos
os monossacarídeos têm geralmente sabor adocicado. A sua formula estrutural é C12 ( H2O)n,
*onde o n pode variar de 3 a 8 (trioses, tetroses, pentoses, hexoses, heptoses e octoses), sendo os
mais importantes os pentoses e hexoses. Não sofremhidrolise.
117
O H
C OH
C H
C H
C OH
A glicose ou glucose é o carbohidrato mais importante na biologia .as células usam-na como
fonte de energia intermediário metabólico. A glucose é um dos principais produtos da
fotossíntese e inicia a respiração celular em procariotas e eucariotas. É um cristal solido de
sabor adocicado, de formula molecular C 6 H 12 O6, encontrado na natureza na forma livre ou
combinada.
A frutose é um açúcar monossacarídeo. O seu papel biológico é energético e é encontrado
como componente do dissacarídeolactose que existe no leite. É obtido pela hidrolise lactose.
A galactose é também, um constituinte importantes dos glicolípidos, dos proteoglicanos e
das glicoproteínas. A galactose não é tão doce como a glicose e também não é solúvel em agua.
A manose é um açúcar da serie de carboidratos de seis carbonos. A manose entra na corrente
de metabolismo dos carbohidratos pela fosforilação e conversão de frutose-6-fosfato.
Pentose
O HO
O
5CH2OH H OH
4C C
H H H OH
118
O HO
O
5CH2OH H OH
4C C
H H H OH
3C 2C
OH OH HO
Ribose desoxiribose
Os pentoses são monossacarídeos de 5 carbono. Para os seres vivos, as pentoses mas importantes
são as riboses e a desoxirribose que entra na composição química do ácido nucleicos, os quais
comandam e coordenadas as funções celulares.
Hexoses.
Glicose: C6H12O6
CH2CH CH2CH CH2CH
O OH O OH OH O OH
HO
OH OH
CH2OH
OH
OH OH OH
D – Glucose D – Frutose D – Galactose
As hexoses mais importantes são a glicose, a frutose e a galactose, principais fontes de energia
para os seres vivos. Ricas em energia, as hexoses constituem os principais combustíveis das
células. São naturalmente sintetizadas pela fotossíntese.
119
fenómeno de ciclização da molécula: o grupo aldeído de uma aldose ( ou o grupo cetona de uma
cetose) pode reagir com uma oxidinas da própria molécula, dando uma cadeia fechada ou cíclica,
conforme as estruturas abaixo representadas:
H O OH
C OH
1
2
3 OH
4 OH
5 OH O
6 CH2OH
CH2OH Glicofuranose
Neste caso, a ciclização ocorreu no carbono numero 4, dando origem a um anel de 5 átomos (4
carbono e 1 oxigénio). Como esse anel lembra o composto denominado furano a forma cíclica é
chamada de furanoide ou furanose.
No entanto, a ciclização pode ocorrer também no carbono numero 5 ( o que é mais comum):
Como esse anel lembra o composto denominado pirano, essa forma cíclica é denominada
piranoica ou piranose.
Um facto interessante é que no instante da ciclização do carbono 1, este pode assumir uma de
duas posições originando compostos diferentes.
A esquerda, a oxidrilo do carbono 1 está na posição cis em relação a oxidrilo do carbono -a-
glicose. A direita, esta na posição trans em relação a oxidrilo do carbono 2-β-glicose.
CH2OH CH2OH
O O OH
OH OH
OH OH OH
OH OH
120
Quando α-glicose ou β-glicose puras são colocadas em agua, uma transforma-se em
espontaneamente na outra, através da glicose de cadeia aberta; esta transformação é chamada
mutarrotação.
(+112,2º) (+18,7º)
Dissacarídeos
Exemplos:
CH2OH CH2OH
H O H O H
H
OH H O H HO CH2OH
HO H OH OH OH
Sacarose (glicose + frutose)
121
A maltose é a principal substancia de reserva da célula vegetal, é também a juncão de
duas moléculas de glicose. A maltose é encontrada em vegetais e tem função energética.
A lactose (galactoseβ-1,4glucose) é um tipo de glícido que possui ligação glicosidica. É
formada por dois carbohidratos menores, chamados monossacarídeos, a glicose e a
galactose, sendo, portanto, um dissacarídeo.
os dissacarídeos são solúveis em agua, mas como não são carbohidratos simples como os
monossacarídeos, necessitam de ser quebrados na digestão para que sejam aproveitados pelos
organismos como fonte de energia.
Os glicosídeos podem ser formados também pela ligação de um carbohidrato a uma estrutura
não-carbohidrato, como uma proteína, por exemplo.
Polissacarídeos
Ocorrendo no talo e folhas vegetais e na camada externa do revestimento de grão. São insolúveis
em agua.
Os polissacarídeos, ou açucares múltiplos, são carbohidratos formados pela união de mais de dez
moléculas de monossacarídeos, assim, um polímero de monossacarídeos,geralmente de hexoses.
Ao contrario dos mono e dos dissacarídeos, os polissacarídeos são insolúveis em agua: não
alteram, pois, o equilíbrio osmótico das células e prestam-se muito bem a função de
armazenamento ou reserva nutritiva. De acordo com a função que exercem, os polissacarídeos
classificam-se em energético e estruturais. Os mais importantes são o amido e o glicogénio.
Amido
122
A amilose com cerca de 1000 unidades de glicose numa longa cadeia não ramificada
enrolada em hélice e amilo pectina com cerca de 48 a 60 unidades de glicose dispostas em
cadeias mais curtas e ramificadas.
O HO O
O O
OH OH
123
18º GRUPO
SUBSTANCIAS
MACROMOLECULARES
SINTÉTICAS
124
SUBSTANCIAS MACROMOLECULARES SINTÉTICAS
De acordo com RAMOS e BONGA (2002: 155) Macromoleculas são moléculas enormes que
contem centenas de milhares de átomos, podendo ser naturais ou artificiais.
Outras macromoleculares naturais importantes, são as proteínas, que são constituintes principais
dos seres animais, responsáveis pelo funcionamento dos seres vivos.
Polímeros
AFONSO e VILANCULOS (2015: 208) Polímeros são moléculas compridas constituídas por
unidades pequenas que se repetem.
Que o monómero possui dois grupos funcionais (bifuncionais) ou que apresente ligações
múltiplas (duplas ou triplas).
As ligações facilmente activáveis.
A velocidade da reacção seja maior
Polímeros naturais.
Polímeros sintéticos
Polímeros de adição e
125
Polímeros de condensação.
Polímeros naturais
Aquele cuja formação ocorre por processos naturais: proteínas, ácidos nucléicos, borracha
natural, carbohidratos, etc.
Polímeros sintéticos
Aquele cuja formação ocorre por via sintética: polieteno, policloreto de vinilo, borracha sintética,
etc.
Também pode-se classificar ao polímeros, tendo em conta o processo de sua formação em:
Polímeros de adição
Que são aqueles cuja formação baseia-se em reacção de adição, como por exemplo, polietileno,
PVC, etc.
t/Cat
CH2 = CH2 + CH2 = CH2 + CH2 = CH2 + CH2 = CH2 + nCH2 = CH2 (CH2 – CH2)n
Polímeros de condensação
São formados de reacções nas quais há eliminação de pequenas moléculas, geralmente agua.
São polímeros de condensação: o nylon, terilene, baquilite, silicone, etc, como por exemplo:
O O O O
t /p /cat
C C + HO – CH2 – CH2 – OH - C C
OH OH O - CH2 –
CH2 - O - + H2 O
126
Ao aquecimento tornam-se moles num intervalo de temperatura: transita dos estados sólidos para
plástico e decompõem-se.
São resistentes aos ácidos e bases. São maus condutores de calor e electricidade.
Polieteno/polietileno
Polipropileno
É obtido por polimerização de propeno. É um plástico mais resistente que o eteno, sendo usado
para alem daquelas, na produção de para- choques para automóveis, cordas, etc.
Poliestireno
É obtido por polimerização de acetato de vinilo. É bastante usado na produção de tintas, colas,
gomas para mascar (pastilhas elásticas), etc.
Teflon
127
É obtido por polimerização de tetrafluor etileno. É bastante resistente ao calor e as substancias
como acidas e bases e resistentes à electricidade. É usado como revestimento de frigideiras,
panelas, em isolamento eléctrico, na produção de equipamentos laboratoriais, etc.
Poliacrilonitrina
Poliisopreno
Baquelite
Poliésteres
128
19º GRUPO
FIBRAS TÊXTEIS
129
FIBRAS TÊXTEIS
Fibra têxtil é todo o elemento de origem natural ou química, constituído por macromoléculas
lineares, que se caracteriza por apresentar um comprimento pelo menos 100 vezes superior ao
diâmetro ou espessura e cujas características de flexibilidade, suavidade e conforto a tornam apta
às aplicações têxteis.
Classificação
Dividem-se em:
Fibras têxteis artificiais – são todas as fibras que se apresentam na natureza numa forma não
utilizável mas que através de modificações químicas são utilizáveis.
Fibra têxtil sintética – estas fibras não existem na natureza mas são formadas por
macromoléculas sintéticas industrialmente.
As fibras têxteis possuem varias fontes e esse critério e vulgarmente utilizado para sua
classificação. As fibras podem ser de origem natural quando extraídas na natureza sob uma
130
forma que as torna aptas para o processamento têxtil, ou de origem não natural quando
produzidas por processos industriais.
A classificação geral das fibras pode ser feita da seguinte maneira:
As fibras celulósicas
As moléculas de celulose formam pequenos feixes que se unem para formar as fibras de celulose.
Não há distribuição em forma completamente paralela, certas porções da fibra podem ter
moléculas paralelas enquanto outras possuem uma distribuição aleatória.
A resistência das fibras celulósicas e influenciada pelo seu arranjo molecular e também pelo seu
grau de polimerização. Quanto maior o seu GP, maior em tese e a resistência da fibra. Um GP
típico para as fibras celulósicas fica em torno de 2.000 a 3.000.
Um grupo quimicamente reativo na celulose e a unidade hidroxila (OH). Este grupo pode sofrer
reações de modificação nos procedimentos usados para modificar as fibras celulósicas ou na
aplicação de corantes ou acabamentos.
As fibras celulósicas possuem diversas propriedades em comum. Elas se queimam fácil e
rapidamente, desprendem odor de papel queimado, produzem resíduo leve e cinzas que variam
entre o negro e o acinzentado. A celulose e decomposta por soluções fortes de ácidos minerais,
mas apresentam excelente resistência a soluções alcalinas.
131
Fibras Celulósicas Artificiais modificadas: Diacetato e Triacetato.
Fibras animais
Nome Descrição
Seda domestica Fibra segregada pelas larvas do bicho da seda
Bombyx mori.
Seda Muga Fibra segregada pelas larvas do insecto
Antheraea Assamensis
Byssus Fibra segregada por alguns moluscos Pina
nobilis.
Estas fibras provem de bolbos pilosos, tem estrutura multicelular e são compostas de queratina;
constituem o velo, a pelagem, a crina, ou a cauda de certos animais.
Nome Descrição
Lã Pêlo de ovino Ovis Aries
Alpaca Pêlo de alpaca Lama pacos
Camelo Pêlo do camelo Camelus bactrianus
Cavalo Pêlo do cavalo Equus caballus
Cobra Pêlo da cobra comum Genus Copra
Coelho Pêlo do coelho comum Oryctolaqus cuniculus
132
Fibras Vegetais:
Fibras da Semente
Estas fibras provem das células epidérmicas da semente de certas plantas, tem estrutura
unicelular e são, na sua maioria constituídas quase inteiramente por celulose.
Nome Descrição
Algodão Fibra unicelular proveniente da semente do
algodoeiro Gosypium
Fibras do Caule
Estas fibras provem do líber de certas plantas e são constituídas essencialmente por celulose,
com substancias incrustantes e intercelulares formadas por substancias pécticas, hemicelulose e
lenhina.
Nome Descrição
Linho Fibra que provem do líber do linho Linum
usitatissimum
Juta Fibra proveniente do líber do Carchorus
capsularis e do carchorus olitorius.
Fibras da Folha
Estas fibras provem das folhas de certas plantas e são constituídas essencialmente por celulose,
com substancias incrustantes e intercelulares formadas por hemiceluloses e lenhina.
Nome Descrição
Sisal Fibra proveniente da folha do Agave
sisalana
Tampico Fibra proveniente da folha do Agave
funkiana
133
Fibras do Fruto
Estas fibras provem do fruto de certas plantas e são constituídas essencialmente por celulose,
com substancias incrustantes e intercelulares formadas por hemiceluloses e lenhina.
Nome Descrição
Cairo Fibras provenientes da casca do noz do
cocos nucífera
Fibras Minerais
Estas fibras provêm de rochas com estruturas fibrosas e são constituídas essencialmente por
silicatos.
Nome Descrição
Amianto Silicato natural fibroso
Nome/genérico Descrição
Cupro Celulose obtida pelo processo do hidroxido tetraminocuprico.
Viscose Celulose regenerada obtida pelo processo do xantato
Modal Celulose regenerada que possui forca de rotura elevada e alto modulo
em molhado. A forca de rotura da fibra condicionada previamente na
atmosfera normalizada e a forca necessária para produzir um
alongamento de 5% na fibra, no estado molhado.
Acetato Acetato de celulose em que menos de 92% mas, pelo menos 74% dos
grupos hidroxilo estão acetilados.
Fibras sintéticas
134
Nome Descrição
Macromoléculas lineares sintética cuja cadeia
resulta da repetição do grupo amida, estando
Poliamida 85% (em massa) desses grupos ligados a
grupos alifáticos ou aliciclicos: poli
(hexametileno adipamida) – poliamida 6.6,
policaproamida - poliamida 6 e
poliundecamida - poliamida 11.
Macromoléculas lineares cuja cadeia possui,
Poliéster pelo menos, 85% (em massa) de unidades de
éster derivados de um diol e do acido
tereftalico: poli (tereftalato de etileno).
Macromoléculas lineares de hidrocarbonetos
Polietileno saturados não substituídos correspondentes a
repetição da unidade polietileno.
Macromoléculas lineares de hidrocarbonetos
saturados, apresentando ou não os átomos de
carbono da cadeia, alternadamente, um grupo
Polipropileno metilo substituinte. Os átomos de carbono com
substituinte apresentam-se, geralmente, na
mesma configuração espacial (cadeia
isotatica), polipropileno.
Macromoléculas lineares cuja cadeia apresenta
Poliuretana repetição do grupo funcional a base de poli
(metileno dicarbamato).
Seda
A seda é uma secreção proteica das glândulas do bicho-da-seda, que solidifica em contacto com
o ar, formando um filamento duplo e fino. Pode distinguir –se entre a seda propriamente dita,
135
feito pelo bicho-da-seda domesticado, e a seda selvagem – seda tussah – fabricada pelo bicho-
da-seda semi-selvagem de carvalho ou bicho-da-seda chinês.
A larva forma o casulo. A parte inferior do casulo, que não pode ser desbobinada, serve para o
fabrico de fio penteado; trata-se da seda schappe, que conjuntamente com s desperdícios de seda
servem para fabricar o fio bourette.
O exterior do casulo contem uma fibra valiosa que é bobinada, formando a chamada seda grége.
O seu comprimento varia entre 900 a 1000 m.
A fibra de seda é composta por 76% de fibroína de 22% de sericina, proteína pegajosa; o restante
são gorduras, cera e sais minerais; pode atingir três quilómetros de comprimento.
A produção de fios é por isso feita pela simples associação e torção de diversos filamentos. A
seda é a fibra mais nobre, fina e resistente as fibras naturais; possui um elevado brilho e mantem
a forma.
O filamento segregado pelo bicho-da-seda é duplo e a sua cor é, em geral, branca, creme ou
amarelada.
Aplicações
Os tecidos de seda devido à sua leveza, brilho e maciez, são usados principalmente em camisas,
vestidos, blusas, gravatas, xailes, luvas, etc.
Algodão
O algodão é usado como fibra têxtil há mais de 7000 anos, podendo dizer-se que esta ligado à
origem mais remota do vestuário e à evolução da produção de artigos têxteis.
Durante seculos, acreditou-se que o algodão era um produto do velho mundo e que tinha sido
introduzido pelos principais exploradores. Hoje, os cientistas possuem dados que indicam que os
indígenas na América do Norte e do Sul, bem como as da Asia e da Africa, já usavam as fibras
de algodão para a confecção de fios e tecidos.
Constituição
136
O algodão é uma fibra natural, de origem vegetal e proveniente de semente de algodoeiro, planta
que se desenvolve preferencialmente em climas quentes e húmido. Conforme a variedade, pode
ser uma árvore ou um arbusto, com folhas alternadas e que dão flores amarelas ou cor-de-rosa.
A qualidade do algodão varia de acordo com o tipo de algodoeiro, pois umas variedades
fornecem fibras mais compridas que outras e o comprimento medio da fibra varia de 2 a 4
centímetros.
O maior ou menor valor têxtil do algodão depende da sua capacidade de poder ser usado em fios
mais finos e de bom aspecto e resistência.
As fibras de algodão ardem com grande rapidez, com cheiro a papel queimado, devido a sua
constituição celulósica. Estas fibras, quando molhadas, podem reter cerca de 50% do seu peso de
água.
Utilização
Lã
Alem de ser um material muito fino, a lã possui uma estrutura que facilita a fiação, quando se
deseja juntar vários pêlos, para a obtenção de um fio continuo, e possui uma grande elasticidade,
da ordem de 30%, sem deformação do pelo, o que impede que as fibras, mesmo quando muito
finas, rebentem ao serem esticadas na fiação.
137
A facilidade de fixação de corantes químicos ou naturais, durante o processo de tingimento, e
outra das vantagens apresentadas por esta fibra.
Constituição
A lã é uma fibra natural de origem animal, resultado do pelo dos carneiros, das ovelhas, dos
borregos ou dos cordeiros.
Estas estruturas são tecidos e as suas células são diferentes das células epiteliais e contem
proteínas chamadas queratinas.
A lã pode ser classificada de acordo com o modo como é obtida, sendo lã virgem a que resulta da
tosquia periódica dos animais.
Estas designações também pode ser utilizada em conjunto com o nome de outro animal, em
substituição da palavra “pêlo”, como, por exemplo, lã de alpaca, lã de camelo, lã de mohair, etc.
A classificação qualitativa da lã é feita pela finura, medida esta de caracter empírico e que é o
resultado da apreciação global quanto ao “toque”, diâmetro, elasticidade, ondulação, etc.
As fibras de lã apresentam “crimp” (ondulação) natural, o que constitui uma vantagem para a
confecção de fios e tecidos. O elevado “crimp”, o alongamento e a elasticidade (alem da
resiliência) da fibra contribuem para a manufactura do fio. Devido a essa ondulação, a lã tem
uma elasticidade e uma resistência longitudinal maiores que outras fibras naturais.
138
Isto deve-se, em parte, à estrutura escamada da fibra. Quando sujeita ao calor, à humidade e à
agitação, as escamas tendem a mover-se em torno do eixo. Esta propriedade é importante nos
fios e é responsável tanto pela feltragem como pelo relaxamento.
Apesar da filtragem ser um inconveniente para os principais fins das fibras de lã, é aproveitada
numa técnica de lavores com resultados muitos interessantes.
A maioria dos plásticos é feita de matérias-primas que derivam do óleo de crude. São difíceis de
reciclar, pelo que muitas das fontes utilizadas para os produzir não podem ser novamente usadas.
A maioria dos plásticos não deve ser queimada porque liberta fumos tóxicos. Não se decompõem
naturalmente e são, por essa razão, denominados não biodegradáveis.
139
Conclusão
Chegado ao fim deste trabalho que tem como tema Química Orgânica, concluo que ela é de
extrema importância pois desempenha um papel bastante importante para a sociedade em geral
por ser uma área de muita utilidade no quotidiano do Homem.
Portanto, nas minhas analises que o tema é de extrema importância e, que muitos conhecimentos
sobre Química Orgânica, adquiri durante o vasto percurso deste conteúdo nobre, estou aberto
para as possíveis criticas e sugestões com visa no melhoramento dos próximo trabalhos.
140
BIBLIOGRAFIA
AFONSO Amadeu, VILACUNLO, Anastácio, Q12. Química 12ª Classe, 1ª̸2ª edição, Texto
COCHO, Estevão Bento;etal, Química no Contexto ̵ Diname, Tiragem 10000, Nº 4330 ̸ RLIMD,
China 2004
BARBOSA, L,C.; Introdução a Química Orgânica; São Paulo: Pretence Hall 2004
CAMUENDO, Ana Paulo, COCHO, Estevão Bento, saber a Química 10, 1ª edição, Longman
Moçambique, Maputo, 2010
CUCO, Ricardo, MONJANE, Armindo, pré ̵ universitário ̵ 12,1ª edição, Longman Moçambique,
Maputo, 2013.
141
ÍNDICE
Introdução.....................................................................................................................................4
Introdução a química orgânica ………………………………………………………………….5
Alcano……………………………………………………………………………………………6
Alceno……………………………………………………………………………………………7
Alcino…………………………………………………………………………………………….8
Conclusão …………………………………………..…………………………………………140
Bibliografia ……………………………………………………………………………………141
142
ESTRUTURA DE UMA PROTEINA
QUIMICA ORGANICA
fibras texteis
Manual de química
BENEDITO GUSTAVO
Discente:
143
Benedito Gustavo n° 11
Trabalho de carácter
avaliativo da disciplina de
Química, docente: Genito
Alberto João.
Agradecimento
144
Durante o ano fizeste parte da minha vida. Ensinasteme a ser aluno com responsabilidade e
deveres, a superar os meus obostaculos e a seguir a minha vida com respeito e firmesa, com
desonras e com honras.
Ensinasteme a seguir infrente de cabeca erguida a ser o que hoje so gracas as suas palavras que
não me sentia bem ovindo, a ter remorso das suas palavras e conselhos, hoje percebe que as suas
palavras eram de apoios eram palavras encogadoras e de reflexão do qui realmente queria, esses
Ensinamentos eram fazer parte de me para sempre. Pesso a Deus para te dar mas anos de vida e
de sabedoria e qui a sua responsabilidase permaneca para sempre
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