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UNISUAM

Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem

Professora: Waldirene de Jesus

Aluna: Daniela Fernandes de Souza

Resumo do texto “O papel do professor e do ensino na Educação Infantil: a perspectiva de


Vigotski;

Leontiev e Elkonin”

O texto procura entender o que é desenvolvimento infantil e em que aspectos a educação

escolar pode atuar em seu auxílio, tendo como foco os papéis do educador e do ensino,
esclarecidos

por Vigotski, Leontiev e Elkonin. É analisada a literatura contemporânea sobre educação


infantil e

sua veia antiescolar e o que diz a psicologia histórico-cultural sobre desenvolvimento infantil e
o

ensino.

Primeiro é levantada a questão de que a educação para crianças pequenas era vista

essencialmente como ferramenta de assistência ou para preparar o aluno para o ensino


fundamental

e não tinha um valor próprio. Então, cresceram os debates a cerca da função do ensino para
crianças

pequenas e chegou-se a conclusão que ela tem que ter como propósito cuidar e educar,
tirando o

ensino como objetivo e colocando as relações educativas dentro de um espaço de convívio


coletivo.

Para Vigotski, não se pode utilizar, como principal determinante, a biologia para explicar o

desenvolvimento da criança, sendo esse desprovido de leis naturais universais pré-definidas


pela

genética e dado em um contexto social e cultural. Leontiev e Elkonin tem pensamentos


parecidos ao

concordarem que é preciso levar em consideração, principalmente, a relação da criança com o


meio

e que a mesma é exclusiva para cada situação.

Sendo a definição de cultura, por Vigotski, tudo que foi criado e modificado pelo homem na

natureza, ele afirma que nesse processo de transformação do meio, o homem acaba
transformando
sua própria conduta e que o domínio de tal conduta (como a atenção voluntária, por exemplo)
é

caracterizado por uma função psicológica superior exclusiva dos seres humanos. Esse domínio
é

dado pela significação (criação de signos) e o principal signo é a linguagem, tendo, então,
grande

importância no desenvolvimento psicológico. A significação é uma característica


primariamente

social que depois é transferida para o interior do indivíduo, e esta é a lei genética geral do

desenvolvimento cultural, que o caracteriza como uma operação organizada. Leontiev e


Vigotski

concordam, então, que as aptidões exclusivamente humanas, são adquiridas pela criança após

introdução de signos e apropriação cultural, não sendo transmitidas biologicamente.

A apropriação cultural só é dada com a mediação de outro indivíduo, sendo caracterizada

por Leontiev como educação. Logo, o ensino, como agente educador, não pode se basear na

maturação espontânea da criança nem na hereditariedade das funções psíquicas superiores,


mas na

promoção de condições e signos para que as mesmas se formem. Sem necessariamente estar

sincronizada com as etapas desenvolvimento, a aprendizagem deve atuar na zona de

desenvolvimento potencial (ZDP), no que ainda não está maduro, estando a frente e
impulsionando

o desenvolvimento.

A imitação é trazida por Vigotski como principal ferramenta da aprendizagem para o

desenvolvimento, apesar de atualmente ser considerada prejudicial no contexto pedagógico.


Porém

é preciso que a criança entenda a conduta para depois imitá-la, logo ela está limitada a suas

potencialidades intelectuais.

Para que o desenvolvimento atinja seu potencial total, Leontiev diz necessário que na

criança sejam cultivadas as funções psicológicas com devida orientação e organização da


atividade

da mesma, indo além de um treinamento mecânico. Essa perspectiva, defendida por Vigotski,

Leontiev e Elkonin, nega os métodos passivos de educação e assume ao educador um papel

diretivo. Elkonin reforça que essa organização deve adequar a aprendizagem às peculiaridades
de

cada período do desenvolvimento, sem que o educador deixe de atuar na ZDP.


Ao discursar sobre os estágios do desenvolvimento, primeiro é afirmado que sua mudança

não é somente quantitativa, ou seja, uma evolução em graus, mas também qualitativa, muda-
se o

tipo de relação da criança com o meio, e essa mudança, mesmo que brusca, não será
acompanhada

por crises se for adequadamente dirigida. Tais estágios são determinados pelo
desenvolvimento de

uma atividade principal, que irá auxiliar o surgimento de outros tipos de atividade. A atividade

principal do primeiro ano de vida seria a comunicação emocional direta, seguida pela objetal

manipulatória, na qual o adulto impulsiona o domínio da linguagem, essencial para a


colaboração

entre adulto e criança na atividade. De três a seis anos, geralmente, a atividade principal é o
jogo de

papéis, onde as crianças aprendem sobre as relações sociais e se adéquam a seus papéis.
Nesse

estágio é essencial que a realidade social da criança seja ampla e que o educador saiba
controlar o

jogo pela seleção dos temas e acessórios utilizados, sem suprimir sua criatividade e
independência.

Nessa idade pré-escolar, a instrução da criança se dá por meio das brincadeiras, que são as

atividades principais dessa fase. Ao entrar na idade escolar, atividade principal muda para a

atividade de estudo. Para entrar na fase escolar alcançando seus objetivos, a criança precisa
ter tido

um desenvolvimento infantil bem direcionado e que a tenha ensinado a pensar por meio de
esforços

mentais. Elkonin defende ainda que essa mudança seja feita de maneira orgânica e vinculada.

No texto, chega-se a conclusão que Vigotski, Leontiev e Elkonin defendem o ensino no

desenvolvimento de crianças pequenas por meio da intervenção consciente do educador

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