Você está na página 1de 29

EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 13ª VARA DO TRABALHO DE

GUARULHOS/SP.

Processo nº 1001741-19.2019.5.02.0323

LIDER TELECOM COMERCIO E SERVIÇOS EM TELECOMUNICAÇÕES LTDA.


EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL, por seus advogados "in fine" assinado, constituídos através
do instrumento de mandato de procuração em anexo e com escritório profissional na Rua
Timbiras, 270, Funcionários, CEP 30.140-060, Belo Horizonte - MG, onde recebem intimações,
nos autos da RECLAMAÇÃO TRABALHISTA que lhe move MOACIR DA SILVA, vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência, apresentar sua CONTESTAÇÃO, o que faz pelos
fatos e fundamentos a seguir expostos:

I - ENVIO DA DEFESA E DOS DOCUMENTOS EM SIGILO

Ab initio, a Reclamada justifica o envio da defesa e dos documentos em sigilo.

Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 1


Cediço que os artigos 846 e 847 da CLT determinam que a defesa deva ser
apresentada em audiência, após a primeira proposta conciliatória.

Assim, considerando que a Resolução CSJT nº 136/2014, regulamentadora do


sistema PJE no âmbito da Justiça do Trabalho, determina a inserção da defesa e documentos
antes da audiência, deve ser assegurado que a parte contrária não tenha acesso ao seu
conteúdo antes do prazo previsto em lei.

Outrossim, no mesmo sentido, dispõe a Resolução CSJT nº 241/2019, em seu


artigo 22, §5º, que é facultado à reclamada a apresentação de sua contestação em sigilo,
consoante se colaciona in fine:

Art. 22. A contestação ou a reconvenção e seus respectivos


documentos deverão ser protocolados no PJe até a realização da
proposta de conciliação infrutífera, com a utilização de equipamento
próprio, sendo automaticamente juntados, facultada a apresentação
de defesa oral, na forma do art. 847, da CLT.
§ 5º O réu poderá atribuir sigilo à contestação e à reconvenção,
bem como aos documentos que as acompanham, devendo o
magistrado retirar o sigilo caso frustrada a tentativa
conciliatória. (Grifo nosso).

Destarte, o sigilo da defesa deve ser preservado até o momento processual


legal de sua apresentação.

II – HABILITAÇÃO DO PROCURADOR / AUTENTICIDADE DOS DOCUMENTOS

Inicialmente, a reclamada requer o cadastramento dos seus procuradores,


requerendo, também, sob pena de nulidade, que todas as intimações dos atos processuais
sejam procedidas exclusivamente em nome de JOSÉ HENRIQUE CANÇADO GONÇALVES
(OAB/MG 57.680).

De acordo com o que estabelece art. 425, IV do Novo Código de Processo Civil,
os signatários desta petição declaram a autenticidade de todos os documentos em cópia

Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 2


acostados aos autos pela primeira reclamada, inclusive aqueles que porventura ainda poderão
ser juntados.

Art. 425. Fazem a mesma prova que os originais: (...)


IV - IV - as cópias reprográficas de peças do próprio processo judicial
declaradas autênticas pelo advogado, sob sua responsabilidade
pessoal, se não lhes for impugnada a autenticidade.

III – DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Inicialmente, cumpre noticiar, que nos autos do processo de recuperação judicial,


em tramite perante a 1ª Vara de Falências do Foro Central Cível da comarca de São Paulo/SP
sob nº 1003745-84.2016.8.26.0462, foi deferido a recuperação judicial da ora contestante,
conforme segue (integra anexo):

I - Fls. 1376/1444: recebo como emenda à inicial. Anote-se o novo


valor atribuído à causa (R$ 295.185.315,56).
II - Lider Telecom Comércio e Serviços Em Telecomunicações Ltda.,
CNPJ 07.265.939/0001-27 e Prime Net Informatica Ltda, CNPJ
04.868.167/0001-20 requereram a recuperação judicial em
05/09/2016.
Realizada perícia prévia (fls. 903/1375), bem como a emenda
necessária (fls. 1376/1444), verifica-se que os documentos juntados
aos autos comprovam que as requerentes preenchem os requisitos
legais para requerimento da recuperação judicial, conforme art. 48 da
Lei nº 11.101/05. A petição inicial foi adequadamente instruída, nos
exatos termos exigidos pelo art. 51 da Lei nº 11.101/05. Em síntese,
o pedido está em termos para ter o seu processamento deferido, já
que presentes os requisitos legais (artigos 47, 48 e 51 da Lei
11.101/2005), verificando-se a possibilidade de superação da “crise
econômico-financeira” da devedora1.
Assim, pelo exposto, nos termos do art. 52 da Lei 11.101/2005,
DEFIRO o processamento da recuperação judicial das empresas
Lider Telecom Comércio e Serviços Em Telecomunicações
Ltda., CNPJ 07.265.939/0001-27 e Prime Net Informatica Ltda,
CNPJ 04.868.167/0001-20, denominadas como "Grupo Lider
Telecom”

Deste modo, necessária a alteração do polo passivo da ora contestante Líder


para constar LÍDER TELECOM COMÉRCIO E SERVICOS EM TELECOMUNICACOES
LTDA., em recuperação judicial.

Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 3


III.I. DA SUSPENSÃO DAS AÇÕES EM FACE DA RECUPERANDA

Cumpre ressaltar que a recuperação judicial, consoante o artigo 47 da Lei


11.101/05, tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico financeira do
devedor, A FIM DE PERMITIR A MANUTENÇÃO DA FONTE PRODUTORA, do EMPREGO
DOS TRABALHADORES e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a
PRESERVAÇÃO DA EMPRESA, sua função social e o estímulo à atividade econômica.

Neste sentido, determina o art. 6º da LEF, que somente as demandas ilíquidas


devem prosseguir no juízo originário até a liquidação, senão vejamos:

Art. 6º A decretação da falência ou o deferimento do processamento


da recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas
as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos
credores particulares do sócio solidário.
§ 1º Terá prosseguimento no juízo no qual estiver se processando a
ação que demandar quantia ilíquida.

Assim, a recuperação judicial atinge todos os contratos existentes na data do


pedido, ainda que não vencidos, de modo que a presente demanda deverá ser suspensa até a
conclusão da recuperação judicial.

Sucessivamente, sendo outro o entendimento, a presente demanda deverá ser


processada perante esta justiça especializada, até a liquidação extrajudicial.

III.II. DA COMUNICAÇÃO OBRIGATÓRIA AO JUÍZO UNIVERSAL DA DISTRIBUIÇÃO DE


AÇÕES JUDICIAIS

Como corolário do princípio da par contitio creditorum, e da vis atrativa do juízo


universal, determina o §6º do art. 6º da LEF que toda a distribuição de qualquer demanda
judicial, o juízo da recuperação deverá ser imediatamente comunicado, senão vejamos:

“Art. 6º...
Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 4


§ 6º Independentemente da verificação periódica perante os cartórios
de distribuição, as ações que venham a ser propostas contra o
devedor deverão ser comunicadas ao juízo da falência ou da
recuperação judicial:
I – pelo juiz competente, quando do recebimento da petição inicial;”

Assim, verifica-se que, nos termos do § 6.º, supratranscrito, o juízo universal das
recuperações judiciais (juízo pro tempore) detém o poder de fiscalização e controle das ações
individuais que venham a ser propostas contra o devedor.

Deste modo, verifica-se que nos presentes autos, o juízo universal não foi
comunicado da distribuição da presente demanda, o que é obrigatório e não faculdade, sob
pena de nulidade de todos os atos praticados.

IV – DAS PRELIMINARES

IV.I – DA INÉPCIA DO PEDIDO DE HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS

Ato contínuo, no item “9” do rol de pedidos da petição inicial, o autor requer a
condenação da Reclamada ao pagamento de honorários sucumbenciais nos termos do artigo
791-A, da CLT.

A despeito da pretensão do autor constante no rol de pedidos da peça vestibular,


não se vislumbra a causa de pedir.

Desta forma, tem-se que o pedido em tela está em total desacordo com a norma
processual contida no inciso I, do §1º, do artigo 330, do Código de Processo Civil, haja vista
que, sem aduzir a causa de pedir, o autor apresenta no rol de pedidos sua pretensão à
condenação da Reclamada à integração do adicional noturno às horas extras e ao recebimento
de honorários nos termos da norma prevista no artigo 791-A, da CLT.

Ora, a peça exordial não apresenta quaisquer fatos e fundamentos correlatos à


pretensão em comento, razão pela o qual o pedido resta totalmente inepto nos termos
supracitados.
Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 5


Destarte, preliminarmente, requer seja o pedido de pagamento de honorários
advocatícios julgado sem resolução de mérito, haja vista ser totalmente inepto, nos termos dos
artigos 840, §3º, da CLT, e 330, do CPC.

IV.II – DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA SEGUNDA RECLAMADA

Alega o reclamante que em decorrência do contrato de trabalho firmado com a


primeira reclamada, a prestação de serviços deu-se em benefício exclusiva da segunda
reclamada, pretendendo a sua condenação nestes autos.

Sem razão, data vênia.

Isso porque, mesmo que o tomador de serviços responda subsidiariamente


pelas obrigações trabalhistas descumpridas pela prestadora contratada, tal obrigação é
proveniente da configuração de culpa in elegendo ou in vigilando.

Entretanto, no caso em tela, ver-se-á com clareza que a segunda reclamada


adotou as medidas necessárias à fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas da
contratada, eliminando qualquer tipo de conduta culposa.

Note-se que as reclamadas firmaram contrato de prestação de serviços, por


meio do qual se atribuiu à ora contestante a obrigação exclusiva pelo pagamento de encargos
trabalhistas, previdenciários, sociais e acidentários dos empregados por ela contratados.

A ora contestante, ciente de seus deveres, sempre cumpriu suas obrigações,


comprovando mensalmente o pagamento mensal dos empregados, recolhimentos de FGTS,
contribuições previdenciárias, entre outras obrigações exigidas contratualmente.

Ante o exposto, não se verifica o requisito mínimo necessário à condenação da


segunda reclamada, devendo ser acolhida essa preliminar de ilegitimidade passiva,

Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 6


extinguindo-se o feito em relação a segunda reclamada, sem julgamento do mérito, nos termos
do art. 485, VI, do CPC.

V – DAS PRELIMINARES ARGUIDAS PELO RECLAMANTE

V.I – DA IRRETROATIVIDADE DA LEI 13.467/2017

O autor pretende a inaplicabilidade da Lei nº 13.467/2017, alegando que a


referida norma não tem o condão de retirar direitos adquiridos do trabalho.

A pretensão do autor deve ser rechaçada.

Inicialmente, destaca-se que a Lei em combate se encontra em pleno vigor e está


sendo devidamente aplicada por todos os Tribunais de todas as Regiões do país, além de não
se vislumbrar qualquer vício formal até o momento de sua publicação.

Ademais, é imperioso destacar que, no que tange à sua essência frente à Carta
Magna, vislumbra-se que o regramento aduzido pela Lei não fere os princípios, direitos e
garantias assegurados pela Constituição Federal.

Outrossim, consoante se observa pela data de distribuição da presente


reclamatória, esta se deu após a entrada em vigor da Lei em referência, ou seja, após o dia 11
de novembro de 2017. Portanto, considerando a sua vigência no momento da propositura da
ação, não há qualquer razão ou fundamento capaz de afastar a aplicabilidade das normas
contidas em seu bojo.

Destarte, ante os fundamentos supra, requer seja a preliminar arguida totalmente


rechaçada, eis que a Lei 13.467/2017 não é material ou formalmente inconstitucional.

Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 7


V.II – DA JUSTIÇA GRATUITA

O reclamante pretende a concessão do benefício da justiça gratuita por este r.


juízo, alegando não ter condições de arcar com os custos do processo.

A pretensão não merece ser acolhida.

No presente caso, vislumbra-se que o reclamante não preenche os requisitos


legais exigidos para o deferimento da gratuidade pretendida, nem tampouco há comprovação
do preenchimento de tais requisitos, como manda a Lei 5.584/70, razão pela qual se impugna
expressamente tal pleito.

Com efeito, a concessão não é apenas faculdade do juiz, e sim, limita-se ao


preenchimento dos requisitos oriundos da lei, independente da vontade da parte ou do Juiz.
Assim sendo, não há que se falar em concessão de Justiça Gratuita, in casu, pois o reclamante
não é pobre no sentido legal, podendo arcar com os ônus decorrentes da ação.

Portanto, afastada por consequência a aplicação do parágrafo 3º, do artigo 790,


consolidado, a preliminar deve ser afastada, sendo o pedido julgado improcedente.

VI – BREVE SÍNTESE DA DEMANDA

Alega o Reclamante ter sido admitido em 03/07/2017 para exercer a função de


Instalador, percebendo salário fixo no valor de R$ 998,36 acrescido de salários pagos “por fora”
no importe de R$ 1.410,00 e, a partir de junho de 2018, adicional de periculosidade.

Outrossim, alega que foi dispensado em 18/09/2019, requerendo diferenças


salariais, adicional de periculosidade, horas extras, adicional noturno e vale refeição.

Ao final elencou pedidos e atribuiu à causa o valor de R$ 144.588,16.

Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 8


VII - DO MÉRITO

Restará cabalmente demonstrado que os fatos aduzidos pelo Reclamante não


merecem guarida, sendo certo que a improcedência dos pedidos formulados é medida de
Direito e Justiça.

Assim, a ora contestante impugna toda e qualquer afirmação e/ou pedido que
tenham por base informações diversas das relatadas pela reclamada e concernentes aos
documentos ora juntados.

VII.I – DA IMPRESTABILIDADE DOS DOCUMENTOS JUNTADOS PELO RECLAMANTE

Conforme se verifica pelo acervo documental carreado aos autos em conjunto


com a petição inicial, com o fito de corroborar as alegações por ele aventadas, o reclamante
juntou os documentos de ID 9ff3d2f (extratos bancários).

Todavia, tais documentos restam, nesta oportunidade, veementemente


impugnados, haja vista que não possuem o condão de demonstrar de modo fidedigno, cabal e
verossímil quaisquer das infundadas alegações constantes da peça exordial.

Vê-se que o reclamante acostou aos autos diversos extratos bancários com o fito
de corroborar as suas alegações acerca do suposto salário apartado.

Ora, vislumbra-se que os depósitos constantes dos documentos impugnados


sequer apresentam qualquer identificação quanto a titularidade destes, não possuindo,
portanto, o condão de demonstrar a veracidade de quaisquer das alegações aventadas pelo
autor.

Neste sentido, por se vislumbrar de modo ululante que os documentos carreados


pelo autor se mostram imprestáveis como prova, repise-se, a contestante os impugna.

Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 9


VII.II – DO CONTRATO DE TRABALHO

O reclamante foi admitido em 03 de julho de 2017 para exercer a função de


Instalador II, percebendo salário fixo no importe de R$ 998,13 acrescido de adicional de
periculosidade.

Durante todo o pacto laboral cumpriu sua jornada de trabalho em escala 6x1, das
13h40 às 22h00, sempre com 1h de intervalo para refeição e descanso, com folgas aos
domingos e feriados.

O reclamante foi demitido sem justa causa no dia 18 de setembro de 2019,


ocasião em que suas verbas rescisórias foram corretamente calculadas e tempestivamente
pagas no montante líquido de R$ 5.691,88.

VII.III – DA INEXISTÊNCIA DE RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA ENTRE AS


RECLAMADAS

A Reclamante pretende a condenação subsidiária da tomadora dos serviços em


relação aos pedidos porventura deferidos.

Data vênia, não há que se falar em condenação subsidiária da segunda


reclamada em relação aos eventuais créditos deferidos ao reclamante, tampouco com a
procedência dos pedidos formulados na inicial.

Sendo, porém, outro o entendimento de Vossa Excelência, o que se admite em


respeito ao princípio da eventualidade, melhor sorte não logrará o reclamante quanto à sua
pretensão.

Isso porque, mesmo que o tomador de serviços responda subsidiariamente pelas


obrigações trabalhistas descumpridas pela prestadora contratada, tal obrigação é proveniente
da configuração de culpa in elegendo ou in vigilando.

Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 10


Entretanto, no caso em tela, percebe-se, com clareza, que a segunda Reclamada
adotou as medidas necessárias à fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas da
Recorrente, eliminando qualquer tipo de conduta culposa.

Note-se que as empresas firmaram contrato de prestação de serviços, por meio


do qual se atribuiu à ora contestante a obrigação exclusiva pelo pagamento de encargos
trabalhistas, previdenciários, sociais e acidentários dos empregados por ela contratados.

A reclamada, ciente de seus deveres, sempre cumpriu suas obrigações,


comprovando mensalmente o pagamento mensal dos empregados, recolhimentos de FGTS,
contribuições previdenciárias, entre outras obrigações exigidas contratualmente.

Desta forma, requer seja o pedido de condenação subsidiaria da segunda


reclamada julgado totalmente improcedente.

VII.IV – DO SALÁRIO POR FORA / REDUÇÃO SALARIAL

O autor alega que, além do salário fixo, a reclamada efetuava o pagamento de


salário “por fora” e acosta aos autos extratos bancários para corroborar suas alegações.

Outrossim, afirma que na admissão foi convencionado o pagamento clandestino


de R$ 1.410,00, o qual foi reduzido para R$ 1.000,00. Por derradeiro, expõe que a partir de
maio de 2019 o valor foi suprimido.

Pelo exposto, requer o pagamento das diferenças com base no princípio da


irredutibilidade salarial com reflexos.

As alegações são mendazes, fantasiosas e possuem o claro escopo de induzir


este r. Juízo a erro. Senão vejamos.

Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 11


Ab initio, a Reclamada impugna a pretensão do autor à expedição de ofícios
à instituição financeira, haja vista que o momento processual para a produção da prova
requerida por ele requerida resta precluso, consoante se demonstra a seguir.

Conforme se vislumbra pela petição inicial e documentos, o autor não apresentara


quaisquer documentos que corroborassem ou comprovassem as alegações aventadas na peça
petitória no que tange à suposta impossibilidade em se obter a identificação dos depósitos em
referência.

Destaca-se, ainda, que o reclamante poderia ter se direcionado ao banco para


obter o detalhamento de sua conta bancária antes de ajuizar a ação, o que não o fez, conforme
se vislumbra por todo o acervo documental constante destes autos.

Neste sentido, ante as digressões aventadas, bem como em razão do fato de que
a documentação em combate não se trata de documentos novos segundo a inteligência do
artigo 435, do Código de Processo Civil, tem-se que eventuais documentos contendo
identificação de depósitos bancários deveriam ter sido instruídos juntamente com a petição
inicial (momento processual para tal).

Ato contínuo, a reclamada impugna veementemente todos os extratos


bancários juntados pelo reclamante (IDs 9ff3d2f), haja vista que não possuem o condão
de comprovar quaisquer de suas alegações. Note-se, ainda, que sequer existe na
documentação impugnada qualquer liame entre a empresa reclamada e os depósitos
constantes dos referidos extratos.

Tem-se por irrefragável, portanto, que a documentação acostada não


comprova o pagamento do suposto salário “por fora” e, por conseguinte, vislumbra-se
que o autor não se desvencilhou do ônus que lhe cabe em comprovar suas alegações.

Ademais, conforme se denota do contrato de trabalho e da ficha de registro, o


obreiro foi cientificado de que sua remuneração era fixa, tudo devidamente avaliado, conferido

Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 12


e lançado em seu holerite, não havendo o que se falar em pagamento “por fora”, tampouco
redução salarial desse valor.

Deste modo, tem-se que não merece procedência o pleito do reclamante, vez que
sempre recebeu o que lhe era devido, não havendo que se falar em diferenças em decorrência
da redução salarial e integração dos pagamentos feitos “por fora” na remuneração do
reclamante, o que resta impugnado.

Outrossim, reitera-se que cabe ao reclamante o ônus de comprovar que


realmente recebia salário “por fora” (o que a ora contestante nega que acontecia), sob pena
de improcedência de seu pleito, nos termos do artigo 818 da CLT e artigo 333, inciso I, do
CPC.

SALÁRIO -POR FORA- ÔNUS DA PROVA. SALÁRIO -POR FORA-


ÔNUS DA PROVA. SALÁRIO -POR FORA- ÔNUS DA PROVA.
SALÁRIO-POR FORA-. ÔNUS DA PROVA. Incumbe ao empregado
o ônus da prova do recebimento de salário - por fora- por ser fato
constitutivo do seu direito, a teor do art. 818 da CLT c/c art. 333, I do
CPC. (TRT-1 - RO: 00007867320125010033 RJ, 4ª Turma,
Publicação: 17/12/2014)

Assim sendo pugna pela improcedência total dos pedidos.

VII.V – DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

Aduz o obreiro que durante seu contrato de trabalho, em razão das funções
exercidas, fazia jus ao adicional de periculosidade no importe de 30% do salário, razão pela
qual, requer que seja a reclamada condenada a realizar o pagamento do referido adicional
correspondente a todo o pacto de trabalho. Outrossim, afirma que passou a receber o adicional
pleiteado a partir de julho de 2018.

Em que pese a pretensão do autor, certo é que não lhe assiste razão.

Inicialmente, cabe à Reclamada delimitar, no período de contrato de trabalho


do autor, suas funções e atribuições.
Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 13


Admitido em 03 de julho de 2017 na função de Técnico Instalador I, o reclamante
permaneceu em treinamento técnico durante os 2 (dois) primeiros meses, cujas
atribuições/atividades não ensejam qualquer adicional de periculosidade, tendo em vista que
não promovem contato com agentes periculosos.

No primeiro mês, o reclamante esteve em treinamento interno, momento em que


obteve certificação junto à operadora, recebeu veículo para realização de suas atividades,
recebeu EPIs e EPCs, além dos Treinamentos NR 10 e NR 35.

Trata-se, portanto, tão somente de período em que o colaborador recebe os


treinamentos para equipamentos de proteção individual e coletivo, orientações acerca do
cliente, veículo, bem como, participa de capacitações necessárias para as certificações
indispensáveis ao desenvolvimento da função.

Ainda, no segundo mês de trabalho, em adaptação e conhecimento da atividade,


o reclamante realizava acompanhamento com outro técnico, experiente, para o
desenvolvimento de atividades técnicas internas (configurações, troca de equipamentos,
fontes, decodificadores, controles), mudança de Tecnologia (Digital para HD), expansão de
pontos adicionais, etc.

A partir do terceiro mês de contrato, o reclamante efetivamente inicia o


desenvolvimento de suas atividades como instalador II, entretanto, é designado ainda para
atividades mais simples, limitando-as a configurações de rede, por exemplo.

Nota-se, portanto, que durante o período inicial do pacto laboral, por ser
empregado ainda em processo de capacitação e treinamento, o reclamante não manteve
contato com quaisquer agentes periculosos.

Ademais, é imperioso destacar que o autor sempre fez uso de equipamentos de


proteção individual, suficientes a eliminar qualquer risco.

Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 14


Satisfeitos os esclarecimentos supra, a Reclamada informa que concorda
com o pedido de adicional de periculosidade pelo período compreendido entre 04 de
outubro de 2017 até 31 de junho de 2018 por “mera liberalidade”, e em respeito ao
princípio da celeridade processual.

Desta forma, a reclamada concorda com o pedido de adicional de


periculosidade pelo período compreendido entre 04 de outubro de 2017 até 31 de junho
de 2018.

Vale anotar, outrossim, que a percepção do adicional de periculosidade não


depende do cargo, categoria ou ramo de atividade da empresa (Decreto nº 93.412/86, art. 2º).
O que exige a norma é a permanência habitual em área de risco, executando ou aguardando
ordens, requisito que, como restará provado, não é atendido em todos os períodos.

Ressalte-se o previsto na súmula 453 do TST:

“ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PAGAMENTO


ESPONTÂNEO. CARACTERIZAÇÃO DE FATO INCONTROVERSO.
DESNECESSÁRIA A PERÍCIA DE QUE TRATA O ART. 195 DA
CLT. (conversão da Orientação
Jurisprudencial nº 406 da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT divulgado
em 21, 22 e 23.05.2014 O pagamento de adicional de periculosidade
efetuado por mera liberalidade da empresa, ainda que de forma
proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em percentual
inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a realização da
prova técnica exigida pelo art. 195 da
CLT, pois torna incontroversa a existência do trabalho em condições
perigosas”

Assim, resta evidente a ausência de periculosidade na função exercida pelo


reclamante nos meses iniciais, sendo que em tais períodos não há que se falar em pagamento
de adicional de periculosidade, sob pena de “bis in idem”, razão pela qual deve ser julgado
improcedente o pedido, bem como seus reflexos nos períodos delimitados pela reclamante.

Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 15


Deste modo, pugna pela improcedência do pedido do reclamante quanto ao
pagamento de adicional de periculosidade nos períodos relatados pela reclamada durante o
contrato de trabalho, visto que, não teve contato com nenhum tipo de agentes periculosos,
sendo que, a Reclamada concorda com o pagamento do adicional de periculosidade, por “mera
liberalidade” e em atenção à celeridade processual, no período não prescrito, ou seja, de 04 de
outubro de 2017 até 31 de junho de 2018.

VII.VI – DAS HORAS EXTRAS

Aduz o Reclamante que laborou das 12h30 às 23h30, prorrogando sua jornada
por duas vezes na semana até 00h00/00h30, laborando em todos os feriados, com duas folgas
mensais, usufruindo de 20/40 minutos de intervalo para refeição e descanso.

Assim, requer a condenação da reclamada no pagamento das horas extras


excedentes a 8ª diária e 44ª semanal com acréscimo de 50% prestado de domingo a domingo,
além de horas extras laborados em domingos, bem como seus reflexos em aviso prévio, 13º
salário, férias + 1/3 e diferenças FGTS+40%.

Ato contínuo, trazendo à baila a realidade dos fatos, a Reclamada esclarece que
o labor prestado pelo reclamante se encontra devidamente registrado em seus cartões de
ponto, os quais são plenamente válidos, estando os controles devidamente assinados pelo
autor, anexos nos autos.

Conforme já exposto alhures, o reclamante fora contratado para exercer a


função de Instalador II, efetivando seus préstimos laborais em escala 6x1, das 13h40 às
22h00, sempre com 1h de intervalo para refeição e descanso, com folgas aos domingos
e feriados.

Não obstante, e em virtude das alegações do reclamante, cumpre à Reclamada


esclarecer que jamais fez qualquer exigência de labor em horário distinto ao que deveria o

Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 16


obreiro efetivamente prestar em sua atividade regular. Os registros de ponto fazem prova disso,
pois a jornada registrada, repita-se, é a mesma que a regularmente trabalhada.

Outrossim, por imperioso, a reclamada esclarece e destaca que era o


próprio reclamante quem anotava suas folhas de ponto, as quais retratam de modo
verossímil a jornada de trabalho efetivamente realizada por ele, inclusive, as horas
extras laboradas.

Neste diapasão, ante a juntada do fidedigno controle de jornada do reclamante


realizado, nesta oportunidade, a reclamada se desvencilha do ônus probatório que lhe cabe,
eis que comprova de maneira concreta e cabal a real jornada realizada pelo reclamante
durante todo o pacto laboral.

ADEMAIS, NÃO RESTAM DÚVIDAS DE QUE A JORNADA ALEGADA PELO


RECLAMANTE É IMPOSSÍVEL. ORA! NÃO É CRÍVEL QUE HAJA O LABOR EM 14HS
SEGUIDAS, COM INTERVALO DE APENAS 30 MINUTOS, E COM APENAS DUAS FOLGAS
MENSAIS, O QUE POR SI SÓ FAZ CAIR POR TERRA AS ALEGAÇÕES INFUNDADAS DO
RECLAMANTE.

Segue jurisprudência neste sentido:

Ementa: HORAS EXTRAS. SÚMULA 338 DO TST. JORNADA


INVEROSSÍMIL. ARBITRAMENTO. RAZOABILIDADE. REFORMA
DA SENTENÇA. A incúria da reclamada quanto ao cumprimento do
seu encargo probatório descrito na Súmula 338 do TST não significa
que o Judiciário seja alijado do dever de razoabilidade de suas
decisões. No caso, evidenciando-se que a jornada aduzida na
inicial é inverossímil, a hipótese é de dar provimento ao recurso
da empresa para arbitrar jornada razoável. Recurso conhecido e
parcialmente provido. TRT-20 - 00012377720145200008 (TRT-20)
Data de publicação: 20/11/2017) (sem grifos no original)

Ementa: HORAS EXTRAS. AUSÊNCIA DE CONTROLES DE


FREQUÊNCIA. JORNADA INVEROSSÍMIL. A teor da Súmula nº
338, I, do C. TST, a presunção de veracidade da jornada alegada
na inicial, quando ausentes os controles de frequência, é
relativa, admitindo prova em contrário, notadamente quando a
Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 17


jornada se mostra excessiva e inverossímil. TRT-1 - RECURSO
ORDINÁRIO RO 00112178020135010018 RJ (TRT-1) Data de
publicação: 26/05/2015) ((sem grifos no original)

Jornada inverossímil. A alegação de jornada inverossímil conduz


à aplicação das regras de experiência comum subministradas
pela observação que ordinariamente acontece (art. 335 do CPC
de 1973 c/c art. 769 da CLT) e do princípio da razoabilidade, que
autoriza a elisão da veracidade daquela jornada. (0010315-
71.2015.5.01.0014 (RO) – Relatora: TANIA DA SILVA GARCIA)
((sem grifos no original)

HORAS EXTRAS. JORNADA INVEROSSÍMIL - A jornada de dezoito


horas diárias alegada pelo trabalhador não parece verossímil,
considerando a realidade da vida e o fato de que, se efetivamente
cumprida, poderia causar sérios problemas de fadiga e,
consequentemente, colocar em risco a vida do prestador. O julgador
não pode deixar de tomar em consideração a realidade do que
comumente acontece. Afinal, o Direito não pode ser fonte de
injustiças ou iniquidades. Recurso parcialmente provido TRT-24 -
00246345120155240031 (TRT-24) - Data de publicação: 28/07/2017.
(sem grifos no original)

Outrossim, entendendo esse MM. Juízo ser devida a jornada pretendida, o que só
se pode admitir por um profundo respeito à argumentação, deverão também ser
compensados/deduzidos os atrasos e faltas registradas.

Desta forma, improcede a alegação do reclamante quanto a jornada de trabalho


alegada na exordial, consequentemente os pedidos de horas extras e intervalo intrajornada
merecem ser julgados improcedentes.

VII.VII – DO ADICIONAL NOTURNO

Conforme restou exaustivamente demonstrado no tópico antecedente, o


reclamante nunca exerceu a jornada de trabalho declinada na peça vestibular, tendo por certo
que sempre cumpriu sua jornada em escala 6x1, das 13h40 às 22h00.

Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 18


Notadamente, considerando que o acessório deve seguir a mesma sorte do
principal, tendo em vista que o reclamante não efetivou seus préstimos laborais após às 22h00,
por conseguinte, não há que se falar em pagamento de adicional noturno.

Ressalte-se, outrossim, que – em virtude do fato de que o reclamante jamais


trabalhou após às 22h00 – o autor jamais recebeu o referido adicional, conforme se vislumbra
pelos cartões de ponto e holerites acostados aos autos.

Neste diapasão, temos indene de dúvidas que a pretensão do autor deve ser
julgada totalmente improcedente.

Desta feita, requer seja o pedido de integração do adicional noturno à base de


cálculo das horas extras julgado totalmente improcedente.

VII.VIII – DO INTERVALO INTRAJORNADA

O reclamante requer a condenação da Reclamada ao pagamento de horas extras


pela supressão do intervalo intrajornada, alegando que usufruía de 20/40min de intervalo para
refeições e descanso.

Sem razão o reclamante.

Conforme já exaustivamente demonstrado alhures, o reclamante sempre


usufruiu de intervalo de 1h para refeição e descanso, tendo por certo que a jornada
exercida por este não é a aduzida em sua exordial, mas sim a que consta registrada nos
cartões de ponto, que estão devidamente assinados por ele.

Destarte, o reclamante afirma que gozava apenas 40min de intervalo para


refeição e descanso.

Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 19


Sucessivamente, caso este Meritíssimo Juízo entenda de modo diverso, pede
que, em caso de condenação, seja observado o texto da norma do artigo 71, § 4º, da CLT,
alterado pela entrada em vigor da Lei 13.467/2017, que impõe a compensação do tempo de
efetivo gozo de intervalo, com pagamento de indenização acrescida de 50% sobre o tempo
efetivamente não usufruído, o que exclui o direito ao pagamento de uma hora integral, das
incidências reflexas pretendidas e do adicional de horas extras convencional.

Neste diapasão, considerando a redação dada pela Lei em referência, resta


veementemente impugnada a pretensão do autor ao eventual recebimento de 1h extra integral
pela suposta supressão do intervalo intrajornada.

Deste modo, requer seja julgado improcedente o pedido atinente ao intervalo


intrajornada, bem como seus reflexos.

VII.IX – DO LABOR AOS DOMINGOS E FERIADOS

Por cautela, no que se refere aos domingos e feriados trabalhados, conforme já


exposto alhures, a jornada de trabalho do reclamante consta corretamente anotada em seus
cartões de ponto, bem como restou esclarecido que o reclamante não efetivava seus préstimos
laborais aos domingos e feriados.

Ademais, denota-se que o reclamante sequer apresentou qualquer prova de que


laborasse nos dias alegados sem a devida contraprestação, ônus do qual não se desincumbiu.

Deste modo, evidente que o autor não logrou êxito em apontar de forma válida,
ainda que por mera amostragem, algum dia em que tenha laborado no domingo ou feriado sem
contraprestação devida, ônus que lhe competia por se tratar de fato constitutivo do direito
vindicado, nos termos do art. 373, I, do NCPC e art. 818 da CLT.

Destarte, requer seja julgado totalmente improcedente o pedido, bem como seus
reflexos.

Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 20


VII.X – DOS REFLEXOS DAS HORAS EXTRAS EM DSR'S E DESTAS EM OUTRAS
VERBAS

Porém, em respeito ao princípio da eventualidade, ainda que seja apurada


alguma hora extra não paga pela reclamada, somente poderão ser admitidos os pagamentos
de reflexos, se comprovada à habitualidade da prestação. Caso contrário, mantém-se de pleno
direito a improcedência das verbas reflexas.

Também por excesso de cautela, os reflexos das horas extras, estes não podem
se estender sobre verbas de natureza indenizatória.

Isto porque, a doutrina pacificou entendimento de que somente terá incidência


nas verbas de natureza salarial e, neste sentido, sendo a verba de natureza indenizatória não
há que se falar em reflexos nas demais verbas.

Por fim, no tocante ao pedido do Reclamante em condenação da empresa ao


pagamento das horas extras com reflexos em DSR's, e com estes nas demais verbas, melhor
sorte não assiste ao Reclamante.

Isso porque, ao pleitear a incidências de novos reflexos nos feriados, olvidou-se o


Reclamante que o artigo 7º da Lei nº 605/49 não dispõe acerca desta incidência, eis que se
houvesse tal determinação seriam computados reflexos dos reflexos, os quais se tornariam
indefinidos.

Certo é o fato de que o acolhimento desta verba, além de não observar os termos
da legislação vigente, ratifica o enriquecimento ilícito do Reclamante, mediante a condenação
da Reclamada ao pagamento da mesma verba, ou seja, o bis in idem. Tal prática, entretanto, é
notoriamente repudiada por nosso ordenamento jurídico.

Neste sentido, preciosa a transcrição de entendimento jurisprudencial pacificado:

Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 21


"Reflexos de horas extras em DSR's e destes em outras verbas. Não
há fundamento legal para integração de DSR's de horas extras em
outras verbas. O reclamante percebia salário mensal, já estando nele
incluídas os DSR's. O artigo 7º da Lei nº 605/49 não dispõe que haja
novos reflexos, pois do contrário os reflexos dos reflexos seriam
indefinidos, como se estivéssemos diante de espelhos, além do que
não haveria uma fórmula de como calculá-los. (RECURSO
ORDINÁRIO DATA DE JULGAMENTO: 26/02/2002 RELATOR (A):
SÉRGIO PINTO MARTINS REVISOR(A): DECIO SEBASTIÃO
DAIDONE ACÓRDÃO Nº: 20020109177PROCESSO Nº:
20010136724 ANO: 2001 TURMA: 3ª DATA DE PUBLICAÇÃO:
19/03/2002 PARTES DO PROCESSO:RECORRENTE(S):
CONSTRUTORA OAS LTDA RECORRIDO(S):EVANDRO
GONÇALVES PIRES)".

"Integração de horas extras em DSR's e destes em outras verbas.


Não cabimento. Não há fundamento legal para integração dos
reflexos das horas extras nos DSR's e desse resultado em outras
verbas. Trata-se do reflexo do reflexo. O artigo 7º da Lei nº 605/49
não dispõe que haja novos reflexos, pois do contrário os reflexos dos
reflexos seriam indefinidos, como se estivéssemos diante de
espelhos, além do que não haveria uma fórmula de como calculá-los.
(RECURSO ORDINÁRIO DATA DE JULGAMENTO:15/02/2000
RELATOR(A): SÉRGIO PINTO MARTINS REVISOR(A): ANA MARIA
CONTRUCCI BRITO SILVA ACÓRDÃO Nº: 20000056655
PROCESSO Nº: 02990155168 ANO: 1999 TURMA: 3ª DATA DE
PUBLICAÇÃO: 03/03/2000 PARTES DO PROCESSO:
RECORRENTE(S): PANFILM EMBALAGENS LTDA
RECORRIDO(S): JOSÉ VALMIR DE LIMA)"

"Reflexos de horas extras em DSRs e novos reflexos em outras


verbas. Não há fundamento legal para integração dos reflexos das
horas nos DSRs e desse resultado em outras verbas. Trata-se do
reflexo do reflexo. O art. 7º da Lei nº 605/49 não dispõe que haja
novos reflexos, pois do contrário os reflexos dos reflexos seriam
definidos, como se estivéssemos diante de espelhos, além do que
não haveria uma formula de calculá-los. O reclamante já recebia
salário mensal, já estando incluídos no cálculo os DSRs (§ 2º do art.
7º da Lei nº 605/49). (Ac. Um da 3ª T do TRT da 2ª R - RO
20010223376 - Rel Juiz Sergio Pinto Martins - j 15.01.02 -
reclamante. Reginaldo Ferreira da Silva, reclamada. Transportadora
Tegon Valenti S/A - DO SP 15.02.02, p 140 - ementa oficial)."

Devem, pois os reflexos seguir a sorte do principal. Claro está que improcedem
os pleitos, devendo a ação ser julgada improcedente. É o que se requer.

Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 22


VII.XI – DO VALE REFEIÇÃO

Alega o Reclamante que não recebeu o vale refeição quando laborava aos
sábados, domingos e feriados, razão pela qual, requer o pagamento de tais benefícios.

A pretensão do autor beira a má-fé, consoante se demonstra.

A priori, convém destacar que o sábado é dia útil de trabalho, não se equiparando
em qualquer hipótese com os domingos e feriados. Outrossim, conforme amplamente exposto
alhures, o reclamante não trabalhava aos domingos e feriados, havendo sempre efetivado seus
préstimos laborais em escala 6x1.

Não obstante os esclarecimentos supra, certo é que o reclamante não solicitou o


benefício do vale refeição por todo o pacto laboral, havendo optado pelo Vale Alimentação por
determinado período, conforme a documentação que acompanha a presente peça
contestatória.

Corroborando-se as assertivas retro, a contestante colaciona abaixo o termo de


opção pelo recebimento de Vale Alimentação devidamente assinado pelo reclamante:

Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 23


Desta feita, da admissão até o 08 de novembro de 2017, o reclamante recebeu o
benefício do Vale Alimentação, conforme sua própria opção.

Notadamente, de 09 de novembro 2017 até o término do pacto laboral, o


reclamante recebeu o Vale Refeição em consonância com as disposições da CCT de sua
categoria profissional.

Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 24


Ad argumentadum, a Reclamada esclarece e reitera que o Vale Refeição e o Vale
Alimentação sempre foram corretamente concedidos ao reclamante, em total observância às
disposições constantes da Convenção Coletiva de Trabalho de sua categoria profissional.

Outrossim, a Reclamada esclarece e reitera que os Vales Alimentação e Refeição


solicitados pelo reclamante sempre foram corretamente concedidos, nos termos
convencionadas na CCT de sua categoria profissional, conforme se verifica pelo extrato de
concessão carreados aos autos.

Por derradeiro, a contestante reitera que o sábado é considerado dia útil para o
trabalho, não havendo que se equiparar aos domingos e feriados e, portanto, mostra-se
totalmente descabida a pretensão do autor a receber qualquer verba inerente ao benefício em
tela pelo labor em tais datas, o que resta desde já impugnado.

Deste modo, requer seja o pedido julgado totalmente improcedente.

VII.XII – DOS HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS

Considerando a premissa decorrente do princípio da eventualidade, na remota


hipótese de não ser acolhida a preliminar arguida, a contestante passa a impugnar o pedido
formulado.

Conforme demonstrado ao longo de toda esta peça defensória, resta claro que
nada é devido ao reclamante e, portanto, não há que se falar em pagamento de honorários
sucumbenciais.

Muito pelo contrário, merecendo a demanda improcedência total, requer que


seja o reclamante condenado ao pagamento de honorários advocatícios nos pedidos em que
este for sucumbente, conforme artigo 791-A da CLT, no importe e 15%.

Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 25


VII.XIII – DO INDICE APLICÁVEL

Em eventual condenação, pugna a Reclamada seja observado para correção


monetária a Taxa Referencial, nos termos do §7º ao art. 879 da CLT, in verbis:

§ 7º - A atualização dos créditos decorrentes de condenação judicial


será feita pela Taxa Referencial (TR), divulgada pelo Banco Central
do Brasil, conforme a Lei no 8.177, de 1o de março de 1991.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

VII.XIV – DO INSS E DO IMPOSTO DE RENDA

Inicialmente, a contestante impugna a pretensão do autor em se obter a


condenação da reclamada a arcar com a totalidade dos valores correspondentes ao INSS sob
o argumento de que foram feitos de forma intempestiva.

No que tange aos recolhimentos previdenciários, incumbia ao reclamante


demonstrar a este Juízo o recolhimento intempestivo ou incorreto das verbas em referência,
ônus do qual não se desvencilhou. Deste modo, a pretensão do autor deve ser rechaçada.

Ad argumentandum tantum, em caso de condenação, deve ser observado por


esse Douto Juízo que os descontos previdenciários e fiscais decorrem de imperativo legal,
sendo correto afirmar que os preceitos de ordem pública suplantam os interesses dos
particulares.

Assim, no caso dos autos, não se pode afastar a aplicação do artigo 46, da Lei
8.541/92, e dos artigos 43 e 44, da Lei 8.212/91, além do inciso II, do artigo 195, da
Constituição Federal, que determinam expressamente as retenções previdenciárias e fiscais de
responsabilidade do reclamante, razão pela qual tem-se que, em caso de condenação, deve
ser observado que é do reclamante a responsabilidade pelo recolhimento previdenciário
previsto nos artigos 43 e 44, da Lei 8.212/91, com a nova redação dada pela Lei 8.620/93.

Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 26


Já no que se refere ao imposto de renda, a transferência da responsabilidade
viola o artigo 46, da Lei 8.541/92, artigo 45 do Código Tributário Nacional, e artigo 12, da Lei
7.713/88.

Como se sabe, a retenção do imposto de renda na fonte decorre do aludido artigo


46, da Lei 8.541 de 23/11/1992, que consagra o regime de caixa, evidenciado. O artigo 45, do
CTN, por sua vez, estabelece que a lei pode atribuir à fonte pagadora da renda a condição de
responsável pela retenção e pagamento do imposto, que é o que faz a Lei 8.541/92.

Com a edição da Lei 7.713/88, desde 01/01/1989, restou consagrado o chamado


“regime de caixa”, o qual determina que a renda é considerada recebida quando paga, não se
observando o regime de competência.

Assim, o cálculo deve ser feito tomando-se todo o rendimento porventura recebido
e aplicando-se a tabela do mês de pagamento, sob pena, justamente, de violação de toda a
ordem e legislação tributária atinentes ao Imposto de Renda.

O desconto do imposto de renda, nos termos do aludido artigo 46, da Lei


8.541/92, incide sobre os rendimentos do trabalho assalariado pagos em cumprimento da
decisão judicial.

Logo, o fato gerador surge no ato do pagamento ou, como explicita a Lei: “no
momento em que, por qualquer forma, o rendimento se torne disponível para o beneficiário”.

Por tudo isso, devem ser observados os dispositivos legais acima citados, não
podendo a responsabilidade do reclamante relativo aos descontos dos encargos fiscais e
previdenciários, recaírem sobre as reclamadas.

Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 27


VII.XV – DOS DOCUMENTOS JUNTADOS AOS AUTOS COM A INICIAL E DA
COMPENSAÇÃO

No que se refere aos documentos trazidos aos autos com a inicial é de se dizer
que aqueles que não foram especificamente impugnados ao longo dessa peça de defesa, não
modificam, nem têm o condão de comprovar os fatos alegados pelo reclamante. Todavia, ainda
assim, e por cautela, ficam impugnados neste momento, de forma global e expressa.

Como se vê, improcedem todos os pedidos formulados pelo reclamante, devendo,


pois, ser indeferidos.

Por argumentar, na inimaginável hipótese de se deferir algum direito ao


reclamante, requer a reclamada que lhe seja deferida a compensação/ dedução de todos os
valores eventualmente já quitados a idêntico título, e que eventual correção monetária se dê
pelo índice do 5º (quinto) dia útil subsequente ao vencido, como determina a SDI, do Egrégio
TST.

VIII – DOS REQUERIMENTOS FINAIS

Diante de todo o exposto, requer o acolhimento das preliminares arguidas, bem


como seja deferida a produção de todos os meios de prova em direito admitidas, em especial a
prova documental, testemunhal, e o depoimento pessoal do reclamante, sob pena de
confissão, esperando que, ao final, todos os pedidos formulados na petição inicial sejam
julgados improcedentes, de vez que, assim agindo, estará essa Douta Vara, uma vez mais,
fazendo o que dela sempre se espera e obtém, ou seja, Justiça!

Pede deferimento.

São Paulo, 29 de novembro de 2019.

Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 28


JOSÉ HENRIQUE CANÇADO GONÇALVES
OAB/MG 57.680

Belo Horizonte – Rua dos Timbiras, n° 270, Funcionários – Cep: 30.140-060 | Tel: (31) 3281.1554 – (31) 2127-2559
Goiânia – Avenida Olinda, n° 960, Sl.1504, Qdr H-4, Lt.01/03 Setor Park Lozandes – Cep: 74.884-120 | Tel: (62) 3414-7642
Recife – Av. Fernando Simões Barbosa, n° 266 – Sala907, Boa Viagem – Cep: 51.020-390| Tel: (81) 3314-9003
São Paulo – Av. Marquês de São Vicente, n° 446 – Sala213, Barra Funda – Cep: 01.139-000| Tel: (11) 3554-3459
Vitória – Rua Clóvis Machado, n° 176 – Sala401, Enseada do Suá – Cep: 29.050-590| Tel: (27) 3376-6175
Manaus – Rua Salvador, n° 120 – Sala102, Adrianópolis – Cep: 69.057-040| Tel: (92) 3343-4558

Site: www.jhcgadvocacia.com.br - E-mail: jhcg@jhcgadvocacia.com.br - Instagram: @jhcgadvocacia 29

Você também pode gostar