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ÍNDICE

Introdução.........................................................................................................................................2
1. A importância da metodologia científica para estudantes no contexto universitário................3
1.1. Contextualização................................................................................................................3
1.2. Estratégias de leitura, análise e interpretação de textos na universidade...........................4
1.2.1. Leitura............................................................................................................................4
1.2.1.1. Fases da leitura informativa ou de estudo..................................................................5
1.2.1.2. Níveis de leitura: os degraus da escada......................................................................5
1.2.2. Tipos de análise de texto................................................................................................6
Conclusão.........................................................................................................................................8
Bibliografia.......................................................................................................................................9

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Introdução

Este trabalho aborda a importância da disciplina de Metodologia Científica como ferramenta


fundamental na iniciação científica e no desenvolvimento de produções científicas pelos alunos
que ingressam nas universidades e ao longo do curso são estimulados a desenvolver trabalhos
científicos como parte dos requisitos de avaliação.
Verifica-se que os alunos se vêm diante de muitas dificuldades para cumprir essas exigências,
provavelmente, em decorrência de uma formação deficiente na formação básica. Por vezes,
verifica-se que alunos cursando o último ano dos cursos de graduação, desconhecem as mais
elementares normas envolvidas na elaboração de textos científicos, tais como: desenvolvimento e
estrutura do trabalho, padrões de redação, procedimentos para se fazer pesquisas bibliográficas,
seleção e organização da leitura das obras, construção de citações diretas e indiretas, bem como
sobre o propósito de incluí-las no corpo do próprio texto.

Objetiva-se com este estudo comprovar que a disciplina Metodologia Científica é iminentemente
prática e apresenta instrumentos necessários para a realização de trabalho de pesquisa, buscando
a construção do conhecimento dos acadêmicos de forma a favorecer-lhes uma leitura e escrita
mais eficientes, através da pesquisa e redação com embasamento científico elaborados segundo
normas científicas vigentes.

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1. A IMPORTÂNCIA DA METODOLOGIA CIENTÍFICA PARA ESTUDANTES NO

CONTEXTO UNIVERSITÁRIO

1.1. Contextualização
A Metodologia Científica significa estudo dos métodos ou da forma, ou dos instrumentos
necessários para a construção de uma pesquisa científica; é uma disciplina a serviço da Ciência.
Metodologia é a parte onde será indicado o tipo de pesquisa que será empregado, as etapas a
serem realizadas
Segundo Oliveira (1999), a Metodologia estuda os meios ou métodos de investigação do
pensamento concreto e do pensamento verdadeiro, e procura estabelecer a diferença entre o que é
verdadeiro e o que não é, entre o que é real e o que é ficção e o método científico visa descobrir a
realidade dos fatos que, uma vez descobertos, devem guiar o uso do método (p.45).
Cervo e Bervian (1983, p.125) destacam que [...] o método não é apenas um meio de acesso: só a
inteligência e a reflexão descobrem o que os fatos realmente são. O método científico percorre os
caminhos da dúvida sistemática, que não pode ser confundida com a dúvida universal dos céticos.
Mesmo no caso das ciências sociais, o método deve ser positivo e não normativo. Em outras
palavras, a pesquisa positiva deve se preocupar com o que é e não com o que se pensa que deve
ser.
Severino (2000, p.18) define Metodologia como [...] um instrumental extremamente útil e seguro
para a gestação de uma postura amadurecida frente aos problemas científicos, políticos e
filosóficos que nossa educação universitária enfrenta. [...] São instrumentos operacionais, sejam
eles técnicos ou lógicos, mediante os quais os estudantes podem conseguir maior aprofundamento
na ciência, nas artes ou na filosofia, o que, afinal, é o objetivo intrínseco do ensino e da
aprendizagem universitária.
Ao ingressar na universidade o estudante depara-se com situações pouco comuns a sua realidade,
até então. A partir disso, é necessária uma adequação, por parte do estudante, ao novo ambiente.

Para Severino (2007, p. 37), no ensino superior, os bons resultados do ensino e da aprendizagem
vão depender em muito do empenho pessoal do aluno no cumprimento das atividades
acadêmicas, aproveitando bem os subsídios trazidos seja pela intervenção dos professores, seja
pela disponibilidade de recursos pedagógicos fornecidos pela instituição de ensino.

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No mundo acadêmico, fazer ciência é importante para todos porque é por meio dela que se
descobre e se inventa, e o método representa, portanto, uma forma de pensar para se chegar à
natureza de um determinado problema, quer seja para estudá-lo, quer seja para explicá-lo. Nesse
sentido, para qualquer aluno de graduação podemos afirmar que dialogar com a metodologia
científica durante todo percurso acadêmico é de suma importância. Isto porque a metodologia é a
disciplina curricular que instrui e capacita o estudante a elaborar pesquisas e trabalhos científicos
durante a sua vida acadêmica.

1.2. Estratégias de leitura, análise e interpretação de textos na universidade


A leitura é uma habilidade indispensável à vida social. É através dela que entendemos o mundo e
interagimos com o outro, seja nos estudos, na nossa comunicação, na forma de nos expressarmos,
nos conhecimentos que ela nos proporciona.

1.2.1. Leitura
Buscando a definição do Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa, encontramos que
leitura é:
1. ato de decifrar signos gráficos que traduzem a linguagem oral; arte de ler. 2.
ação de tomar conhecimento do conteúdo de um texto escrito, para se distrair ou
se informar. 3. maneira de compreender, de interpretar um texto, uma mensagem,
um acontecimento. 4. ato de decifrar qualquer notação; o resultado desse acto.
No entanto, para compreendermos, de fato, o fenômeno da leitura, não basta o seu sentido
dicionarizado.
Por isso, vamos buscar a definição apresentada por Lajolo (1982) apud Andrade (1999), que
afirma: “ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um texto. É a partir do
texto, ser capaz de atribuir-lhe significado, conseguir relaciona-lo a todos os outros textos
significativos para cada um, reconhecer nele o tipo de leitura que seu autor pretendia e, dono da
própria vontade, entregar-se a esta leitura, ou rebelar-se contra ela, propondo outra não prevista”
(p. 59).

Portanto, as finalidades da leitura estão relacionadas com as diversas modalidades de leitura. Em


alguns momentos, lemos com o objetivo de adquirir conhecimentos, noutros momentos buscamos
simplesmente lazer ou entretenimento. Por isso que, da forma que lemos um jornal ou uma

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revista, em que a leitura pode ter como finalidade a informação, sobre fatos ou notícias, não
lemos um romance, cuja finalidade é a distração, o entretenimento.

1.2.1.1. Fases da leitura informativa ou de estudo


A leitura informativa ou leitura de estudos tem como objetivo adquirir e ampliar nossos
conhecimentos, coletar dados e informações que serão utilizados na elaboração de um trabalho
científico ou para responder questões específicas, sendo muito utilizada nas escolas, faculdades
ou quando nos interessamos em conhecer algo novo. Por isso, além de conhecermos os aspectos
para uma leitura proveitosa, é muito importante que conheçamos as fases da leitura informativa
ou de estudo.
Segundo Cervo & Bervian (1983, apud Andrade, 1999, p. 20-21), as fases da leitura informativa
ou de estudo são:
a) Leitura de reconhecimento ou pré-leitura: também classificada por outros autores como
leitura prévia ou de contato, tem como finalidade dar uma visão global do assunto, ao
mesmo tempo em que permite ao leitor verificar a existência ou não de informações úteis
para o seu objetivo específico; trata-se de uma leitura rápida, “por alto”, apenas para
permitir um primeiro contato com o texto;
b) leitura seletiva: o objetivo é a seleção de informações mais importantes e que interessam
à elaboração do trabalho em perspectiva;
c) leitura crítica ou reflexiva: leitura de análise e avaliação das informações das intenções
do autor. A reflexão se dá por meio da análise, comparação e julgamento das ideias
contidas no texto;
d) leitura interpretativa: é a mais completa, é o estudo aprofundado das ideias principais,
onde se procura saber o que realmente o autor afirma, quais os dados e informações ele
oferece, além de correlacionar as afirmações do autor com os problemas em questão.

Feita a análise e o julgamento daquilo que foi lido, o leitor está apto agora para fazer a síntese de
tudo o que leu, a integrar os dados descobertos durante a leitura ao seu cabedal de
conhecimentos.

1.2.1.2. Níveis de leitura: os degraus da escada


Geralmente, no primeiro contato com qualquer tipo de texto, normalmente o leitor se depara com
a dificuldade de encontrar unidade por trás de tantos significados que o texto apresenta em sua
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superfície. Por isso que, para realizarmos uma leitura proveitosa, é preciso que saibamos os níveis
pelos quais devemos passar para alcançarmos nosso objetivo de leitor.

Segundo Mortimer J. Adler e Charles Van Doren (1940 apud Medeiros, 2004, p. 35), os níveis de
leitura de um texto são:

a) Elementar: leitura básica ou inicial. Ao leitor cabe reconhecer cada palavra de uma
página. Leitor que dispõe de treinamento básico e adquiriu rudimentos da arte de ler;
b) Inspecional: caracteriza-se pelo tempo estabelecido para a leitura. Arte de folhear
sistematicamente;
c) Analítica: é minuciosa, completa, a melhor que o leitor é capaz de fazer. É ativa em grau
elevado. Tem em vista principalmente o entendimento;
d) Sintópica: leitura comparativa de quem lê muitos livros, correlacionando-os entre si.
Nível ativo e laborioso de leitura.

1.2.2. Tipos de análise de texto


Para que nos tornemos um bom leitor, é preciso que saibamos analisar os textos com os quais nos
deparamos, realizando uma leitura significativa e proveitosa destes. Com base em Severino
(2002, p. 51-58), as etapas de análise de um texto são:
a) Análise textual
Esta é a primeira abordagem do texto com vistas à preparação da leitura. Uma espécie de
primeira leitura do texto, buscando uma visão panorâmica, o que permite ao leitor sentir o estilo
de escrita do autor e a estrutura do texto. Nessa etapa, é preciso que o leitor busque
esclarecimentos para melhor compreensão do texto:
a) dados a respeito do autor do texto (busca que fornecerá elementos úteis para uma elucidação
das ideias expostas no texto);
b) estudo do vocabulário (levantamento dos conceitos e dos termos fundamentais para a
compreensão do texto);
c) esquematização do texto (que permitirá apresentar uma visão do conjunto da unidade); e d)
resumo do texto com as ideias mais relevantes;
b) Análise temática
É a etapa em que se procura ouvir o autor, apreender, sem intervir nele, o conteúdo da mensagem.
É aqui que fazemos uma série de perguntas ao texto, como: de que fala o texto? como o texto está
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problematizado? qual dificuldade deve ser resolvida? qual problema a ser solucionado? como o
autor responde à dificuldade, ao problema levantado? que ideias paralelas (secundárias) são
apresentadas ao tema central?

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Conclusão

Pesquisar é abrir um mundo de possibilidades de forma cautelosa, crítica e científica. A pesquisa


é o instrumento que faz a ciência avançar, possibilitando o progresso e desenvolvimento da
humanidade. A metodologia, porém, objetiva bem mais do que levar o estudante a elaborar
projetos, a desenvolver um trabalho monográfico ou um artigo científico como requisito final e
conclusivo de um curso acadêmico.
Em relação a leitura, vimos que a leitura é parte essencial na vida em sociedade. É através dela
que nos comunicamos, interagimos com o outro, adquirimos conhecimento etc. Por isso, ler é
muito mais do que decifração
do código escrito, é muito mais do que o reconhecimento das letras, das palavras. Ler é, antes de
tudo, atribuição de sentido ao que se lê. Realizamos a leitura por diversas finalidades: para
adquirirmos conhecimento, para distrairmos, para nos mantermos informados etc. Para cada
finalidade de leitura, há um tipo específico de leitura

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Bibliografia

Abaurre, Maria Luiza; PONTARA, Marcela Nogueira; FADEL, Tatiana. Português: língua e
literatura. 2. ed. São Paulo. Moderna, 2002.
Andrade, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 1999.
Cervo, A., brevian, P.A. A metodologia científica. S. Paulo, McGraw-Hill, 1983.
Oliveira, Silvio Luiz de. Tratado de Metodologia Científica. São Paulo: Pioneira, 1997.
Severino, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 21ª ed. São Paulo: Cortez, 2000.

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