Você está na página 1de 12

Índice

1. Introdução......................................................................................................................5
1.1. Objectivos...................................................................................................................5
1.2. Metodologia................................................................................................................7
2. Como trabalhar com os Géneros Textuais (Jornais)......................................................8
2.1. O Jornal na Sala de Aula............................................................................................8
2.2. Como usar o Jornal na Sala de Aula.......................................................................10
2.3. Materiais e Métodos.................................................................................................11
2.3.1. A sequência didáctica............................................................................................12
Conclusão........................................................................................................................14
Bibliografia......................................................................................................................15
1. Introdução
O uso do jornal em práticas educacionais incentiva a leitura através do olhar
crítico sobre a realidade social da própria comunidade. Por outro lado ainda existem
muitas escolas que têm dificuldade em fazer da leitura uma acção significativa e
prazerosa, em que os textos estejam condizentes com a realidade social dos alunos.
Sendo assim, este estudo tem como objectivo trabalhar a leitura e a escrita de forma
crítica, destacando a importância do jornal como recurso pedagógico inserido na
realidade do aluno.

O jornal apresenta a dinâmica social, a vida acontecendo, expõe a realidade de


uma determinada comunidade; seus problemas, suas conquistas e tudo mais que é de
interesse da sociedade. Além da notícia, também é possível encontrar no jornal a charge,
propagandas, fotografias e outros géneros, possibilitando aos alunos um novo olhar
sobre a comunidade onde vivem.

Diante do que foi dito, observa-se que é necessário uma visão cada vez mais
ampla na busca de mecanismo que possibilitem ao indivíduo diferentes leituras de
mundo e de um olhar crítico sobre sua própria realidade e seu papel na sociedade, pois
levar o aluno a reflectir sobre o que ler é um importante passo para que ele se torne um
leitor crítico e um cidadão consciente de seu papel no meio social.

O jornal reflecte os valores, a ética, a cidadania, através dos mais variados temas
e se torna assim um aparelho importante para o educando se colocar e se inserir na vida
social, por meio dessa ferramenta de comunicação. O uso do jornal na escola atende a
proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), pois as matérias tratadas
servem de base para o desenvolvimento dos temas transversais, trabalhando-se, por
exemplo, a questão da ética e da cidadania nos enfoques e tendências, que dão aos fatos
e notícias. Ensina-se através do jornal, a leitura, a interpretação dos assuntos tratados
sob um prisma reflexivo e crítico, propiciando aos alunos a oportunidade de se inserir
no mundo através de uma janela de papel.

1.1. Objectivos
Geral:

 Conhecer o papel do jornal na aula de Língua Portuguesa

5
Específicos:

 Explicar como trabalhar com os Géneros textuais (jornais)


 Descrever como usar o jornal na sala de aula
 Caracterizar os Materiais e Métodos a usar na sala de aula com o género textual
jornal

6
1.2. Metodologia
A pesquisa é um método de investigação que envolve a colecta de informações com o
auxílio de internet. Os procedimentos mais comum a dotados são as revisões
bibliográfico, os questionários online. A internet configura se como uma excelente
oportunidade para o desenvolvimento de pesquisa e estudo que abordam aspectos de
interacção social e sociabilidade. Os métodos da pesquisa tradicionais online tem sido
utilizado como mecanismo de evitar erros dos trabalho e envolve qualquer etapa como a
definição do problema, a formulação de hipóteses, analise dos resultados, a
interpretação e a conclusão, estabelece relação similares entre o conhecimento que o
estudante precisa seguir. A metodologia tem como garantir a validade e confiabilidade
dos resultados obtidos e resolução de problema dentro de um determinado campo de
estudo. A escolha correta depende do problema em questão, das questões da pesquisa e
dos objectivos do estudo.

Metodologia são caminhos seguidos para a orientação de uma pesquisa. Para este
trabalho foi usada a biblioteca virtual e técnica de consultas bibliográfica e comparação
dos debates conceitual cujos autores encontram-se patente nos parágrafos que lhes é
peculiar.

7
2. Como trabalhar com os Géneros Textuais (Jornais)
Conforme Silva (2007), Dentre os textos informativos podemos trabalhar com
os alunos, a leitura e produção textual, reportagens, notícias, colunas que contém os
acontecimentos culturais da cidade (shows, palestras, cinema, saúde, horóscopo). Os
textos de opinião como artigo, resenha, entrevistas etc., podem ser bastante produtivo,
porque estes textos são bastante argumentativos, e podem fazer com que os estudantes
participem mais da aula, e desenvolva o seu senso crítico.

Pode ser interessante utilizar a linguagem da Propaganda na sala de aula, uma


vez que o anúncio publicitário possibilita ao professor trabalhar diferentes formas de
linguagem além de estimular a criatividade do aluno. Quando o professor leva para sala
de aula as charges, ele traz para sua aula os acontecimentos da sociedade seja político
ou social, de uma forma criativa e divertida.

Para Silva (2007), O jornal permite que o professor utilize vários exemplos para
ilustrar a linguagem, e faz com que o aluno perceba a funcionalidade de cada género e a
distinguir quando deverá fazer o uso adequado da língua para cada situação de
comunicação, assim acreditamos que o estudo da língua fará sentido para ele.

Como falamos acima em um jornal encontramos diversos géneros textuais que


podemos utilizar em sala de aula, como Por exemplo, reportagens, editorial, textos de
opinião, charge, história em quadrinhos, publicidade e classificados.

2.1. O Jornal na Sala de Aula


Maria Alice Faria, (2009), afirma que um dos principais papéis do professor é o
de estabelecer laços entre a escola e a sociedade e, portanto, levar jornais e revistas para
a sala de aula é trazer o mundo para dentro da escola, uma vez que jornais e revistas são
mediadores entre a escola e o mundo.

Para Silva (2017, p. 2), Para justificar a presença do jornal na sala de aula, a
autora o considera uma fonte primária de informação porque espelha muitos valores e se
torna assim um instrumento importante para o leitor se situar e se inserir na vida social e
profissional. E como o jornal apresenta um conjunto dos mais variados conteúdos,
preenche plenamente seu papel de objecto de comunicação. No entanto, os pontos de
vista costumam ser diferentes e mesmo conflituantes, o que é fundamental para levar o
aluno a conhecer diferentes posturas ideológicas frente a um fato, tomar posições
8
fundamentadas, aprender a respeitar os diferentes pontos de vista necessários mão
pluralismo numa sociedade democrática.

Faria (2009, p. 11-12), dessa forma, além de justificar a presença do jornal, parece-
nos que, segundo a autora, a utilização do mesmo na sala de aula é mesmo
imprescindível, já que ele pode ser utilizado para vários propósitos: como fonte primária
de informação, como formador do cidadão na formação geral do estudante, como
padrão de língua, como uma forma de assegurar ao aluno o contacto directo com o texto
escrito autêntico, como um registros da história e finalmente como uma ponte entre os
conteúdos teóricos dos programas escolares e a realidade.

Como formador do cidadão, a presença do jornal na sala de aula se justifica


porque se a leitura do jornal for bem conduzida, prepara leitores experientes e críticos
para desempenhar bem seu papel na sociedade.

Para a formação geral do estudante, a presença do jornal se justifica porque a


leitura crítica do jornal aumenta sua cultura e desenvolve suas capacidades intelectuais.

Como padrão de língua, os bons jornais oferecem, tanto ao professor como aos
alunos, uma norma padrão escrita que serve de ponto de referência para a correcção na
produção de textos. (Silva, 2017, p. 3)

A leitura do jornal oferece um contacto directo com o texto escrito autentico o


que, segundo a autora, desenvolve e firma a capacidade leitora dos alunos, estimula a
expressão escrita dos estudantes, que aprendem com o jornal a linguagem da
comunicação para transmitirem suas próprias mensagens e informações. (Silva, 2017, p.
3)

O jornal é um Registro da história no seu dia-a-dia, mas justamente por ser um


Registro da história truncada, de um mundo caótico, pode levar o aluno a adquirir a
competência necessária para ordenar e compreender esse caos aparente, desde que ele
aprenda a relacionar o passado com o presente, buscando as origens dos fatos e a
reflectir sobre as consequências daquilo que ocorre dia após dia, numa projecção da
história para o futuro.

Conforme Silva (2007, p. 2), Por todos os factores mencionados acima, o jornal
se transformam numa ponte entre os conteúdos teóricos dos programas escolares e a

9
realidade. E por isso, para os alunos, o jornal é o mediador entre a escola e o mundo;
ajuda a relacionar seus conhecimentos prévios e sua experiência pessoal de vida com as
notícias; leva-os a formar novos conceitos e a adquirir novos conhecimentos a partir de
sua leitura; ensina-os a aprender a pensar de modo crítico sobre o que lê e estabelece
novos objectivos de leitura.

E para os professores, o jornal é um excelente material pedagógico para todas as


áreas e está sempre actualizado, desafiando-os a encontrar o melhor caminho didáctico
para usar esse material na sala de aula.

2.2. Como usar o Jornal na Sala de Aula


É interessante que o professor repense a sua prática pedagógica, deixe de lado
as velhas metodologias, e trabalhe com textos atuais, reflexivos, criativos e divertidos e
que estes estejam presentes no dia-a-dia do aluno, facilitando o processo de
ensino/aprendizagem. Por isso que o jornal pode tornar-se um instrumente cada vez
mais frequente na sala de aula.

Os PCNs (2002 p. 143), afirmam que “A língua, na sua actualização representa e


reflecte a experiência em acção, as emoções, desejos, necessidades, a visão de mundo,
valores e ponto de vista.” O trabalho com textos que fazem parte da realidade do aluno
poderá despertar nele o gosto pela leitura e pela escrita, além de desenvolver o
conhecimento de mundo e o senso crítico do aluno.

Segundo Nagamini (2002 p. 30) “a circulação do texto na escola pode contribuir


para levar o debate à escola, sobretudo porque detectam a presença, mesmo que tímida
de materiais não didácticos” Pode-se dizer que o jornal como material didáctico exigirá
do aluno mais participação e criatividade durante as aulas.

O jornal possui uma diversidade de Géneros Textuais que pode ser explorado em
sala de aula, tanto para leitura e escrita contextualizada quanto para análise crítica,
semântica e linguística, entre outros aspectos.

O professor que procurar trabalhar com textos actualizados, que não estão fora
do contexto do aluno, tornarão suas aulas mais interessantes e menos monótonas, presas
aos textos que algumas vezes são mal trabalhados no livro didáctico e nos textos
10
literários. O jornal pode ser um dos meios para atendermos a toda essa diversidade. É
evidente a importância em utilizar diversos géneros para um ensino mais amplo,
satisfatório e eficaz.

Faria (1994 p.47), também afirma que o “jornal é importante não só para
aprofundar o domínio da língua entre os alunos, como também desenvolver-lhes o
espírito crítico e preveni-los sobre a ilusão da neutralidade do texto jornalístico”, ou
seja, o papel da escola e do professor não é apenas ensinar os alunos a ler e escrever,
mas também formar leitores críticos, que saibam se colocar activos perante a sociedade.

O jornal possibilitará que o professor utilize material que abrange múltiplas


linguagens desde o português padrão ao coloquial. Com o jornal o professor poderá
desenvolver os temas transversais, como meio ambiente saúde e ética. A através desta
prática de ensino, poderá haver grande interacção entre o professor, aluno, e sociedade,
tornando o professor um mediador do conhecimento, deixando para trás o ensino
tradicional, onde o professor é o único “detentor do saber”, dono de uma verdade
absoluta, Freire conceitua esta educação como bancária.

Segundo Faria (1996 p.11), E o jornal dentro da sala de aula poderá contribuir
para que o aluno continue a aprendendo mesmo fora do contexto escolar. Pesquisadores
como Maria Alice Faria acreditam que o jornal pode ser um óptimo auxílio nas aulas de
produção e interpretação de textos, e através de leituras diárias seguidas de comentários
reflexivos sobre a notícia que leram, o professor incentivam os alunos a lerem cada vez
mais. “se a leitura do jornal for bem conduzida, ela prepara leitores experientes e
críticos para desempenhar seu papel na sociedade”.

2.3. Materiais e Métodos


De acordo Batista (2020), Começa a aula, perguntando aos alunos quem tinha
costume de ler jornal, ou se já leram alguma vez, as respostas serão quase unânimes a
maioria dos alunos não tem sequer pegado em um jornal para ler, ou apenas folheá-lo
por curiosidade. Explicamos aos alunos qual a importância de um jornal e sua finalidade
na sociedade. Como eles não conhecem o jornal, explicamos a eles a diferença de um
texto jornalístico para um texto literal. Para uma melhor compreensão, nós entregamos
aos alunos alguns textos impressos para que eles percebam as diferenças entre os textos.

11
Na óptica de Batista (2020), Depois nós podemos entregar aos alunos dois
jornais locais, para que os alunos sintam o prazer de manusear um jornal, e como a
maioria vai pegando pela primeira vez em caderno de jornal, será interessante este
momento de conhecimento.

Em seguida podemos pedir aos alunos que escolham um texto que mais lhe
interesse, leiam a reportagem, reflictam sobre o assunto e depois socializem-se com os
colegas da sala. Segundo Orlandi (2003 p. 95) “não é dado ao aluno espaço para que ele
reflicta sobre a leitura, todas as respostas são dadas antes que os alunos respondam”.
Depois que os alunos estejam mais familiarizados com o jornal, já tenham lido e
socializado a reportagem com os colegas, finalizamos a aula com uma produção textual,
da reportagem que eles leram.

2.3.1. A sequência didáctica


Segundo Silva e Martins (2017, p. 4), A sequência didáctica em questão
geralmente é desenvolvida no primeiro bimestre de cada ano lectivo, com alunos da
primeira série do ensino médio justamente porque estes são alunos novos na escola e
que geralmente chegam com muitas dificuldade no que diz respeito à leitura, análise e
produção de textos. No entanto, essa constatação não significa que a mesma sequência
didáctica não possa ser desenvolvida com alunos de outras séries do ensino médio que
venham a apresentar as mesmas dificuldades.

Devemos considerar ainda que a leitura do jornal é feita pelo professor e não
pelos alunos. Por esse motivo os alunos tem acesso aos textos seleccionados pelo
professor através de cópias dos mesmos.

Exemplo, na utilização do jornal na sala de aula tem se como objectivo:

 Primeiro leitura individual e colectiva do texto


 Segundo análise do texto, ocasião em que deve ser feita uma leitura colectiva e
uma discussão bastante cuidadosa, da qual os alunos devem fazer anotações que
serão utilizadas posteriormente e que deve compreender os pontos sugeridos no
texto.

Ainda segundo o autor, uma boa medida para avaliar se o texto foi bem compreendido é
a resposta a três questões básicas:

12
Qual é a questão de que o texto está tratando?

Qual é a posição do autor sobre a questão posta em discussão?

Quais são os argumentos utilizados pelo autor para fundamentar a posição assumida?

 Terceiro Produção de um texto dissertativo

Esta é a última aula da sequência didáctica planejada com o objectivo de minimizar as


dificuldades de leitura, análise e produção de textos dos alunos e portanto, como última
parte desta sequência didáctica, deve ser também um momento de diagnosticar a
produção escrita desses alunos e por isso, nesse momento, pede-se como tarefa final aos
alunos que produzam um texto dissertativo. (Silva e Martins, 2017, p. 8)

13
Conclusão
Concluído o trabalho percebe que o uso do jornal em sala de aula indica um
novo contorno do pensar e agir por meio da leitura e manipulação do jornal na escola,
com resultados admiravelmente positivos. Permite, principalmente para novos leitores, a
chance de acesso ao recurso jornal, como um estímulo ao prazer de ler, vincula a
realidade social e a natural concepção de alternativas para demonstração de atitudes
cidadãs, por parte dos leitores, diante das informações por ele veiculadas. Consiste em
promover, nas salas de aula, a leitura com mais prazer, com o manuseio de jornais do
dia ou de dia anteriores

A ideia de utilizar o jornal como um instrumento pedagógico e levá-lo para


dentro da sala de aula transforma-o em uma ferramenta prática para a motivação do
ensino. O estudo e a leitura do jornal dentro de um contexto pedagógico do conteúdo,
em alguns casos, são muito mais bem-sucedidos do que o simples uso do livro
didáctico. Esse instrumento pedagógico forma um conjunto de cidadãos mais
informados e participantes.

A ferramenta pedagógica, que se utiliza com o uso do jornal em sala de aula, prioriza
o desenvolvimento académico pela informação e tem como objectivo originar uma
leitura mais crítica, assim como, esclarecer ao aluno a realidade dos problemas sociais,
propiciar o desenvolvimento do raciocínio, aumentar a capacidade de questionamentos e
abranger o conteúdo cultural. Pedagogos e especialistas em educação e linguística
afirmam que o jornal é uma alternativa à predominância da televisão, que aliena os
jovens e cria uma “dificuldade” à recepção e ao questionamento daquilo a que estão
expostos.

14
Bibliografia
Batista, F. B. (2020). O jornal como instrumento pedagógico nas aulas de língua
portuguesa. Rio de Janeiro

Faria, M. A. O. (2009). Como usar o jornal na sala de aula. 10 ed. São Paulo: Contexto

Hamze, A. (2017). O Uso do Jornal na Sala de Aula. Brasília

Silva, E. T. (Org). (2007). O jornal na vida do professor e no trabalho docente. São


Paulo: Global; Campinas.

Silva, H.; Martins, J. (2017). Da leitura do jornal para a sala de aula de língua
Portuguesa. Porto A Alegre

Viana, F. V. (2002). O Jornal e a Prática Pedagógica. São Paulo: Cortez, 2002.

15

Você também pode gostar