1 - Petiçao Despejo

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AO JUÍZO DO 05º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE


LONDRINA – PARANÁ

Autos do Processo: 0077044-32.2023.8.16.0014

ÉLIO ALVES PEREIRA, brasileiro, casado, aposentado, portador


do RG nº 1.062.388-0 e do CPF nº 306.735.859-72, residente e domiciliado à Rua
Pascoal Carlos Magno, nº 225, Vivi Xavier, nesta cidade de Londrina – Estado do
Paraná, titular da linha telefônica móvel (43) 98432-9583, habilitada para receber
mensagens via WhatsApp, vem, respeitosamente, neste ato representado por seu
advogado ao final firmado, cuja procuração segue anexa, com meios de contato e
endereço indicados no rodapé da presente petição, propor

AÇÃO DE DESPEJO C/C COBRANÇA C/C PEDIDO LIMINAR

em face de: WILLIAN GABRIEL DA SILVA ALMEIDA, brasileiro, casado/em


união estável, empresário, portador do CPF nº 058.749.959-19 e do RG nº 9.637.034-2,
residente e domiciliado à Rua Pedro Rossato, nº 55, casa nº 238, Heimtal, CEP 86.084-
016, na cidade de Londrina-PR, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

I. DA JUSTIÇA GRATUITA

A parte Autora não tem condições de arcar com as despesas do


processo, uma vez que são insuficientes seus recursos financeiros para pagar todas as
despesas processuais, inclusive o recolhimento das custas iniciais.

Destarte, a Demandante ora formula pleito de gratuidade da justiça, o


que faz por declaração de seu patrono, sob a égide do art. 99, § 4º c/c 105, in fine,
ambos do CPC, quando tal prerrogativa se encontra inserta no instrumento procuratório
acostado.

Desta forma, Excelência, neste momento a parte autora não possui


condições de arcar com as custas processuais da presente demanda sem prejuízo de seu
sustento e necessidades básicas, bem como de sua família.

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Por essa razão requer-se, termos da constituição federal, código de
processo civil e lei 1.060/1950, que seja deferido os benefícios da justiça gratuita em
favor do autor, isentando-a do pagamento das custas, taxas, honorários e demais
emolumentos.

II. DO PEDIDO LIMINAR

Prevê o art. 32 do Decreto nº 59.566/1966 que:

Art 32. Só será concedido o despejo nos seguintes casos:


(...)
III - Se o arrendatário não pagar o aluguel ou renda no
prazo convencionado;

A presente ação de rescisão de contrato, despejo e cobrança se funda


na inadimplência do réu com relação a obrigação de pagar aluguel, de modo que se
verifica de plano a possibilidade jurídica do pedido.

Prevê ainda o parágrafo único do referido art. 32 que:

Parágrafo único. No caso do inciso III, poderá o arrendatário


devedor evitar a rescisão do contrato e o consequente despejo,
requerendo no prazo da contestação da ação de despejo, seja-lhe
admitido o pagamento do aluguel ou renda e encargos devidos, as
custas do processo e os honorários do advogado do arrendador,
fixados de plano pelo Juiz. O pagamento deverá ser realizado no
prazo que o Juiz determinar, não excedente de 30 (trinta) dias,
contados da data da entrega em cartório do mandado de citação
devidamente cumprido, procedendo-se a depósito, em caso de recusa.

Desta forma, requer-se seja deferido o despejo liminar em razão da


inadimplência do requerido, sendo ele intimado para que, em prazo não superior a 30
dias, a ser fixado pelo juízo, pague os alugueres em atraso e que se vencerem até o
término do prazo, sob pena de expedição de ordem de despejo.

III. DOS FATOS


Conforme se observa dos documentos anexos, em 07/05/2021 o autor
e réu firmaram contrato de locação de imóvel rural, o qual está localizado à Rodovia
Carlos João Strass, denominado Recando Alves, CEP 86.084-460, nesta cidade de
Londrina-PR.

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Pelo imóvel o réu pagaria ao autor o valor mensal de R$ 1.000,00 (mil
reais), observando a atualização do valor do aluguel a cada 12 meses.
Em 01/09/2021 as partes celebraram acordo modificando a área de
locação, sendo o aluguel alterado para o valor mensal de R$ 1.500,00 (mil e
quinhentos reais), conforme documento anexo.

Contudo, Excelência, durante quase todo o tempo da relação locatícia


o réu deixou de cumprir pontualmente com sua obrigação de pagar aluguel, chegando ao
caso de remontar aluguel diversas vezes, chegando mesmo ao caso de o autor notificar o
réu para que desocupasse o imóvel.

Porém, o requerido acertou a pendência, mas novamente encontra-se


em situação de inadimplência, o que não pode mais ser tolerado pelo requerente, que
depende dos valores para sua sobrevivência.

Atualmente o réu está inadimplente com os alugueres vencidos em


ABRIL, MAIO E JUNHO de 2023.

Em razão da atualização anual do aluguel, o valor mensal devido pelo


réu é de R$ 1.575,00 (mil quinhentos e setenta e cinco reais), totalizando R$ 5.275,62
(cinco mil duzentos e setenta e cinco reais e sessenta e dois centavos) em razão da
correção, juros e multa de 10% por inadimplência.

Desta forma, Excelência, requer-se a procedência da presente ação


para que seja rescindido o contrato de locação por culpa do réu, em razão de sua
inadimplência, bem como para que seja ordenado que desocupe o imóvel, sob pena de
despejo, devendo ainda ser condenado ao pagamento dos alugueres, acrescido de multa,
juros e correção monetária, bem como ao pagamento de honorários advocatícios
devidos em razão da presente ação, conforme contrato.

IV. DO DIREITO

a) DA POSSIBILIDADE DE RESCISÃO DO CONTRATO E DESPEJO

Conforme contrato e adendo em anexo, o requerente aluguel


para o réu, mediante pagamento mensal de aluguel, área rural para o réu.

Contudo, o requerido deixou por várias vezes de cumprir com


sua obrigação contratual e legal de pagar os alugueres ao requerente.

Sobre o assunto, veja o que estabelece o contrato:

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05. O LOCATÁRIO pagará mensalmente, até o dia 12 (doze), de
forma antecipada, conforme cláusula 4.1, o valor de R$ 1.000,00 (mil
reais) a título de aluguel, o qual deverá ser pago mediante boleto
bancário emitido mensalmente pelo representante/advogado do
LOCADOR.
5.1 Em caso de inadimplência do aluguel será devida multa no valor
de 10% (dez por cento), juros moratórios de 1% (um por cento) ao
mês e correção monetária pelo INPC.

Agora observe o que determina o Decreto 59.566/1966:


Art. 41.O arrendatário é obrigado:
I - A pagar pontualmente o preço do arrendamento, pelo modo,
nos prazos e locais ajustados;

Prevê ainda o Decreto 59.566/1996 que o contrato poderá ser


rescindido em caso de inadimplência do locatário, observe:

Art 32. Só será concedido o despejo nos seguintes casos:


(...)
III - Se o arrendatário não pagar o aluguel ou renda no prazo
convencionado;

Desta forma, Excelência, considerando que o requerido encontra-se


novamente inadimplente, desta vez sobre os alugueres vencidos em ABRIL, MAIO E
JUNHO de 2023, deve ser rescindido o contrato de locação e ordenado que o requerido
desocupe imediatamente o imóvel sendo o autor imitido novamente na posse do imóvel,
sem prejuízo do pagamento dos alugueres vencidos e vincendos até a integral
desocupação do imóvel, que deverá ser devolvido nas mesmas condições em que
fora recebido pelo réu, conforme laudo de vistoria de entrada.

É o que se requer.

b) DOS VALORES DEVIDOS

Como dito anteriormente, o requerido assumiu obrigação de pagar


mensalmente ao autor o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) de aluguel, com correção do
valor a cada período de 12 (doze) meses.

Porém, em setembro/2021 as partes firmaram acordo para aumentar a


área de locação, resultando no adendo contratual que alterou a área de locação e o valor
do aluguel para R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais).

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Sobre o novo valor do aluguel ainda deveria incidir a já indicada
atualização anual do valor.

Assim, atualmente o autor deveria pagar ao réu o valor mensal


de R$ 1.575,00 (mil quinhentos e setenta e cinco reais) a título de
aluguel, conforme boletos anexos. Desta forma, o valor devido pelo réu, considerando o
valor atual do aluguel, mais multa (10%), juros (1%) e correção monetária, é de R$
5.275,62 (cinco mil duzentos e setenta e cinco reais e sessenta e dois centavos).

Conforme cláusula 17 do contrato de locação, em razão da propositura


da presente ação são ainda devidos honorários ao patrono do autor, estes no importe de
20% (vinte por cento) sobre a dívida, os quais perfazem o total de R$ 1.055,12 (mil e
cinquenta e cinco reais e doze centavos).
Assim, o valor total da dívida do réu é de R$ 6.330,74 (seis mil
trezentos e trinta reais e setenta e quatro centavos).

Diante do exposto, requer-se a condenação do requerido ao pagamento


dos alugueres vencidos e não pagos, atualizados até a data do pagamento, bem como
dos alugueres vencidos até a data da efetiva desocupação do imóvel, mais honorários ao
patrono do autor.

V. DAS PROVAS

Pugna-se pela produção de provas por todos os meios admitidos em


direito, especialmente quanto a juntada de novos documentos, oitiva das partes e
testemunhas que, sendo necessárias, serão oportunamente arroladas.

VI. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

Diante do exposto, requer-se, primeiramente e com máxima


urgência, o deferimento do despejo liminar para que, juntamente com a citação, seja o
réu intimado para que, no prazo fixado pelo juízo, não superior a 30 dias, pague os
valores devidos e que até lá vencerem, sob pena de despejo liminar, conforme
fundamentação anteriormente exposta.

Requer-se ainda:

a) Seja deferido em favor do autor os benefícios da justiça gratuita;


b) A tramitação preferencial da presente ação em razão de ser o autor pessoa idosa;
c) A procedência da ação e confirmação do despejo liminar para rescindir o
contrato de locação e ordenar a desocupação do imóvel rural, imóvel sendo o
autor imitido novamente na posse do imóvel;
d) A condenação do requerente ao pagamento do valor total de R$ 6.330,74 (seis
mil trezentos e trinta reais e setenta e quatro centavos), referente aos

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alugueres vencidos e não pagos até a presente data e honorários advocatícios,
valor que deverá ser atualizado até a data do efetivo pagamento;
e) A inclusão no crédito do autor dos alugueres que vencerem ao longo da
tramitação processual e não forem pagos, até a data da efetiva desocupação do
imóvel;
f) O deferimento para produção de provas por todos os meios admitidos em
direito;
g) A condenação da Requerida ao pagamento das custas judiciais e dos honorários
advocatícios, estes a razão de 20% aos advogados da parte Requerente sobre o
valor da causa, custas e honorários, que deverão ser corrigidos monetariamente
acrescidos de juros de mora que serão executados nestes próprios autos.

Protesta provar a verdade dos fatos, com as provas documentais,


testemunhais e depoimento pessoal do Requerido, sob pena de confissão.
Dá-se à causa o valor de R$ 81.750,00 (oitenta mil, setecentos e
cinquenta reais), nos termos do artigo 58, inciso III, da Lei 8.245/91.

Nestes termos,
Pede e espera deferimento,
Datado assinado digitalmente.

Anderson Flogner
OAB/PR – 78.164

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