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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Efeitos do Casamento e da União Estável

Nito Mujuabure Inácio - 708236182

Tutor: André Fernando Vahala

Curso: Administração Pública


Disciplina: Antropologia Cultural
Ano de Frequência: 2o Ano
Turma: P

Quelimane, Maio, 2024

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Indice

1. Introdução ................................................................................................................................ 4

2. Objectivos ................................................................................................................................ 4

2.1. Geral: .................................................................................................................................... 4

2.2. Específicos: ........................................................................................................................... 4

3. Metodologia ............................................................................................................................. 4

4. Efeitos do Casamento e da União Estável ............................................................................... 5

4.1. Casamento (Conceitos) ......................................................................................................... 5

4.2 Casamento tradicional ........................................................................................................... 6

5. Evolução histórica do casamento ............................................................................................ 6

6. Regras e Princípios que presidem ao Casamento em Moçambique ........................................ 7

7. Modalidades ou Tipos de Casamento em Moçambique .......................................................... 8

7.1. Casamento civil .................................................................................................................... 8

7.2. Casamentos religioso e tradicional ....................................................................................... 8

7.2.1. Os casamentos tradicionais e a sua tipologia..................................................................... 9

8. Classificação do Casamento quanto a residência .................................................................. 10

8.1. Fatores que influenciam a escolha do local de residência .................................................. 10

8.2. Considerações legais: ......................................................................................................... 11

9. Conclusão .............................................................................................................................. 12

10. Bibliografia .......................................................................................................................... 13

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1. Introdução

O presente trabalho, com o tema: Efeitos do Casamento e da União Estável. O casamento se


consagra uma instituição social de todas as culturas, a família, mas com diferentes implicações
sociais. Ele, é um ritual de passagem da juventude à adultez e regulamenta a relação sexual e a
procriação, mas também as ligações sociais entre famílias e grupos humanos. A cerimónia do
casamento vária de cultura a cultura em términos formais, mas no geral é um ritual de passagem
do estatuto da juventude para o estatuto de adulto.

Em Moçambique, podemos encontrar três tipos de casamentos: o civil, o religioso e o tradicional.


O casamento civil é realizado em qualquer Registo Civil de um país e o religioso é contraído na
Igreja. Trata-se de um vínculo de carácter duradoiro realizado entre duas pessoas. Nesta parceria,
envolve-se a cooperação económica, social, afectiva, educativa, relacional e reprodutiva entre os
dois sujeitos. Assim sendo, tem como:

2. Objectivos

2.1. Geral:

 Compreender os Efeitos do Casamento e da União Estável.

2.2. Específicos:

 Conceituar o Casamento;
 Descrever as Regras e Princípios que presidem ao Casamento em Moçambique;
 Analisar a Classificação do Casamento quanto a residência.

3. Metodologia

Para a realização do presente trabalho, foi graças a alguns artigos, teses e como de algumas fontes
bibliográficas, que consistiu na análise e a retirada dos pressupostos básicos que fazem menção ao
trabalho em destaque.

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4. Efeitos do Casamento e da União Estável

4.1. Casamento (Conceitos)

De acordo com a Lei da Família n.º 10/2004 de 25 de Agosto, no seu Artigo 7, “o casamento é a
união voluntária e singular entre um homem e uma mulher, com o propósito de constituir família,
mediante comunhão plena de vida”.

Para o sociólogo britânico Anthony Giddens o casamento pode ser definido “como uma união
sexual entre dois individues, adultos, reconhecidos e aprovado socialmente” Para ele, a medida em
que a mulher se vá tornando economicamente mais independente, o casamento deixa de ser uma
necessidade económica para os conjugues como aconteceria outrora (Giddens;2001:183).

Na visão de Carvalho (2014), o casamento é uma instituição cultural, ou seja, uma construção
sócio-afectiva que serve para selar um contrato de pertença entre dois parceiros, conferindo-lhe um
carácter jurídico universal. Em algumas sociedades o casamento é importante no quadro da
constituição da família e da organização da própria sociedade

Segundo Bértolo (2009, citado por Carvalho;2014:26), pela sua universalidade, o casamento existe
em todas as sociedades e culturas, embora a sua configuração possa variar. Trata-se de um vínculo
de carácter duradoiro realizado entre duas pessoas. Nesta parceria, envolve-se a cooperação
económica, social, afectiva, educativa, relacional e reprodutiva entre os dois sujeitos.

De acordo com Martinez (2009) o casamento consagra uma instituição social de todas as culturas,
a família, mas com diferentes implicações sociais. Ele, é um ritual de passagem da juventude à
adultez e regulamenta a relação sexual e a procriação, mas também as ligações sociais entre
famílias e grupos humanos. A cerimónia do casamento vária de cultura a cultura em términos
formais, mas no geral é um ritual de passagem do estatuto da juventude para o estatuto de adulto.

Para Leandro (2001:56), o casamento constitui uma instituição social ou religiosa, que representa
o fundamento ou o alicerce da união entre dois indivíduos, implicando na maioria das vezes, a
heterossexualidade, mesmo que actualmente na sociedade moderna haja países onde o casamento
homossexual já seja legal. Também pode-se dizer que o casamento por si já estabelece oficialmente
um carácter duradoiro. Porém, o casamento, marco fundamental na constituição da família, tem
passado por diversas contingências.

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De acordo com Martinez (2009), o casamento pode servir para:

 Definir o pai legal dos filhos de uma mulher;


 Definir a mãe legal para os filhos de um homem;
 Dar ao marido monopólio sobre a actividade sexual da mulher;
 Dar à mulher monopólio sobre a actividade sexual do marido;
 Dar ao esposo o direito sobre serviços domésticos e trabalhos da mulher;
 Dar à mulher o direito parcial ou monopólio sobre o trabalho do homem;
 Dar ao marido direito de propriedade sobre as pertenças da mulher;
 Dar à mulher direito de propriedade sobre as pertenças do marido;
 Estabelecer um fundo comum de propriedade em benefício dos filhos nascidos do
casamento;
 Estabelecer um parentesco de afinidade entre o marido e os irmãos da mulher.

4.2 Casamento tradicional

O casamento tradicional foi definido por Cipire (1996), como, “aquele que é celebrado pelos
familiares dos noivos e consiste na observância das regras tradicionais sobre o mesmo”.

Este surge, ainda de acordo com Cipire, do princípio de uma condição que tinha que existir um
instrumento legal que testemunhasse a celebração do contrato de casamento entre filhos de
determinadas famílias. Para o efeito e como o instrumento mais eficaz para a época e para e para
as sociedades, as famílias (linhagem patrilinear – Tsonga do sul do rio Save) introduziram o Lobolo
e os Suahilis do norte de Moçambique introduziram o Mahari.

5. Evolução histórica do casamento

Na perspectiva Carvalho (2014), o casamento é uma instituição legal concebida já no período


pagão, ainda que nessa época, a família fosse configurada e reconfigurada de maneira diferente da
actual. Pois, foi só a partir do século IV da nossa era, que esta instituição deixou-se influenciar
profundamente pela Igreja Cristã reformatada, com a tónica sobre a expressão tradicional que
sempre orientou a igreja católica, presente sempre na cerimónia do casamento “até que a morte os
separe.”

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Costa (2012:2), considera que, na idade média e com a influência do cristianismo o casamento
passou a ser encarado como um sacramento em que intervinha a vontade divina, o casamento
revestia - se de forma canónica e era o ministro do culto que autorizava a celebração. Só a partir
do Concilio de Trento do século XVI em que o sacerdote passou a intervir na sua celebração

Com a separação da igreja criou-se o advento do protestantismo e seu predomínio em alguns países
Europeus como a Inglaterra, retirou a igreja o controlo do casamento submetendo o ao Estado. Foi
só com a revolução francesa, no final do século XVIII que se passou a adoptar a concepção do
casamento como um acto meramente civil, um contrato, baseado na vontade dos nubentes e sem
estar sujeito à intervenção obrigatória da Igreja, surgindo assim o casamento de natureza laica de
competência dos representantes do Estado e independente do casamento religioso (Idem).

6. Regras e Princípios que presidem ao Casamento em Moçambique

Segundo Martinez (2009), os padrões e princípios do casamento em Moçambique são diversos e


influenciados por factores culturais, religiosos e legais, variando amplamente entre as diferentes
comunidades e grupos étnicos do pais. De acordo com a Constituição da Republica, Artigo 119 (lei
da família):

 2. O Estado reconhece e protege, nos termos da lei, o casamento como instituição que
garante a prossecução dos objectivos da família.
 3. No quadro do desenvolvimento de relações sociais assentes no respeito pela dignidade
da pessoa humana, o Estado consagra o princípio de que o casamento se baseia no livre
consentimento.
 4. A lei estabelece as formas de valorização do casamento tradicional e religioso, define os
requisitos do seu registo e fixa os seus efeitos.

Por tanto o casamento é um assunto de grupo, pois os casais interiorizam as obrigações para com
os parentes. (exemplo: tensão estrutural básica entre o património e o matrimónio). Em muitos
casos o matrimónio não é por “amor”, nem é uma escolha entre os casais, porem entre os parentes
ou o chefe do clã, não sem consulta aos casais, a decisão é dos parentes. É o romantismo quem
desenvolve a ideia do amor como motivo principal do casamento. Ainda que o amor entre os casais
e entre os pais e os filhos é quase universal e não se inventou só na Europa (Goody;2000, citado
por Martinez:2009:108).

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7. Modalidades ou Tipos de Casamento em Moçambique

Em relação a tipologia de casamentos, no que se refere ao reconhecimento legal destes em


Moçambique, podemos encontrar três tipos de casamentos: o civil, o religioso e o tradicional. O
casamento civil é realizado em qualquer Registo Civil de um país e o religioso é contraído na Igreja
(Carvalho;2014:28).

7.1. Casamento civil

O casamento civil é um contrato firmado entre duas pessoas com o objectivo de constituir uma
família. Este acontece quando um homem e uma mulher manifestam perante o Conservador do
Registo Civil, que representa o Estado, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal. A instrução
do processo para casamento compete à

Conservatória do Registo Civil da área de residência habitual de qualquer um dos nubentes,


devendo a intenção de se casar ser declarada pessoalmente ou por intermédio de procurador de um
deles.

A declaração para casamento deverá constar de documento assinado pelos nubentes, com dispensa
de reconhecimento das assinaturas ou de auto lavrado em impresso a ser disponibilizado pela
Conservatória ou Delegação do Registo Civil. A declaração inicial deverá ser instruída com os
seguintes documentos:

Certidões do registo de nascimento dos nubentes; bilhetes de identidade dos nubentes; atestados
comprovativos da residência atual dos nubentes; atestado de pobreza para se beneficiar da isenção
ou redução prevista na Lei para casos de nubentes sem recursos para pagar os emolumentos;
certidão da escritura antenupcial quando houver.

Os bilhetes de identificação serão restituídos depois de anotado no processo a sua apresentação.


Serão dispensados da apresentação do bilhete de identidade aosnubentes estrangeiros não
residentes em território nacional, desde que apresentem o seu passaporte ou Dire.

7.2. Casamentos religioso e tradicional

O casamento religioso e o tradicional só podem ser contraídos por quem tiver a capacidade
matrimonial exigida na lei civil (Art. 26 da Lei n.º 22/2019 de 11 de dezembro, Lei da Família). A

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celebração do casamento tradicional segue as regras estabelecidas para o casamento urgente em
tudo o que não se achar especialmente consagrado por lei (Art. 27 da Lei n.º 22/2019 de 11 de
dezembro).

A capacidade matrimonial dos nubentes é comprovada por meio de processo preliminar de


publicações, organizado nas repartições do registo civil através de um requerimento dos nubentes
ou do dignitário religioso, nos termos da lei de registo (Art. 28 da lei n.º 22/2019 de 11 de
dezembro).

É obrigatório o registo dos casamentos celebrados na República de Moçambique por qualquer das
formas previstas na lei moçambicana (Art. 79 Lei n.º 22/2019, de 11 de dezembro). O registo é
lavrado por inscrição se o casamento for contraído perante o agente diplomático ou consular
moçambicano e, nos outros casos, por transcrição do documento comprovativo do casamento,
passado de harmonia com a lei do lugar de celebração do casamento (Art. 91 da Lei n.º 22/2019 de
11 de dezembro).

7.2.1. Os casamentos tradicionais e a sua tipologia

Para Cipire (1996), casamento como foi referenciado anteriormente, aquele que é celebrado pelos
familiares dos noivos e consiste na observância das regras tradicionais sobre o mesmo. Assim,
segundo a sua tipologia estes podem ser classificados de acordo com as regras usadas, ou seja as
normas que envolvem este processo, a localização geográfica da comunidade praticante e o sistema
linhageiro. Podendo resumir-se em dois tipos de casamentos tradicionais:

1) Casamentos matrilinear – neste sistema, os jovens casam-se entre os 13 e 16 anos, em


regra, logo que os nubentes poderem construir a palhota onde iram viver e apresentarem o
pedido de aquisição da rapariga que geralmente é feito pelos pais dos interessados sem a
intervenção dos noivos. Logo depois deste processo, já é momento do noivo começar a
oferecer presentes aos pais da sua futura esposa, tudo o que poder arranjar: peixe, tabaco,
pano, levar-lhe a machamba, etc. até alcançar a idade mínima para o trabalho sexual, afim
de se ajuntar com ela.

Neste sistema, as formalidades para o casamento tradicional são simples: “é sempre a irmã
do pretendente que vai levar a futura cunhada, os presentes que é costume darem” que como
é óbvio puderam depender das regiões. E sempre tais presentes são acompanhados de uma
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bebida tradicional: sura, aguardente ou vinho importado, recebidos os presentes, inicia-se a
conversa, com a abertura da vasilha da bebida. Se a rapariga a bebe, oferecendo-a em
seguida ao seu irmão mais velho, sinal que esta aceitou; se porem, a rapariga recusa, o que
acontece na maioria das vezes, a irmã do pretendente nada mais tem a fazer que retirar-se
com todos os seus saguates que levou. No primeiro caso o rapaz é logo avisado, passando
a seguir a construir a sua palhota o que leva ainda tempo, sendo nisto ajudado por parentes
e amigos (Cipire;1996:56).

2) Casamento patrilinear – neste sistema, o casamento é considerado como um sistema de


troca de serviços entre duas famílias pertencentes a clã diferentes. Uma das famílias, cede
a outra a capacidade procriadora de um dos seus membros femininos, e, compensada pela
perca, recebe cabeças de gado. O lobolo é portanto uma compensação nupcial, não um dote
nem preço de compra. A negociação é feita entre os familiares interessados e o casamento
dos noivos é proposto (Cipire;1996:57).

8. Classificação do Casamento quanto a residência

De acordo com Carvalho (2014), em Moçambique, os padrões de residência podem variar de


acordo com a etnia, cultura e circunstâncias individuais das famílias. A Virilocalidade e
uxorilocalidade são termos antropológicos que descrevem padrões de residência após o casamento.
A virilocalidade refere-se à prática de o casal se mudar para perto ou na casa da família do marido,
enquanto a uxorilocalidade é quando o casal se muda para perto ou na casa da família da esposa.

No contexto do casamento em Moçambique, a virilocalidade e a uxorilocalidade não são conceitos


comumente utilizados ou legalmente relevantes. A escolha do local de residência após o casamento
é geralmente uma decisão pessoal do casal, baseada em suas preferências, necessidades e
circunstâncias.

8.1. Fatores que influenciam a escolha do local de residência

 Oportunidades de trabalho: O casal pode optar por morar em um local que ofereça melhores
oportunidades de trabalho para ambos.
 Acesso a serviços: A proximidade de serviços essenciais, como escolas, hospitais e
transporte público, pode ser um fator importante na escolha do local de residência.

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 Apoio familiar: O casal pode querer morar perto de seus familiares para receber apoio e
ajuda com tarefas domésticas e cuidados com os filhos.
 Cultura e tradição: Em algumas comunidades, pode haver expectativas culturais ou
tradicionais sobre o local de residência após o casamento.

8.2. Considerações legais:

 A lei moçambicana não impõe nenhuma restrição quanto ao local de residência após o
casamento.
 Casal é livre para escolher onde morar, independentemente de sua origem ou status social.
 Em caso de divórcio, a questão da residência dos filhos pode ser decidida pelo tribunal,
levando em consideração o melhor interesse da criança.

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9. Conclusão

Dado o trabalho, conclui-se casamento é a união voluntária e singular entre um homem e uma
mulher, com o propósito de constituir família, mediante comunhão plena de vida. Pela sua
universalidade, o casamento existe em todas as sociedades e culturas, embora a sua configuração
possa variar. Trata-se de um vínculo de carácter duradoiro realizado entre duas pessoas. Nesta
parceria, envolve-se a cooperação económica, social, afectiva, educativa, relacional e reprodutiva
entre os dois sujeitos.

Por tanto o casamento é um assunto de grupo, pois os casais interiorizam as obrigações para com
os parentes. (exemplo: tensão estrutural básica entre o património e o matrimónio). Em muitos
casos o matrimónio não é por “amor”, nem é uma escolha entre os casais, porem entre os parentes
ou o chefe do clã, não sem consulta aos casais, a decisão é dos parentes. É o romantismo quem
desenvolve a ideia do amor como motivo principal do casamento. Ainda que o amor entre os casais
e entre os pais e os filhos é quase universal e não se inventou só na Europa.

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10. Bibliografia

Carvalho, A. M. (2014). O Impacto do Divórcio na Família - Uma perspectiva psicológica,


Universidade Jean Piaget de Cabo Verde, Cidade da Praia.

Cipire, F. (1996). Educação Tradicional em Moçambique. 2ª edição, Publicações EMIDIL,


Maputo.

Costa, M. M. (s/d). O Casamento: o casamento que constitui uma das fontes das relações familiares
no direito da família. Sol nascente – Revista do centro de Investigação sobre Ética Aplicada.
Luanda.

Giddens, A. (2001). Sociologia, 6ª edição, Lisboa.

Leandro, M. E. (2001). Sociologia das famílias nas sociedades contemporâneas. Universidade


Aberta, Lisboa.

Martinez, F. L. (2009). Antropologia Cultural, 6ª edição, Paulinas Editora, Maputo.

Neves, José Luís. (1996). Pesquisa qualitativa – características, usos e possibilidades, FEA-USP,
São Paulo.

Documento oficial

Lei da família n º 10/2004 de 25 de Agosto, Assembleia da Republica de Moçambique, Maputo,


2004.

Sítio consultado:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Herdeiro, do dia 10 de Maio de 2024, pelas 09 e 39 AM.

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