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Nito - Antropologia - 054544
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Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
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Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos
Introdução 1.0
objectives
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Articulação e
domínio do discurso
Conteúdo académico
2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
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Folha para recomendações de melhoria:
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Indice
1. Introdução ................................................................................................................................ 4
2. Objectivos ................................................................................................................................ 4
3. Metodologia ............................................................................................................................. 4
9. Conclusão .............................................................................................................................. 12
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1. Introdução
2. Objectivos
2.1. Geral:
2.2. Específicos:
Conceituar o Casamento;
Descrever as Regras e Princípios que presidem ao Casamento em Moçambique;
Analisar a Classificação do Casamento quanto a residência.
3. Metodologia
Para a realização do presente trabalho, foi graças a alguns artigos, teses e como de algumas fontes
bibliográficas, que consistiu na análise e a retirada dos pressupostos básicos que fazem menção ao
trabalho em destaque.
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4. Efeitos do Casamento e da União Estável
De acordo com a Lei da Família n.º 10/2004 de 25 de Agosto, no seu Artigo 7, “o casamento é a
união voluntária e singular entre um homem e uma mulher, com o propósito de constituir família,
mediante comunhão plena de vida”.
Para o sociólogo britânico Anthony Giddens o casamento pode ser definido “como uma união
sexual entre dois individues, adultos, reconhecidos e aprovado socialmente” Para ele, a medida em
que a mulher se vá tornando economicamente mais independente, o casamento deixa de ser uma
necessidade económica para os conjugues como aconteceria outrora (Giddens;2001:183).
Na visão de Carvalho (2014), o casamento é uma instituição cultural, ou seja, uma construção
sócio-afectiva que serve para selar um contrato de pertença entre dois parceiros, conferindo-lhe um
carácter jurídico universal. Em algumas sociedades o casamento é importante no quadro da
constituição da família e da organização da própria sociedade
Segundo Bértolo (2009, citado por Carvalho;2014:26), pela sua universalidade, o casamento existe
em todas as sociedades e culturas, embora a sua configuração possa variar. Trata-se de um vínculo
de carácter duradoiro realizado entre duas pessoas. Nesta parceria, envolve-se a cooperação
económica, social, afectiva, educativa, relacional e reprodutiva entre os dois sujeitos.
De acordo com Martinez (2009) o casamento consagra uma instituição social de todas as culturas,
a família, mas com diferentes implicações sociais. Ele, é um ritual de passagem da juventude à
adultez e regulamenta a relação sexual e a procriação, mas também as ligações sociais entre
famílias e grupos humanos. A cerimónia do casamento vária de cultura a cultura em términos
formais, mas no geral é um ritual de passagem do estatuto da juventude para o estatuto de adulto.
Para Leandro (2001:56), o casamento constitui uma instituição social ou religiosa, que representa
o fundamento ou o alicerce da união entre dois indivíduos, implicando na maioria das vezes, a
heterossexualidade, mesmo que actualmente na sociedade moderna haja países onde o casamento
homossexual já seja legal. Também pode-se dizer que o casamento por si já estabelece oficialmente
um carácter duradoiro. Porém, o casamento, marco fundamental na constituição da família, tem
passado por diversas contingências.
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De acordo com Martinez (2009), o casamento pode servir para:
O casamento tradicional foi definido por Cipire (1996), como, “aquele que é celebrado pelos
familiares dos noivos e consiste na observância das regras tradicionais sobre o mesmo”.
Este surge, ainda de acordo com Cipire, do princípio de uma condição que tinha que existir um
instrumento legal que testemunhasse a celebração do contrato de casamento entre filhos de
determinadas famílias. Para o efeito e como o instrumento mais eficaz para a época e para e para
as sociedades, as famílias (linhagem patrilinear – Tsonga do sul do rio Save) introduziram o Lobolo
e os Suahilis do norte de Moçambique introduziram o Mahari.
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Costa (2012:2), considera que, na idade média e com a influência do cristianismo o casamento
passou a ser encarado como um sacramento em que intervinha a vontade divina, o casamento
revestia - se de forma canónica e era o ministro do culto que autorizava a celebração. Só a partir
do Concilio de Trento do século XVI em que o sacerdote passou a intervir na sua celebração
Com a separação da igreja criou-se o advento do protestantismo e seu predomínio em alguns países
Europeus como a Inglaterra, retirou a igreja o controlo do casamento submetendo o ao Estado. Foi
só com a revolução francesa, no final do século XVIII que se passou a adoptar a concepção do
casamento como um acto meramente civil, um contrato, baseado na vontade dos nubentes e sem
estar sujeito à intervenção obrigatória da Igreja, surgindo assim o casamento de natureza laica de
competência dos representantes do Estado e independente do casamento religioso (Idem).
2. O Estado reconhece e protege, nos termos da lei, o casamento como instituição que
garante a prossecução dos objectivos da família.
3. No quadro do desenvolvimento de relações sociais assentes no respeito pela dignidade
da pessoa humana, o Estado consagra o princípio de que o casamento se baseia no livre
consentimento.
4. A lei estabelece as formas de valorização do casamento tradicional e religioso, define os
requisitos do seu registo e fixa os seus efeitos.
Por tanto o casamento é um assunto de grupo, pois os casais interiorizam as obrigações para com
os parentes. (exemplo: tensão estrutural básica entre o património e o matrimónio). Em muitos
casos o matrimónio não é por “amor”, nem é uma escolha entre os casais, porem entre os parentes
ou o chefe do clã, não sem consulta aos casais, a decisão é dos parentes. É o romantismo quem
desenvolve a ideia do amor como motivo principal do casamento. Ainda que o amor entre os casais
e entre os pais e os filhos é quase universal e não se inventou só na Europa (Goody;2000, citado
por Martinez:2009:108).
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7. Modalidades ou Tipos de Casamento em Moçambique
O casamento civil é um contrato firmado entre duas pessoas com o objectivo de constituir uma
família. Este acontece quando um homem e uma mulher manifestam perante o Conservador do
Registo Civil, que representa o Estado, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal. A instrução
do processo para casamento compete à
A declaração para casamento deverá constar de documento assinado pelos nubentes, com dispensa
de reconhecimento das assinaturas ou de auto lavrado em impresso a ser disponibilizado pela
Conservatória ou Delegação do Registo Civil. A declaração inicial deverá ser instruída com os
seguintes documentos:
Certidões do registo de nascimento dos nubentes; bilhetes de identidade dos nubentes; atestados
comprovativos da residência atual dos nubentes; atestado de pobreza para se beneficiar da isenção
ou redução prevista na Lei para casos de nubentes sem recursos para pagar os emolumentos;
certidão da escritura antenupcial quando houver.
O casamento religioso e o tradicional só podem ser contraídos por quem tiver a capacidade
matrimonial exigida na lei civil (Art. 26 da Lei n.º 22/2019 de 11 de dezembro, Lei da Família). A
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celebração do casamento tradicional segue as regras estabelecidas para o casamento urgente em
tudo o que não se achar especialmente consagrado por lei (Art. 27 da Lei n.º 22/2019 de 11 de
dezembro).
É obrigatório o registo dos casamentos celebrados na República de Moçambique por qualquer das
formas previstas na lei moçambicana (Art. 79 Lei n.º 22/2019, de 11 de dezembro). O registo é
lavrado por inscrição se o casamento for contraído perante o agente diplomático ou consular
moçambicano e, nos outros casos, por transcrição do documento comprovativo do casamento,
passado de harmonia com a lei do lugar de celebração do casamento (Art. 91 da Lei n.º 22/2019 de
11 de dezembro).
Para Cipire (1996), casamento como foi referenciado anteriormente, aquele que é celebrado pelos
familiares dos noivos e consiste na observância das regras tradicionais sobre o mesmo. Assim,
segundo a sua tipologia estes podem ser classificados de acordo com as regras usadas, ou seja as
normas que envolvem este processo, a localização geográfica da comunidade praticante e o sistema
linhageiro. Podendo resumir-se em dois tipos de casamentos tradicionais:
Neste sistema, as formalidades para o casamento tradicional são simples: “é sempre a irmã
do pretendente que vai levar a futura cunhada, os presentes que é costume darem” que como
é óbvio puderam depender das regiões. E sempre tais presentes são acompanhados de uma
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bebida tradicional: sura, aguardente ou vinho importado, recebidos os presentes, inicia-se a
conversa, com a abertura da vasilha da bebida. Se a rapariga a bebe, oferecendo-a em
seguida ao seu irmão mais velho, sinal que esta aceitou; se porem, a rapariga recusa, o que
acontece na maioria das vezes, a irmã do pretendente nada mais tem a fazer que retirar-se
com todos os seus saguates que levou. No primeiro caso o rapaz é logo avisado, passando
a seguir a construir a sua palhota o que leva ainda tempo, sendo nisto ajudado por parentes
e amigos (Cipire;1996:56).
Oportunidades de trabalho: O casal pode optar por morar em um local que ofereça melhores
oportunidades de trabalho para ambos.
Acesso a serviços: A proximidade de serviços essenciais, como escolas, hospitais e
transporte público, pode ser um fator importante na escolha do local de residência.
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Apoio familiar: O casal pode querer morar perto de seus familiares para receber apoio e
ajuda com tarefas domésticas e cuidados com os filhos.
Cultura e tradição: Em algumas comunidades, pode haver expectativas culturais ou
tradicionais sobre o local de residência após o casamento.
A lei moçambicana não impõe nenhuma restrição quanto ao local de residência após o
casamento.
Casal é livre para escolher onde morar, independentemente de sua origem ou status social.
Em caso de divórcio, a questão da residência dos filhos pode ser decidida pelo tribunal,
levando em consideração o melhor interesse da criança.
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9. Conclusão
Dado o trabalho, conclui-se casamento é a união voluntária e singular entre um homem e uma
mulher, com o propósito de constituir família, mediante comunhão plena de vida. Pela sua
universalidade, o casamento existe em todas as sociedades e culturas, embora a sua configuração
possa variar. Trata-se de um vínculo de carácter duradoiro realizado entre duas pessoas. Nesta
parceria, envolve-se a cooperação económica, social, afectiva, educativa, relacional e reprodutiva
entre os dois sujeitos.
Por tanto o casamento é um assunto de grupo, pois os casais interiorizam as obrigações para com
os parentes. (exemplo: tensão estrutural básica entre o património e o matrimónio). Em muitos
casos o matrimónio não é por “amor”, nem é uma escolha entre os casais, porem entre os parentes
ou o chefe do clã, não sem consulta aos casais, a decisão é dos parentes. É o romantismo quem
desenvolve a ideia do amor como motivo principal do casamento. Ainda que o amor entre os casais
e entre os pais e os filhos é quase universal e não se inventou só na Europa.
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10. Bibliografia
Costa, M. M. (s/d). O Casamento: o casamento que constitui uma das fontes das relações familiares
no direito da família. Sol nascente – Revista do centro de Investigação sobre Ética Aplicada.
Luanda.
Neves, José Luís. (1996). Pesquisa qualitativa – características, usos e possibilidades, FEA-USP,
São Paulo.
Documento oficial
Sítio consultado:
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