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Direito das Coisas

AULA 5 – 09.03.2023

Tema: USUCAPIÃO

Profa. Fabiola Machado


OBJETIVO

Conhecer os requisitos para o


reconhecimento da usucapião.

Identificar as diferentes espécies


de usucapião.
O QUE VAMOS
ESTUDAR!

Conceito

Natureza

Requisitos

Espécies
ETIMOLOGIA: Capio, capis, captum, capere =
CONCEITO tomar; usu = uso, ou seja, tomar pelo uso.

[...] é modo originário de aquisição da propriedade e de outros


direitos reais, suscetíveis de exercício continuado (entre eles,
as servidões e o usufruto) pela posse prolongada no tempo,
acompanhada de certos requisitos exigidos pela lei; [...]
(BEVILÁQUA, apud GONÇALVES, 2020:251)

Então,
É situação de fato que se converte em situação de
Direito pelo exercício dos poderes inerentes ao
domínio não molestado e que se alonga no tempo.
Mas, porque se diz modo originário ?

 A relação jurídica formada em favor do usucapiente não deriva


de nenhuma relação do ou com o antecessor;
 O usucapiente se torna proprietário em razão da posse exercida;

 Não há transmissão voluntária da propriedade;


 A perda do domínio é involuntária, mas para ela concorre a
desídia do proprietário primitivo;

É direito autônomo, independente, declarado pela


autoridade judiciária.
E qual o seu fundamento ?

MOTIVO
• Paz Social
• Segurança e Estabilidade

FUNDAMENTO

• Utilidade Social
• Consolidação da Propriedade
NATUREZA JURÍDICA: USUCAPIÃO é prescrição aquisitiva?

Pontos em comum:

• São manifestações da influência do tempo nas


relações jurídicas;
• Objetivam dar firmeza a essas relações, eliminando
a incerteza do direito;
• Interrompe-se ou se suspende o seu curso pelas
mesmas causas.

MAS, há diferenças ...


PRESCRIÇÃO USUCAPIÃO
• É um modo de adquirir a propriedade e
• É modo de extinguir
outros direitos reais, embora, em
• Opera com base na inércia do
consequência, acarrete extinção do
sujeito durante certo lapso de
direito para o outro titular;
tempo.
• A usucapião supõe posse continuada;
• Extingue as PRETENSÕES;
• É MODO DE AQUISIÇÃO de direitos
• É NEGATIVA, porque nasce da
reais.
inércia, e tem por efeito
• É POSITIVA, pois no seu modo de
extinguir a pretensão, não
atuar predomina a força geradora (o
gerando direitos; proprietário perde o domínio, porque o adquire
• Está disciplinada na parte geral o possuidor);
do Código Civil, pois se aplica a • Está disciplinada separadamente,
vários ramos do direito; por ser exclusiva do direito das
coisas.
REQUISITOS

PESSOAIS

REAIS

FORMAIS

• Comuns
• Especiais
Requisitos Pessoais

Adquirente
• Capacidade
• Qualidade para aquisição
• Restrições: art. 1.244
Proprietário
• Domínio do bem
• Restrição: Pessoa Jurídica de direito público
Sobre as RESTRIÇÕES ao ADQUIRENTE

Art. 1.244. Estende-se ao possuidor o disposto quanto ao devedor


acerca das causas que obstam, suspendem ou interrompem a prescrição,
as quais também se aplicam à usucapião.

Art. 197. Não corre a prescrição:


I. entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;
II. entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
III.entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante
a tutela ou curatela.
Art. 198. Também não corre a prescrição:
I. contra os incapazes de que trata o art. 3 o ;
II. contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou
dos Municípios;
III.contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
Art. 197, I, CC: entre cônjuges
MARCOS é possuidor de um terreno de propriedade de MARIA desde janeiro
de 2010. No mês de janeiro de 2015 MARCOS e MARIA se casam
oficialmente. Permanecem casados até o mês de fevereiro de 2020, quando o
casal oficializa o divórcio. Considerando que o prazo da usucapião é de 10 (dez)
anos, indaga-se:
1. O casamento é causa de suspensão ou de
interrupção da prescrição?
2. Qual a diferença entre suspensão e
interrupção da prescrição?
3. A partir de qual mês e ano será possível a
Marcos adquirir o imóvel pela via da
usucapião ?
1. O casamento é causa de suspensão do prazo, cf. art.
197, inc. I, do CC. A realização do casamento
suspendeu o prazo que já estava correndo fazia CINCO
anos;

2. Quando a causa da suspensão se encerra o prazo


retoma de onde parou; já na interrupção é desprezado
o prazo já transcorrido e se inicia novamente, do
início. No caso, com o divórcio, a causa suspensiva (o
casamento) foi extinta, e assim o prazo da usucapião
recomeçou a correr pelo restante, ou seja, computa-se
o lapso de tempo transcorrido antes da causa
suspensiva.

2. O divórcio ocorreu em fevereiro de 2020, época


em que o prazo retoma sua contagem e se encerrará
em fevereiro de 2025, completando os 10 anos.
Art. 197, II, CC: entre ascendentes e
descendentes

Enquanto durar o PODER FAMILIAR

• Poderes são de administração dos bens


dos filhos (art. 1.689, CC);

• Cessa quando alcança capacidade civil


(art. 5º c/c art. 1.635, CC)
Art. 197, III, CC: entre tutores/curadores
e tutelados/curatelados

Enquanto perdurar o vínculo

• Dever de administração (arts. 1.741 e 1749,


quanto a tutela, e art. 1.774, relativo à curatela);

• Cessa quando alcança capacidade civil (art. 5º


c/c art. 1.758, CC)
Art. 198, I, CC: ABSOLUTAMENTE INCAPAZES

Art. 3º, CC. São absolutamente incapazes de


exercer pessoalmente os atos da vida civil os
menores de 16 (dezesseis) anos.
• Se for proprietário de bem, contra o menor não
correrá o prazo.
• Alcançada a idade de 16 anos, o prazo se inicia, salvo
se se tratar de ascendente, tutor/curador, caso em que
não correrá o prazo por ainda estar sob poder familiar
ou sob tutela/curatela (conforme regras do art. 197,
CC).
JORGE é possuidor desde dezembro de 2010 de um
imóvel rural de 70 alqueires, no qual reside com seu
filho, cujo imóvel é de propriedade de PEDRO. No
mês de dezembro de 2015, o possuidor JORGE
falece, sendo que seu único filho, JORGINHO (Jorge
Jr), que acabara de completar 12 anos de idade, torna-
se herdeiro e possuidor do imóvel. Indaga-se:

A partir de que mês e ano será


possível a JORGINHO adquirir a
propriedade do imóvel possuído
através da usucapião, cujo prazo
nesse caso é de 10 (dez) anos?
1. O prazo não corre CONTRA o absolutamente
incapaz;
2. A hipótese se refere ao POSSUIDOR
absolutamente incapaz e, portanto, o prazo seria A
FAVOR dele;
3. Aplica-se o art. 1.243, CC – soma das posses

Art. 1.243. O possuidor pode, para o fim de contar


o tempo exigido pelos artigos antecedentes,
acrescentar à sua posse a dos seus antecessores (art.
1.207 ), contanto que todas sejam contínuas, pacíficas
e, nos casos do art. 1.242 , com justo título e de boa-
fé.

Resposta: o prazo se integralizou em dezembro


de 2020
JORGE é possuidor desde dezembro de 2010 de um imóvel rural de 70 alqueires,
no qual reside com seu filho, cujo imóvel é de propriedade de PEDRO. No mês de
dezembro de 2015, o proprietário falece, herdando a propriedade seu único filho
PEDRINHO, que naquele mês acabara de completar 12 anos de idade. Indaga-se:

A partir de que mês e ano será possível


a JORGE adquirir a propriedade do
imóvel possuído através da usucapião,
cujo prazo nesse caso é de 10 (dez)
anos?
1. O proprietário é absolutamente incapaz;
2. Conforme art. 198, I, CC, o prazo não corre
CONTRA o absolutamente incapaz, porque do
contrário, ao alcançar a maioridade já teria
perdido;
3. O prazo ficará suspenso de dezembro de 2015 até
dezembro de 2019, quando completará 16 anos;

Resposta: o prazo recomeçará em


dezembro de 2019 e finalizará em
dezembro de 2024
ART. 198, II, CC - CONTRA OS AUSENTES
DO PAÍS EM SERVIÇO PÚBLICO DA UNIÃO,
DOS ESTADOS OU DOS MUNICÍPIOS

Embaixadores, Agentes Diplomáticos, agentes


consulares, adidos militares, entre outros, cuja
ausência seja a bem do serviço público;

O possuidor não poderá adquirir a propriedade do bem


estando o proprietário ausente do país nestas condições.

Não alcança:
• trabalhador da iniciativa privada;
• Servidor público licenciado
ART. 198, III, CC - CONTRA OS QUE SE
ACHAREM SERVINDO NAS FORÇAS
ARMADAS, EM TEMPO DE GUERRA.

O proprietário do bem possuído por


outrem servindo nas forças armadas em
tempo de guerra, no país ou no exterior

Militar a serviço do Brasil em outro país,


porém não em tempo de guerra (forças de
paz da ONU) se aplica o art. 198, II, CC
Requisit os Reais: re s h ab ilis

Bens e direitos suscetíveis de usucapião

Não podem ser usucapidos

Bens legalmente INDISPONÍVEIS, como as coisas fora


do comércio e os Bens Públicos

Cláusula de inalienabilidade
STF - Não exclui a usucapião
Posição controvertida (art. 1.611, CC)
Conversando sobre os bens públicos

Art. 98, CC. São públicos os bens do domínio


nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito
público interno; todos os outros são particulares, seja
qual for a pessoa a que pertencerem.

Art. 99, CC. São bens públicos:


I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares,
estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos
destinados a serviço ou estabelecimento da
administração federal, estadual, territorial ou municipal,
inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das
pessoas jurídicas de direito público, como objeto de
direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Sobre os bens públicos em geral

Art. 102, CC. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

Na hipótese de usucapião especial urbana

Art. 183, 3º , CF. Os imóveis públicos não serão adquiridos por


usucapião.

Na hipótese de usucapião especial rural

Art. 191, Parágrafo único, CF. Os imóveis públicos não


serão adquiridos por usucapião.
Bens de sociedade de economia mista

ADMITE usucapião por ser pessoas jurídica


de natureza PRIVADA
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CIVIL. USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO. IMÓVEL
PERTENCENTE À CEHOP. VIABILIDADE. ACERVO PROBANTE A INDICAR
DURADOURA POSSE DA PARTE AUTORA. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO
DESPROVIDO. UNÂNIME. I. Segundo dicção do art. 1.238 do Código Civil, aquele que, por quinze
anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade,
independentemente de título e boa-fé. II. Na espécie, seja pelo acervo testemunhal, seja pelo acervo
documental, insofismável o cumprimento dos requisitos estampados na norma de regência. III. É da
jurisprudência desta Casa, com supedâneo em atual posicionamento do STF (RE nº 536297, Rel. Min.
Ellen Gracie), o entendimento de que os bens pertences à sociedade de economia mista se submetem à
prescrição aquisitiva, posto ser o referido ente de direito privado, na forma do art. 98 do Código Civil. lV.
A função social das moradias construídas pela CEHOP não pode ser impedimento à regularização social
derredor de demandas declaratórias de usucapião, sob pena de interpretar o uso de verbas públicas como
óbice intransponível para pacificar a realidade posta defronte ao julgador. V. Recurso Conhecido e
Improvido. (TJSE; AC 201900718410; Ac. 4838/2020; Primeira Câmara Cível; Rel. Des. Cezário
Siqueira Neto; DJSE 12/03/2020).
Os bens
pertencentes às
empresas
públicas podem
ser adquiridos
por usucapião ?
AÇÃO DE USUCAPIÃO. IMÓVEL DE PROPRIEDADE DA ECT. EMPRESA
EQUIPARADA À FAZENDA PÚBLICA. IMPOSSIBILIDADE. CF, ART. 183, § 3º,
SENTENÇA MANTIDA. 1. O Supremo Tribunal Federal estabeleceu que a Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos. ECT é pessoa jurídica que não exerce atividade
econômica e presta serviço público da competência da União e por ela mantido,
equiparando-se à Fazenda Pública (RE 220.906/DF, Rel. Ministro Maurício Corrêa,
Plenário, DJ de 16/11/2000). Os imóveis dessa empresa pública não são passiveis de
usucapião. (...) 4. Segundo a jurisprudência do STJ “não é cabível o pagamento de
indenização por acessões ou benfeitorias, nem o reconhecimento do direito de retenção
na hipótese em que o particular ocupa irregularmente área pública, pois, como o imóvel
público é insuscetível de usucapião, nos termos do artigo 183, § 3º, da CF, o particular
jamais poderá ser considerado possuidor, senão mero detentor, sendo irrelevante falar-
se em posse de boa ou má-fé”. Precedente (STJ, EDcl no REsp 1717124/SP, Rel. Ministro
Francisco Falcão, Segunda Turma, julgado em 26/03/2019, DJe 29/03/2019).
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE USUCAPIÃO.
BEM VINCULADO AO SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO. DOMÍNIO
PÚBLICO RECONHECIDO. IMPOSSIBILIDADE DA PRETENSÃO.
PRECEDENTES DO
C. STJ. 1. A jurisprudência do C. STJ é firme ao assentar que o imóvel vinculado ao
Sistema Financeiro de Habitação caracteriza-se como bem público, sendo, portanto,
imprescritível. 2. O fato de o bem objeto do litígio ter sido retomado pela Caixa
Econômica Federal e posteriormente cedido à EMGEA - Empresa Gestora de Ativos,
também qualificada como empresa pública federal, não desnatura a natureza pública
do imóvel em questão, sendo inviável utilizar o interregno suscitado pela Apelante para
obter a usucapião pretendida. 3. Apelo conhecido e improvido. 4. Unanimidade. (TJMA; AC
6066-37.2011.8.10.0040; Ac. 240520/2019; Quinta Câmara Cível; Rel. Des. Ricardo Tadeu
Bugarin Dualibe; Julg. 04/02/2019; DJEMA 13/02/2019).
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE USUCAPIÃO. BEM PERTENCENTE A EMPRESA PÚBLICA
DE DIREITO PRIVADO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO. PRESCRIÇÃO AQUISITIVA.
RECONHECIMENTO. INVIABILIDADE. PREQUESTIONAMENTO. SUCUMBÊNCIA
RECURSAL. BEM PÚBLICO. A companhia de desenvolvimento de passo fundo, a despeito de estar
constituída sob a forma de empresa pública de direito privado, tem entre suas atribuições a prestação de
serviço público, conforme art. 5º da Lei Municipal nº 2.115/84, tendo, entre suas finalidades, a promoção
de desenvolvimento econômico e social do município; a execução de obras públicas ou de interesse
público; e a realização de estudos e projetos nessas áreas, de modo que é inviável o reconhecimento da
prescrição aquisitiva da área objeto da lide. Inaplicabilidade do art. 173 da Constituição da República, ao caso
dos autos, pois não se trata de empresa pública criada para exploração da atividade econômica. Ademais,
foi julgada procedente ação de reintegração de posse movida pela apelada contra os apelantes, na qual foi
determinada a desocupação da área em questão. Recurso desprovido. Prequestionamento: O prequestionamento
de normas constitucionais e infraconstitucionais fica atendido nas razões de decidir deste julgado, o que
dispensa manifestação pontual acerca de cada artigo aventado. Tampouco se negou vigência aos dispositivos
normativos que resolvem a lide. Sucumbência recursal: O art. 85, §11º, do CPC/15 estabelece que o tribunal, ao
julgar recurso, majorará os honorários fixados anteriormente levando em conta o trabalho adicional realizado
em grau recursal. Sucumbência recursal reconhecida e honorários fixados em prol do procurador da parte ré
majorados. Negaram provimento ao apelo. (TJRS; AC 0075477-92.2018.8.21.7000; Passo Fundo; Décima
Nona Câmara Cível; Rel. Des. Eduardo João Lima Costa; Julg. 13/09/2018; DJERS 21/09/2018)
ADMINISTRATIVO. IMÓVEL PERTENCENTE A EMPRESA PÚBLICA.
USUCAPIÃO. POSSIBILIDADE. 1. Apelo interposto pela Caixa Econômica federal
contra sentença que julgou procedente pedido formulado em ação de usucapião contra ela
movida (por entender presentes os requisitos do usucapião extraordinário), sustentando
que seus bens seriam públicos e, por isso, não poderiam ser usucapidos; 2. Ante sua
natureza privada, os bens pertencentes às empresas públicas que exercem atividade
econômica são usucapíveis, salvo os afetados a finalidades estatais, o que não é o caso
dos autos; 3. Apelação improvida. (TRF 5ª R.; AC 0017150-55.2006.4.05.8100; CE;
Segunda Turma; Rel. Des. Fed. Paulo Roberto de Oliveira Lima; DEJF 01/08/2014; Pág.
181).

Art. 173, § 1º, CF. A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública,
da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade
econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços,
dispondo sobre:

II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive


quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
CONCLUSÕES:

• SE a empresa pública exercer


atividade ECONOMICA, seus bens
poderão ser adquiridos por usucapião,
por se tratar de pessoa jurídica de
direito privado;

MAS,

• SE a empresa pública exercer


atividade de INTERESSE PÚBLICO,
e seus bens estiverem vinculados a
uma finalidade pública (SFH, por
exemplo), estará imune à usucapião.
Requisito Formais

COMUNS
• Posse
• Tempo

ESPECIAIS
• Justo título
• Boa-fé
Sobre a POSSE

Animus Domini
• Posse com intenção de dono

Mansa e pacífica
• Sem oposição do proprietário

Contínua
• Sem intervalos, admitida a soma de posses sucessivas

Justa
• Sem vícios
Sobre o TEMPO

Bens móveis
• Prazos reduzidos

Bens imóveis
• Prazos mais longos
• Admite-se soma (art. 1.243, CC)
• Variável conforme a espécie:
- Extraordinário: 15 anos (art. 1.238, caput) ou 10 anos (art. 1.238, §
único);
- Ordinário: 10 anos (art. 1.242, caput) ou 5 anos (art. 1.242, § único);
- Especial Urbana ou Rural: 5 anos (arts. 1.239 e 1.240);
- Familiar: 2 anos (art. 1.240-A).
Sobre o JUSTO TÍTULO

• Documento hábil à transferência;


• Aparência de ser legítimo e válido;
• Vício ou irregularidade não pode implicar em
nulidade absoluta;

Sobre a BOA-FÉ

• Convicção de não ofensa a direito alheio;


• Ignorância do vício ou obstáculo;
• Certeza de que seu direito ou título;
ESPÉCIES DE USUCAPIÃO

AT I V I D A D E :
• Elaboração de MAPA MENTAL das espécies de usucapião
• Realização em DUPLAS (identificar com turma, nome e matrícula)
• Entrega: no dia da 1ª. AVALIAÇÃO
E agora é com você!

• Acesse o seu e-book e faça a leitura dos


tópicos abaixo:
• Introdução ao Direito de Propriedade
• Função Social e limitações ao exercício do
direito de propriedade;
• Condomínio;
• Aquisição e Perda da Propriedade.

• Assista ao vídeo ‘A caminho da copa’.

260103787@prof.unama.br

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