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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

Procedimentos de Execução e Controle de Orçamentos

Discente: Ana Maria Elias, Código: 708208493

Turma: “A”

Nampula, Abril, 2022


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

Procedimentos de Execução e Controle de Orçamentos

Discente: Ana Maria Elias, Código: 708208493

Curso: Licenciatura em Administração Pública

Cadeira: Administração e Finanças Públicas

Ano de Frequência: 3º Ano

Docente: Ana Paulo Abibo

Nampula, Abril, 2022

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FOLHA DE FEEDBACK

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota /
Máxima tutor Subtotal
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Estrutura Aspectos  Introdução 0.5
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5
Contextualização (indicação
clara do problema) 1.0
Introdução Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao 2.0
objecto do trabalho
Conteúdo Articulação e domínio do
Análise discurso académico (expressão 2.0
discussão escrita cuidada, coerência/coesão
textual).
Revisão bibliográfica nacional e
internacional revelantes na área 2.0
de estudo.
Exploração dos dados 2.0
Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0
Aspectos Formatação Paginação, tipo e tamanho de 1.0
gerais letra, paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
6a ed. e citações Rigor e coerência das citações/ 4.0
e bibliografia referências bibliográficas

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Índice
1.Introdução................................................................................................................................4

2.PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO E CONTROLE DO ORÇAMENTOS......................5

2.1.A Execução das Despesas e a respectiva Fiscalização.........................................................6

2.1.1.Fases da Despesa Pública...................................................................................................7

2.1.2.Preparação do Orçamento..................................................................................................7

3.Procedimentos Controle do Orçamento...................................................................................9

4.Conclusão...............................................................................................................................10

5.Referências Bibliográficas.....................................................................................................11

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1.Introdução
O presente trabalho tem como tema os Procedimentos de Execução e Controle do Orçamento,
destina-se no âmbito da cadeira de Administração e Finanças Públicas. De antemão, importa
salientar que, a execução orçamentária e financeira é um fator primordial para o controle e
acompanhamento da despesa pública em nosso País, e tem papel fundamental na organização
e funcionamento dos órgãos públicos em geral. Se bem que a vontade do Parlamento e do
Governo tenha sido expressa o mais claramente possível na lei das Finanças e nos
documentos anexos, é indispensável antes de começar a execução do orçamento, de precisar
certos aspectos do programa financeiro que foi aprovado, isto é, operacionalizar o que se pode
chamar de implementação do orçamento. Por outro lado, se é verdade que a execução do
orçamento deve ser conforme às disposições da lei das Finanças votada pelo Parlamento e
promulgado pelo Governo, estas disposições poderão, elas próprias ser modificadas ao longo
do ano.

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2.PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO E CONTROLE DO ORÇAMENTOS
A expressão orçamento é proveniente do latim e significa “planear/calcular”. O orçamento é
derivado do processo de planeamento da gestão de uma instituição, ou seja, é o instrumento
que deve espelhar as políticas públicas, permitindo programar a execução das acções futuras
almejadas para um período pré-determinado, um ano. BENICIO, (2000).

A elaboração da proposta orçamentária é a prática utilizada pela administração pública para


maximizar a utilidade dos recursos disponíveis, e é de responsabilidade do Poder Executivo.
Ela demonstra financeiramente a estratégia mais adequada para a efetiva execução dos
programas e ações planejados para o próximo ano, pela instituição.

Segundo PADOVEZE (2004), “Orçamento é uma expressão monetária e quantitativa de um


Plano, cujo objectivo, é atingir um resultado final anteriormente traçado, pelos responsáveis
pela sua elaboração, com a participação de todos os sectores da empresa”.

De acordo com SILVANO et all, (2008, p: 23), “Orçamento é uma ferramenta a serviço da
gestão, sob a óptica financeira e consiste em um plano de trabalho coordenado e controlado
das acções a serem realizadas pela empresa”.

Orçamento é um instrumento de planificação através do qual o governo (Central ou


Municipal) mobiliza e afecta os recursos financeiros para realizar o programa de
desenvolvimento. Ou seja, um documento no qual estão previstas as receitas a arrecadar e as
despesas a realizar ao longo do ano.

O orçamento deve reunir diversos objectivos empresariais, na busca da expressão do plano e


controle de resultados. É o processo de estabelecer e coordenar objectivos para todas as áreas
da empresa, de forma tal que todos trabalhem em conjunto em busca de resultados positivos.
SALACUCHEPA, (2012, p: 152).

Após a promulgação da lei de Finanças, os decretos de repartição concretizam a repartição


dos créditos (dotações) por diferentes capítulos orçamentais. O que no entanto não é
suficiente para permitir um controle satisfatório da execução do orçamento.

De facto os créditos devem ser executados segundo um triplo aspecto:

a) No âmbito do capítulo;
b) No espaço;
c) No tempo,

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E todas estas dimensões deverão ser tidas em conta para se poder iniciar correctamente a
execução do orçamento.

A distribuição de recursos por capítulos ou programa consiste na repartição


respectivamente por artigo, parágrafo, rubrica orçamental ou programa, sub-programa,
projecto e actividade (dependendo da nomenclatura utilizada).

A distribuição dos créditos do ponto de vista especial depende do modelo de


desconcentração ou descentralização orçamental adoptado em cada país.

Para além disso a execução do orçamento tem em conta diferentes normas e


procedimentos em função de três grandes tipos de despesa:

 Despesas de pessoal;
 Despesas de bens e serviços;
 Despesas de investimento.

Cada país de acordo com a respectiva organização administrativa e financeira estabelece


regras de repartição de recursos de acordo com o seu próprio modelo de finanças públicas.
Em geral, é ao nível das despesas de bens e serviços que a administração regional e local têm
maior autonomia relativamente à administração central. O que poderá trazer problemas para a
implementação da política educativa. De facto, se existir falta de coordenação entre os
ministérios de educação e as autoridades provinciais, estas últimas podem não ser sensíveis às
necessidades da educação quando da repartição dos créditos orçamentais.

2.1.A Execução das Despesas e a respectiva Fiscalização


É normal que as operações utilizadas pela Lei de Finanças se desenvolvam segundo o
esquema definido pelo Governo e aprovado pelo Parlamento. Para este efeito, a fiscalização é
necessária. Cada país desenvolve o seu sistema de fiscalização da execução das despesas.
Com efeito a pluralidade e as formas de fiscalização deveriam quase que necessariamente da
própria natureza da economia administrativa.

 Uma norma, é um modelo em relação ao qual se possam apreciar as operações a


fiscalizar;
 Instituições permitindo efectuar a cooperação entre a operação tal qual ela se
desenvolve e a norma;

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 e, enfim um mecanismo ou procedimento que, uma vez constatada a divergências
entre a operação e a norma, atenue ou a suprima.

2.1.1.Fases da Despesa Pública


A execução da despesa tem três fases: o empenho, a liquidação e o pagamento.

a) Empenho

O empenho está ligado ao orçamento, ele subtrai de uma conta orçamentária específica a
dotação necessária para o atendimento da despesa, trabalhando com o valor bruto dessa
despesa.

O empenho é o principal instrumento com que consta a administração pública


para acompanhar e controlar a execução de seus orçamentos. Empenhar a
despesa significa enquadra-la no crédito orçamentário apropriado e deduzi-la
do saldo da dotação do referido crédito. Além de possibilitar tal controle, o
empenho constitui uma garantia ao credor de que os valores empenhados têm
respaldo orçamentário, GIACOMONI, (2003, p: 267).

b) Liquidação

Conforme PIRES (1996, p: 77), “A liquidação da despesa compreende o 2º estágio da despesa


e é caracterizada pela entrega da obra, dos bens, dos materiais ou serviços, objecto do contrato
com o fornecedor.”

Segundo SILVA (2004, p: 159), “A liquidação da despesa é o ato do órgão competente que,
após o exame da documentação, torna, em princípio, líquido e certo o direito do credor contra
a Fazenda Pública.”

c) Pagamento

A última fase é o pagamento que extingue a obrigação e concretiza o processo referente à


despesa pública. 30 O pagamento da despesa compreende o seu terceiro estágio e consiste no
despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa seja paga. A ordem
de pagamento só poderá ser exarada em documentos processados pelos serviços de
contabilidade. (PIRES, 1996, p: 77).

2.1.2.Preparação do Orçamento
Em geral, na preparação do orçamento do Estado observam-se as seguintes etapas técnicas:

a) Preparação pelo Ministério das Finanças

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O Orçamento Geral do Estado é elaborado de acordo com as grandes opções do Plano anual e
tendo em conta as obrigações decorrentes de lei ou de contrato. As opções do Plano são
votadas pela Assembleia da República (Parlamento) e consubstanciam as directrizes segundo
as quais o Plano é elaborado. Deste modo, o Orçamento do Estado deve-lhes obedecer dado
tratar-se da expressão financeira do Plano anual. Cabe à Assembleia da República votar, além
das opções do Plano, o plano financeiro anual que é o Orçamento de Estado. O esquema
seguinte ilustra a inter-relação entre os objectivos de política, o plano e o orçamento.

Mas como se trata de um plano da Administração percebe-se que a elaboração do projecto de


Orçamento pertença à própria Administração, isto é ao Governo, por isso é este que o
apresenta à Assembleia. A responsabilidade do projecto de orçamento pertence ao Ministério
das Finanças.

b) Avaliação das Despesas

Cada serviço do Estado elabora o projecto de orçamento das suas despesas consoante os
gastos previstos para o ano seguinte e dentro dos limites das instruções que lhe hajam sido
dadas superiormente. Os projectos de orçamento dos serviços de cada entidade orçamental são
remetidos à respectiva delegação de Contabilidade Pública.

A elaboração do Orçamento é por assim dizer clássica, geralmente avaliam-se as despesas de


cada serviço e não tanto as despesas exigidas pela obtenção de cada objectivo.

c) O período de elaboração

O período de elaboração do orçamento deve obedecer a duas condições de certo modo


contraditórias: deve ser curto para que o momento da previsão se aproxime o mais possível da
cobrança das receitas e do pagamento das despesas; deve ser dilatado para permitir que as
previsões se façam o mais cuidadosamente possível. Assim há que encontrar um meio termo.

d) Votação do Orçamento pela Assembleia

A Assembleia deve votar o Orçamento normalmente antes do final de Dezembro. No caso de


atraso na votação, a lei de enquadramento orçamental providencia no sentido de se manter em
vigor o orçamento do ano precedente, podendo fazer-se as despesas nele inscritas
normalmente por duodécimos.

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e) Estabelecimento de perspectivas orçamentais

A preparação da decisão orçamental do Estado implica em primeiro lugar, como qualquer


decisão governamental, uma fase de estudos e de previsão. Esta fase ocorre no Ministério das
Finanças, nos primeiros meses do ano que precede o período de execução orçamental.

3.Procedimentos Controle do Orçamento


Segundo FREZATTI, (2008), “O Controle é o processo pos planeamento, deve ser um
instrumento que permita a organizacäo entender o quäo pröximos estäo seus resultados em
relagäo ao que planeJou para dado periodo. A finalidade do controle é assegurar que os
resultados do que foi planeado, organizado e dirigido se ajustem tanto quanto possivel aos
objectivos previamente definidos”.

Os procedimentos que antecedem as acções relativas a execução do orçamento são: agenda,


elaboração, formulação e implementação, isto pode evitar a adoção de procedimentos
julgados técnica ou politicamente inadequados. Segundo, de forma concomitante a execução
das acções, de forma a criar condições necessárias percepção de situações-problema e
correção das mesmas, evitando custos maiores.

O controlo do orçamento é assim dividido em:

a) O controlo governamental interno sobre o orçamento: é exercido pelo próprio


Poder Executivo, ou seja, o próprio segmento responsável pela condução da realização
das acções relacionadas ao ciclo orçamentário.
b) O controlo Externo: é exercido pelo Poder Legislativo, com auxílio técnico do
Tribunal de O controle exercido pela sociedade civil sobre o orçamento público,
resultante da individual de cidadãos e por Intermédio de organizações não-
governamentais, pode estar orientado a defesa de interesses privados, corporativos e
públicos.

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4.Conclusão
O entendimento deste trabalho é importante destacar os conceitos orçamento, receita e
despesa orçamentária. Orçamento é o montante de recursos proveniente de rendas geradas
pelo próprio Estado e são utilizadas para financiar os dispêndios do mesmo. As receitas são
separadas em duas categorias econômicas: receitas correntes (arrecadações provenientes do
poder que o Estado impõe - tributos, por exemplo) e receitas de capital (oriundas da
realização de recursos financeiros, representadas por variações patrimoniais). Por outro lado
existe a despesa orçamentária que ao contrário da receita, demonstra efetivamente os gastos
do Governo, classificadas como despesas correntes e despesas de capital, as despesas
orçamentárias estão organizadas na estrutura do orçamento público atual classificadas por
programas de trabalho que possuem programação física e financeira.

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5.Referências Bibliográficas
SALACUCHEPA, Manuel Bissopo, Manual de Curso de Licenciatura em Finanças Públicas,
Reforma, da origem a Modernização no Sector Público, em Moçambique, Beira, 2012.

SILVANO, Gilberto Prado; SILVA, Rosangela C. Barreto; SOLA, Janete A. dos Santos. O
orçamento e a DFC como instrumentos de Planeamento Estratégico e Controle financeiro das
Organizações, Londrina, 2008.

PADOVEZE, Clovis Luiz. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação


contábil. Sä0 Paulo: Atlas, 2004.

BENICIO, C. João. Gestão Financeira para organizações da sociedade civil. Instituto de


Cidadania Empresarial e Global Editora, publicado em 2000.

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