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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DO CEARÁ – CAMPUS ARACATI

COORDENAÇÃO DO CURSO SUPERIOR DE LICENCIATURA EM


QUÍMICA

GILDERLAN SILVA DOS SANTOS


JONATA JEFTÉ DA SILVA ALVES

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II

ARACATI-CE
2022
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
DO CEARÁ – CAMPUS ARACATI

COORDENAÇÃO DO CURSO SUPERIOR DE LICENCIATURA EM


QUÍMICA

GILDERLAN SILVA DOS SANTOS


JONATA JEFTÉ DA SILVA ALVES

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II

Relatório de estágio supervisionado II obrigatório


apresentado ao Curso Superior de Licenciatura
em Química do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE campus
Aracati, como requisito para aprovação da
disciplina de Estágio II.

ARACATI-CE
2022
Relatório de estágio supervisionado obrigatório apresentado ao Curso Superior de
Licenciatura em Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará –
IFCE campus Aracati, como requisito para aprovação da disciplina de Estágio II.

Delcivan Damasceno
Professor (a) Supervisor (a)

Lucivalda Santos da Silva


Diretor (a) da Escola

Gilderlan Silva dos Santos


Jonata Jefté da Silva Alves
Estagiários (as)

Daniela Glicea Oliveira da Silva


Professor(a) Orientador(a)

ARACATI-CE

2022
AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por me dá paciência, sabedoria e força nesse semestre que foi
um pouco conturbado por conta da pandemia, mas que deu tudo certo.

Agradeço a minha família por sempre se fazer presente ao meu lado, me dando orientação e
incentivos para que eu continuasse lutando pelos meus objetivos.

Agradeço a instituição de ensino EMEF Castro Alves por aceitar nós estagiários no seu
ambiente.

Agradeço ao professor supervisor Delcivan por nós aceitar em sua turma, por sua
contribuição, por sua paciência e disponibilidade.

Agradeço a professora orientadora Glicea pela dedicação e orientação, por sua grande
contribuição nesse processo do estágio.

A todos aqueles que contribuíram de forma direta ou indireta fica aqui o meu muito obrigado.
RESUMO

O estágio de regência permite ao indivíduo desenvolver uma visão para uma boa aula como
futuro docente, ajudando assim na aprendizagem. O presente relatório descreve as atividades
relativas ao estágio de regência, aplicadas na turma de 6°, 7°, 8°e 9° ano da EMEF Castro
Alves, durante os meses de março a maio. Atividades referentes à disciplina de Estágio II do
curso de Licenciatura em Química da instituição de ensino IFCE – Campus Aracati. Nele está
descrito as metodologias utilizadas, os planejamentos elaborados, as descrições das aulas
ministradas e o todo o desenvolvimento durante esse período.
Palavras-chave: estágio – relatório – metodologia – planejamento.
“A meta da educação é criar homens que sejam capazes de
fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras
gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores,
descobridores.”

Jean Piaget
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 7
2. CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO8
2.1 Perfil da instituição escolar
2.2 Organização escolar
2.3 Observações da prática docente
2.4 Regência e plano de intervenção
3. DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO13
3.1.........................................................................................................Referencial teórico13
3.2...................................................................................................................Metodologia15
3.3.......................................................................................................Resultados e analise17
4. CONCLUSÃO18
5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS18
6. ANEXOS20
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1. INTRODUÇÃO

O estágio supervisionado é de suma importância para a formação do futuro docente, e é nessa


etapa que o indivíduo irá aplicar todo o seu conhecimento adquirido na graduação em sala de
aula, principalmente quando estamos se tratando da regência. Além disso, é uma experiência
única em que o professor vai ter contato direto com o mercado de trabalho, e a realidade da
instituição de ensino pelos profissionais que já atuam na profissão.

Durante o estágio, o aluno poderá aplicar sua metodologia que foi sendo moldada no seu
processo de desenvolvimento, sendo o momento oportuno de conciliar a teoria e a prática,
somando tudo o que já viu em sala de aula com a instituição de ensino ao qual escolheu
estagiar. Sabemos que ao unir teoria e prática o aprendizado se torna mais eficaz, por isso, o
estagiário deve enxergar que é o momento de buscar aprimoramento em sua conduta como
professor e assim adquirindo experiência.

Este relatório tem como objetivo expor as práticas e metodologias desenvolvidas durante o
estágio de regência do curso de Licenciatura em Química- IFCE Campus Aracati, fazendo
pare da disciplina de estágio supervisionado II, ao qual foi ministrada pela professora Daniela
Glicea Oliveira da Silva. O estágio foi realizado na instituição de ensino EMEF Castro Alves,
nas turmas de 6°, 7°, 8° e 9° ano, localizada no município de Beberibe – CE. As atividades
aqui relatadas foram desenvolvidas durantes os meses de março a junho de 2022. Durante esse
período, as atividades foram aplicadas de maneira presencial com todos os cuidados sugeridos
pela secretária de saúde devido ao fato de ainda estarmos em momento pandêmico. Assim, as
aulas eram ministradas nas quartas-feiras, sendo as turmas de 6° e 9° ano no período matutino
das 7:00 às 11:00, e 7° e 8° ano no período vespertino das 13:00 às 17:00 horas no ensino
fundamental.

O presente relatório mostra todas as atividades desenvolvidas pelo estagiário na instituição de ensino
EMEF Castro Alves durante 3 meses, totalizando uma carga horária de x h, o que proporcionou ao
estagiário o conhecimento prático na área das ciências da natureza.
8

2. CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO

2.1 Perfil da instituição escolar

A Escola de Ensino Médio Francisca Moreira de Souza (sede) situada aproximadamente a 40


km da Sede do Município de Beberibe. Localizado no litoral lesta do Estado do Ceará.

A escola Castro Alves não atende somente a comunidade de Lagoa de Dentro, atende as
comunidades vizinhas, possuindo alunado das comunidades vizinhas, são elas: Lagoa do
Giral, Lagoa da Bolacha, Piquiri, Lagoa da Joana e Lagoa dos Tanques.

Atualmente se fazem presente na instituição de ensino os seguintes profissionais: 01 Diretor


Geral, 02 Coordenadores Pedagógicos, 01 Secretário Escolar, 02 auxiliares de administração,
19 professores, 02 Merendeiras, 02 Vigia, 02 auxiliares de serviços gerais. A escola também
conta com colegiados e instituições escolares, composta por grêmio estudantil e o conselho de
escola.

A estrutura física da escola é organizada da seguinte maneira: possui 10 salas de aula, 03


banheiros, 01 quadra poliesportiva (que se encontra desativada) ,01 Pátio coberto, 01 Cantina, 01
Direção, 01 Coordenação, 01 Secretaria, 01 Sala de Multimeios, 01 Almoxarifado, 04 Corredores, 01
Sala Multidisciplinar.

A instituição de ensino funciona no turno da manhã das 7:00 às 11:00 e no turno da tarde das
13:00 às 17:00, tendo o intervalo às 9:00 e 15:00 respectivamente. Atualmente a quantidade
de alunos matriculados são de 378, contemplando do maternal até o 9° ano.

2.2 Organização escolar

A organização escolar se dá pelo conselho escolar que como instância deliberativa e


consultiva da administração escolar onde todos os segmentos da escola estejam representados,
um espaço escolar que esteja organizado e planejado para garantir aprendizagem aos alunos
com horário que atenda às necessidades dos alunos, com situações representativas de ensino
aprendizagem que possibilitem a implementação do conhecimento dos alunos. Além disso, é
importante ter um conselho de classe atuante que tenha claro os seus objetivos, ou seja, que se
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reúna para discutir os possíveis encaminhamentos pedagógicos para o trabalho do professor


na construção de uma aprendizagem mais significativa para os alunos, de um espaço escolar
que estimule e possibilite a formação de um Grêmio Estudantil que seja uma instância de
discussão e elaboração de propostas efetivas por parte dos alunos, onde os alunos possam
participar do processo decisório da escola através dos representantes de turma.

Para que a escola cumpra sua função social que é possibilitar ao aluno o acesso ao
conhecimento sistematizado, é necessário que se tenha claro o Papel de cada segmento da
comunidade escolar. Sendo assim pais, professores, alunos, equipe pedagógica e
administrativa e direção devem estar. Engajados em um trabalho coletivo que possibilite a
organização do ensino aprendizagem. De forma a garantir um processo de gestão pedagógica
e administrativa promovendo a participação dos pais na escola em forma de parceria com
professores e direção no sentido de contribuir para a permanência dos alunos na escola com
sucesso

Desta forma, entende-se que as decisões que envolvem processos administrativos e


pedagógicos devem ser tomadas em conjunto respeitando a legislação vigente. Para garantir
uma unidade de trabalho e pensamento a Secretaria da escola participa de todas as reuniões
pedagógicas e conselhos de classe e nos momentos e discussão coletiva sobre o
encaminhamento da escola, todos os funcionários sejam administrativos ou serviços gerais,
participam juntos para contribuírem com suas ideias.

2.3 Observações da prática docente

O Estágio foi realizado no período de 4 de março de 2022 até 11 de maio de 2022, na EMEF
Castro Alves, no período matutino no horário das 7:00 às 11:00 (na quarta-feira) e vespertino
das 13:00 às 17:00 (na quarta-feira) nas turmas do 6º, 7º, 8º e 9º ano do ensino fundamental.

Foi observado que nas salas ao qual estagiamos, a média de alunos por sala era entre 25 até 30
alunos, e como o início ainda estava em momento pandêmico o distanciamento era respeitado.
Através das observações realizadas na EMEF Castro Alves, foi possível analisar os setores da
escola campo, desde a infraestrutura até a organização da gestão.

No primeiro dia de estágio nas turmas dos anos finais, nós os estagiários (Gilderlan e Jonata),
fomos apresentados aos alunos pelo professor Delcivan Damasceno Pereira, onde ele fez o
acolhimento. Eu (Gilderlan), ficava geralmente sentado no fundo para ter uma visão diferente
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de como os alunos aprendiam por não estarem na frente, já o Jonata ficava na frente dando
assistência e assim podemos observar de locais diferentes o desenvolvimento das aulas.

O estágio iniciou com atraso pois ainda não tinha sido contratado o profissional da área das
ciências. A aula foi muito interessante, os alunos participaram ativamente, sendo uma aula
prazerosa e produtiva, oportunizando produção de conhecimento e integração da turma.

A relação professor- aluno era bem democrática e respeitosa, por mais que o professor tenha
sido contrato nesse ano ele já trabalhava na escola, assim os alunos já o conheciam. O
professor não abusava de seu poder, pelo contrário ele é bem amigo dos seus alunos, sendo
uma aula boa e dinâmica.

No que se diz respeito à relação professor-conhecimento, percebi que o professor estabelecia


uma boa relação com os conteúdos ao qual ministrava. Em alguns assuntos de química ao
qual era abordado no 9° ano, o professor sempre foi humilde em dizer quando não sabia de
um assunto específico, assim pedia a ajuda dos estagiários.

A nossa experiencia que tivemos em aula foi muito importante, podemos observar a realidade
da instituição, a maneira ao qual o professor lecionava, a realidade e diversidade dos alunos.
As concepções de educação nos ajudaram a ter uma abordagem integrativa, ajudou a
desenvolver valores e a entender que a construção do conhecimento deve permitir que os
alunos tenham um papel ativo no processo, levando à reflexão do aluno e à assimilação
prática do conhecimento por meio de discussões em sala de aula.

2.4 Regência e plano de intervenção

As regências ocorreram nas turmas dos 7º, 8º e 9º anos do ensino fundamental da


E.M.E.F Castro Alves, foi uma experiência agradável, embora sempre ocorra os eventuais
imprevistos, conseguiu-se adaptar as necessidades da turma adequando as situações que foram
aparecendo, enquanto o professor Gilderlan ministrava suas regências o professor Jonata
estava o observando, fazendo assim um revezamento ou seja, enquanto um ministrava o outro
observava, eram escolhidas as permutações e os dias de regências para não bater com os
calendários dos dois estagiários e não prejudicar no desenvolvimento do todo.

Os alunos demonstravam euforia e bastante agitação, pois buscou-se inovar na


maneira do ensino de ciências no fundamental, buscando trazer inovação na forma de repassar
os conteúdos e atrair a atenção dos alunos, e, devido a tantos esforços empregados se
conseguiu obter bons resultados após esse período, eles demonstravam interesses a partir da
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metodologia empregada em sala de aula, partindo do pressuposto de que cada estagiário tinha
sua metodologia ativa em sala aula, mas sempre buscava um consenso entre as ideias entre
estagiários e o professor oficial da disciplina, nisso e em outras, ele se saiu muito bem, sempre
prestativo, nos orientado como era o perfil inicial das turmas, sempre dava dicas na sala de
aula, afinal já estava a mais tempo com eles do que os estagiários que estavam fora do
ambiente de convívio de grande parte dos alunos, deve-se ressaltar que foi uma experiência
bastante desafiadora, mas os desafios são fundamentais para a formação inicial de um
profissional da educação, visto isso, as regências trouxeram uma nova visão tanto pra
professor e estagiários, quanto para alunos em geral, foi notório a diferença e mudança por
grande parte dos alunos, além da aquisição de "novos" conhecimentos trazendo novos meios
para obter isso.

Durante o período do estágio e observando o decorrer das aulas, focando no fim do


curso de ensino fundamental e em transição para o ensino médio dentro de alguns meses e
verificando que alguns alunos do 9º tinham dificuldades no conteúdo de ligações químicas, os
estagiários Jonata e Gilderlan juntamente com o professor Delcivan entraram em consenso e,
a partir daí criou o que seria o planejamento por parte dos estagiários para a confecção do
jogo "trilha da química" com o acompanhamento direto da professora Daniela Glicea da
disciplina de estágio supervisionado II do IFCE Campus Aracati como um plano de
intervenção na escola a qual estávamos estagiando, o jogo composto por tabuleiro, cartas
normais com perguntas, cartas com respostas (para os aplicadores), cartas coringa, dados,
pinos coloridos para realização do jogo (para avançar as casas e definir as equipes), ao todo
foram mais de 40 perguntas para realização do jogo, e cada equipe tinha aproximadamente 3
minutos para formular e/ou responder os questionamentos das cartas.

O desenvolvimento do plano e aplicação se deu mediante as aulas ministradas e


também pela leitura dos capítulos passados pelos estagiários a turma para que eles pudessem
ler e estudar em casa, logo de início, para a aula seguinte (ocorreu a aplicação do jogo),
notou-se que a competitividade estava certamente dominando as equipes e o desejo era de
vencer, as regras foram escritas no quadro pelo professor Jonata e explicadas pelo professor
Gilderlan, daí a turma foi dividida em quatro grupos sendo que dois ficavam sob a supervisão
e orientações do professor Gilderlan e outros dois ficavam sob orientações e observações do
professor Jonata, e o professor da disciplina dava assistência a turma de maneira geral,
também observando o desempenho dos dois estagiários, o grande problema foi acalmar os
alunos após a volta do intervalo, porém feito isso, o jogo foi aplicado com sucesso e as
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equipes ganhadoras receberam seus prêmios e as equipes que não ganharam também
receberam prêmios por participação, afinal também estudaram para tal, o professor da escola
campo também da aplicação do projeto para compor a nota do trabalho como uma das notas
em sua avaliação bimestral. Foi uma experiência maravilhosa pois foi perceptível ver o
quanto estavam preparados os alunos, mesmo que em equipe, era possível através dos
pensamentos que expressaram para responder, percebia-se individualmente o nível de
domínio de cada um, assim eles ajudavam-se uns aos outros para entrar em consenso com o
que era pedido pelos aplicadores do jogo.
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3. DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO
3.1. Referencial Teórico

A educação é a responsável pela transmissão de conhecimento e de preparação do indivíduo


para o meio ao qual ele irá atuar. Por isso se tem a necessidade de a consciência do professor
da sua importância em abraçar algo que exigirá dele um grande desempenho e se entregar de
corpo e alma. CURY (2003) explica:

Educar é acreditar na vida, mesmo que derramemos lágrimas. Educar é ter


esperança no futuro, mesmo que os jovens nos decepcionem no presente.
Educar é semear com sabedoria e colher com paciência [...], sendo o melhor
e fazendo o melhor, é disso que necessitamos, é disso que a sociedade
precisa, é isso que os pais anseiam para seus filhos, é isso que o futuro
espera de nós educadores (Cury, 2003, p.55).

A aprendizagem de Química é muito importante no currículo escolar pois irá guiar no


processo educacional, contribuindo assim aos alunos a compreensão de todas as
transformações químicas que ocorrem no mundo de forma mais ampla.

A Química é também uma linguagem. Assim, o ensino da Química deve ser


um facilitador da leitura do mundo. Ensina-se Química, então, para permitir
que o cidadão possa interagir melhor com o mundo (Chassot, 1990).

Um ponto importante do desenvolvimento da aprendizagem é o processo de contextualização


e exemplificação, que facilita o aprendizado com o auxílio das ações do professor. Os alunos
são vistos como protagonistas, e as interações professor-aluno em sala de aula apresentam
resultados tão positivos quanto o bom planejamento da sala de aula e seu desenvolvimento.
Segundo LEITE (2006):

As relações vivenciadas externamente repercutem internamente através de


atos e pensamentos, emoção, sentimento e estados motivacionais,
possibilitando, por exemplo, a constituição de sujeitos seguros (ou não),
motivados para enfrentar novas situações, e, mesmo, superar desafios e
eventuais fracassos (Leite, 2006, p. 40, apud segundo).

O professor é um instrumento que age como facilitador e mediador do conhecimento, além


disso é um importante pilar das novas formas de educação, e têm um impacto significativo
não só no conhecimento acadêmico, mas também no ensino centrado no aluno. Buscar
conhecimento é um dever do profissional da educação, pois é com essa metodologia que ele
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irá se aperfeiçoar em sua área, e ampliará seus saberes em sua maneira de lecionar. Com isso,
os alunos tornam-se plenamente capazes de compreender e interpretar os desafios intelectuais.

Definir o professor como o profissional que ministra, relaciona ou


instrumentaliza os alunos para as aulas ou cursos em todos os níveis
educacionais, segundo concepções que regem esse profissional da educação
e o pesquisador, como aquele que exerce a atividade de buscar reunir
informações sobre um determinado problema ou assunto e analisá-las,
utilizando para isso o método científico com o objetivo de aumentar o
conhecimento de determinado assunto, descobrir algo novo ou contestar
teorias anteriores (Lima, 2007).

O processo de aprendizagem está diretamente associado com o desenvolvimento de cada


individuo em sua singularidade, onde competências e habilidades são adquiridas ou
modificadas no meio ao qual o aluno está inserido. A aprendizagem é essencial na vida das
pessoas, tanto na vida escolar, quanto para o profissional.

O processo de ensino, ao contrário, deve estabelecer exigências e


expectativas que os alunos possam cumprir e, com isso, mobilizem suas
energias. Tem, pois o papel de impulsionar a aprendizagem e, muitas vezes,
a precede (Libâneo, 1994, p. 91)

O profissional da educação deve continuar estudando estando disposto a inovar, buscar um


diferencial para suas aulas, englobando em suas práticas a utilização do lúdico e do concreto,
estimulando o aluno em sua aprendizagem, fazendo com que o estudante tenha prazer em
estudar, fazendo com que ele ligue o conteúdo à prática, por isso a formação continuada se
torna tão importante.

[...] a atualização, o aprofundamento dos conhecimentos profissionais e o


desenvolvimento da capacidade de reflexão sobre o trabalho educativo
deverão ser promovidos a partir de processos de formação continuada que se
realizarão na escola onde cada professor trabalha e em ações realizadas pelas
Secretarias de Educação e outras instituições formadoras, envolvendo e
equipes de uma ou mais escolas. (Referenciais para a Formação de
Professores - Brasil, 1999c, p.131).

Além disso, o professor tem que estar se adequando constantemente ao ambiente que lhe é
proposto, principalmente quando falamos de tecnologias. Na verdade, o que precisa acontecer
é o uso inteligente de todas as tecnologias disponível para nós todos os dias, especialmente
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como estudantes, tornando os alunos conscientes, críticos e exigentes na forma como


aprendem.

É preciso saber identificar quais são as metodologias que nos


permitem tirar o máximo de proveito dessas tecnologias em relação ao
desenvolvimento humano, ou seja, elas precisam propiciar a
constituição de redes de comunicação nas quais as diferenças sejam
respeitadas e valorizadas; os conhecimentos sejam compartilhados e
construídos cooperativamente; a aprendizagem seja entendida como
um processo ativo, construtivo, colaborativo, cooperativo e autor
regulador (EDUCAÇÃO EM REVISTA, 2013, p. 10).

3.2. Metodologia

A aplicação das técnicas pedagógicas e a observação foram imprescindíveis para a


conclusão do estágio, como também a observação, a anotação de dados no papel ou nos
aparelhos eletrônicos por parte dos estagiários, além dos elementos presentes na sala de
aula, com o objetivo principal de fazer os alunos vivenciarem novas experiências para
seus currículos, utilizou-se do máximo de recursos possíveis para trazer uma aula mais
atrativa e dinamizada. Sabe-se que o foco do aprendizado em uma sala pelo modo que já
se conhece às vezes torna-se cansativo tanto para professores quanto para alunos, visto
isso, a linguagem utilizada foi a menos técnica possível para melhor compreensão dos
conteúdos, a abordagem significativa com o foco em “tirar o costume” do ensino mais
“tradicional” trazendo os conteúdos abordados para o contexto do cotidiano, com
exemplos que possam ocorrer em uma casa, na rua, criando situações hipotéticas, sempre
buscando inovar na maneira de como era de fato transmitido o conhecimento aos
discentes, tudo dentro de técnicas pedagógicas e pesquisas para que não fugisse do
programa de unidade didática da disciplina, do alinhamento do município e também ao
aprendizado dos alunos.

De maneira abrangente e especificamente, a ajuda do professor supervisor da escola


campo foi de suma importância para a realização das atividades como uma forma
cooperativa, visto isso, de maneira geral essas foram as atividades desenvolvidas durante
esse processo:

 Reuniões com o professor, núcleo gestor, planejamentos semanais e mensais com o


professor;
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 Apresentação dos estagiários a turma e ao corpo de funcionários da instituição;


 Observação de aula e métodos empregados pelo professor;
 Leitura e observação dos registros de aula e diário escolar;
 Documentações propostas aos estagiários (preenchimento);
 Regências (aulas ministradas no fundamental II);
 Elaboração, confecção e aplicação de um plano de intervenção (jogo trilha da química)
com base no que foi observado em sala de aula (9° ano U) e visto a falta de domínio
do conteúdo por parte dos alunos (dificuldade no aprendizado);
 Notas sobre o comportamento dos alunos e apontamentos sobre as aulas;
 Registro de fotos dos Ambientes escolares e dos alunos (sob autorização dos mesmos
e do professor da instituição concernente);
 Auxílio do estagiário em sala (tira de dúvidas em relação a conteúdos, atividades,
comentários relevantes dentre outras situações do dia a dia escolar).

De início a tarefa da observação era diferente, pois eram quatro turmas e para alguns
dos que ali estavam em sala era um processo novo, ou seja, ver alguém fora de seus cotidianos
em sala juntamente com eles, mas ao passar dos dias foram acostumando-se com a presença
dos estagiários. Em relação ao ápice do contexto pandêmico onde os alunos faziam
elaboravam as resoluções e faziam a devolutiva ou pela plataforma do Google Classroom ou
pela plataforma do WhatsApp mudou em algumas coisas, pois no presencial a devolutiva das
atividades era feita ao professor da disciplina de Ciências e já em ensino presencial os alunos
como sempre receberam o estagiário de boas maneiras, de mesmo modo o professor
supervisor da escola parceira, as observações de aula foram em caráter presencial, onde se
prestava atenção na forma como os conteúdos eram passados e como os discentes aprendiam,
verificava se como estavam os ânimos da turma, os que ficavam com conversas, brincadeiras,
dentre outros. A cada início de mês havia uma reunião com os professores das ciências da
natureza do município onde era apresentado o alinhamento mensal referido a determinado
mês.

O preenchimento da documentação que cabia aos estagiários era feito após o término
de cada aula como forma de texto corrido e, logo depois transferido para um dispositivo
móvel (celular e/ou tablet e posteriormente computador).
17

3.3. Resultados e análise

O estágio como forma de observação foi muito importante, pois pode se observar todo o
contexto da sala de aula, como o professor se adequou ou utilizou de novas técnicas de
transmissão de conhecimento para o aluno. Ao longo da experiência do estágio tanto na
observação quanto na prática, mesmo que tenha sido apenas uma aula ministrada pelo
estagiário, ocorreram à troca simultânea entre os alunos, professor e estagiário, pois é
importante essa troca além de ser favorável a construção da futura identidade docente,
colocando e experimentando novas metodologias a fim de refiná-las.

As dificuldades encontradas foram apenas em relação ao que se observa na maioria das


escolas, não só do interior quanto das cidades, que seria a inquietação fora de hora que sempre
está presente na maioria das turmas, sejam do ensino fundamental ou até mesmo do médio.
Em relação aos recursos não é completo, porém não faltam, há o suficiente para subsidiar os
gastos com materiais escolares e outros eventuais efeitos corriqueiros que possam vir a
ocorrer na escola.

A estrutura da escola é boa como um todo, um amplo espaço que atende bem os alunos e
professores, acessibilidade, salas um pouco quentes devido ao clima local da região, porém as
salas possuem ventiladores para amenizar um pouco mais a temperatura.

Ainda no contexto da transição do ensino remoto para o presencial observou-se no início a


pouca comunicação entre os alunos, mas com o passar dos dias concluiu-se que houve um
grande avanço por parte dos discentes, tanto na quebra da timidez, pois era visível no
ambiente remoto que eram poucos questionamentos e comunicação, a sensação era de que
poucos alunos estavam em sala de fato, quanto no avanço das notas e quanto e a participação
melhorou bastante com o decorrer do estágio, as turmas estavam bem mais participativas e
gostavam de sanar dúvidas em relação aos conhecimentos que eram transmitidos salientando
que foi um dos pontos cruciais justamente essa tira de dúvidas, como foi visto na aplicação do
projeto de intervenção e foi perceptível que essas atividades surtiram efeitos positivos para a
turma, além de ajudar aqueles que não estavam conseguindo acompanhar o desenvolvimento
de alguns conteúdos.
18

4. CONCLUSÃO

O estágio foi uma experiência de aquisição pessoal e profissional, pois nessa prática os
estagiários puderam perceber como será o futuro profissional e aprender que nem sempre
o esperado ocorre, pois há contra tempos, na prática docente o contexto vai mais além
daquilo que a bibliografia demonstra, é algo mais forte, traduz mais intensidade e, sempre
bate o nervosismo nas primeiras regências, mas quando se familiariza com o ambiente e
os alunos vêm a se tornar uma prática muito agradável, afinal é o ato da transmissão de
saberes aos discentes.

Dentro desse contexto foi possível pôr em prática aquilo que foi no ambiente
universitário e provar os conhecimentos obtidos e de certo modo aprimorá-los com o
passar do tempo. Sempre eram bem aceitas as sugestões da professora orientadora do
IFCE, o professor supervisor da escola campo quanto a opinião dos alunos, afinal eles
foram os ouvintes e público-alvo dessa tão grandiosa experiência, acreditamos que a
palavra principal para toda essa trajetória seja reflexão.

Por tanto para se obter resultados satisfatórios na educação, alunos e professores tem
devem andar junto nessa jornada contribuindo para uma boa educação. Os professores por
sua vez devem ser educadores responsáveis pois contribuem com a construção da vida
escolar de um discente, reforçando ainda mais a carreira escolhida e o nível profissional e
pessoal desejado.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COSTA, Maria C. Vorraber. Trabalho docente e profissionalismo. Porto Alegre: Sulina, 1995.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo:
Paz e terra, 1996.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 9. ed. São


Paulo: Paz e Terra, 1998. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 28. ed. São Paulo:
Editora Paz e Terra, 2002. 165 p.
19

GUIMARÃES, Walter Soares. Formação de professores: Saberes, identidade e profissão.


3ºed.Papiros, 2006.

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola – Teoria e Prática. Goiania:


Alternativa, 2004.

MARTÍNEZ, Deolídia. Estudos do trabalho docente. In: OLIVEIRA, Dalila Andrade (org.).
Reformas educacionais na América Latina e os trabalhadores docentes. Belo Horizonte:
Autêntica, 2003.

MAZZEU, Francisco José Carvalho. Uma nova proposta metodológica para a formação
continuada de professores na perspectiva histórico-social. Cad. CEDES. Campinas, v.19,
n.44, 1998.

PACHEGO, FRAGA. Leila, Marta. A importância da formação continuada para o bom


desempenho do docente. Faccat, faculdades integradas de Taquara, junho, 2016.
20

6. ANEXOS

I – Carta de solicitação de estágio (GILDERLAN)


21

II – Carta de solicitação de estágio (JONATA)


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24

III – Termo de compromisso (GILDERLAN)


25
26

IV – Termo de compromisso (JONATA)


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29

V – Relatório Periódico de atividades mês de março (GILDERLAN)


30

VI – Relatório Periódico de atividades mês de março (JONATA)


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VII– Relatório diário de atividade referente ao mês de março (GILDERLAN)


33

VIII– Relatório diário de atividade referente ao mês de março (JONATA)


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36
37
38
39

IX – Plano de atividade mensal do estagiário referente ao mês de março (GILDERLAN)


40

X – Plano de atividade mensal do estagiário referente ao mês de março (JONATA)


41

XI – Relatório periódico de atividades mês de abril (GILDERLAN)


42
43

XII – Relatório periódico de atividades mês de abril (JONATA)


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45

XIII – Relatório diário de atividade referente ao mês de Abril (GILDERLAN)


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49
50
51

XIX – Relatório diário de atividade referente ao mês de Abril (JONATA)


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53
54
55
56

7.
57

XX – Plano de atividade mensal do estagiário referente ao mês de Abril (GILDERLAN)


58

XXI– Plano de atividade mensal do estagiário referente ao mês de Abril (JONATA)


59
60

XXII - Relatório periódico de atividades mês de maio (GILDERLAN)


61
62

XXIII - Relatório periódico de atividades mês de maio (JONATA)


63

XXIV - Relatório periódico de atividades mês de maio (GILDERLAN)


64
65

XXV – Relatório diário de atividade referente ao mês de Maio (JONATA)


66
67
68
69

XXVI– Parecer da instituição concedente do estágio curricular supervisionado


70

XXVII– Ficha de Matrícula (JONATA)


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