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com um bloqueio nervoso digital para reduzir a dor. Injeta Mateus, 7 anos, pesa 20 kg e vem sendo submetido a
lidocaína sem epinefrina, nos dedos, seguida de gliconato de poliquimioterapia para tratamento de um osteossarcoma agressivo
cálcio. A princípio, E.M. percebe um alívio da ardência, embora no fêmur direito. Agora chegou o momento da ressecção cirúrgica.
a dor leve mais tempo para diminuir. Uma vez efetuados os •20h (véspera da cirurgia): Dr. Snow, anestesiologista, tranquiliza o
curativos das feridas, E.M. já não sente nenhuma sensação nos paciente e recorda a importância do jejum após meia-noite para
dedos. No decorrer das próximas 2 semanas, as feridas evitar aspiração do conteúdo gástrico durante a anestesia geral.
cicatrizam espontaneamente, e a dor, que agora está bem •6h30: Mateus agarra-se à mãe e está ansioso, debilitado e com um
controlada com ibuprofeno, desaparece. E.M. consegue, então, pouco de dor. Os sinais vitais são estáveis com pulso acelerado de
voltar a dedicar-se a seu trabalho no laboratório. 120 e pressão arterial de 110/75. Administra-se uma dose oral de
midazolam (benzodiazepínico) para aliviar a ansiedade e permitir
que Mateus se separe dos pais.
QUESTÕES •7h: Dr. Snow injeta uma pequena quantidade de lidocaína no
1. Qual o mecanismo de ação da lidocaína? A que classe de tecido subcutâneo antes de inserir um cateter intravenoso (que ele
fármacos pertence a lidocaína? esconde cuidadosamente de Mateus até o último momento).
2. Por que a epinefrina é algumas vezes administrada com Através do cateter, o Dr. Snow administra uma infusão de morfina
lidocaína, e por que ela não o foi neste caso?
3 (opióide) para produzir analgesia. 4
• 7h30: Dr. Snow induz rapidamente anestesia com um bolo enquanto mantém o nível de óxido nitroso em 50%. O pulso e a
intravenoso de 60 mg (3 mg/kg) de tiopental (barbitúrico). Em 45 pressão arterial de Mateus voltam ao normal em 15 minutos.
segundos, Mateus está em estado de anestesia profunda. •12h35: Após uma longa cirurgia, o Dr. Snow interrompe a
Acrescenta- se uma dose intr avenosa de succinilcolina administração de isoflurano e óxido nitroso e passa a administrar
(relaxante muscular despolarizante) para facilitar a entubação e oxigênio puro durante alguns minutos.
inicia respiração artificial. •12h45: Em menos de 10 minutos, Mateus está respirando
• 7h32: Uma mistur a de anestésicos gerais inalatórios, espontaneamente e pode responder a perguntas, embora ainda
contendo isoflurano 2%, óxido nitroso 50% e oxigênio 48%, é esteja um pouco atordoado. Os pais de Mateus estão aliviados por
administrada por meio do ventilador para manter a anestesia. vê-lo desperto e alerta após mais de 5 horas de anestesia.
• 7h50: Mateus não responde, nem por movimento nem por
aumento do tônus simpático (aumento da frequência cardíaca,
aumento da pressão arterial), à primeira incisão cirúrgica. QUESTÕES
• 8h20: Dr. Snow nota sobressaltado que o pulso de Mateus caiu
para 55 e a pressão arterial para 85/45. Autocensurando- se por 1. Quais as vantagens de usar mistura de dois anestésicos (nesse
ter esquecido de diminuir a pressão parcial inspirada do exemplo, óxido nitroso e isoflurano) em vez de apenas um deles?
anestésico quando sua pressão parcial no sangue venoso misto
aumentou, ele reduz o nível de isoflurano inspirado para 0,8%
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Anestesia local
Bloqueio neural
Corno dorsal periférico
CONSIDERAÇÕES INICIAIS medula espinhal
Também SNA
Analgésicos
Interferência na
nocicepção
Nociceptores
Injúria
FARMACODINÂMICA
ANESTÉSICOS LOCAIS
FARMACOCINÉTICA INDICAÇÕES
Anestesia regional
Formulações com vasoconstrictores diminuem toxicidade Bloqueio de Bier (IV)
sistêmica e aumentam concentração no local (epinefrina, Uso de torniquete para
norepinefrina, fenilefrina) anestesia do membro
Lidocaína e procaína
Cirurgia de braço e mão
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CONTRA-INDICAÇÕES
Uso de vasoconstrictores em locais de limitada circulação
colateral (dedos, orelhas, nariz e pênis)
Peridural: anestésico no espaço peridural sem perfurar
dura-máter.
Cérebro
Cognição
Tronco encefálico Controle muscular
Frequência Linguagem
cardíaca e Autocensura
respiratória Percepção
ANESTÉSICOS GERAIS Débito cardíaco
Cerebelo
Equilíbrio
Tônus muscular
Inibição reversível do SNC
Inconsciência
Analgesia
Paralisia muscular
↓ Reflexos autonômicos
Inconsciência
Relaxamento Estabilização
Relaxamento muscular autonômica
muscular (pancurônio) (ex.: atropina)
Paralisia dos
centros vitais Analgesia
(ex.: N2O e
fentanil)
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HIPÓTESE UNITÁRIA
Um mecanismo comum é responsável pela ação de todos os
anestésicos, de modo alternativo, cada anestésico ou classe de
anestésico pode ter seu próprio mecanismo de ação.
FARMACODINÂMICA FARMACOCINÉTICA
Inalatórios
EFEITOS SOBRE CANAIS IÔNICOS
Estimula Inibe
FARMACOCINÉTICA FARMACOCINÉTICA
Inalatórios Inalatórios
Cap. vol.
% Débito % Peso
Potência anestésica Grupo tecidual halotano
cardíaco corporal
Clorofórmio (Palv = 0,8 atm)
Halotano Encéfalo, fígado e rins
75 % 9% 0,3 L
Isoflurano (GRV)
Eflurano Músculo e pele (GM) 18 % 50 % 3,0 L
Halotano Gordura (GA) 5,5 % 19 % 17 L
Dietil-etér
Ciclopropano Osso, cartilagem e
1,5 % 22 % 1,3 L
Isoflurano
ligamentos (GPV)
Xenônio
Óxido nitroso
• Nível de perfusão
Lipofilia Enflurano
• Capacidade de absorver o anestésico
Sevoflurano
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Músculos
Sangue 3,0 L
Pele
CONTRA-INDICAÇÕES
Hipersensibilidade
Indivíduo magro – rápida indução e recuperação 1,3 L
Osso Histórico de hipertermia maligna
Cartilagem
Indivíduo em sobrepeso - lenta indução (“ressaca”)
REFERÊNCIAS