Você está na página 1de 1

CASO CLÍNICO

Indivíduo com 63 anos, internado no serviço desde 20/06/2021, com o diagnóstico médico de
acidente vascular cerebral (AVC).
Tem como antecedentes médicos: hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes tipo 2 e doença
pulmonar obstrutiva crónica (DPOC).
No momento da entrevista apresenta abertura espontânea dos olhos, obedece a ordens simples
(Escala de Coma de Glasgow = 14) mas não sabe situar-se no tempo e no espaço. O seu discurso
não é claro, sendo comum pronunciar mal as palavras ou até mesmo a omissão de algumas. Não
consegue mobilizar o braço e a perna, esquerdas.
Na alimentação apresenta disfagia para líquidos, entalando-se com frequência. Tem instituída uma
dieta hipossalina mas, como não trouxe a prótese dentária para o hospital e tem dificuldade em
mastigar os alimentos, os enfermeiros fornecem-lhe dieta mole. Normalmente recusa a maior parte
da alimentação que é dada à colher pela assistente operacional.
Apresenta secreções espessas e abundantes que tem dificuldade em expelir. Raramente tosse e
quando o faz só esporadicamente consegue eliminar as secreções. É aspirado, em média, duas
vezes por turno, alturas em que fica muito dispneico e agitado.
Está algaliado com dreno de foley nº. 16 e tem indicação para remover a algália no turno da
manhã, algo que irá acontecer durante os cuidados de higiene a serem prestados na cama pelos
enfermeiros. Tem um cateter venoso periférico com soroterapia em perfusão.
Antes do AVC, tinha um padrão de eliminação intestinal = 1 dejeção/dia. Atualmente está sem
dejeções, há 5 dias consecutivos. Usa fralda de proteção. Apresenta uma zona avermelhada, não
branqueável, na região sacrococcígea onde tem sido aplicada vitamina A e um eritema cutâneo na
região glútea e inguinal. É incapaz de se mover sozinho quando está acamado.
Diariamente os enfermeiros transferem-no para o cadeirão, após lhe darem o banho na cama pois
não é capaz de se transferir sozinho.
Observam-se edema dos membros inferiores em grau elevado e sinais de comprometimento
vascular.
Segundo a enfermeira da noite, o cliente esteve muito confuso, não dormindo mais que 1 hora, algo
que se vem a repetir há já alguns dias, uma vez que ele só dorme após os cuidados de higiene.
O indivíduo mora com a filha que vai ser a sua prestadora de cuidados diretos, no domicílio. Nunca
ninguém falou com ela sobre o regresso do pai a casa. Quando questionada refere que trabalha
das 8h às 17h e que será uma vizinha que irá dar apoio ao pai durante o dia, enquanto estiver a
trabalhar.

Você também pode gostar