Você está na página 1de 3

Feito por Dr.

Rafael Júlio da silva: UP-Nampula

As três épocas da filosofia a partir da filosofia antiga, medieval e moderna (o centro de


debate).

Idade antiga

Segundo marilene chaui, a filosofia antiga compreende 4 períodos da filosofia grego romana
nomeadamente período naturalista ou período pré-socrático ou cosmológico, do século VII a V
a.C., neste período a filosofia que se ocupava fundamentalmente era a questão da origem e asa
causas das transformações na natureza (phisis). Período humanista, ou socrático ou antropológico
que coincide com a última fase da filosofia naturalista e com a sua dissolução, tendo como os
protagonistas os sofistas e, sobretudo, Sócrates que pela primeira vez procura determinar a
essência do homem. Período sistemático ou das grandes sínteses de Platão e Aristóteles que
coincide com o século IV a. C ao final do século III a. C quando a filosofia busca reunir e
sistematizar tudo quanto foi pensado sobre a cosmologia, interessando-se sobre tudo em mostrar
que o que tudo pode ser objecto de conhecimento. Período helenístico ou grego romana, nesse
período que já se alcança Roma e o pensamento dos primeiros padres da igreja, a filosofia se
ocupava sobre tudo com a questão da ética do conhecimento humano e das relações entre o
homem e a natureza e dos ambos com Deus. Em suma, neste período o centro de debate foi o
problema da origem e a causa das transformações na natureza, isto é, a causa pri8meira do
universo (Physis).

Idade medieval

É o período em que a igreja Romana dominava Europa, ungia e coroava reis e organizava
cruzadas à terra santa e criava à volta das catedrais, as primeiras universidades ou escolas. A
partir do século XII, por ter sido ensinada nas escolas a filosofia medieval também é conhecida
com o nome de escolástica. A filosofia medieval teve como influências principais Platão e
Aristóteles, embora o Platão que os medievais conhecessem fosse o neoplatonismo (vindo da
filosofia de plotino do séc. VI d. C) e o Aristóteles que conhecessem fosse aqu7ele conservado e
trazido pelos árabes, particularmente Avicena e Averrois. Conservando e discutindo os mesmos
problemas que a patrística, a filosofia medieval acrescenta outros particularmente conhecido com
o nome dos universais. Alem de Platão e Aristóteles sofreu uma grande influência das ideias de
santo Agostinho. Durante esse período surge propriamente a filosofia cristã que é na verdade a
Para o curso de Licenciatura em filosofia
(filósofo de Namapa)
Feito por Dr. Rafael Júlio da silva: UP-Nampula

teologia. Uns dos seus temas mais constantes são as provas da existência de Deus e da alma, isto
é, demonstrações racionais da existência do infinito criador e do espírito humano imortal.

A diferença e a separação entre infinito (Deus) e o finito (Homem, mundo), a diferença entre a
razão e a fé (a primeira deve subordinar-se a segunda), a diferença e separação entre corpo
(matéria) e alma (espírito); o uni8verso como uma hierarquia dos seres, onde os superiores
dominam e governam os inferiores (Deus, Arcanjos, Anjos, Alma, Animais, Vegetais, Minerais).

Os teólogos mais importantes foram: Abelardo, duns scoto, Escoto Erigena, Santo Anselmo, São
Tomás de Aquino, Santo Alberto Magno, Guilherme de Ockhan, Roger Bacon, São Boaventura.
Do lado árabe: Avicena, Averrois, Alfarabi e Algazáli. Do lado judaico: Maimônides,
Nahmanides, Yeudah Bem Levi.

Em síntese, o centro de debate deste período foi Deus.

Idade moderna

De acordo com chaui (56:200), este período começa no séc. XVII há meados do séc. XVIII e é
conhecido como o grande racionalismo clássico; neste período predomina a ideia de conquista
científica e técnica de toda a realidade a partir da explicação mecânica e matemática do universo
e das invenções das máquinas graças as experiencias físicas e químicas.

Na idade medieval a vida espiritual é orientada para o mundo sobre natural; a existência humana
é preparação para outra vida, o destino de cada homem, as realizações do próprio homem tudo
era possível graças a Deus. O mundo moderno caracterizou-se pelos aspectos opostos da idade
média, não é mais o teocentrismo nem o autoritarismo eclesiástico, mas sim o mundo da
autonomia das cultuas em relação a todo poder transcendental. A livre explicação da actividade
do9 homem e da natureza em geral constitui um ganho para o próprio homem, a super macia da
evidencia racional na procura da verdade, a consciência do valor absoluto da pessoa humana deu
maior dinamismo e desenvo9lvimento humano. Nesta idade moderna, o deus transcendental
morre e sobressai como deus o próprio homem, a ciência e a razão, ou seja, o homem mata o
Deus da idade medieval ocupando o seu lugar.

Para o curso de Licenciatura em filosofia


(filósofo de Namapa)
Feito por Dr. Rafael Júlio da silva: UP-Nampula

ROMANTISMO

A palavra romântica aparece pela primeira vez na Inglaterra, pela metade do século XVII, para
designar o fabuloso, o extravagante, o fantástico e o real. Gradualmente o termo romantismo
passou a designar o renascer do instinto e da emoção sufocada pelo racionalismo prevalente no
século XVIII.

Do ponto de vista historiográfico e geográfico, o romantismo designa um movimento espiritual


que, envolvendo não só a filosofia e a poesia e a filosofia, mas também as artes figurativas e a
música, desenvolveu-se na Europa entre no fim do século XVIII e a primeira metade do século
XIX. A partir da Inglaterra o movimento se expandiu em toda Europa, na França, na Itália, na
Espanha ma a manifestação paradigmática do romantismo foi em todo caso a que surgiu entre o
século XVIII e o século XIX na Alemanha.

Na sensibilidade romântica dominou o amor da irresolução e das ambivalências, dos sentimentos


de preocupação que se comprazem de si e se exaurem em se mesmo. O termo mais típico para
indicar esses estados de ânimos foi Sehnsucht (“anseio”): um desejo que jamais pode alcançar
sua própria meta, porque não a conhece e não quer ou não pode conhece-la: um desejo de desejar,
um desejo que é sentido como inextinguível e que justamente por isso encontra em si a própria
satisfação.

A característica essencial de forma de arte tipicamente romântica constitui na prevalência do


“conteúdo” sobre a forma e, por tanto, em uma revalorização expressiva do informal. O
romantismo foi caracterizado pela saliência que em alguns sistemas filosóficos foi dada à intuição
e fantasia, encontraste com os sistemas baseados unicamente sobre a fria razão, entendida como
único órgão de verdade. Neste sentido todo idealismo é uma filosofia romântica.

Para o curso de Licenciatura em filosofia


(filósofo de Namapa)

Você também pode gostar