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AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA CIDADE

DE AMERICANA, SÃO PAULO;

Luzia de Jesus dos Reis, brasileira, casada, portadora da cédula de


identidade RG 13.549-696-2 e do CPF 044.147.418-74, com endereço à
Rua Águas da Prata número 639, na cidade de Santa Bárbara d
Oeste, São Paulo, vem respeitosamente à presença de Vossa
Excelência, por seu advogado, propor a presente AÇÃO TRABALHISTA,
face a Marilia Gabrielle Bazer, e seu esposo Valter Bazer, com
endereço Rua Costa Rica número 175, Americana, Condomínio Santo
Angelo P 52, na cidade de Americana, pelas razões de direito a
seguir relatados:

Dos Fatos:

A Reclamante, foi contratada para ser cuidadora da sogra dos


Reclamados, isso no dia 17 de fevereiro de 2008, a Senhora Filomena,
mão de Dona Marília;

Sua jornada de trabalho era de segunda a sexta, das 06:30 às 17:00,


sem intervalo intrajornada, pois além de ser cuidadora cumulava a
função de empregada doméstica;

Por todo o período, não houve o descanso de férias, mas houve o


pagamento das referidas férias;
Muito embora, as férias tenham sido pagas, o ⅓ de ferias nao foi pago.
Da mesma forma, não eram pagas as parcelas de FGTS e INSS;

É importante dizer que no dia 02 de abril de 2021, a Reclamante foi


atropelada, no entanto por não haver qualidade de segurada, não
consegue o afastamento;

No dia 18 de novembro de 2022, por não conseguir voltar ao mercado


de trabalho ante as lesões decorrente do acidente, sem justo motivo
foi demitida, sendo seu último salário, foi na ordem de R$ 1.500,00;

Das irregularidades:

a- Da ausência de registro, conferir pelo CNIS;

A Requerente inicialmente foi contratada, sem registro, em que 17 de


junho de 2008, apenas foi registrada em 02 de julho de 2012, assim,
requer que seja declarado o vínculo empregatício no período de 17
de junho de 2008 a 02 de julho de 2012;

Da mesma forma, em que pese constar a baixa na CTPS em 20 de


fevereiro de 2015, em verdade continuou a trabalhar na Reclamada
até o mês de novembro de 2022, conforme apontado na relação a
fática, o que quer ver declarado nos termo do artigo 3 Da CLT e
Seguintes, anotando-se a CTPS;

Assim, requer pela declaração de unicidade de contrato no período


entre 17 de junho de 2008 a 18 de novembro de 2022;

b- Do não pagamento das verbas rescisórias;


Muito embora tenha sido demitida, não houveram pagamentos de
verbas rescisórias, assim, nos termo do artigo 477 da CLT, requer que
seja a Reclamada condenada ao pagamento da multa, no valor de
R$ um salário da Reclamante, ou seja, R$ 1500,00

c- Do período cujo o 13o Salário, não foi pago, assim, como ⅓ de


férias;

Considerando que não houveram os pagamento de férias, ⅓ de férias,


mais 13o salário deve a reclamada ser condenada a indenizá-los, da
forma como o suprimiu, assim, é devedora do importe de R$ 10.000,00
referente às férias vencidas, sendo 05 meses de férias, acrescidos de ⅓
não pagas, bem como o valor de R$ 6.000,00, referente às parcelas
inerente às férias, que deveriam ser pagas de forma dobrada;

Assim, nos termos do artigo 134 a 139 da CLT, deve ser condenada ao
pagamento, no importe de R$ 16.000,00;

d- Da mesma forma, nos últimos 05 anos, não houve o pagamento,


de 13o salário, no importe de R$ 6.000,00;

e- A Reclamada, não adimpliu com os depósitos de INSS,e FGTS,


devendo tais valores serem recolhidos pelo Reclamado, cujo o valor
do FGTS, atribui-se o importe de R$ 28.800,00, bem como a multa de
40% no valor de R$ 11.520,00, totalizando o importe de R$ 40.320,00,
nos termos do artigo 15 da lei 8036/90;

f- Do período sem registro e do dever de indenização;

A Reclamante, no dia 02 de abril de 2021, numa sexta feira santa, a


reclamante foi atropelada, e ficou completamente incapacitada e
não retornou as atividades, aliado a isso não tinha mais a qualidade
de segurada, o que impossibilita o recebimento de qualquer benefício
previdenciário, ainda que possua a idade avançada e as patologias
inerentes ao acidente;

Diante disso deve a Reclamada ser condenada aos pagamentos dos


meses qual a requerente não teve acesso ao benefício previdenciário,
ou seja, de 02 de abril de 2021, até a data em que for considerada
apta, cujo o valor neste momento se atribui o importe de R$ 37.500,00,
bem como os pagamentos que se vencerem no curso do processo;

O pedido se fundamento nos termos do Artigo 186 e 927 do CC, que é


utilizado de forma subsidiária na Justiça do Trabalho, nos termos do
artigo 8o e 769 da CLT;

Com o devido respeito, pensamos que ao impor a Reclamante, a


condição de submissão e não apontar a sua CTPS, rebaixou
moralmente a Requerente, que não pode acessar os benefícios
previdenciários que teria direito nos termos da Lei 8213/91 e o Decreto
3048/99, no que tange a qualidade de segurado;

Assim, ante o rebaixamento moral imposto deve a Reclamada ser


condenada ao pagamento no importe de R$ 10.000,00 a título de
danos morais, pela sofrimento imposto a Reclamante;

g- Requer que a Reclamada seja condenada ao pagamento no


importe de R$ de 15.000,00, referente às contribuições previdenciárias
não pagas nos termos do artigo 201 §11 da Constituição Federal, qual
não adimpliu;

H- Do período intrajornada;
A Reclamante pelo período em que trabalhou nos últimos 05 anos,
não lhe foi deferida a hora intrajornada, nos termos do artigo 71 da
CLT, assim, por não haver sido concedido o período de descanso,
deve a Reclamada ser condenada ao pagamento inerente a uma
hora a título de indenização, qual tomando como base o salário do
Reclamante, deve ser a reclamada condenada ao pagamento a
título de horas intrajornada, no importe de R$ 6.138,00, referente aos
meses trabalhados, anteriores ao período prescricional;

i- das horas intrajornada:

a Reclamante laborava diariamente das 06:30 às 17:00, o que perfaz


10,5 horas de trabalho por dia, sendo que no final da semana temos o
total de 52,5 horas, ou seja, excede em 4,5 horas por semana, ou 18
horas por mês, num total de 684 horas, nos últimos 05 anos, o que
perfaz o montante de R$ 6.997,32, nos termos do artigo 59 da CLT;

Assim, por todo o exposto requer:

1- A Notificação dos Reclamados, para que, caso queiram,


apresentem defesa dentro do prazo legal sob pena de revelia e
confissão;

2- Requer que seja reconhecido o período sem anotação na CTPS,


entre 17 de junho de 2008, e 02 de julho de 2012, assim, requer que
seja declarado o vínculo empregatício no período de 17 de junho de
2008 a 02 de julho de 2012 e de 20 de fevereiro de 2015, até o dia 18
do mês de novembro de 2022, declarando a unicidade do contrato;

3- Requer pela condenação da reclamada aos seguintes


pagamentos:
● Considerando que não houveram os pagamento de férias, ⅓ de
férias, mais 13o salário deve a reclamada ser condenada a
indenizá-los, da forma como o suprimiu, assim, é devedora do
importe de R$ 10.000,00 referente às férias vencidas, sendo 05
meses de férias, acrescidos de ⅓ não pagas, bem como o valor
de R$ 6.000,00, referente às parcelas inerente às férias, que
deveriam ser pagas de forma dobrada;
● considerando que nos últimos 05 anos, não houve o pagamento,
de 13o salário, requer pela condenação no periodo
correspondente o importe de R$ 6.000,00;

● A Reclamada, não adimpliu com os depósitos de INSS,e FGTS,


devendo tais valores serem recolhidos pelo Reclamado, cujo o
valor do FGTS, atribui-se o importe de R$ 28.800,00, bem como a
multa de 40% no valor de R$ 11.520,00, totalizando o importe de
R$ 40.320,00, nos termos do artigo 15 da lei 8036/90;

● Do período sem registro e do dever de indenização;

● A Reclamada deve ser condenada aos pagamentos dos meses


qual a requerente não teve acesso ao benefício previdenciário,
ou seja, de 02 de abril de 2021, até a data em que for
considerada apta, cujo o valor neste momento se atribui o
importe de R$ 37.500,00, bem como os pagamentos que se
vencerem no curso do processo;

● O pagamento a título de danos morais, pelo rebaixamento moral


imposto deve, a Reclamada ser condenada ao pagamento no
importe de R$ 10.000,00 a título de danos morais, nos termos da
causa de pedir;
● Requer que a Reclamada seja condenada ao pagamento no
importe de R$ de 15.000,00, referente às contribuições
previdenciárias não pagas nos termos do artigo 201 §11 da
Constituição Federal, qual não adimpliu;

● Requer pela condenação no período em que trabalhou nos


últimos 05 anos, qual não lhe foi deferida a hora intrajornada,
nos termos do artigo 71 da CLT, no importe de R$ 6.138,00,
referente aos meses trabalhados, anteriores ao período
prescricional;

● a Reclamante laborava diariamente das 06:30 às 17:00, o que


perfaz 10,5 horas de trabalho por dia, sendo que no final da
semana temos o total de 52,5 horas, ou seja, excede em 4,5
horas por semana, ou 18 horas por mês, num total de 684 horas,
nos últimos 05 anos, o que perfaz o montante de R$ 6.997,32, nos
termos do artigo 59 da CLT, qual desde já requer pela
condenação;

4- Requer pela produção de todos os meios de prova admitidos em


direito sobretudo a perícia médica na reclamante a fim de saber se
houve a recuperação de capacidade, considerando a idade e as
atividades desempenhadas como empregada doméstica, assim,
como depoimento pessoal da Reclamada e das testemunhas que
oportunamente comparecerão em Juízo;

5- Requer que sejam concedidos os beneficios da Assistencia


Judiciaria gratuita, ou justiça gratuita, por ser a Reclamante pobre de
recurso sem condições de arcar com as custas processuais e
honorários de advogado;

Dá se o valor a causa em R$ 131.955,32


Americana, São Paulo, 22 de maio de 2023

LEANDRO GOMES DE MELO, inscrito na OAB/SP sob nº 263.937

CAROLINE OLIVEIRA SOARES, inscrita na OAB/SP sob n° 463.409

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