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Funções Executivas: ​Processos de atenção,

consciência e seus distúrbios.


Profª. Ma. Aline Vitorino
SUBTÍTULO TEXTO DEMO

TÍTULO TEXTO DEMO


Na aula de hoje, abordaremos:
• Revisão sobre o conceito de funções
executivas;
• Neuroanatomia das funções executivas;
• Desenvolvimento das funções executivas;
Funções Executivas
• As funções executivas são habilidades essenciais para a saúde física
e mental, capazes de influenciar o sucesso na escola e na vida, além
de afetar aspectos cognitivos, sociais e o desenvolvimento
psicológico (DIAMOND, 2012).

As funções executivas são formas de cognição,


que tem como função a percepção e atuação do
sistema nervoso central na regulação do
comportamento humano (DIAMOND, 2013)
Funções executivas
Funções executivas x funções cognitivas:
controvérsias teóricas.

As funções As funções
executivas executivas, fazem
integram as parte do grupo das
o sistema funções cognitivas?
das funções
cognitivas?
Função Cognitiva: Atenção

Tem caráter direcional e seletivo que nos permite manter vigilância


ao nosso redor, responder aos estímulos e inibir o que não
corresponde aos nossos interesses, intenções e tarefas imediatas
(LURIA, 1981).
Função Cognitiva: Atenção
Seletiva

Alternada
Atenção
Sustentada

Dividida
Função Cognitiva: Atenção

Neuroanatomia: Lobo Parietal, lobo


frontal, tálamo e colículo superior.
Função Cognitiva: Atenção
Funções Executivas
As FE’s iniciam o seu desenvolvimento na infância e evoluem até a
fase adulta de uma forma lenta que acompanha a maturação do
córtex pré-frontal (CPF), à medida que essas funções vão se
aperfeiçoando. Fala-se em um desenvolvimento no formato de U
invertido, visto que o pico da maturação ocorre no fim da
adolescência, estabiliza-se na vida adulta, e sua eficácia diminui ao
longo do envelhecimento (CRUZ,2021).
Funções Executivas

Em termos filogenéticos, as funções executivas parecem se


desenvolver em uma relação direta com o processo de evolução
humana (MALLOY-DINIZ et al., 2008)

• Filogenética: Teoria acerca das modificações


genéticas mediante aos processos evolutivos.
Funções Executivas

• “funções de supervisão”, “funções frontais” ou


“funções de controle” (ANDRADE; SANTOS;
BUENO, 2004).
Núcleos de Competências das Funções Executivas

Flexibilidade Controle
Cognitiva inibitório

Memória de
Trabalho
Competências das funções Executivas
memória de trabalho, definida como o armazenamento e a
atualização das informações enquanto o indivíduo
desempenha alguma atividade relacionada com elas;

flexibilidade mental, definida como a capacidade de mudar


a postura de atenção e cognição entre dimensões ou
aspectos distintos, mas relacionados, de uma determinada
tarefa

controle inibitório, definido como a inibição da resposta


prepotente ou automatizada quando o indivíduo está
empenhado na execução de uma tarefa
( DIAMOND, 2013; MIYAKE et al.,
2000),
Funções Executivas
Funções Executivas
Na avaliação neuropsicológica, a denominação FE é utilizada para
designar uma ampla variedade de funções cognitivas que implicam
em: atenção, concentração, seletividade de estímulos, capacidade de
abstração, planejamento, flexibilidade de controle mental,
autocontrole e memória operacional. Os instrumentos utilizados na
avaliação neuropsicológica auxiliam no conhecimento acerca do perfil
cognitivo dos sujeitos assim como na estimativa da evolução,
prognóstico e o delineamento de programas de reabilitação cognitiva
(FONSECA; JACOBSEN; PUREZA, 2016).
Neuroanatomia das Funções
executivas

Do ponto de vista anatômico a localização da função


executiva é no lobo frontal, mais especificamente no córtex
pré-frontal (LURIA, 1966).
Neuroanatomia das Funções
executivas
Os lobos parietais participam do controle atencional e o
armazenamento de informações
Neuroanatomia das Funções
executivas

O córtex préfrontal (CPF) divide-se em 3 partes: CPF dorso


lateral, córtex orbito-frontal e cingulado anterior.
Cortéx pré-frontal
Neuroanatomia das Funções
executivas

O dorso lateral é um sistema operacional dinâmico e


flexível, capaz de representar informações (KANDEL et
al., 2013). Lesões desta região em humanos resultam
em comportamento desorganizado e distração (KANDEL
et al., 2013).
Neuroanatomia das Funções
executivas
Com relação ao circuito orbito-frontal, há projeções do córtex
orbito frontal para o núcleo caudado ventromedial, que recebe
sinais do giro temporal superior e inferior, além do tronco
encefálico (MALLOY-DINIZ et al., 2008). O córtex pré-frontal
orbito-ventromedial contribui para estados motivacionais por
meio da representação dos valores emocionais dos objetos que
podem se tornar alvos da ação.
Neuroanatomia das Funções
executivas
O comprometimento do circuito orbito frontal gera dificuldades
nos processos de tomada de decisão pela não antecipação de
futuras consequências (MALLOY-DINIZ et al., 2008)

As áreas pré-frontais orbital e ventromedial pertencem ao lobo


límbico, são fortemente conectadas com a amígdala e com o
hipotálamo e contribuem para os processos emocionais, porém
outras regiões do lobo límbico não estão envolvidas
primariamente com as emoções (KANDEL et al., 2013).
Neuroanatomia das Funções
executivas
Circuito cingulado anterior: um sistema de monitoramento da
atenção para detecção de erros e a capacidade de ativar em
resposta a situações de conflito.
Disfunções executivas e
principais transtornos
O que são disfunções executivas?
Devido à alteração no funcionamento executivo, o
transtorno, muitas vezes, é caracterizado como transtorno
da disfunção executiva (CRUZ,2021).

Síndromes disexecutivas podem apresentar diferentes


manifestações comportamentais, variando desde apatia
até um quadro de desinibição, ou mesmo apresentando
um ou mais domínios cognitivos comprometidos, como
desatenção, planejamento pobre e déficits de memória
operacional (BORGES et al., 2010).
O que são disfunções
executivas?
Diferentes graus e perfis de síndromes disexecutivas foram descritos
em diversos transtornos neuropsiquiátricos, como transtorno do
déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtornos alimentares,
esquizofrenia, transtornos bipolares, entre outros. Déficits de FEs
podem também ser encontrados em degenerações lobares
frontotemporais e em indivíduos com lesões em córtex pré-frontal.
Disfunção Executiva:
Esquizofrenia
• Não há consenso sobre os fatores de
vulnerabilidade.
• A relação entre esquizofrenia e FE é inegável, tendo
em vista o transtorno apresentar como
característica, o caráter desadaptativo em situações
novas. Em termos de memória de trabalho e
controle inibitório.
Disfunção Executiva: TDAH
Baixo resultado em controle inibitório, dificuldades dos processos
atencionais seletivos e alternados, gerando sintomas secundários
de prejuízos na linguagem, leitura e escrita, além de déficits em
memória de trabalho e consciência fonológica

. Estes déficits, por sua vez, embasam comportamentos


disfuncionais, como rebaixamento no desempenho escolar, maior
probabilidade de envolvimento em conflitos interpessoais, acidentes,
crimes, uso de substâncias psicoativas
Disfunção executiva: espectro
autista
Déficit na Teoria da mente, atenção preferencial, déficit na
flexibilidade mental, alterações quanto o funcionamento do
controle inibitório.

Prejuízos em tarefas com memórias de trabalho mais complexas.


Dados incoerentes.
Orientações para a atividade
• Qual o método utilizado no artigo?
• Quais seus objetivos?
• Atingiu seu objetivo proposto?
• Qual a relevância do estudo?
• Impressões pessoais do grupo.

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