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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Processo de conquista nas sociedades da América (colonização e


condicionantes ideológicos)

Vasco Armando Pedro, Código: 708209001

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Licenciatura em ensino de História
Disciplina: História das Sociedades
Tutor: Carvalho Alauaneque
Turma: E, 2º grupo
2º Ano

Nampula, Maio, 2021

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Índice

Introdução.........................................................................................................................................4

1.Historial das civilizações altamente desenvolvidas nas Américas................................................5

1.1.A Civilização Maia.....................................................................................................................5

1.2 A Civilização Inca......................................................................................................................6

1.3 A Civilização Asteca..................................................................................................................7

2. As potências europeias que colonizaram as Américas.................................................................8

2.1 A Colonização Espanhola...........................................................................................................8

2.2 A colonização portuguesa...........................................................................................................9

2.3 A colonização francesa na América.........................................................................................10

2.4 Colonização da América inglesa..............................................................................................10

3.Objectivo da cristianização das comunidades.............................................................................11

3.1 Colonização e a cristianização..................................................................................................11

Conclusão.......................................................................................................................................13

Bibliografia.....................................................................................................................................14

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Introdução

O trabalho tem como tema: Processo de conquista nas sociedades da América (colonização e
condicionantes ideológicos) o objectivo deste trabalho é explicar a historial das civilizações
altamente desenvolvidas nas Américas e descrever a Civilização Asteca, Inca assim como as
potências europeias que colonizaram as Américas.

Quanto a metodologia usada nesta pesquisa é bibliográfico que permitiu trazer informações
preponderantes do que se necessitavam nesta pesquisa. No que tange a estrutura tem a introdução
que esta descritas formas ou estratégias de como o autor deve as informações durante a realização
do trabalho, desenvolvimento desenrola tudo necessário do tema em estudo e por último as
conclusões que reflecte o ensinamento ou aprendizagem que colheu durante a pesquisa, sem
deixar de referências bibliográficas que são obras lidas pelo autor na sustentabilidade de trabalho
e as ideias do autor.

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1.Historial das civilizações altamente desenvolvidas nas Américas

Muito antes da descoberta, América conheceu o desenvolvimento de importantes civilizações,


que formaram-se ao longo de milhares de anos e que possuíam complexa organização social,
económica e política, que realizaram grandes obras públicas: sistema de irrigação, assim como
palácios e templos, tanto na mesoamérica, onde encontravam-se Maias e Astecas, como no
Altiplano Andino, onde desenvolveu-se o Império Inca (ALCIDO MUNIZ DE SOUZA 1952, H.
A. p.22-24).

1.1.A Civilização Maia

A Civilização Maia desenvolveu-se na península de Iucatã, na região que hoje corresponde ao


sul do México, Guatemala e Belize. Os maias construíram uma das principais civilizações do
continente e do mundo também sob uma perspectiva cultural (MANDRINI. 2013).
Política: cidades governadas por chefes com poder hereditário. Chefes com funções políticas e
religiosas. Ajudados por um conselho de líderes, nobres guerreiros e sacerdotes.
Sociedade: Hierarquizada, sendo os grupos principais a elite dona de terras (chefes, líderes
menores, guerreiros nobres, sacerdotes) e os camponeses. Os chefes, líderes menores e guerreiros
nobres lideravam a administração pública; Sacerdotes , tinham o controlo da religião;
camponeses, compunha a grande maioria da população e eram os trabalhadores que se
dedicavam à agricultura, às construções e ao artesanato (Silva, Pedro et Gendrop, Paul. 1987).
Economia: a agricultura foi a actividade fundamental. Além do milho, que era o
principal produto, plantavam também o algodão, o tomate, o feijão, a batata e o cacau. A terra
pertencia ao Estado e era cultivada colectivamente. A caça e a pesca eram actividades
económicas complementares e desconheciam a pecuária. No artesanato realizaram
notáveis trabalhos: tecidos, objectos de cerâmica, lapidação de pedras preciosas, etc.
Desenvolveram um importante comércio com os povos vizinhos (Gendrop, Paul. 1987).

Religião: havia um grande número de divindades, que representavam a chuva, o trovão, o raio, a
seca, a guerra, a tempestade, e para elas foram construídos grandes templos.
Artes: os Maias destacaram-se na arquitectura, com a construção de templos e palácios.
Também desenvolveram a pintura e a escultura.

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Ciência: desenvolveram a escrita, matemática, astronomia (através dela criaram calendário tão
preciso quanto os que existem hoje, com 365 dias).
Declínio dos maias
As cidades foram sendo abandonadas, não se sabe ao certo por quê.
Hipóteses: epidemias, guerras internas, invasão por outros povos, desgaste do solo pela
agricultura repetitiva.
1.2 A Civilização Inca

Os Incas formaram seu império dominando as várias civilizações que habitavam a


região dos Andes, na América do Sul. Compreendia os actuais territórios do Peru, Equador,
parte da Colômbia, do Chile, da Bolívia e da Argentina. (MANDRINI. 2013)
Política: Formação de Império, através de guerras com diversos povos (cerca de 100 povos!), que
passavam a obedecer ao imperador inca e a pagar impostos e prestar serviços (mita, durante
alguns dias no ano).
Sociedade: estava dividida em três camadas sociais. A dos sacerdotes e a dos nobres era a
dominante. A figura mais importante da sociedade era o Inca ou Imperador. Considerado o
grande sacerdote do Sol, ficava à frente da hierarquia religiosa. Estas camadas
privilegiadas estavam isentas dos impostos.
O Povo, camada social não privilegiada, era formado basicamente pelos camponeses.
Trabalhavam nas terras do Estado e do clero e pagavam um imposto em serviços,
construindo obras públicas, participando do exército, explorando minérios etc. Também
faziam parte desta camada social os artesãos (Silva, Pedro et Gendrop, Paul. 1987).
Economia: possuíam uma agricultura desenvolvida, com a plantação de dezenas de espécies
vegetais, entre elas o milho, principal produto, a batata-doce, o tomate, a goiaba, a abacate, o
amendoim, etc. Usavam a irrigação e os adubos. Domesticaram o Ihama, o guanaco, a vicunha e
a alpaca, que serviam para o transporte e fornecimento de lã e couro. O comércio era feito
em grandes mercados locais. Não conheciam a moeda.
As artes: o grande destaque ficou com a arquitetura. Construíram grandes palácios, fortalezas
etemplos. (Silva, Pedro et Gendrop, Paul. 1987).

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Ciências: os Incas criaram um sistema de numeração decimal. Nas medicinas usavam
ervas para o tratamento de doenças.

1.3 A Civilização Asteca

Povo guerreiro, os astecas habitaram a região do actual México entre os séculos XIV e XVI.
Fundaram no século XIV a importante cidade de Tenochtitlán (actual Cidade do México), numa
região de pântanos, próxima do lago Texcoco. Os Astecas ocupavam uma região que se estendia
da actual Guatemala até o México (MANDRINI. 2013).
Política: formação de Império, através de guerras com diversos povos, que passavam a obedecer
ao imperador asteca e a pagar impostos.
Economia: baseava-se na agricultura, com o cultivo do milho, tabaco, feijão, pimenta, tomate,
cacau, baunilha, algodão, etc. A propriedade da terra era do Estado.O comércio foi largamente
desenvolvida. Como não conheciam a moeda, as trocas eram directas artesanato também foi de
grande importância, movimentando o comércio interno e externo. Confeccionavam tecidos com
fibras vegetais, faziam machados e outros instrumentos de cobre.
Sociedade: dos astecas estava dividida em camadas bastante diferenciadas. A mais alta era a
dos Nobres que abrangiam várias categorias: o governante e sua família,
os sacerdotes e os chefes guerreiros. Os comerciantes formavam uma camada social à parte,
que gozava de grande privilégio junto ao governo, porque funcionavam com espiões.
Abaixo, vinha a camada formada por agricultores, artesãos e pequenos comerciantes
que eram obrigados a pagar pesados tributos. A camada mais baixa da sociedade era
formada pelos escravos. Quanto à vida política, no princípio, os astecas viviam sob a
autoridade de um chefe político, com poderes absolutos. Mais tarde, foi adoptada a monarquia
electiva. Na religião, os astecas eram politeístas e uma
das principais divindades era a Serpente Emplumada, que representava a sabedoria.
Artes e ciências: os astecas desenvolveram particularmente a arquitectura, com técnicas
avançadas de construção. Criaram um calendário cujo ano tinha 365 dias. Conheciam várias
plantas medicinais, das quais faziam remédios.

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2. As potências europeias que colonizaram as Américas

Durante a época das Grandes Navegações, os Europeus encontraram a América e, subjugando os


povos nativos do continente passaram a explorá-lo. As Américas foram colonizadas dentro da
visão mercantilista vigente na Europa à época, visando acumular riquezas para os Estados
Absolutistas. Ouro, Prata e outros metais preciosos foram explorados. Onde não havia metal, a
terra ou a mão-de-obra compulsória dos nativos foi explorada Gruzinski, Serge (2012, p. 46 ).
O processo de conquista e colonização da América pelos europeus provocou significativa
devastação ambiental e morte das populações nativas.
O objectivo dos conquistadores espanhóis, portugueses, ingleses e franceses era explorar as suas
colónias e proporcionar o maior lucro possível para as metrópoles.
Em razão disso, apropriaram-se das terras, escravizaram, mataram, destruíram. Duas grandes
civilizações da América pré-colombiana, asteca e inca, foram dominadas pelos espanhóis. O
fabuloso Império Asteca foi conquistado por Hernán Cortés. O responsável pela conquista do
Peru foi Francisco Pizarro (ALCIDO MUNIZ DE SOUZA (1952).
No início do século XVI, Portugal e Espanha e, um pouco mais tarde, a Inglaterra, a França e a
Holanda promoveram a colonização das terras que haviam conquistado na América. A
colonização criada estava ligada à expansão marítima e comercial da Europa, ao fortalecimento
das monarquias absolutistas e às práticas económicas do mercantilismo.
O monopólio do comércio colonial garantia à metrópole a aquisição de todos os produtos
coloniais a um preço mínimo, porém suficiente para estimular a produção.
As colónias eram também um centro consumidor dos produtos
metropolitanos. Tanto a Espanha como Portugal foram levados a
colonizar suas possessões americanas por causa das pressões políticas
de alguns países europeus, particularmente França e Inglaterra. Esses
países só respeitavam as terras efectivamente ocupadas, e não aquelas
garantidas pelo Tratado de Tordesilhas (Todorov, Tzvetan, 2003).

2.1 A Colonização Espanhola

Após a chegada de Colombo na América em 1492 e, em função, do interesse espanhol na busca


de metais preciosos foram organizadas, no século XVI, várias expedições com o
objectivo de reconhecer e conquistar o continente americano. Uma destas expedições
(1519), foi a do fidalgo Hernan Cortés que tinha o objectivo de saquear civilização asteca.
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Cortés dominou o México destruindo uma brilhante civilização, saqueando suas riquezas,
exterminando a população indígena e submetendo ao trabalho forçado os sobreviventes,
até eliminá-los com maus-tratos, doenças e fome. A civilização maia foi dominada pelos
espanhóis a partir de 1523, quando Pedro Alvarado, enviado de Cortés chegou na península de
Yucatán, na América Central. Os maias foram submetidos ao trabalho forçado, perderam sua
identidade cultural e acabaram destruídos. Os incas habitavam na América do Sul tendo
como centro de seu império, o Peru. Quando os espanhóis chegaram (1531)
comandados por Francisco Pizarro e Diego Almagro, o império encontrava-se enfraquecido
devido a luta dos irmãos Huáscar e Atahualpa pelo poder. Este enfraquecimento auxiliou a
dominação. Mesmo assim somente 40 anos depois, com a morte do último imperador, Tupac
Amaru, o império inca terminou. A maior consequência da conquista europeia na América foi o
genocídio dos povos pré-colombianos. Quando os europeus chegaram havia 80 milhões de
nativos e um século depois menos de 10 milhões de habitantes (ALCIDO MUNIZ DE SOUZA,
1952)

2.2 A colonização portuguesa

Após um período de 30 anos, durante o qual o Brasil ficou praticamente abandonado, Portugal
iniciou a colonização.
A primeira actividade económica desenvolvida no Brasil foi a exploração de pau-brasil, madeira
da qual se extraía uma tinta de cor vermelha usada no tingimento de tecidos. A partir de 1532,
houve o desenvolvimento da economia açucareira. As lavouras de cana, iniciadas na capitania de
São Vicente, conseguiram condições favoráveis para o seu desenvolvimento na Região Nordeste.
A economia açucareira sustentou a colónia nos séculos XVI e XVII. Essa economia desenvolveu-
se com o trabalho dos escravos negros, trazidos por traficantes portugueses, com o apoio de
Portugal, que conseguiu bom lucro com o tráfico.
No século XVIII, a economia brasileira baseou-se na exploração de minérios nas regiões de
Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. Mais uma vez, a mão-de-obra usada foi a do escravo negro.
A mineração levou ao desenvolvimento do comércio interno, e a capital foi mudada para o Rio de
Janeiro.
Paralelamente a esses dois produtos, desenvolveram-se uma economia de subsistência, com a
plantação para consumo local, e a criação de gado.
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2.3 A colonização francesa na América

No século XVII, quando era ministro da França o cardeal Richelieu, Samuel Champlain fundou a
Companhia da Nova França e liderou uma expedição colonizadora. Dessa expedição resultou a
fundação da cidade de Québec de La Salle, ainda procurando uma passagem para o Pacífico,
adentrou o rio Mississípi, percorrendo-o até o golfo do México. Tomou posse da região,
denominando-a Louisiana (BLAINEY, Geoffrey, 2007)

Ainda no século XVII, os franceses estabeleceram-se na América Central. Conquistaram as ilhas


de São Domingos, Martinica, Guadalupe e Dominica, nas quais introduziram a pecuária e,
posteriormente, a plantação de cana-de-açúcar.

Na América do Sul, além das tentativas de fundação, no Brasil, da França Antártica (1555-1567)
e da França Equinocial (1610-1614), os franceses dominaram a Guiana e fundaram a cidade de
Caiena. Se o século XVII representou o auge das conquistas francesas, o século XVIII significou
a decadência do império colonial francês na América. Com a derrota na Guerra dos Sete Anos,
com a Inglaterra, a França perdeu o Canadá e renunciou à posse dos territórios situados às
margens do Mississípi ( ALCIDO MUNIZ DE SOUZA, 1952).

2.4 Colonização da América inglesa.

No século XVII, as guerras político-religiosas na Inglaterra provocaram o êxodo de parte da


população, que, em busca de abrigo e paz, dirigiu-se para a América com o objectivo de se
estabelecer, provocando um povoamento efectivo. As possessões inglesas na América do Norte
estavam distribuídas em 13 colónias.

Desde o Período Colonial, os territórios que dariam origem aos Estados Unidos que dariam
origem aos Estados Unidos tiveram uma diversificação na forma económica de ocupação. O
Norte e a parte da região central, pobres em terrenos agrícolas e com uma estreita planície
costeira, que dificultava a exploração e impedia a aquisição de vastas extensões de terras,
dedicaram-se mais ao comércio e à manufactura do que à agricultura. Multiplicaram-se as
pequenas e médias explorações agrícolas, o comércio, o artesanato, as empresas de pesca e a
construção naval. Desenvolveu-se a vida urbana e formou-se uma aristocracia comercial.

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Já as colónias do Sul apresentavam terras férteis e clima ameno, condições favoráveis ao
desenvolvimento de uma intensa actividade agrícola. Proliferaram as grandes fazendas,
principalmente de algodão. Formou-se uma poderosa aristocracia agrária, e o trabalho sustentava-
se na mão-de-obra escrava negra. A empresa agro-comercial do Sul proporcionava altos lucros
para a metrópole. O Norte e a parte da região central, pobres em terrenos agrícolas e com uma
estreita planície costeira, que dificultava a exploração e impedia a aquisição de vastas extensões
de terras, dedicaram-se mais ao comércio e à manufactura do que à agricultura. Multiplicaram-se
as pequenas e médias explorações agrícolas, o comércio, o artesanato, as empresas de pesca e a
construção naval. Desenvolveu-se a vida urbana e formou-se uma aristocracia comercial
(BLAINEY, Geoffrey 2007).

3.Objectivo da cristianização das comunidades

A cristianização e o processo de conversão de indivíduos ao cristianismo, ou seja, um termo que


descreve um fenómeno histórico que provoca conversão em massa de povos inteiros, incluindo a
pratica de converter praticas e culturas pagãs. O processo de cristianização foi, por vezes,
relativamente pacífica, enquanto por outras foi muito violento, variando desde conversões
políticas até campanhas militares que converteram a força povos nativos. Sendo assim, a
cristianização tem por objectivo converter as comunidades ao cristianismo, divulgando e
proclamando todos os desígnios de Deus por meio da palavra.

3.1 Colonização e a cristianização

No século XVI, a evangelização não se separa da colonização ou mesmo o Estado e igreja, para o
rei, ter índios cristãos era mesmo que ter vassalos e fidelidade a corroa e a Igreja.

Segundo o antropólogo Jhon Monteiro, os jesuítas diferentes dos colonos em sua politica de
dizimação das sociedades indígenas, buscavam controlar os índios enquanto trabalhador
produtivo em aldeias, oferecendo um método alternativo de conquista e assimilação dos povos
nativos, esta estratégia adoptada pelos religiosos acabou levando a um conflito entre os colonos e
a companhia de Jesus. Dentre os motivos principais, apontados pelo autor, o que acabou
ganhando mais peso foi à própria questão indígena.

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Os jesuítas tentaram proteger os nativos através do argumento que eram cristãos, logo não
poderiam ser submetidos ao trabalho compulsório, os colonos diante de uma realidade económica
que necessitava de mão-de-obra nativa, acabaram muitas vezes driblando as leis estabelecidas
pela coroa.

Partindo do principio de que os índios eram cristãos, logo seriam considerados vassalos do rei e
membros do Império Português, como fora mencionado anteriormente e que no século XVI não
se pode separar colonização de conversão. A conversão dos índios tratava-se de uma questão
complexa para os primeiros séculos de colonização da América Portuguesa, a necessidade de
mão-de –obra eficaz para o trabalho em plantações esbarrava no principio de que os índio sendo
cristãos seriam como iguais.

A aceitação dos nativos a nova religião trazida pelos europeus não se dava forma homogénea ou
momentânea, o trabalho dos jesuítas não se restringia a administração dos sacramentos ou mesmo
a leitura de textos bíblicos, por se tratar de uma religião totalmente nova, a conversão dos
ameríndios fora um problema constante a ser resolvido pelos missionários da companhia de
Jesus.

Os jesuítas, como os demais europeus, contavam ingenuamente


com a adesão cega ao cristianismo de seu rebanho brasileiro: não
faltavam, nos relatos quinhentistas, batismos em massa, os
supostos milagres e as dramáticas declarações de fé por parte das
lideranças indígenas. Mas seus esforços nem sempre surtiam
efeito, e mesmo a conversão de um chefe não garantia a adesão de
seus seguidores. Nóbrega, por exemplo, citando um caso na Bahia,
relatou que um chefe chegou a “estar mal com todos seus
parentes” por ter aceitado a conversão e colaborado com os
padres. (Monteiro, 1994, p.47)

Os gentios cujo a conversão justificava a própria presença europeia na América eram a mão-de-
obra sem a qual não se podia cultivar a terra, defende-la de ataques de inimigos tanto europeus
quanto indígenas, enfim, sem a qual o projecto colonial era variável (Moises 1992, p.116).

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Conclusão

Após as abordagens feita nesta pesquisa o autor o processo de cristianização foi, por vezes,
relativamente pacífica, enquanto por outras foi muito violento, variando desde conversões
políticas até campanhas militares que converteram a força povos nativos. Sendo assim, a
cristianização tem por objectivo converter as comunidades ao cristianismo, divulgando e
proclamando todos os desígnios de Deus por meio da palavra.

Contudo, período colonial, os territórios que dariam origem aos Estados Unidos que dariam
origem aos Estados Unidos tiveram uma diversificação na forma económica de ocupação. O
Norte e a parte da região central, pobres em terrenos agrícolas e com uma estreita planície
costeira, que dificultava a exploração e impedia a aquisição de vastas extensões de terras,
dedicaram-se mais ao comércio e à manufactura do que à agricultura. Multiplicaram-se as
pequenas e médias explorações agrícolas, o comércio, o artesanato, as empresas de pesca e a
construção naval.

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Bibliografia

ALCIDO MUNIZ DE SOUZA (1952), Segunda serie ginasial: História da América. Campanha
editora nacional- São Paulo.

BLAINEY, Geoffrey (2007) Uma Breve História do Mundo. Curitiba,Paraná: Fundamento.

Fevre, Henri (1987, p.30) Civilização Inca. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.

Gendrop, Paul (1987). A Civilização Maia. Rio de Janeiro: Zahar.

Gruzinski, Serge (2012). Águia e o Dragão, A: Ambições Europeias e Mundialização no Século


XVI. São Paulo: Companhia das Letras.

MANDRINI Raúl(2013): América aborigen: De los primeros pobladores a la invasión europea.


Buenos Aires Siglo Vientiuno Editores,. IBGE Livro didático 7º ano.

Moisés, Beatriz Berone(1992). ‘indios livres e índios escravos: os principis da legislacao


indiginista do período colonial (XVI a XVIII)”In: Cunha Manoel Carneineiro (org)

Monteiro, Jhon Emanuel (1994) Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo:
Cia das letras.

Silva, Pedro (2008:76) As Maiores Civilizações da História, S. Paulo: Universo dos Livros.

Todorov, Tzvetan(2003) A Conquista da América - A Questão do Outro, 2ª Edição. São Paulo:


Martins Fontes - WMF.

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