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Semiologia

Avaliação cardiovascular

Avaliação cardiovascular _____________________


- Ao executar o exame físico cardiovascular em pessoas
sadias e com alterações cardíacas utilizando os métodos
propedêuticos de inspeção, percussão e ausculta.

Porque realizar a entrevista cardiovascular? ___


- Levantar informações subjetivas (histórico familiar e
pessoal, sintomas, hábitos de vida, etc) que devem ser somadas
ao exame físico. Juntas, essas informações permitirão a
proposição de diagnósticos de enfermagem e o planejamento
de intervenções de enfermagem.
- Boa parte da entrevista cardiovascular é constituída pela
investigação de sintomas cardiovasculares que podem está
presentes no paciente. Os sintomas são subjetivos e sujeitos
á interpretação do próprio paciente.
- Coração é o músculo que fica protegido na cavidade torácica - Entrevistas (queixas principais):
de forma protegida, pois é um órgão essencial para a vida e • 1° pergunta a ser realizada é “A razão pela qual
também é sensível. Então, se não houvesse essa proteção procurou a assistência á saúde”.
mecânica, o coração estaria exposto a impactos e lesões. Então • Ex: dor no peito por 2 horas (formigamento, aperto);
o coração fica protegido pela grade costal ( Conjunto de formigamento nas mãos; inquietude; dificuldade para
costelas dispostas de modo a formarem as paredes respirar desde que acordou.
laterais da caixa torácica) das costelas, pulmões e pelo - Entrevista (histórico da doença atual): detalhamento da
osso esterno. queixa principal, partindo do princípio que o paciente sabe do
- Coração repousa sobre o diafragma (membrana que seu diagnóstico. Ex: diagnóstico de angina (dor no peito
separa a região torácica da região abdominal). causada pela diminuição do fluxo de sangue no coração,
- Localização: o que é chamado de isquemia).
• Hora e maneira do início da dor.
• Detalhamento da dor. Pode-se mostrar uma escala no
qual detalha o grau da dor. Perguntando o que alivia e
o que aumenta a dor (caminhar, ficar sentado, deitado,
etc). Se for paciente com dor crônica se investiga como
a dor afeta a capacidade de realizar as atividades.
• Frequência e duração da dor.
• Localização (a dor da angina é na região do peito do
lado esquerdo que pode irradiar para o braço e para
o pescoço ). Mulheres que estão em menopausa a
dor costuma ter localização diferente (lado
direito).
• Qualidade História de aparecimento de angina em irmãos aos 40 anos.
• Quantidade (ALERTA- devido ao parentesco próximo, e a idade
• Situação precoce que ocorreu).
• Sintomas associados História de doença arterial coronariana em cunhado aos 50
• Fatores que aliviam e agravam anos. (Não tem relevância. Pois não tem grau de parentesco).
• Impactos dos sintomas nas atividades de vida diária. - Entrevista (sinais e sintomas):
• Significado atribuído para o paciente.
- Entrevista (histórico pessoal): • Dor torácica (mais comum)

Fator de risco não-modificável - Embora seja o sintoma mais importante de alterações

• Sexo masculino tem um maior risco de ter doença cardíacas, não é patogomônica (não é porque o paciente está

cardiovascular. Mulheres na menopausa o risco com dor torácica que está infartando) pode estar relacionada

cardiovascular já é maior no sexo feminino. a problemas pulmonares, intestinais, gástricos, biliares e

• Cor da pele. musculoesqueléticos. O acúmulo de gases também provoca

• Idade. dor torácica.

• Procedência e ocupação. - O paciente deve descrever sua dor.

• Comorbidades (hipertensão, diabetes). - Perguntas diretas (aperto, intermitente, queimação,

Fator de risco modificável irradiação, etc) somente quando o paciente não consegue

• Alimentação inadequada. caracterizar a dor espontaneamente.

• Sedentarismo. Investigação:

• Estresse. - Início/ Duração: agudo, crônico, progressivo

• Obesidade (característico de origem cardíaca, normalmente começa do

• Tabagismo e consumo de bebida alcoólica. lado esquerdo do tórax e à medida que fica mais forte irradia

- Entrevista (histórico familiar): fator de risco não para o braço, pescoço e lado direito).

modificável.
• Presença de hipertensão. diabetes, doenças cardíacas,
pulmonares, renais e cerebrovasculares. (o
funcionamento do coração depende funcionamento da
função do pulmão, do rim e do cérebro, por exemplo,
pessoas com insuficiência renal demandam que o coração
trabalhe mais para bobear mais, para compensar a
filtragem ineficiente dos rins).
• Outros fatores relevantes. - Localização: precordial, geralmente indicada com a mão
• É necessário identificar o grau de parentesco. O esfregando o peito, ou com punho cerrado, região grande e
parentesco de interesse: pai, mãe, tios, avós e irmãos. imprecisa, indica dor cardíaca. Quando a dor é muscular, o
• O risco familiar é considerado presente quando há paciente aponta com o dedo exatamente onde a dor está
história pregressa de doença cardiovascular precoce localizada.
(antes dos 50 anos) em um ou mais familiares - Irradiação: difusa, braços, costas, pescoço. Nunca abaixo da
diretos. cicatriz umbilical, ou acima da mandíbula ou no couro
Ex: cabeludo.
História do infarto agudo do miocárdio (IAM) ocorrido em - Fatores precipitantes/desencadeantes: relação com
avô aos 82 anos. ( não trás relevância, pois o avô já tinha esforço físico/mental.
82 anos, e como o coração é um músculo, uma hora ele - Fatores de piora: alimentação, discussão.
se cansa e pode parar de trabalhar). - Fatores de melhora: repouso, medicações.
- Manifestações associadas: náuseas, vômitos, palidez, perfusão adequada para todos os vasos do corpo, assim o
sudorese. paciente tem um nível de oxigênio capilar mais baixo, e por
Característica da dor anginosa: consequência sempre fica cansada e com falta de energia.
- Desconforto difuso. - Sintoma comum no débito cardíaco, principalmente quando
- Dor retroesternal, constritiva ou opressiva (dor em piora á noite.
aperto). - Costuma estar presente em pessoas com insuficiência
- Pode haver irradiação para o membro superior esquerdo, cardíaca ou doença valvular mitral, mas não é específica de
para ambos os membros ou para a região cervical e doença cardíaca.
mandibular. Causas mais comuns: ansiedade, depressão, anemia e
- Dor não anginosa: não atende aos critérios acima, o doenças crônicas.
paciente consegue definir precisamente o local da dor e piora • Dispneia (dificuldade para respirar)
á movimentação. • Ortopneia (dificuldade de respirar quando se deita)
• Dispneia paroxística noturna (dispneia que acomete
após a pessoa pegar no sono, e quando acorda sente
dificuldade de respirar e à medida que se senta a
dificuldade respiratória diminui)
• Tosse
- Associada a todos os sinais e sintomas.
- É a respiração forçada contra a glote semifechada, gerando
pressões intratorácicas e fluxos expiratórios de ar elevados.
- Associada á ocorrência de escarro e hemoptise (tosse com
presença de sangue).
- Sintoma respiratório raro nos casos de alterações cardíacas.
Paciente ficar encurvado, pois está fadigado que não consegue Quando presente, associa-se á presença de edema e dispneia.
se manter em posição ereta. Procurando um apoio, pois tem • Edema gravitacional
medo de desmaiar, devido a dor forte. Também aperta o peito • Síncope
com o punho cerrado, em movimentos circulares para indicar • Cianose
a extensão que sente a dor torácica de origem cardiovascular. • Noctúria
• Palpitações • Outros
- É a sensação do batimento cardíaco acelerado. - Entrevista (queixas respiratórias):
- Pode ocorrer também em períodos de ansiedade, mas sem • Dispneia (dificuldade de respirar)
origem cardiovascular. • Ortopneia (dificuldade de respirar deitado, e ao se sentar,
- Usualmente descrita como “batimentos saltados”, a respiração melhora).
“pancadas”, “saltos”, “parada”, “irregularidades” etc. • Dispneia paroxística noturna ( dificuldade respiratória
- A etiologia clínica varia desde estados de ansiedade até que ocorre quando a pessoa está adormecida, no qual
variadas formas de arritmias. acorda subitamente com falta de ar).
- Histórico + exame físico. - Entrevista (tosse):
• Fadiga • Sinal próprio da doença cardiovascular de forma aguda.
- É descrito como cansaço fácil e situacional. • É a respiração forçada contra a glote semifechada,
- Mais comum em doenças cardiovasculares crônicas, como a gerando pressões intratorácicas e fluxos expiratórios de
insuficiência cardíaca, que é uma doença crônica progressiva, ar elevados.
que quanto mais ela progride, mas fadiga ela gera. Pois, na IC • Associada á ocorrência de escarro e hemoptise (tosse
o sangue não é bombeado adequadamente, não existindo uma com presença de sangue).
• Sintoma respiratório raro nos casos de alterações • Costuma indicar insuficiência cardíaca congestiva
cardíacas. Quando presente, associa-se á presença de (ocorre quando seu coração não está bombeando sangue
edema e dispneia. suficiente para atender às necessidades do seu corpo.
- Entrevista (fadiga): Como resultado, fluido pode se acumular nas pernas,
• Descrito como o cansaço fácil e situacional. pulmões e em outros tecidos por todo o corpo).
• Presente no paciente com condição cardíaca aguda - Entrevista (síncope):
(quando infarta). Porém, é ainda mais presente em • É a perda súbita e passageira da consciência.
pacientes com condição cardíaca crônica. (ex: IC), pois • Síncope de origem cardiovascular não ocorre só no
quanto mais progride, mais fadiga se gera. Porque o infarto, existe outros acometimentos cardiovasculares que
coração já não consegue bombear o sangue também geram síncope de forma muito mais frequente.
adequadamente, não existindo uma perfusão adequada • Normalmente é resultado de baixa perfusão cerebral.
para todos os vasos do corpo, fazendo com que o paciente • Quando possui origem cardíaca, é súbita e de retorno
tenha um nível de oxigênio capilar diminuído, e por rápido.
consequência o paciente se sente com frequência cansado, • Síndrome vasovagal: acometimento de origem
devido a falta de energia. cardiovascular, no qual o nervo vagal das pessoas que tem
- Entrevista (edema gravitacional): essa síndrome, estimulado de forma mais sensível (com
• É o aumento de fluído intersticial em qualquer órgão, mais facilidade), diferente das outras pessoas. No
provocando inchaço. momento que o nervo vago é estimulado, até por uma
• Quando estamos em pé, a força da gravidade atua, resulta rotação de pescoço, acontece a síncope.
naturalmente no acúmulo de líquido nos membros - Entrevista (cianose e palidez):
inferiores, que sustentam nosso corpo. Todavia, se o • Indicam queda da perfusão tecidual.
sistema circulatório funciona adequadamente, esse • Cianose: coloração azulada da pele, mais percebida em
líquido não se acumula, pois a gravidade desce o líquido, lábios, mucosas orais e extremidades.
e o sistema circulatório faz a redistribuição. Quando o • Insuficiência cardiovascular aguda: palidez
sistema circulatório não funciona adequadamente, o • Insuficiência cardiovascular crônica é uma perda da
edema gravitacional ocorre, o acúmulo de líquido capacidade progressiva de bombear uma quantidade
decorrente da gravidade não consegue ser corrigido pelo suficiente de sangue para perfundir o corpo inteiro. Com
sistema vascular, então, o edema ocorre. isso, os tecidos são perfundidos, mas não na quantidade
• O edema piora a noite, pois é uma consequência de necessária. Ou seja, o nível de oxigênio reduz,
passar o dia inteiro em pé, e o líquido ir acumulando ao principalmente nos membros inferiores, pois na escala de
longo do dia. prioridade de perfusão, as extremidades estão em última
• Quando é de origem cardiovascular, é simétrico e prioridade. Primeiro perfundi os órgãos e os grandes
bilateral (ocorre no membro inferior esquerdo e vasos, e somente depois, como última prioridade são as
direito). extremidades. Como, consequência, as extremidades
ficam com uma coloração azulada (cianose).

Cacifo +
- A avaliação cardiovascular, é um exame de rotina que deve
ser feito em todos os pacientes, mesmo saídos, e sem queixa.

Métodos propedêuticos_________________________
- Sequência: Geralmente os dois métodos são feitos

Cacifo + 1. Insperção simultaneamente. Inspeciona-se e a seguir


palpa-se para conferir os achados.
2. Palpação
3. Percussão: é utilizado para se ter noção da área cardíaca,
para observar se a área está aumentada ou diminuída.
Porém o raio-x, dar uma área mais precisa sobre área
cardíaca.
4. Ausculta
Insperção/Palpação____________________________
Cianose/ Palidez - Pele:
• Avalia-se postura e expressão facial (dor,
Exame físico____________________________________ descontentamento).
Posicionamento do paciente: • Extremidades (dedos e unhas).
1.Tórax do paciente tem que está descoberto. • Coloração (cianose ou palidez).
2.Outras posições podem ser adotadas na dependência dos • Rash (eritema marginatum): eritema com áreas
achados na palpação e na ausculta. avermelhadas de formato discóide com bordas elevadas.
3.Garantir a privacidade. Pode está presente na febre reumática aguda.
- Sentado:
• Posição ereta.
• Tórax inclinado para frente, assim, o coração fica mais
próximo da pele.

• Xantomas: massas de gordura com tamanho variável,


- Decúbito dorsal e lateral esquerda: duras e de coloração amarelada, comumente encontradas
• 2° opção, caso não se consiga deixar o paciente sentado. em varias locais do como como (tendão de aquiles, dedos,
• O examinador á direita do paciente. solas dos pés, pálpebras-xantelasma). São indicativos
de doença cardiovascular, pois são massas de gorduras, e
acontecem quando os níveis de colesterol estão muito alto
no corpo. Então, é uma forma do corpo tentar externar a
gordura/colesterol, formando essas lesões, que podem
ocorrer em diferentes partes do corpo. São reversíveis
quando se reduz os níveis de colesterol.
- Mesmo com algumas limitações, o exame físico
cardiovascular ainda possui grande valor diagnóstico.
- Olhos: • Baqueteamento digital: aumento do diâmetro da
• Arco corneal/ Arco senil: angulação das falanges distais e alterações das unhas.
⇾ Presença de um anel esbranquiçado na córnea, ao redor da
íris.
⇾ Em pessoas com menos de 40 anos deve levantar suspeita
de hipercolesterolemia.
⇾Se encontrados em pessoas idosas não se associa a doença
cardiovascular. Caso o paciente seja jovem, já é um caso de
alerta, pois provavelmente o paciente tem um nível de
colesterol elevado.

Grau I: aumento do leito ungueal.


Grau II: perda do ângulo natural de 15° a unha e a cutícula.
Grau III: acentuação da convexidade do leito ungueal.
• Palidez conjuntival: se espera que a região esteja Grau IV: aparência de baqueta da extremidade digital.
vascularizada, caso se encontre palidez pode ser - Extremidades:
indicativo de ausência de ferro ou de perfusão ineficaz, o • Temperatura da pele.
que se associa a doença cardiovascular. • Exames dos pulsos arteriais.
• Simetria das extremidades. (edema cardiovascular é
bilateral).
• Varicosidades, edemas, úlceras e anormalidades na
pigmentação.
- Vasos do pescoço (artérias carótidas e veias jugulares):
esses vasos fazem parte do sistema cardiovascular, e
necessitam ser examinados no exame físico cardiovascular.
Carótidas
- Unhas/ Dedos: é ideal avaliar as unhas sem esmaltação. • Tem como objetivo avaliar a presença e a amplitude do
(sem ser pintadas, de forma que fica mais visível). pulso carotíodeo. E massas pulsátil (se olhando a carótida
• Quando se tem um paciente com alterações se observa algo pulsando-anormal)
cardiovasculares, provavelmente a perfusão periférica do • Avaliar: presença e amplitude das pulsações e contorno
paciente vai está diminuída, com isso pode ocorrer a do pulso, presença de massas pulsáteis.
cianose periférica. (mucosas, extremidades,unhas). • Posição do paciente: supina (decúbito dorsal).
• Tempo de enchimento capilar: fornece uma estimativa • Posição do examinador: de pé do lado direito do
da velocidade do fluxo sanguíneo. Aperta-se a ponta da paciente.
unha e observa-se quanto tempo leva para que a • Ausculta: no momento que se palpa uma carótida com
coloração rosada retorne. (normal: menos de 2 sopro, se fornece a esse paciente um risco de deslocar o
segundos). sopro, que são gerados por coágulos. Por isso se
ausculta antes da palpação. Então, o exame deve seguir
a seguinte ordem:
1. Insperção
2. Ausculta : utiliza-se a campânula, pois é indicada para
investigação de sopros. O normal não é escultar nada ou Procedimento: usar luz ambiente ou lanterna com feixe
ouvir o som cardíaco. O anormal é escutar o som de um tangencial em relação a pele examinada, apontando para a
sopro (som de vento). região das jugulares, se houver uma pulsação com a lanterna
2.2 áreas de ausculta: se realiza em ambos os lados. é possível identificar a pulsação.
⇾Ângulo da mandíbula Atenção: a inspeção deve abranger os dois lados do pescoço,
⇾Cervical média desde as fossas supraclaviculares e fúrcula esternal até a borda
⇾Base do pescoço inferior da mandíbula.
3. Palpação (se não existir sopros). - Tórax
• Inspeção do precórdio: precórdio é uma região
imaginária, que a região no qual a porção do corpo sobre
o coração e á esquerda da porção inferior do esterno. São
esses espaços que temos como foco na avaliação
cardiovascular.

⇾ A palpação deve ser realizada na parte inferior do pescoço


para evitar compressão do seio carotídeo, começando pela
carótida direita, evitando a região média (está localizada o
seio carotídeo).
⇾Normal encontrar pulsação, que tem força moderada
geralmente. Se tiver uma força de pulso aumentada ou ⇾ Posicionamento do paciente: posição supina, com tronco
diminuída, já se fica em alerta. discretamente elevado.
⇾ Na palpação se quer indicar se o paciente tem sensibilidade, ⇾ Posicionamento do examinador: lado direito do
ou alguma massa nessa região, ingurgitamento (vaso paciente, inicia examinando o tórax tangencialmente e
crescido e endurecido). posteriormente modifica o ângulo para avaliar toda a
⇾ Palpar uma carótida de cada vez. morfologia do tórax.
⇾ Após palpar a carótida direita, o examinador continua na ⇾ Avaliar a presença de:
mesma posição, colocando os mesmos dedos sobre a traqueia, Movimento paradoxais (movimento involuntário do tórax).
deslizando-os lateralmente para a esquerda para palpar a Pulsação e ímpetos (pulsos visíveis, no ápice-normal, às
carótida esquerda. demais- anormal).
Jugulares Abaulamentos e retrações, que não gera problemas
• Avaliar: pulsação visível- anormal, altura e localização cardiovasculares (peito escavado).
das pulsações. Presença de ingurgitação (turgência das ⇾ Caso encontre alterações na inspeção, deve registrá-lás
jugulares, pode ocorrer devido alguma lesão cardíaca). quanto á localização e indicando o espaço intercostal na forma
Dessa forma, a veia jugular aumenta e é endurecida. mais aproximada possível.
• Palpação do precórdio: a posição correta de fazer a
palpação é com o paciente sentado com o tórax
inclinado para frente, trazendo assim, o coração para
mais próximo da pele, apresentando uma maior
sensibilidade.
⇾ Avalia:
1. Sensibilidade/dor (apresenta um estado inflamatório na
região do precórdio, o que não é normal).

Veia jugular ingurgitada


⇾ O que faz com que a pulsação possa ser sentida na palpa
2.Massas, nódulos e manchas: nódulo (móvel, bordas dos dedos é o turbilhonamento (agitação) da corrente
regulares, bordas irregulares). sanguínea, que é causada pelo sopro.
3.Bulhas cardíacas (sons cardíacos). ⇾ O frêmito palpável corresponde a um sopro na ausculta.
⇾Avaliadas por meio da ausculta. Por isso, essas duas técnicas são confirmatórias.
⇾B1 “TUM”: ⇾ Estenose aórtica: frêmito na base do coração, durante a
Início da sístole (coração contraindo). sístole.
Coincide com o pulso carotídeo. ⇾ Regurgitação mitral: frêmito no ápice do coração,
Mais audível no ápice. durante a sístole.
⇾B2 “TA”: ⇾ Estenose pulmonar: frêmito á esquerda do esterno.
Fim da sístole. (fim da contração do coração). Percussão precórdio __________________________
Mais audível na base. - Precórdio:
⇾Bulhas B3 e B4 representa alterações cardíacas. • É um método propedêutico com limitações (pouco
⇾Primeira e segunda bulhas percebidas com pressão mais utilizado). Mais utilizado é o estudo radiológico, para
firme, durante a ausculta. saber uma estimativa do tamanho do coração.
⇾Terceira e quarta bulhas são percebidas com menos pressão, • Tem por propósito estimar a localização e o tamanho do
exercida de forma mais constante. coração.
⇾ Palpação (posição adequada): • Limitações: tamanho da mama feminina, obesidade e
parede torácica musculosa.
• A percussão inicia na linha axilar anterior esquerda,
movendo no sentido medial ao longo dos terceiros,
quartos e quintos espaços intercostais indo em direção á
borda esternal do mesmo lado.
• A mudança de som ressonante (som pulmonar) para
maciço marca a borda cardíaca, normalmente presente
a 6 cm lateralmente à esquerda do esterno.
• Marque os pontos de mudança do som e o contorno do

⇾ Atenção: coração ficará claramente definido.

A mama esquerda deve ser afastada com delicadeza. Ausculta do precórdio _________________________
Em pessoas musculosas ou obesas a pressão da mão é mais - Materiais e ambiente:

intensa. • Estetoscópio.

4.Frêmitos (vibrações palpáveis). • Ambiente privativo.


• Paciente sentado ou deitado, com o tórax descoberto.
• Deitado ou sentado (preferencialmente).
- Técnica em Z:
• Inicia na base e vai transversalmente até o ápice.
• O estetoscópio deve ser movido aos poucos, sem pular de
uma área para outra.
• Se inicia do lado direito (região do arco aórtico)
• Em cada um dos focos cardíacos deve-se ouvir um
ciclo cardíaco completo (B1 + B2) no mínimo.
⇾ Palma da mão deve ser utilizada para sentir vibrações.
• Só se deve passar para outro foco quando no mínimo se
⇾ Pontas dos dedos deve ser utilizada para sentir pulsações.
tem certeza que escutou um ciclo cardíaco nos focos
⇾ Podem ser palpados frêmitos.
cardíacos. 4. 4° Espaço Intercostal, borda esternal esquerda inferior –
- Pontos de ausculta: ÁREA VALVAR TRICÚSPIDE.
1. 2° Espaço Intercostal, borda esternal direita – 5. 5° Espaço Intercostal esquerdo na linha hemiclavicular
ÁREAVALVAR AÓRTICA. esquerda – ÁREA VALVAR MITRAL.
2. 2° Espaço Intercostal, borda esternal esquerda – ÁREA
VALVAR PULMONAR.
3. 3° Espaço Intercostal, borda esternal esquerda – ÁREA
DO FOCO AÓRTICO ACESSÓRIO. (ponto opcional-
PONTO DE ERB, deve ser auscultado quando existir
dúvida na ausculta de B2, permite ouvir os dois
componentes (aórtico e o pulmonar), com distinção.
- Técnica para ausculta: -Valvas semilunares:
• Posicionar o paciente (ereto, sentado, deitado, decúbito • Impedem o fluxo reverso dos grandes vasos para os
lateral esquerdo). ventrículos.
• Posicionar o estetoscópio no primeiro ponto cardíaco e • Aórtica e pulmonar.
seguir sequencialmente, até o quinto. • Produzem a segunda bulha cardíaca.
• Ouvir cuidadosamente cada som cardíaco, isolando cada - Ruídos extras: sopro
componente do ciclo cardíaco, principalmente quando as • Ruído que ocorre devido ao fluxo sanguíneo turbulento.
respirações são momentaneamente suspensas. • Se ocorrer na sístole, pode ser normal ou por doença
• Atentar-se para o possível existências de sopros. cardíaca. Na diástole sempre significa cardiopatia.
- Sons cardíacos • Características a serem avaliadas: intensidade e qualidade.
• O som das bulhas advém do fechamento das valvas • Situação e duração no ciclo cardíaco.
cardíacas. - Atrito pericárdio:
- O som da abertura das valvas não são sons fisiológicos. • É o contato das camadas visceral e parietal, decorrente de
• A abertura das valvas somente pode ser ouvida se inflamação do precórdio – comum após IAM (dura horas
estiverem danificadas. ou dias).
• Quando uma valva atrioventricular está estreitada, • Ruído de tom alto e rangente, como o passar de uma lixa.
estenótica, a abertura pode ser ouvida (estalido de • Pode estar presente em qualquer lugar do precórdio,
abertura- diástole). sendo mais alto no ápice.
• Quando uma valva semilunar estiver estenótica, a • Melhor auscultado com o paciente sentado, tórax
abertura audível se chama clipe de ejeção (sístole). inclinado para a frente e respiração suspensa na
- Bulhas cardíacas alteradas: expiração.
• O som é mais claro quando se usa a campânula do
estetoscópio
- Sons cardíacos:

• No intervalo do pequeno silêncio entre (B1 e B2) não B1 - Início da sístole (coração contraindo).
ocorre nenhum evento. As bulhas extras (B3 e B4)
- Coincide com o pulso carotídeo.
ocorrem no grande silêncio.
- Mais audível no ápice.
• Tal proximidade das bulhas deixa os intervalos de
- Fechamento das válvulas atrioventriculares.
silêncio muito parecidos, provocando o efeito
“galope”.
• Hiperfonese/bulhas hiperfonéticas: possuem som mais
alto. Podem ocorrer em situações que causam taquicardia
(aumenta da pressão nos ventrículos).
• Hipofonese/bulhas hipofonéticas: possuem som baixo.

B2
Ocorrem em distúrbios que colocam maiores quantidades
de tecido ente o coração e a parede torácica, como - Fim da sístole. (fim da contração do coração)
enfisema, obesidade e pericardite.
- Mais audível na base.
- Valvas atrioventiculares:
- Fechamento das válvulas aórtica e
• Impedem o fluxo reverso dos ventrículos para os átrios.
pulmonar.
• Tricúspide (direita) e mitral (esquerda).
• Produzem a primeira bulha cardíaca.
B3 - Galope ventricular (vem depois da B2, e B4 - Galope atrial (B4 segue a B1, e parece que ela ficou
parece que ela ficou mais rápida) mais rápida)
- Pode ocorrer fisiologicamente até os 30 anos. - Ocorre durante a contração atrial. Assinala uma
A partir disso, é patológico e assinala a função disfunção ao final da diástole ventricular e é
sistólica prejudicada, com sobrecarga imediatamente ouvido antes de B1.
volumétrica nos ventrículos. - Até os 30 anos pode ser fisiológica após o exercício.
- Decorre do enchimento muito rápido dos Depois disso, indica ventrículo não complacente ou
ventrículos. rígido. Patologias: disfunções e obstruções
- Ocorre em lesões valvulares regurgitantes e coronarianas, principalmente isquemia no miocárdio.
ICC.

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