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Apostila de

anestesiologia
Alissa Tamara
@sorrisoneon_

Por Alissa Tamara - @sorrisoneon_


Sumário
1 – Princípios da anestesia ............................................................................................................ 4
2 – Avaliação pré anestésica....................................................................................................... 5
3 – Complicações anestésicas .................................................................................................... 5
4 - Anatomia aplicada a anestesia............................................................................................. 7
5 – Técnica anestésica.................................................................................................................. 9
6 - Técnicas de anestesia mandibular ...................................................................................... 10
7 - Técnicas de anestesia maxilar .............................................................................................. 12

Por Alissa Tamara - @sorrisoneon_


Oi oi, tudo bem com você? Espero que sim! Primeiramente gostaria
de agradecer a sua confiança em meu trabalho para adquirir a
apostila. Fiz com muita dedicação e carinho, espero que goste. Ah,
e não se esqueça, quando estiver estudando não deixe de nos
marcar e se surgir alguma dúvida ou consideração, estarei te
esperando no @sorrisoneon_!
Bons estudos!

Por Alissa Tamara - @sorrisoneon_


▪ As de médica duração, são
1 – Princípios da associadas
principalmente
a vasoconstritor,
lidocaína,
anestesia mepivacaína,
articaína;
prilocaína e

Os anestésicos podem ser:


▪ As de longa duração é a
▪ Locais; bupivacaína e a ropivacaína.
▪ Gerais;
Vias de administração:
- Inalatórios;
▪ Tópica – Ex: lidocaína e prilocaína;
- Endovenosos. ▪ Injetável.

A anestesia consiste no bloquei reversível A absorção sistêmica pode ser


da condução do impulso nervoso, o que modificada por alguns fatores:
caracteriza a perda das sensações, em
▪ Dose;
uma região determinado do corpo.
▪ Local da injeção;
Principal fator que difere a anestesia local ▪ Presença de vasoconstritor.
da geral, é que a geral o paciente fica
Excreção:
inconsciente, na local ele permanece
com consciência durante todo É o rim que irá excretar os anestésicos e
procedimento. seus metabólicos. Os ésteres aparecem
na urina mais na forma inativa do que as
Antigamente, usava-se diversos
amidas.
mecanismo para amenizar a dor do
paciente, como o álcool, gelo, asfixia, até Características ideal de um anestésico
que chegou nos anestésicos locais gera:
atualmente, os quais são todos sintéticos.
▪ Ter efeito reversível;
Classificação quanto ao grupo: ▪ Toxicidade sistêmica mínima;
▪ Boa potência anestésica;
▪ Grupo éster: são biotransformados
▪ Baixo poder alergênico;
rapidamente no plasma, além disso
▪ Curta meia via no plasma.
seu metabolismo produz PABA
(ácido para-aminobenzóico, o qual Vantagens da anestesia local em relação
é considerado alergênico. Ex: a geral:
benzocaína;
▪ Paciente alerta durante
▪ Grupo amida: é biotransformada
procedimento; Baixa probabilidade
no fígado, e raramente estão
de efeito adverso;
associadas a situações alérgicas.
▪ Fácil execução;
Ex: lidocaína, mepivacaína,
▪ Não é necessário jejum;
prilocaína, articaína.
▪ Baixo custo.
Classificação quanto a duração:
Critérios para seleção dos anestésicos
▪ Drogas de curta duração são locais:
aquelas geralmente sem
▪ Tempo de ação deve ser maior que
vasoconstritor (lidocaína e
o procedimento.
mepivacaína 3%) e geralmente as
do grupo éster;

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2 – Avaliação pré Obesidade: complicações cardíacas,
pulmonares acompanham geralmente a

anestésica obesidade.

Antes de administrar o anestésico ao Deficiência de colinesterase: nesses


paciente, seja ele local ou geral, são casos, não é indicado o uso de éster,
necessárias algumas informações porque sua hidrólise catabólica é feita
importantes do paciente. pela colinesterase plasmática.

Devemos avaliar as seguintes condições: Estatua, peso e idade: faz parte do


conhecimento geral do paciente, com
▪ Experiências desagradáveis com esses dados, pode-se calculara dosagem
anestesia; de cada anestésico ou outras
▪ Sensibilidade a drogas específicas; medicações necessárias.
Necessidade de consulta médica
prévia; Necessidade de pré-
medicação ou sedação;
3 – Complicações
▪ Necessidade de quantidade de
vasoconstritor.
anestésicas
Complicação anestésica é todo desvio
O histórico médico do paciente deverá da anormalidade esperando durante ou
conter: pós a administração de injeções
A. Estado cardiovascular: anestésicas locais. As complicações
podem ser:
Doença cardíaca congênita: anomalia
no desenvolvimento do coração. ▪ Urgentes: não apresenta risco
imediato de vida, exigem
Doença cardíaca adquirida: como tratamento a curto prazo;
hipertensão ou hipotensão, insuficiência ▪ Emergente: quando a vida do
cardíaca, arritmias, reumática paciente está em risco, o
(antibioticoterapia), aterosclerose. atendimento deve ser imediato.
B. Estado respiratório: Acidentes e complicações podem
Enfisema: dilatação anormal dos alvéolos acontecer devido:
e outras estruturas respiratórias. Pode ser ▪ Empregos de solução contamina;
brando ou avançado. ▪ Os tubetes de vidro contribuem
Asma: causa obstrução das vias aéreas. para visualizar se as soluções então
límpidas e transparentes;
Bronquite: inflamação dos brônquios. ▪ Os tubetes devem estar bem
C. Sistema nervoso: vedados;
▪ Observar prazo de validade;
Pode apresente convulsões, epilepsia, ▪ Não deixar os tubetes mergulhados
esquizofrenia e cefaleias. em soluções antissépticas, pois
D. Deficiência metabólica: podem contaminar.

Diabetes melitos: pode-se utilizar pré- Porque não usar o tubete de plástico?
medicações para evitar infecções, ▪ O deslize do embolo é menor, pode
também controlar a ansiedade do fazer o paciente sentir um
paciente. pouquinho mais de dor;

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▪ Não consegue ver o que está ▪ Traumas;
dentro, é um pouco opaco; ▪ Injeção de soluções irritantes.
▪ Para durar mais, é colocado o metil
Trismo – parada da função muscular,
parabeno, que é alergênico;
ocorre quando a solução é aplicada no
▪ Plástico é poroso, podendo
masseter, pterigoideo medial ou latera.
acontecer trocas entre o meio
Tratamento consiste em acalmar o
externo e interno;
paciente e dizer que o músculo voltará ao
▪ Não consigo ver se voltou sangue
normal após passar o efeito do
após o refluxo.
anestésico.
Porque usar o tubete de vidro?
Infecção - tratamento consiste em
▪ Permite melhor visualização do antibioticoterapia.
refluxo de sangue;
▪ Inserção da agulha em locais
▪ Êmbolo desliza facilmente,
inflamados;
conferindo conforto para o
▪ Instrumental não esterilizado não
paciente;
realização da antissepsia;
▪ Não é poroso, não favorecendo a
▪ Não desinfecção do tubete.
troca de substâncias do meio
externo para o interno. Edema - ocorre devido a injeção
anestésica no interior dos tecidos. O efeito
Intoxicação
desaparece após a absorção total do
▪ Devido ao volume injetado; anestésico.
▪ Velocidade de absorção;
Hematoma - acúmulo de sangue no
transformação e eliminação.
interior do tecido, ocorre geralmente por
Podem ser de dois tipos: perfuração do vaso sanguíneo. O
tratamento é compressa quente ou luz
▪ Imediata: ocorre quando o
infra vermelha.
paciente está recebendo a
anestesia. O tratamento consiste Enfisema - é a penetração de ar no
em intubação traqueal, respiração interior dos tecidos, causando leve
artificial e massagem cardíaca; edema. Não existe tratamento
▪ Tardia: aparece alguns minutos específico, pode desaparecer
após a administração. Podem naturalmente.
provocar:
Paralisia - ocorre quando há anestesia nas
1) No SNC: depressão generalizada, terminações nervosas, o efeito irá passar
ansiedade, convulsões e náuseas; após total absorção do anestésico.

2) No sistema respiratório: bocejo, Parestesia - persistência da ausência de


dispneia e apneia; sensibilidade devido a lesão de nervos
sensitivos durante a anestesia.
3) No sistema circulatório: frequência
cardíaca alterada. Isquemia da pele na face - é origina pela
penetração e transporte da solução
Complicações associadas as técnicas
anestésica com adrenalina na luz da veia.
anestésicas:
Xerostomia - anestesia do nervo lingual,
Dor - pode aparecer após a anestesia
bloqueando os estímulos glandulares,
devido:
provocando diminuição da salivação.
▪ Infecções;
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Desaparece após a absorção total do Todos os ossos possuem a mesma
fármaco. constituição, mas a densidade de cada
um varia.
Transtornos oculares - ocorre geralmente
nas anestesias alveolares superiores Lembrando que o osso é subdividido em
anteriores e médios, quando a agulha é cortical e medular, ele possui os tipos:
introduzida no canal infra orbitário, os
músculos dos olhos são atingidos por Tipo I: osso cortical denso com pouco
anestésico. Pode provocar estrabismo, trabeculado - Ex: região de sínfise. É um
diplopia, que desaparecerá. bom osso para fazer implante;

Fratura de agulha - maior frequência em Tipo II: osso cortical denso associado com
anestesia pterigomandibular, devido a osso trabeculado um pouco mais grosso
movimentos bruscos do paciente, agulha que o tipo I- Ex: região anterior de máxima
torcida ou oxidada. e posterior de mandíbula;

Prevenção nas fraturas de agulhas: Tipo III: osso cortical fino e trabeculado
denso – Ex: região anterior de máxima e
Não forçar contra qualquer resistência; posterior de mandíbula;
Não tentar mudar a direção da agulha
se ela estiver no interior do tecido, deve- Tipo IV: formado por uma camada fina de
se retirá-la e colocar na nova posição osso cortical e osso trabeculado de baixa
desejada. densidade – Ex: região de túber da
Não inserir demais agulha a ponto de maxila.
perder de vista no interior do tecido.

4 - Anatomia aplicada a
anestesia Fonte: fascioradiologia

Neurologia
Deve-se lembrar que os pacientes
possuem variações anatômicas, dessa Nervo trigêmeo: é o quinto nervo
forma é importante lembrar que é craniano, é um nervo misto, pois possui
necessário adaptar cada anestesia ao uma raiz motora e uma sensorial, a qual é
seu paciente e não a padronizar. subdividida em oftálmica (V1), maxilar
(V2) e mandibular (V3).
As anestesias na odontologia são do tipo:

▪ Infiltração local: atua na mesma


área que a solução anestésica foi
aplicada.
▪ Anestesia regional: atua mais
distante do local da aplicação.
▪ Troncular: aplicada distante do
local da intervenção.
Fonte: rehabilitacionpremiummadrid
Densidade óssea

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molar, raiz mésio-vestibular do
Ramo oftálmico: alcança a órbita e é primeiro molar e gengiva vestibular.
dividido em três ramos o nervo nasociliar,
nervo frontal e nervo lacrimal. O nervo
frontal inerva a porção da fronte até o
meio da cabeça, o nasolacrimal e
nasociliar, inerva tanto a órbita quanto a
cavidade nasal.

Ramo maxilar: responsável pela


sensibilidade da porção média da face e Fonte: odontodicas

emerge pelo forame redondo do osso


▪ Nervo alveolar superior posterior:
esfenoide. inerva todos os molares e a gengiva
▪ Nervo palatino maior: inerva
vestibular, menos a raiz mésio-
gengiva palatina de pré-molares e vestibular do primeiro molar.
molares;

Fonte: odontodicas
Fonte: odontodicas
Mandibular: seus nervos passam passa
▪ Nervo nasopalatino: inerva região esfenoide.
de gengiva palatina de canino a ▪ Nervo alveolar inferior: inerva todos
canino; os dentes da hemiarcada.

Fonte: odontodicas

▪ Nervo alveolar superior anterior: Fonte: odontodicas


inerva de canino a canino e
gengiva vestibular. ▪ Nervo bucal: inerva a região de
gengiva vestibular e periósteo dos
molares.

Fonte: odontodicas
Fonte: odontodicas
▪ Nervo alveolar superior médio:
inerva primeiro e segundo pré-

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▪ Nervo mentual: inerva gengiva
vestibular e periósteo da região de
pré-molar a incisivo central.

Fonte: odontodicas
Malamed, S.F Manual de anestesia local. 6ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier,
▪ Nervo lingual: inerva 2/3 anteriores 2013.

da língua, assoalho da cavidade


oral e gengiva palatina.

Malamed, S.F Manual de anestesia local. 6ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier,


Fonte: odontodicas 2013.

Como montar a seringa?


5 – Técnica anestésica
Para inserir o tubete anestésico, é
Componentes necessários para efetuar
necessário tracionar a haste do êmbolo,
uma anestesia:
assim ocorre uma desarticulação entre o
corpo e a empunhadura da seringa.
▪ Anestésico tópico;
Assim abre o local onde deve ser inserido
▪ Carpule;
o anestésico, o qual deve ser inserido com
▪ Anestésico;
o anel metálico voltado para onde será
▪ Agulha.
colocada a agulha. Para expor o terminal
da agulha que será acoplado a carpule,
Carpule
gire a tampa. Em seguida coloque a
agulha na seringa, rosqueando-a. em
Aspectos importantes que as seringas
seguida pressione o êmbolo expulsando
devem ter:
algumas gotas de anestésico, para ver se
furou o tubete.
▪ Devem ser duráveis e capazes de
esterilização repetida sem danos; Após montar corretamente a carpule,
▪ Capazes de aceitar uma grande siga em direção ao locar a ser
variedade de cartucho de
anestesiado, pressione a seringa e faça
anestésicos;
uma leve pressão no êmbolo, pare essa
▪ Devem proporcionar aspiração
efetiva. pressão quando surgir um filete de sangue
o tubete. Caso não surja, injete
normalmente o anestésico.
Agulha

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2) Preparar o tecido, realizando sua
A agulha permite a passagem do antissepsia e aplicação do anestésico
anestésico para os tecidos. A maioria das tópico;
agulhas são descartáveis. Elas são 3) Estabelecer um apoio firme para as
constituídas por: mãos;
4) Tensionar o tecido;
5) Introduzir a agulha na mucosa;
6) Avançar lentamente a agulha;
7) Aspirar;
8) Infiltrar lentamente;
9) Retirar a seringa lentamente.

Malamed, S.F Manual de anestesia local. 6ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier,


2013. 6 - Técnicas de
Bisel: é a extremidade da agulha e é
anestesia mandibular
definido como longo, médio ou curto. Ao fazer a punção a carpule deve estar
apoiada entre pré-molares ou molares, e
Corpo: é uma peça longa, tubular que o lábio precisa estar estirado.
penetra no cartucho.

Fixação: é uma peça plástica ou metálica


que prende a agulha a seringa.

Fatores que devem ser considerados para


selecionar as agulhas:
▪ Calibre: é o diâmetro da luz da
agulha.
Quanto menor o diâmetro da agulha,
mais alto o calibre, portanto, uma agulha Malamed, S.F Manual de anestesia local. 6ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier,
2013.
de calibre 30, possui o diâmetro menor
que uma agulha de calibre 25. Introduzir a agulha até tocar o osso, a
agulha precisa ser longa ou extralonga.
▪ Comprimento: existem três tipos: Após tocar o osso, recuar 1 mm, fazer o
refluxo e aplicar o anestésico (1,7 ml). Não
Longas: comprimento entre 30 a 35 mm – depositar totalmente o anestésico, pois o
com calibre de 25 a 27.
restante irá anestesiar o nervo lingual,
Curtas: comprimento entre 20 e 25 mm – para isso, recuar a agulha pela metade e
com calibre de 27 a 30. depositar no nervo lingual (0,1 ml) e retirar
a agulha.
Ultracurtas: comprimento de
aproximadamente 15 mm – com calibre Indicação: procedimentos em múltiplos
O tempo necessário para anestesiar o
30. dentes.
nervo é de pelo menos 5 minutos, mas o
ideal é
Passos 10 minutos.
para realizar a anestesia: Contraindicação: infecção ou
inflamação.
1) Posicionar o paciente;
Bloqueio do nervo mandibular: técnica
de Gow-Gates
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Nervos bloqueados: nervo alveolar
inferior, lingual, milo-hióideo, mentual,
incisivo, auriculotemporal e o bucal.
Indicação:
▪ Procedimentos em múltiplos dentes
mandibulares;
▪ Casos em que o bloqueio do nervo
Malamed, S.F Manual de anestesia local. 6ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier,
alveolar inferior não é bem 2013.
sucedido.
Bloqueio mandibular de boca fechada
Contraindicação: de Vazirani-Akinosi:
▪ Infecção ou inflamação. Indicação: quando a abertura da boca
▪ Pacientes que possam morder o está limitada e impede o uso de outras
lábio ou a língua, como crianças e técnicas.
adultos portadores de deficiência
Contraindicação: infecção ou
física.
inflamação no local da injeção.
▪ Vantagens: requer apenas uma
injeção. Nervos anestesiados: alveolar inferior,
▪ Desvantagem: tempo de início da incisivo, mentual, lingual, milo-hióide.
anestesia é um poco mais longo.
Técnica:
Técnica:
1º Passo: inserir a agulha no tecido acima
1° Passo: localizar o segundo molar da borda lingual do ramo mandibular,
superior, posicionar a agulha na cúspide adjacente a tuberosidade maxilar,
mésio-lingual e desloca-la para distal; próximo ao terceiro molar.
2° Passo: localizar o tragus da orelha e
fazer uma linha imaginária que deve
coincidir com a angulação da carpule;

Malamed, S.F Manual de anestesia local. 6ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier,


2013.

2° Passo: aspirar e depositar o anestésico.

Malamed, S.F Manual de anestesia local. 6ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier,


2013.

3° Passo: apoiar a carpule no ângulo da


boca no lado oposto;
4° Passo: inserir a agulha até encontrar
resistência, após isso, recuar 1 mm, aspirar
e aplicar o anestésico.
Malamed, S.F Manual de anestesia local. 6ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier,
2013.

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Bloqueio do nervo mentual Bloqueio do nervo incisivo
O forame mentoniano se encontra na Áreas anestesiadas: mucosa anterior ao
direção do segundo pré molar inferior, ou forame mentual, geralmente segundo
entre o primeiro e segundo pré molar. pré-molar até linha média, lábio inferior e
pele do queixo, polpa dos pré-molares,
Indicação: casos em que é necessário a
incisivos e caninos.
anestesia de tecidos moles.
Indicações: procedimentos envolvendo
Contraindicação: infecção ou
anestesia pulpar dos dentes anteriores e
inflamação.
em casos em que o BNAI está
Técnica: contraindicado.

1° Passo: secar e aplicar o anestésico Contraindicação: inflamação ou


tópico; infecção.

2° Passo: A agulha deve ser posicionada Técnica:


de posterior para anterior e de cima para
▪ 1° Passo: prega muco bucal no
baixo, formando um ângulo de 45°. Se a
forame mentual.
agulha encontrar resistência óssea, a
▪ 2° Passo: penetrar a agulha
agulha deverá recuar e ser
dirigindo-se ao forame mentual.
reposicionada.
Avançar a agulha até chegar no
3° Passo: aspirar e depositar o anestésico. forame.
▪ 3° Passo: aspirar e injetar.

Malamed, S.F Manual de anestesia local. 6ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier,


2013. Malamed, S.F Manual de anestesia local. 6ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier,
2013.
Pode-se anestesiar por lingual para
complementar a anestesia, assim, será
dessensibilizado o nervo lingual, evitando
7 - Técnicas de
que o paciente sinta dor na mucosa
lingual.
anestesia maxilar
Existem três tipos de infiltração do
anestésico local:

Infiltração local: anestesia terminações


nervosas na área onde será realizado o
procedimento.

Malamed, S.F Manual de anestesia local. 6ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier,


2013.

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▪ Anestesiar o ápice do dente que
será realizado o procedimento, no
fundo de vestíbulo, também
chamado de prega
mucovestibular;
▪ Múltiplas injeções supraperiostais,
podem causar dor ao paciente,
Malamed, S.F Manual de anestesia local. 6ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier,
2013. além de podem levar a uma
administração de maior volume de
Infiltração de campo: o anestésico local é anestésico, podendo causar
infiltrado a ramos nervosos maiores. A alterações sistêmicas.
região que será feito o procedimento é
distante do local da injeção. Indicação:

▪ Anestesia pulpar de dentes


superiores, quando o tratamento é
limitado a um ou dois dentes.

Contraindicação:

Malamed, S.F Manual de anestesia local. 6ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier,


▪ Não é indicada para áreas
2013. grandes, pois múltiplas injeções
supraperiostais, podem causar dor
Bloqueio do nervo: o anestésico é ao paciente, além disso, podem
infiltrado próximo ao tronco nervoso levar a uma administração de
principal, distante do local da maior volume de anestésico,
intervenção. As injeções do nervo podendo causar alterações
nasopalatino, alveolar inferior e alveolar sistêmicas;
superior posterior são considerados ▪ Infecção ou inflamação aguda.
bloqueio do nervo.
Técnica:

a) Agulha de calibre 27;


b) Área de introdução: altura da prega
mucovestibular, acima do ápice do
dente;
c) Bisel voltado para o osso;
Malamed, S.F Manual de anestesia local. 6ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier,
2013. d) Levantar o lábio e tensionar o tecido;
e) Segurar a agulha paralela ao longo
Técnicas de injeção maxilar eixo do dente e penetrar;
f) Aspirar, aplicar lentamente o anestésico
Supraperiostal: e retirar a agulha lentamente.

▪ É um tipo de infiltração local, mais


utilizada para anestesia dentes
superiores;
▪ Agulha paralela ao longo eixo do
dente na região anterior, mas na
posterior é necessário angular mais
a agulha; Malamed, S.F Manual de anestesia local. 6ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier,
2013.

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Bloqueio do nervo alveolar superior Contraindicação:
posterior:
▪ Infecção ou inflamação aguda na
Indicação: área de injeção.

▪ Tratamento de dois ou mais molares Técnica:


superiores;
a) Agulha longa de calibre 27;
▪ Quando a injeção supraperiostal
estiver contraindicada ou ineficaz. b) Área de introdução: altura da prega
mucovestibular acima do segundo pré-
Contraindicação: molar superior;
c) Bisel voltado para o osso;
▪ Quando o risco de hemorragia é d) Distender o tecido e posicionar a
muito grande. agulha;
e) Aspirar, aplicar o anestésico e retirar a
Vantagens: agulha lentamente.

▪ Número mínimo de injeções;


▪ Diminui o volume total de solução
anestésica local administrada.

Técnica:

a) Agulha curta de calibre 27;


b) Área de introdução: altura da prega
mucovestibular acima do segundo molar Malamed, S.F Manual de anestesia local. 6ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier,
superior; 2013.

c) Bisel voltado para o osso; Nervo alveolar superior anterior


d) Tencionar o tecido no local da injeção
e introduzir a agulha; Nervos anestesiados:
e) Avançar a agulha com uma
1. Alveolar superoanterior;
angulação de 45°;
2. Alveolar superior médio
f) Aspirara, aplicar o anestésico e retirar a
agulha lentamente. 3. Nervo infraorbitário: palpebral inferior,
nasal lateral, labial superior.

Indicações:

▪ Procedimentos envolvendo mais de


dois dentes superiores;
▪ Inflamação ou infecção;
▪ Injeções supraperiostal for ineficaz.

Malamed, S.F Manual de anestesia local. 6ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier,


Técnica:
2013.
a) Agulha longa de calibre 25 ou 27;
Bloqueio do nervo alveolar superior médio b) Área de inserção: altura da prega
mucovestibular diretamente sobre o
Indicação:
primeiro pré-molar superior, na distal do
▪ Procedimentos que envolvem canino.
apenas os pré-molares superiores. c) Bisel voltado para o osso;

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d) Localizar o forame infraorbitário (área Contraindicação:
alvo), após localizado, desce 1 cm e
mantem o dedo sobre o forame; ▪ Inflamação ou infecção no local
da injeção.

Técnica:

a) Agulha curta de calibre 27;


b) Área de introdução: na altura do
segundo molar superior (na distal), sendo
uma região mais macia do palato,
Malamed, S.F Manual de anestesia local. 6ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier,
2013. também conhecida como depressão;
e) Tensionar o lábio e inserir a agulha em
direção ao forame infraorbitário;
f) Avançar a agulha até que ela toque
suavemente no osso;
g) Aspirar, aplicar o anestésico e retirar a
agulha lentamente.

Malamed, S.F Manual de anestesia local. 6ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier,


2013.

c) Posicionar o forame palatino maior


d) Posicionar a agulha perpendicular ao
Malamed, S.F Manual de anestesia local. 6ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier,
tecido e não é necessário aprofundar
2013.
muito, é mais superficial;
Anestesia no palato e) Aspirar, aplicar o anestésico e retirar a
agulha lentamente.
As etapas da administração atraumática
da anestesia do palato são as seguintes:

▪ Produzir anestesia tópica


adequada no local de penetração
da agulha;
▪ Usar anestesia por pressão no local
antes e durante a introdução da
Malamed, S.F Manual de anestesia local. 6ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier,
agulha e a deposição da solução; 2013.
▪ Manter controle sobre a agulha, a
qual deve ter calibre 27; Para bloqueio desse nervo, existem duas
▪ Injetar a solução de anestésico técnicas:
lentamente.
1º Técnica: envolve apenas uma
Bloqueio do nervo palatino maior penetração lateral a papila incisiva, na
face palatina dos incisivos. O tecido mole
Indicações: nessa área é muito denso e aderido ao
osso, o que aumenta o desconforto do
▪ Para procedimentos que envolvem paciente.
o tecido palatino da distal do
canino por diante.
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2° Técnica: envolve três punções da
agulha:

1º Punção: o tecido mole vestibular entre


os incisivos é anestesiado;

2° Punção: depois a agulha é direcionada


da face vestibular, atravessando a papila Malamed, S.F Manual de anestesia local. 6ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier,
2013.
interproximal, indo em direção a papila
incisiva; - Papila interdentária entre os incisivos
3° Punção: agulha deve ser injetada centrais. Segurando a agulha em ângulo
diretamente no tecido mole palatino reto, introduzir na papila logo acima do
sobrejacente ao nervo nasopalativo. nível da crista óssea.

Indicação:

▪ Quando for necessário anestesia


dos tecidos moles palatinos para
tratamento.

Contraindicação:

▪ Inflamação ou infecção no local Malamed, S.F Manual de anestesia local. 6ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier,
da injeção. 2013.

Tecido mole palatino lateral a papila


Técnica de única perfuração: incisiva. Posicionar a agulha lateralmente
a papila incisiva.
a) Agulha de calibre 27
b) Área de introdução: papila incisiva;
c) Aplicar anestésico tópico e pressionar
com a haste do algodão;
d) Posicionar a agulha em 45° em direção
a papila incisiva;
e) Avançar a agulha em direção ao
forame incisivo até que toque
suavemente o osso; Malamed, S.F Manual de anestesia local. 6ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier,
f) Aplicar lentamente o anestésico e 2013.

retirar a agulha.

Técnica de múltiplas perfurações:

a) Agulha curta de calibre 27;


b) Área de introdução:

- Freio labial na linha média entre os


incisivos centrais. Aplicar anestésico
tópico por 1 minuto e injetar 0,3 ml.

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