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• Histamina; Prurido (estimulação das terminações

• Eicosanóides (Prostanóides, leucotri- nervosas);


enos); SNC: Histamina funciona como neuro-
• Fator de ativação das plaquetas transmissor e está relacionada a alguns ti-
pos de vômito.
(PAF);
• Bradicinina; H2: Células parietais (estômago); Cora-
• Óxido Nítrico; ção: Aumento da secreção ácida e da
• Neuropeptídeos; frequência cardíaca.
• Citocinas. H3 (pré-sináptico): Está relacionado a ini-
Histamina bição da liberação de alguns neurotrans-
missores.
• É uma amina (base), armazenada em
grânulos de mastócitos e basófilos; Principais efeitos da Histamina:
• É secretada pelos mastócitos quando os • Estimulação da secreção gástrica;
componentes do sistema complemento • Estimulação cardíaca;
interagem com a membrana celular ou • Vasodilatação;
quando o antígeno interage com a IgE • Aumento da permeabilidade vascu-
fixada na superfície celular; lar.

Receptores histaminérgicos Fármacos antagonistas histaminérgicos


(anti-histamínicos)
H1: MÚSCULO LISO DOS BRÔNQUIOS,
BRONQUÍOLOS, ÍLEO E ÚTERO: CON- ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H1:
TRAÇÃO.
• Prometazina (Fernegan); Não-seletivo
Redução do fluxo do ar na asma brôn- (H1 SN Central e periférico)
quica.; • Dexclorfeniramina (Polaramine); muito
Se houver grande liberação de hista- pouco seletivo.
mina durante a gravidez, pode ocorrer • Loratadina (Claritin); pouco seletivo no
aborto; início do tratamento.
Eritema da pele (vasodilatação das pe- • Fexofenadina (Allegra); muito seletivo,
quenas arteríolas e dos esfíncteres pré-ca- sobretudo para as vias aéreas.
pilares), devido a atuação em receptores
H1 do endotélio vascular;
ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H2:
• Cimetidina (Tagamet);
• Ranitidina (Antak).
Outras drogas:
Introdução a ansiedade • Hidrato de cloral, paraldeído Ob-
soletos;
• Anti-histamínico Pílulas para dor-
mir, geralmente para crianças (Ex:
Prometazina, difenidramina).

Diazepam, bromazepam, nitrazepam,


cloxazolam, clordiazepóxido
Efeitos farmacológicos sobre o SNC:
• MECANISMO: Os BDZ atuam po-
tencializando a ação do GABA
(neurotransmissor inibitório). Eles
se ligam especificamente a um
sítio regulador no receptor de
Agentes ansiolíticos e hipnóticos GABA, aumentando a afinidade
do receptor pelo neurotransmis-
sor, levando a um aumento na
frequência de abertura dos ca-
nais de cloreto, gerando hiperpo-
larização, que dificulta ou impede
a deflagração de potencias de
ação.
• O FLUMAZENIL é um antago-
nista competitivo dos BDZ. Ele se
liga a um sítio no receptor de
GABA (orifício de ligação dos
BDZ).

• Os BDZ são, em geral, bem ab-


sorvidos quando administrados por
via oral;
• Podem ser administrados pela via
EV; A injeção IM resulta em ab-
sorção lenta;
• O Metabolismo hepático gera me- Os barbitúricos podem promover parada
tabolitos ativos (geralmente glicu- cardiorrespiratória em doses elevadas!!
ronídeos) → CUIDADO efeito Este efeito pode ser pronunciado se fo-
hipnótico prolongado em IDOSOS rem ingeridas bebidas alcoólicas ou se fo-
e HEPATOPATAS. rem administradas outras drogas depres-
• Drogas de ação prolongada: soras do SNC!!!!!
Hipnóticos (nitrazepan)

Toxidade aguda (superdosagem aguda)


Em superdosagem, os BDZ causam sono
prolongado sem depressão cardiorrespira-
tória grave. Mas na presença de outros de-
pressores do SNC, ocorre potencialização
do efeito farmacológico.
Efeitos colaterais durante o uso terapêu-
tico

• Sonolência, confusão, amnésia, dimi-


nuição da coordenação motora;
• Tolerância e dependência.

Fenobarbital, ciclobarbital.
• MECANISMO: Os barbitúricos se li-
gam em um sítio no receptor do
GABA (diferente do sítio dos BZD),
levando a um amento na frequên-
cia de abertura dos canais de Cl
(cloreto).
• Superdosagem perigosa; alto grau
de tolerância e dependência; indu-
ção microssomal.
• Utilizados na anestesia e tratamento
da epilepsia.
Introdução a epilepsia

Classificação dos tipos de crises convulsi-


vas

• CRISES PARCIAIS: Crises parciais sim-


ples; Crises complexas parciais; Cri-
ses parciais secundariamente gene-
ralizadas.
• CRISES GENERALIZADAS: Crises tô-
nico-clônicais generalizadas (“grande
mal”); Crises de ausência (“pequeno
mal”); Crises tônicas; Crises atôni-
cas; Crises clônicas e miclônicas; Es-
pasmos infantis.
“MAL EPILÉTICO:” Condição fatal em
que a atividade convulsiva torna-se ininter-
rupta.
OBS: Descarga epilética repetida pode
causar morte neuronal (excitotoxidade).
As terapias farmacológicas disponíveis
mostram-se eficazes em 70-80% dos pa-
cientes.
• Convulsivantes: Aumentam o tônus mus-
cular através da diminuição da inibição
mediada pelos interneurônios inibitórios.
Introdução
Exemplos:
Bloqueio Neuromuscular:
1) Estricnina: É um antagonista do recep-
• Não é utilizado como terapêutica. tor de glicina. Gera convulsão motora.
• Adjuvante da anestesia quando se 2) Toxina tetânica (Clostridium tetani): Inibe
dispõe de ventilação artificial a liberação de glicina. Promove convul-
são motora. Risco de vida devido a de-
Neurofisiologia sordem nos músculos respiratórios.

• MAGNÉSIO (Mg2+): Este cátion tem seus


níveis elevados em algumas patologias.
Reflexos simples de contração em resposta • TOXINA BOTULÍNICA (Clostridium botuli-
num): É um dos venenos mais potentes.
a estímulos sensoriais:
Ocasiona paralisia dos músculos respira-
tórios, podendo levar a morte. Dose letal
para adultos: 0,000003 mg (3 x 10-6)

NEUROTRANSMISSORES INIBITÓRIOS: GABA,


GLICINA.

SNC (córtex motor cerebral)


• Miotonolíticos: Diminuem o tônus mus-
cular, através da estimulação dos inter-
neurônios inibitórios.
Exemplos:

1) Benzodiazepínicos (Diazepam, broma-


zepam, etc.) Aumentam a afinidade do
receptor pelo neurotransmissor.
2) Baclofen (Baclofen, Lioresal- agonista
do receptor de GABA
Índios da América do Sul: CURARE embe-
Os bloqueadores não-despolarizantes
bido em flechas para caçar e combater os
atuam como antagonistas competitivos dos
inimigos.
receptores nicotínicos de acetilcolina da
O curare é uma mistura de alcaloides de
ocorrência natural encontrados em diver- placa terminal ou neuromuscular.
sas plantas. O princípio ativo é a D-TUBOCU-
RARINA.
• A D-TUBOCURARINA não é utilizada
na clínica. • Paralisia motora. Os primeiros músculos
• A partir dela foram desenvolvidos a serem paralisados são os oculares ex-
análogos sintéticos, com menos trínsecos (causando visão dupla) e os
efeitos colaterais: pequenos músculos da face, extremida-
des e faringe (traz dificuldade de deglu-
tição).
• Os músculos respiratórios são os últi-
mos a serem afetados e os primeiros a
se recuperarem.

• Indução da liberação de histamina pelos


mastócitos (não imunogêncica), levando
a um quadro de broncoconstrição, urti-
cária e hipotensão.
• Bloqueio ganglionar que gera redução
da pressão arterial.

• A administração é feita pela via endo-


venosa. Oque varia de uma droga para
a outra é o tempo de início de ação e
a duração do efeito relaxante muscular.
• O metabolismo principalmente hepático.
Alguns são excretados de modo inalte-
rado na urina. O atracúrio sofre hidrólise
espontânea no plasma. O mivacúrio é
hidrolisado pela colinesterase plasmática.
• Geram despolarização permanente na
placa terminal da fibra muscular, impos-
sibilitando a repolarização e a abertura
dos canais de sódio. Há perda de exci-
tabilidade elétrica.
• Ocorre espasmo muscular transitório
(ou fasciculação) logo após a adminis-
tração. Porque a despolarização inicial
da placa terminal causa descarga de po-
tenciais de ação na fibra muscular.

Curta duração por serem hidrolisados pela


colinesterrase plasmática.

• Decametônio: Caiu em desuso por


ter ação muito prolongada.
• Suxametônio: Constitui-se por duas
moléculas de acetilcolina unidas atra-
vés do grupo acetil.

Agonista dos receptores nicotínicos

*DROGA BLOQUEADORA NÃO-DESPOLARI-


ZANTE. • Bradicardia (efeito agonista M2);
• Liberação de potássio (perda);
• Aumento da pressão intra-ocular
(contração dos músculos extra-ocu-
lares que exercem pressão sobre o
globo ocular);
• Paralisia prolongada:
*Uso de anticolinesterásicos!(pacien-
tes com glaucoma);
*Recém-nascidos e hepatopatas!
(possuem baixa atividade de colinesterase
plasmática).
AGENTES ANALGÉSICOS:
• Série da Fenilpiperidina: Petidina
• Fármacos semelhantes à morfina
(Meperidina, Dolosal)
 SNC (opióides)
• Série da Metadona: Metadona, Dex-
• Anti-inflamatórios não-esteroidais 
SNC, SNP. tropropoxifeno (Doloxene)
• Anestésicos locais: SNP Série do Benzorfan: Pentazocina, Ciclozo-
• Fármacos não-opióides de ação cina, LOPERAMIDA (IMOSEC) → Não
central (Ex: carbamazepina) penetra no cérebro → TGI

• OPIÓIDES: Substância endógena ou


sintética que produz efeitos seme- ,,,Δ
lhantes à morfina.
• OPIDÁCEO: Droga sintética não-
peptídica, com ações semelhantes
à morfina. • Os receptores opióides são acopla-
• ÓPIO: É o extrato do suco da pa- dos a PTNG inibitória, que inibe a
poula. Adenilato ciclase ou canal iônico.
Papaver somniferum  Euforia, • Promovem a abertura dos canais
analgesia, sono e antidiarreico. de potássio, causando hiperpolariza-
Contém alcaloides de estrutura re- ção e inibem a abertura dos canais
lacionada à morfina e papavenina de cálcio regulados por voltagem
(relaxante da musculatura lisa). (diminuindo a liberação de neuro-
transmissor).

Análogos da morfina No SNC

• ANALGESIA → dor aguda e crônica


• EUFORIA → confortamento e bem-
estar; Pronunciado nos aflitos.
• DEPRESSÃO RESPIRATORIA → dimi-
nuição da sensibilidade do centro
respiratório bulbar ao  da pCO2
• DEPRESSÃO DO REFLEXO DA TOSSE
→ codeína (Setux) suprime a
tosse em doses subanalgésicas.
• NAUSEAS E VÔMITOS → em 40%
dos pacientes; de sensibilidade da
zona deflagradora quimiorreceptora. • Absorção oral lenta e errática
• CONTRIÇÃO PUPILAR →estimulação • Vias IV ou IM usadas em dor in-
dos receptores e  do núcleo tensa, aguda
oculomotor → pupilas mióticas, • Via oral: dor crônica
puntiformes. • Meia-vida: 3 a 6 horas
• Metabolismo: hepático; Glicuronídio
No trato gastrointestinal
ativo
• tônus do músculo liso –
 do • Eliminação: Renal – Glicuronídio;
Constipação • Eliminação fecal – Glicuronídio.
•  da motilidade - Constipação
• Ação central + inibição dos neu-
rônios do plexo mioentérico –
Constipação • Naloxona (ação curta): Produz dor
clínica; reverte quadro de depres-
são respiratória/ Gera quadro de
síndrome de abstinência.
• Naltrexona (ação longa): , Δ,  e
.

•  da dose necessária para gerar ati-


vidade farmacológica.
Pode ser administrada via intratecal para o
Bacteriostático: Inibe temporariamente o tratamento de meningite pneumocócicas
ou estafilococos graves.
crescimento do microrganismo. O su-
cesso terapêutico vai depender do auxílio A Associação a penicilinas aumenta a oto-
dos mecanismos de defesa do hospe- toxicidade e nefrotoxicidase
deiro. Ex. Tetraciclinas e sulfonamidas.
Bactericida: Fármaco que promove a (Penicilinas +Cefalosporinas)
morte do microrganismo. Devem ser utili- • São inibidores da transpeptidação,
zados quando as infecções não podem ser inibindo as enzimas transpeptidases.
controladas pelos mecanismos de defesa • Ao atravessarem a parede celular
do hospedeiro. Ex.: Beta-lactâmicos e ami- se ligam às proteínas de ligação
noglicosídios. das penicilinas (PBP, que são os re-
ceptores bacterianos das drogas),
que induzem a inibição das trans-
peptidases.
(Bacitracina, Ciclosserina, Vancomicina, • A etapa seguinte é a inativação de
Penicilinas, Cefalosporinas) um inibidor das enzimas hidrolases,
• A parede celular das bactérias é que responsáveis pela destruição
constituída por um polímero cha- da parede celular.
mado de peptoglicano, que tem • Nas bactérias Gram-negativas,
sua rigidez garantida pelas chama- existe uma membrana externa fos-
das ligações cruzadas de transpepti- folipídica que dificulta a passagem
dação. É mais espessa nas bacté- destes fármacos.
rias Gram-positivas. • Algumas bactérias podem ter a
transpeptidação inibida, mas não
sofrem lise.
• Mecanismo clínico de resistência
mais importante: produção de
(Bacitracina, Vancomicina e Ristocetina) beta-lactamases, que são enzimas
que quebram o anel beta-lactâmico,
• Inibem as etapas iniciais da biossín- inativando o antimicrobiano.
tese do peptoglicano, anteriores à
• Existem muitos tipos de beta-lacta-
etapa de transpeptidação.
mases.
• Algumas beta-lactamases tem altís-
VANCOMICINA
sima afinidade por compostos
Principais usos: Infecções hospitalares por como o ácido clavulânico ou o sul-
gram +, colite pseudomembranosa e en- bactam, impedindo que as beta-lac-
docardite bacteriana em pacientes alérgi- tamases ataquem as penicilinas. EX.:
cos a penicilina. Clavulin® (Amoxicilina+ Clavulanato)
• Alguns antibióticos beta-lactâmicos idêntico ao das drogas de amplo espec-
são resistentes à ação das beta-lac- tro, incluindo pseudomonas;
tamases.
Tipo de pe- Absorção Proprieda-
(EX.:Meticilina, Cefoxitina)
nicilina no TGI des
Carbenicilina Também é
BENZILPENICILINAS E SIMILARES - Ativos ativa contra
PROBEUS
contra a maioria dos cocos Gram-positi-
Ticarcilina É a mais po-
vos e bactérias Gram-negativas. tente contra
pseudomonas
Tipo de pe- Absorção Proprieda-
Azlocilina Muito ativa
nicilina no TGI des contra Pseu-
Benzilpenici- Precária -Destruídos domonas e
lina por beta-lac- Kleibsiella.
(Penicilina tamases; Piperacilina Possui maior
-A penicilina potência con-
G) G pode ser tra Gram-ne-
administrada gativos co-
por via i.m. muns
(+benzatina
ou procaína)
ou endove-
nosa crista- Drogas de escolha para:
lina;
• Meningite bacteriana (Benzilpenicilina)
PENICILINAS RESISTENTES AS BETA-LACTAMA- • Infecções cutâneas e de tecidos mo-
SES - Espectro semelhante ao da benzil- les
• Faringite (Amoxicilina)
penicilina, porém menos potentes. Hoje
• Otite (Amoxicilina)
existem muitos estafilococos resistentes.
• Infecção das vias aéreas (Amoxicilina)
Tipos de Absorção Proprieda- • Sífilis (Penicilina Benzatina)
penicilina no TGI des • Infecção por pseudomonas (piperaci-
Oxacilina Adequada -Adminis- lina)
trado por
via i.m. ou
via oral • Reações de hipersensibilidade (po-
dem ocorrer reações cruzadas);
Meticilina precário Via im ou • Penicilinas de amplo espectro admi-
oral. nistradas por via oral alteram a mi-
crobiota bacteriana do intestino;
PENICILINAS DE ESPECTRO AMPLIADO- Am-
pliado para incluir pseudomonas. São sen-
• Não atravessam a BHE, a não ser
síveis as beta-lactamases. O espectro e
que as meninges estejam inflama-
das.
Usos Clínicos:
Semelhante ao das penicilinas. Ligação a • Profilaxia cirúrgica (primeira gera-
PTN ligante de penicilinas (PBP), seguida ção) (Cefazolina)
pela inibição da transpeptidação e ativação • Meningite bacteriana (terceira gera-
das hidrolases. ção e cefuroxima)
Mecanismo de resistência:
• Penetração deficiente do fármaco Efeitos adversos:
• Ausência de PBP • Alergia. Pode haver alergia cruzada
• Produção de Beta-lactamases (cefa- entre penicilinas e cefalosporinas.
losporinases)
• Falha de ativação das hidrolases
Toxicidade
São divididas em três gerações:
• Tromboflebite
• Toxicidade renal
• Hipoprotrombinemia
• Distúrbios hemorrágicos

Gram + e – /Pouca atividade contra pseu-


domonas;

Maior atividade contra Gram -. Menos ati-


vas contra Gram +;

Maior atividade contra Gram -. Menos ati-


vas contra Gram + (atravessam a BHE);

Atravessa BHE.
Obs.: A tetraciclina se liga com íons diva-
lentes como Ca+2 e Mg+2, ocorrendo que-
(Aminoglicosídeos, Tetraciclinas, Macrolí- lação, impedindo a reabsorção do fármaco.
deos, Cloranfenicol, Lincosamidas)
CLORANFENICOL (BACTERIOSTÁLTICO)
AMINOGLICOSÍDEOS (BACTERICIDAS G-)
Mecanismo: Liga-se irreversivelmente a
Mecanismo: Inibem a síntese de proteínas subunidade 50S dos ribossomos das bac-
das bactérias por promoverem uma incor- térias e impede a síntese de proteínas.
reção no reconhecimento códon-anticó- Atinge a BHE, apresenta amplo espectro
don, sendo irreversível e letal. (G+ e -)
Uso principal: bacteremia e Ceci. Usos Clínicos: Infecções por Haemofilus in-
Efeitos adversos: ototóxicos e nefrotóxicos. fluenza, meningites (pacientes que não
Quando utilizados por mais de 5 dias apre- usam penicilinas) e conjuntivite bacteriana
senta, mais risco. Os efeitos nefrotóxicos Efeitos adversos: Depressão da medula ós-
aumentam com o uso de diuréticos como sea (pancitopenia); Anemia Fatal; Sín-
furosemida e são potencialmente perigo- drome do bebê cinzento (vômito, diarreia,
sos insuficiência renal. flacidez, diminuição da temperatura corpo-
Resistência: Através da produção de trans- ral); Distúrbios gastrointestinais.
ferases que destroem os antimicrobianos. MACROLÍDEOS (BACTERICIDAS)
A Amicacina é o mais resistente a essa
Eritromicina, Claritromicina, Azitromicina
enzima.
TETRACICLINAS (BACTERIOSTÁTICOS) Mecanismo: Liga-se a subunidade 50S dos
ribossomos das bactérias e impede a sín-
Tetraciclina, Oxitetraciclina e Doxicilina tese de proteínas.
Mecanismo: Inibem a síntese de proteínas Eritromicina: Usada em difteria, doenças
das bactérias por se ligarem à subunidade genitais por clamídias e infecções do trato
30S irreversivelmente, impedindo a ligação respiratório e sinusite.
do RNAt.
Azitromicina: Haemofilus influenza e toxo-
Amplo espectro de ação G + e – (Primeira
plasma gondii
escolha para cólera e peste, infecções das
vias respiratórias e acne). Clamídias e sífilis. Claritromicina: Haemofilus influenza e He-
Efeitos adversos: Manchas nos dentes e de- licobacter pylori.
formação dentária, hipoplasia dentária, de- Efeitos indesejáveis: distúrbios gastrointesti-
formidades ósseas. nais, reações de hipersensibilidade, reações
cutâneas, febre, distúrbios transitórios da
audição e icterícia.
LINCOSAMIDAS Não pode ser administrado simultanea-
mente na mesma linha intravenosa
Clindamicina
clindamicina e aminoglicosídeos
Mecanismo: Se liga a subunidade 50S dos
ribossomos das bactérias e impede a sín- Efeitos adversos: Gastrointestinal: Náusea,
tese de proteínas. Vômitos, diarréia, dor abdominal e colite
pseudo-membranosa.
Distribuição: Não atinge níveis terapêuti-
cos nos SNC. Hipersensibilidade: Rash, reação anafilá-
Eliminação: A Clindamicina tem metaboli- tica e raramente eritema multiforme.
zação hepática e eliminação dos metabóli- Efeitos locais: Eritema e tromboflebite
tos pela urina, bile e fezes
Outros efeitos: Elevação da bilirrubina, fos-
Indicação: É efetivo sobre Staphylococ-
fatase alcalina, TGO e TGP, leucopenia,
cus aureus e Streptococcus do grupo A.
neutropenia, eosinofilia e trombocitopenia.
Não apresenta atuação sobre gram-nega-
tivos aeróbicos. SULFONAMIDAS (BACTERIOSTÁTICOS)
Tem boa atividade em anaeróbios gram- Sulfametoxazol, Sulfasalazina Sulfadiazina
positivos e negativos, incluindo Clostridium Mecanismo: ocorre competição com
perfringens e Bacteróides fragilis, sendo
ácido para-aminobenzóico (PABA) pela
que neste último considerada droga de
enzima diidropteroato sintetase, levando a
escolha.
diminuição do ácido fólico.
Cuidados: Insuficiência renal e hepática: São bacteriostáticos em baixa dose
Uso cuidadoso; Uso durante a gestação São bactericidas em alta dose
ainda não está estabelecido
Trimetoprima inibe a enzima diidrofolato
Administração e dosagem: Em infecções redutase
graves 2.400 mg/dia IV dividido a cada 6
ou 8 horas

Em pacientes de insuficiência renal não é


necessário redução da dose

Toxicidade e Interação com drogas: Pode


aumentar a ação dos agentes bloqueado-
res neuromusculares.
Bactrim (Bacteriostático) Sulfametoxazol +
Trimetoprima Apresentam anel beta-lactâmico, mas dife-
Uso clínico: infecções respiratórias, uriná- rem quimicamente das penicilinas e cefa-
rias, salmonelose. losporinas.

Efeitos indesejáveis: hepatite, confusão Espectro de ação: apresentam excelente


mental, depressão da medula óssea, rea- atividade contra infecções resistentes.
ções de hipersensibilidade, náusea vômito IMIPENEM (Tienam): dose usual: 0,5 a 1g,
e diarréia. IV de 6/6 h ou de 8/8 h
MEROPENEM (Meronen): dose usual: 0,5 a
1g, IV de 8/8 h
Norfloxacino, Ciprofloxacino, Ofloxacino
Inadequado para Enterococcus sp.
Mecanismo: Inibem a enzima DNA-Girase
É o fármaco desse grupo de escolha para
(topoisomerase II) que é a responsável o tratamento de infecções do SNC, por
pelo superespiralamento do DNA, impe- apresentar menor propensão a convul-
dindo a formação das hélices do DNA. sões.
São eficazes contra gram + e -.
Uso clínico: infecções urinárias complica-
das, infecções respiratórias, otite externa,
gonorréia e prostatite bacteriana.
Interações medicamentosas: Medicamen-
tos à base de ferro, magnésio, alumínio,
cálcio, zinco, sucralfato ou antiácidos redu-
zem a absorção do ciprofloxacino. Este
deve ser ingerido pelo menos 2h antes ou
4h após esses medicamentos.
Pode intensificar a ação da warfarina e gli-
benclamida e potencializar a ação tóxica da
teofilina, ciclosporina.
A associação de doses altas de quinolonas
e antiinflamatórios não esteroidais pode
provocar convulsões.
A probenecida reduz a excreção renal e a
metoclopramida acelera a absorção do ci-
profloxacino.
para reduzir a elevação da pressão
intra-ocular do glaucoma de ângulo
1. Inibidores da anidrase carbônica
aberto. A acetazolamida diminui a
A acetazolamida é uma sulfonamida sem produção de humor aquoso, prova-
atividade antibacteriana. Sua principal ação velmente bloqueando a anidrase car-
é inibir a enzima anidrase carbônica nas cé- bônica no corpo ciliar do olho. Ela é
lulas epiteliais do túbulo proximal. Entre- útil no tratamento crônico do glau-
coma, porém não deve ser usada na
tanto, os inibidores da anidrase carbônica
crise aguda; a pilocarpina é preferida
são mais freqüentemente usados por ou- na crise aguda em razão de seu
tros efeitos farmacológicos que não o diu- efeito mais rápido.
rético, porque estes agentes são muito B) Epilepsia: A acetazolamida é algu-
menos eficazes que as tiazidas ou os diu- mas vezes utilizada no tratamento
réticos de alça. da epilepsia – tanto generalizada
A. Acetazolamida- Diamox (Merck como parcial. Ela reduz a severidade
e a magnitude das crises. Freqüen-
Sharp & Dohme)
temente, a acetazolamida é usada
1- Mecanismo de ação: A acetazolamida cronicamente em conjunto com
inibe a anidrase carbônica, localizada medicações antiepiléticas para au-
intracelularmente e na membrana mentar o efeito destes fármacos
apical do epitélio tubular proximal C) Mal das Montanhas: Menos comu-
[OBS.: A anidrase carbônica catalisa a mente, a acetazolamida pode ser
reação do CO com H O, formando usada na profilaxia aguda das monta-
H⁺ e HCOз⁻ (bicarbonato)]. A dimi- nhas que ocorre em indivíduos sa-
nuição da capacidade em trocar Na⁺ dios, fisicamente ativos, e que so-
por H⁺ na presença de acetazola- bem rapidamente acima de 10.000
mida resulta em discreta diurese. pés. A acetazolamida ministrada a
noite por 5 dias antes da ascensão
Adicionalmente, o HCOз⁻ é retido
previne a fraqueza, falta de ar, ton-
intraluminarmente com acentuada
tura, náusea e edemas cerebral e
elevação do pH urinário. A perda de pulmonar, característicos desta sín-
HCOз⁻ causa acidose metabólica hi- drome.
poclorêmica e diminui a eficiência 3) Farmacocinética: A acetazolamida é ad-
desse diurético após alguns dias de ministrada oralmente, uma vez ao dia.
terapêutica. Alterações na composi- 4) Reações Adversas: Podem ocorrer aci-
ção dos eletrólitos da urina induzidas dose metabólica (discreta), depleção de
pela acetazolamida são as seguintes: potássio, formação de cálculos renais,
Aumento de secreção na urina: Na⁺, tontura e parestesias.
K⁺, Ca⁺⁺ e HCOз⁻
2- Usos terapêuticos:
A) Tratamento do glaucoma: O uso
mais comum da acetazolamida é
II- Diuréticos de alça ou potentes enquanto os tiazídicos (ver adiante)
diminuem a concentração de Ca⁺⁺
A bumetamida, a furosemida, a torsemida
na urina). Os diuréticos de alça pro-
e o ácido etacrínico são quatro diuréticos
vocam diminuição da resistência vas-
que apresentam maior ação no ramo as-
cular renal e aumentam o fluxo san-
cendente da alça de Henle. Comparados a
güíneo renal
todas as outras classes de diuréticos, estes
fármacos apresentam a mais intensa eficá- 3- Usos Terapêuticos: Os diuréticos de
cia na mobilização de Na⁺ e Cl⁻ no corpo. alça são os fármacos de escolha
O ácido etacrínico apresenta curva dose- para reduzir o edema agudo de pul-
resposta mais abrupta que a furosemida; mão na insuficiência cardíaca con-
apresenta mais efeitos adversos que os gestiva. Em razão de seu rápido ini-
outros diuréticos de alça e não é tão am- cio de ação, estes fármacos são
úteis em situações de emergência
plamente utilizado. A bumetanida é muito
tais como o edema agudo de pul-
mais potente que a furosemida e seu uso mão, no qual há necessidade de rá-
estão aumentados. pida diurese. Os diuréticos de alça
A) Bumetanida, Furosemida (mais utili- (em conjunto com a hidratação)
zado no Brasil), Torsemida, ácido também são úteis no tratamento da
Etacrínico hipercalemia porque eles estimulam
1- Mecanismo de ação: Os diuréticos de a secreção tubular de Ca⁺⁺ .
alça inibem o co-trasnporte de 4- Farmacocinética: Os diuréticos de
Na⁺/K⁺/Cl⁻ da luz da membrana no alça são administrados oral ou paren-
ramo ascendente da alça de Henle. teralmente. A duração do efeito é
Assim, a reabsorção de Na⁺, K⁺ e relativamente curta: 1 a 4 horas.
Cl⁻ fica diminuída. Os diuréticos de 5- Reações Adversas:
alça são os mais eficazes entre os a. Ototoxicidade: A audição pode ser
fármacos diuréticos porque o ramo afetada pelos diuréticos de alça, particu-
ascendente é responsável pela re- larmente quando usados em associação
absorção de 25% a 30% do NaCl
com antibióticos aminoglicosídeos. Pode
filtrado, e as porções seguintes do
ocorrer dano permanente, se o trata-
néfron não conseguem compensar
este aumento na sobrecarga de Na⁺. mento não for descontinuado. A função
(OBS.: 70% A 75% são reabsorvi- vestibular é menos atingida, mas tam-
dos no Túbulo Contorcido Proximal) bém pode ser comprometida nos tra-
2- Ações: Os diuréticos de alça agem ra- tamentos combinados.
pidamente, mesmo em pacientes b. Hiperuricemia: A furosemida e o
que apresentam função renal dimi- ácido etacrínico competem com o
nuída ou que não respondem a tia- ácido úrico pelos sistemas secretores
zídicos ou outros diuréticos. (OBS.: renal e biliar, bloqueando a secreção
Os diuréticos de alça aumentam o desse ácido e, assim, causando a exa-
conteúdo de Ca⁺⁺ na urina, cerbação das crises de gota.
C Hipovolemia aguda: Os diuréticos de como a clorotiazida ou a clortalidona,
alça podem promover intensa e rápida são mais comumente usados.
redução no volume sanguíneo, com a
possibilidade de hipotensão, choque e 1. Mecanismo de Ação: Os derivados ti-
arritmias cardíacas. azídicos atuam principalmente no tú-
D. Depleção de potássio: A intensa so- bulo contorcido distal, diminuindo a
reabsorção de Na⁺ pela inibição do
brecarga de Na⁺ presente no túbulo co-transportador de Na⁺/Cl⁻ na luz
coletor resulta em depleção de potás- da membrana. Apresenta menor
sio, que pode ser revertida pelo uso de efeito em túbulo proximal. Como re-
diuréticos poupadores de potássio ou sultado disso, estes fármacos au-
suplementação dietética de K⁺. mentam a concentração de Na⁺/Cl⁻
no líquido tubular. O equilíbrio ácido-
III- Triazídicos e agentes correlatados
básico não é usualmente alterado.
Os tiazídicos são os fármacos diuréti- [OBS.: Em razão do local de ação
cos mais amplamente utilizados. São dos derivados tiazídicos ser na luz da
derivados sulfonamídicos e estrutural- membrana estes fármacos precisam
mente relacionados aos inibidores da ser excretados para a luz tubular
para serem efetivos. Assim, com a
anidrase carbônica. Os tiazídicos mos-
diminuição da função renal, os diu-
tram atividade diurética significativa-
réticos tiazídicos perdem sua eficá-
mente maior que a acetazolamida e cia].
atuam no rim por mecanismo dife- 2. Ações:
rente. Todos tiazídicos atuam no tú-
a- Aumento na excreção de Na⁺/Cl⁻: A
bulo distal e todos têm efeito diurético
clorotiazida provoca diurese com ex-
máximo igual, diferindo somente em
creção aumentada de Na⁺ e Cl⁻ , o que
potência, expressa na base de miligra-
pode causar na excreção de urina hi-
mas.
perosmolar. Este efeito é único entre
HIDROCLOROTIAZIDA: Diurix® Drenol as classes dos diuréticos, os quais habi-
® ; CLOTALIDONA:Higroton®. tualmente não produzem urina hiperos-
A. Clorotiazida: A clorotiazida, protótipo molar. O efeito diurético não é afetado
do diurético tiazídico, foi o primeiro pelo estado ácido-básico do corpo,nem
diurético moderno que foi ativo por a clorotiazida costuma alterar o equilí-
via e oral e foi capaz de atuar no brio ácido-básico do sangue.
edema severo da cirrose e da insu- b. Perda de K⁺: Em razão de os tiazídi-
ficiência cardíaca congestiva com
menor número de reações adver- cos aumentarem o Na⁺ no filtrado que
sas. Suas propriedades são repre- alcança o túbulo distal, mais K⁺ é tro-
sentativas do grupo tiazídico apesar cado por Na⁺ . Assim, o uso prolongado
de que derivados mais recentes, destes fármacos resulta em perda con-
tínua de K⁺ pelo corpo. Então, é
necessário mensurar o K⁺ sérico uma níveis apropriados de açúcar no san-
vez por mês (até mais freqüente no gue.
início da terapia) para assegurarmo-nos i- Hipersensibilidades: São raras de-
de que não está ocorrendo o desen- pressão da medula óssea, dermatites,
volvimento de hipocalemia. Freqüente- vasculites necrosantes e nefrite in-
mente, o K⁺ pode ser suplementado tersticial.
somente pela dieta, com o aumento de b- Hidroclorotiazida
frutos cítricos, bananas e ameixas. Em A Hidroclorotiazida é o derivado tiazí-
alguns casos, o sal de K⁺ suplementar dico que se mostrou mais popular entre
pode ser necessário. os relacionados a seu grupo. Isto ocorre
porque ela mostra muito menor capa-
d- Diminuição Urinária na excreção de
cidade para inibir a anidrase carbônica,
cálcio: Os diuréticos tiazídicos dimi- quando comparada à clorotiazida. Por
nuem a quantidade de Ca⁺⁺na urina outro lado, sua eficácia é exatamente a
através de sua reabsorção. Isto con- mesma que a dos outros elementos do
trasta com os diuréticos de alça, que grupo.
aumenta a concentração de Ca ⁺⁺ na
urina. c- Clortalidona
e- Hiperuricemia: Os tiazídicos elevam
A clortalidona é um derivado tiazídico
o ácido úrico sérico por diminuírem
que se comporta como a hidroclorotia-
a quantidade de ácido excretado
através do sistema secretor de áci- zida. Mostra uma duração de ação
dos orgânicos. Sendo insolúvel, o muito longa e, por isso, é freqüente-
ácido úrico deposita-se nas articula- mente utilizada no tratamento da hiper-
ções e pode ocorrer importante tensão. É administrada uma vez ao dia
crise aguda de gota em pacientes para esta indicação.
predispostos a isso. No entanto, é im-
d- Análogos dos Tiazídicos
portante realizar exames sanguíneos,
periódicos para mensurar os níveis 1. Metolazona: A metolazona é mais po-
de ácido úrico. tente que os tiazídicos e, ao contrário
f- Depleção volêmica: Pode causar hi- deles, promove excreção de Na⁺ na in-
potensão ortostática ou confusão suficiência renal avançada.
mental. 2. Indapamida (Natrilix®): A indapa-
g- Hipercalemia: Os tiazídicos inibem a
mida é um diurético não-tiazídico, lipos-
secreção de Ca⁺⁺, ocorrendo, algu-
solúvel, que apresenta longa duração
mas vezes, elevados níveis desse íon
no sangue. de ação. Em baixas doses, mostra ação
h- Hiperglicemia: Pacientes portadores anti-hipertensiva significativa, com míni-
de Diabetes mellítus, em uso de tia- mos efeitos diuréticos. A indapamida é
zídicos para tratamento de hiperten- freqüentemente utilizada na insuficiên-
são, podem tornar-se hiperglicêmi- cia renal avançada para estimular a diu-
cos e ter dificuldade para manter rese adicional ao máximo alcançado
pelos diuréticos de alça. A indapamida é proteínas normalmente estimulam os
metabolizada e excretada pelo trato locais de troca Na⁺ K⁺ do túbulo coletor.
gastrintestinal e pelos rins e, por isso, Assim, a falta de proteínas mediadoras
costuma acumula-se menos nos paci- impede a reabsorção de Na⁺ é a con-
entes com insuficiência renal, podendo seqüente secreção de K⁺ e H⁺.
ser de utilidade em seu tratamento.
2. Ações: Na maioria dos estados ede-
IV- DIURÉTICOS POUPADORES DE matosos, os níveis sangüíneos de aldos-
POTÁSSIO terona são elevados, o que provoca a
Estes agentes atuam no túbulo coletor, retenção de Na⁺. Quando a espironolac-
inibindo a reabsorção de Na⁺, a secre- tona é administrada a um paciente com
ção de K⁺ e de H⁺. Os diuréticos pou- elevados níveis circulantes de aldoste-
padores de potássio são primariamente rona, o fármaco antagoniza a atividade
utilizados quando há excesso de aldos- do hormônio, resultando em retenção
terona. O maior uso dos agentes pou- de K⁺ e excreção Na⁺ . Quando não há
padores de potássio é no tratamento níveis circulantes significativos de aldos-
da hipertensão, mais comumente em terona, como na moléstia de Addson
associação com um tiazídico. É extre- (insuficiência renal primária), não ocorre
mamente importante que os pacientes efeito diurético do fármaco.
tratados com qualquer diurético poupa-
dor de potássio sejam monitorizados 3. Usos Terapêuticas:
em seus níveis de potássio. A suple- a. Diurético: Apesar de a espironolac-
mentação potássica exógena é comu-
tona ter pouca eficácia na mobilização
mente descontinuada quando a tera-
de Na⁺ no corpo, em comparação com
pêutica por poupadores de potássio for
outros fármacos, ela tem a útil proprie-
implantada.
dade de causar retenção de K⁺. Em ra-
A. Espironolactona zão desta ação, a espironolactona é
frequentemente administrada conjunta-
1. Mecanismo de Ação: A espironolac-
mente com um tiazídico ou diurético de
tona é um antagonista sintético da al- alça para prevenir a excreção de K⁺
dosterona que compete coma mesma que, de outro modo, ocorreria com es-
pelos sítios receptores citoplasmáticos tes fármacos.
intracelulares. O complexo receptor
para espironolactona é inativo, isto é, b. Hiperaldosteronismo secundário: A
ele previne a translocação do complexo espironolactona é o único diurético
receptor em direção ao núcleo da cé- poupador de potássio que é usado ro-
lula-alvo e, dessa maneira, não se une tineiramente sozinho para induzir o ba-
ao DNA. Isto resulta na ausência de pro- lanço de sal negativo absoluto. Ele é
dução de proteínas que são normal- particularmente efetivo em situações
mente sintetizadas em resposta à al- clínicas associadas com hiperaldostero-
dosterona. Estes mediadores de nismo secundário.
Triamtereno como o amilorídeo são
freqüentemente usados em associ-
4. Farmacocinética: a espironolactona é
ação com outros diuréticos em ra-
completamente absorvida por via oral e zão de suas propriedades poupado-
liga-se fortemente as proteínas. É rapi- ras de potássio. Assim como a espi-
damente convertida em um metabólito ronolactona, eles previnem a perda
ativo, a canrenona. A ação da espirono- de K+ que ocorre como os tiazídi-
lactona é amplamente devido ao efeito cos e com a furosemida. Os efeitos
da canrenona, que apresenta atividade adversos do Triamtereno são cãi-
bloqueadora de mineralocorticóides. A bras nas pernas e possibilidade de
espironolactona induz o citocromo P- aumento de uréia circulante, bem
como retenção de ácido úrico e K+.
450 hepático.
5. Reações adversas: Em razão de a es- V- Diuréticos osmóticos:
pironolactona assemelhar-se quimica- Algumas substâncias químicas simples e hi-
mente aos hormônios esteroidais sexu- drofílicas, que são filtradas através do glo-
ais, ela apresenta pequena atividade mérulo, como o manitol e a uréia, promo-
hormonal e pode induzir ginecomastia vem algum grau de diurese. Isto se deve à
nos homens e irregularidades menstru- capacidade delas de carregar água consigo
ais nas mulheres. Por isso, este fármaco para o interior da luz tubular. Somente uma
não deve ser administrado em elevadas pequena quantidade de sais pode ser adi-
doses cronicamente. Ele é mais efici- cionalmente excretada. Em razão de os
ente quando utilizado em estados ede- diuréticos osmóticos serem usados para a
matoso moderado, administrados por obtenção de aumento na excreção de
poucos dias de cada vez. Em baixas do- água em vez de Na+, eles não são úteis
ses, a espironolactona pode ser usada para tratar condições em que ocorre re-
cronicamente com poucos efeitos ad- tenção de Na+. Os diuréticos osmóticos
versos. Podem ocorrer hipercalemia, são o principal meio de tratamento para
náusea, letargia e confusão mental. pacientes com pressão intracraniana au-
A. Triamtereno e amilorídeo: blo- mentada, ou insuficiência renal aguda, dro-
queiam os canais de transporte de gas tóxicas e traumatismos. O manitol só
Na+, disso resultando a diminuição da pode ser usado por via intravenosa, pois
troca Na+/ K+. Eles mostram ações não é absorvido se for administrado oral-
diuréticas poupadoras de K+ seme- mente.
lhantes às da espironolactona. Entre-
tanto, a capacidade destes fármacos
de bloquear o local de troca Na+/ K+
no túbulo coletor não depende da
presença de aldosterona. Eles como,
como a espironolactona, não são
diuréticos muito eficazes. Tanto o
grande componente de fibrina e
está associado à estase do sangue.
Hemostasia e trombose
• trombo pode ser desprender for-
A hemostasia, definida como a interrup- mando um embolo e alojar-se mais
ção da perda de sangue por vasos sanguí- adiante causando isquemia ou infarto.
neos lesados, é essencial a vida. Uma ferida
provoca vasoconstrição seguida de: A terapia farmacológica para promover a
hemostasia é raramente utilizada, entre-
• Adesão e ativação das plaquetas tanto no tratamento da trombose é am-
(formando um tampão que inter- plamente utilizada.
rompe o sangramento);
• Formação de fibrina; As drogas afetam a hemostasia e a
trombose de 3 maneiras:
A trombose é uma condição patológica 1. Ao modificar a coagulação sanguí-
decorrente da ativação inapropriada dos nea (formação de fibrina);
mecanismos hemostáticos, formando um 2. Ao modificar a função das plaquetas;
tampão no interior da vasculatura, não ha- 3. Ao afetar a remoção da fibrina (fibri-
nólise);
vendo sangramento.

São utilizadas quando existe defeito na


coagulação (deficiências genéticas de fa-
tores de coagulação – hemofilia) ou coa-
gulação indesejável (hepatopatia, deficiên-
cia de vitamina K ou terapia com anticoa-
Os trombos (in vivo) devem ser distingui-
gulante oral excessiva).
dos dos coágulos (in vitro) pois estes são
amorfos e consistem em uma rede de fi-
brina que “seqüestra as células sangüíneas”. É essencial para a formação dos fatores II,
Já os trombos: VII, IX e X. Todos estes fatores tem radicais
• Arterial (trombo branco): composto de ácido ϒ-carboxiglutâmico, a ϒ-carboxi-
de plaquetas e leucócitos no interior lação ocorre após a síntese da cadeia e a
de uma rede de fibrina, está associ- carboxilase tem a vitamina K como co-fa-
ado com a arteriosclerose, inter- tor.
rompe o fluxo sanguíneo causando
isquemia ou infarto, possui grande
componente plaquetário;
• Venoso (trombo vermelho): consiste -Via oral: necessita de sais biliares para ab-
em uma pequena cabeça branca e sorção;
uma grande cauda vermelha que
lembra uma geleia. Possui um
-Intramuscular ou intravenosa: prepa-
rado sintético hidrossolúvel, fosfato sódico
de menadiona, leva mais tempo para atuar; Atuam in vivo inibindo a redução da vita-
mina K, inibindo a ϒ-carboxilação dos radi-
- Indicações - tratamento ou prevenção cais de ácido glutâmico nos fatores I , VII, IX
de: e X.
• Sangramento devido ao Efeito tardio devido à meia-vida dos fato-
uso de agentes anticoagu- res, o primeiro a ser afetado é o fator VII
lantes orais (por ex.: varfa- com a meia-vida de 6 horas;
rina);
• Varfarina: administrada por via oral
• Doença hemorrágica do
sofre absorção rápida e completa
recém-nascido;
no trato gastrointestinal, possui pe-
queno volume de distribuição e liga-
• Deficiências de vitamina se fortemente à albumina plasmá-
K (por ex.: doença celíaca tica. O efeito farmacológico máximo
ou ausência de bile como ocorre após 48 horas.
na icterícia obstrutiva); O uso terapêutico da varfarina exige um
cuidadoso equilíbrio entre a administração
de uma dose muito pequena que não
afeta a coagulação e uma dose excessiva
As principais drogas usadas: que causa hemorragia.
• Trombo Branco: agentes antiplaque- Os anticoagulantes orais atravessam orais
tários (aspirina) e agentes fibrinolíti- atravessam a placenta e são teratogênicos.
cos (estreptoquinase);
• Trombo Vermelho: anticoagulantes
orais (por ex.: varfarina) e anticoagu- Doenças: hepatopatia interfere na síntese
lantes injetáveis (heparina e inibido- dos fatores de coagulação; Febre e tire-
res da trombina: hirudina) (Clopido- otoxicose, alta taxa metabólica, aumentam
grel: bloqueador irreversivel do re- os efeitos dos anticoagulantes aumentando
ceptor de ADP das plaquetas que é a degradação dos fatores.
fundamental na sua activação e
agregação)
1. Agentes que inibem o metabolismo
hepático das drogas: cimetidina, imi-
pramina, clorafenicol e muitos azóis
anti-fúngicos;
2. Drogas que inibem a função plaque-
tária: antiinflamatórios não
esteroidais; a aspirina aumenta o • As heparinas de baixo peso molecu-
risco de sangramento quando admi- lar possuem o mesmo efeito que a
nistrado junto com a varfarina; heparina sobre o fator X, porém
3. Drogas que deslocam a varfarina do exercem menos efeito sobre a
sítio de ligação na albumina: hidrato trombina, apresenta efeito coagu-
de cloral resulta no aumento da var-
lante semelhante à heparina, com
farina livre;
menor ação sobre a função plaque-
4. Drogas que inibem a redução da vi-
tamina K: cefalosporinas; tária;
5. Drogas que diminuem a disponibili- • São administradas por via subcutâ-
dade de vitamina K: antibióticos de nea ou VI, sendo rápido o início de
amplo espectro e sulfonamidas; sua ação. Administra-se uma dose
padrão (Kg/peso corporal) sem ne-
cessidade de monitorização ou
ajuste individual de dose.

Estado Fisiológico: hipotireoidismo (redu- Efeitos indesejáveis: hemorragia, tratada in-


ção da degradação dos fatores de coagu- terrompendo-se o tratamento e, se ne-
lação) ou gravidez (aumento da síntese cessário, administrando-se sulfato de pro-
dos fatores); tamina (antagonista da heparina);

1. Drogas que induzem as enzimas 1. Prevenção da trombose venosa (no


P450 hepáticas aumentam a degra- pré-operatório);
dação de varfarina: rifampicina e bar- 2. Prevenção da extensão da trom-
bitúricos; bose venosa profunda estabelecida
2. Drogas que reduzem a absorção: ou da recidiva da embolia pulmonar;
colestiramina; 3. Prevenção da trombose e embolia
em pacientes com fibrilação atrial;
4. Prevenção da trombose em válvulas
cardíacas protéticas;
Heparina e Heparinas de Baixo Peso 5. Prevenção da coagulação na circu-
lação extra corpórea (durante he-
Molecular modiálise);
É uma família de glicosaminoglicanos 6. Além disso, a heparina é usada na
sulfatados angina estável;

• Inibem a coagulação tanto in vivo


A heparina é utilizada na forma aguda para
quanto in vitro ativando a antitrom-
ação em curto prazo, enquanto a varfarina
bina III, um inibidor natural que inativa
é utilizada para terapia prolongada;
o fator Xa e a trombina;
• Para inibir a trombina a heparina se
liga à enzima e à antitrombina III;
o endotélio é capaz de sintetizar
maiores quantidades de enzimas, o
que não ocorre com as plaquetas. A
As plaquetas mantêm a integridade da cir-
síntese de TXA₂ só é recuperada
culação. O endotélio sadio impede a ade- com a formação de novas plaquetas.
são das plaquetas. Quando ativadas sofrem 2. Outros agentes antiplaquetários:
uma série de reações essenciais à hemos-
epoprestenol (protaciclina sintética),
tasia para a cicatrização de vasos lesados; ticlopidina e clopidogrel (que inibem
além disso possuem importância na infla- a expressão dos receptores GP
mação. IIb/IIIa em resposta ao ADP).
• As plaquetas aderem às áreas en-
fermas ou lesadas e tornam-se ati-
vadas, i.e, modificam sua forma ex-
pondo os fosfolipídios de carga ne- A principal droga é a aspirina. As indica-
gativa e receptores de glicoproteína ções estão relacionadas com a trombose
IIb/IIIa, e sintetizam e liberam media- arterial e incluem:
dores como o tromboxano (Tx) A₂
e ADP que estimulam a agregação
de outras plaquetas;
• A agregação implica formação de li-
gações através de ligação do fibrino-
gênio aos receptores GP IIb/IIIa nas
plaquetas adjacentes;
• As plaquetas ativadas constituem o
foco de localização para formação
da fibrina;
• Ocorre a liberação de fatores qui-
miotáticos e fatores de crescimento
necessários para o processo de re-
paro, mas que também estão impli-
cados na aterogenese.

Uma cascata fibrinolítica é iniciada conco-


1. Aspirina: inibe de modo irreversível mitantemente com a cascata da coagula-
a ciclooxigenase. O equilíbrio entre a ção, resultando na formação, dentro do
prostaciclina (um inibidor da agrega- coágulo, de plasmina, que digere a fibrina.
ção produzido pelo endotélio vascu-
lar) e o TXA₂ (um estimulante da Diversos agentes promovem a formação
agregação produzido pelas plaque- de plasmina a partir de seu precursor
tas) encontra-se alterado, visto que plasminogênico;
-Por ex.: a estreptoquinase e sua pró-
droga anistreplase (APSAC) e outros ati-
vadores do plasminogênio tecidual; Patologias mais frequentes do sistema di-
-A maioria pode ser infundida; gestório:

As principais drogas incluem a estreptoqui-


nase e os ativadores do plasminogênio te-
cidual e a indicação consiste em:

Principais causas:
Agentes protetores da mucosa
Proteção anti-ácida endógena:

• Após as refeições ocorre uma pro-


dução de ácido numa velocidade de
cerca de 45mEq/h;
• A administração de uma dose única
de 156mEq de antiácido, uma hora
Antiácidos após as refeições neutraliza de
modo eficaz, o ácido gástrico por
um período de cerca de duas horas;
• A relação dose-resposta é variável,
dependendo da capacidade de se-
creção ácida de cada indivíduo e da
velocidade com que o antiácido
abandona o estômago;
• São eficazes no auxílio à cicatriza-
ção da úlcera duodenal;

Atuam neutralizando quimicamente o


ácido. Como consequência, há formação
de um sal.
Consti-Capa- Sal for- Solubi- Efeitos
tuinte cidade mado dade adver- Cimetida: (USO PROLONGADO)
de do sal sos
neu- • Confusão Mental (idosos): Gine-
traliza-
comastia reversível;
ção
NaHCO3 Alta NaCl Alta Alca- • Aumento dos níveis de prolactina
lose, -> distúrbios do metabolismo de
reten- estrogênios em homens;
ção de
• Retardo do metabolismo micros-
líquidos
CaCO3 Mode- Cacl2 Mode- Hiper- somial hepático.
rada rada calce-
RANITIDA/FAMOTIDINA: (USO PROLON-
mia
Al(OH)3 Alta AlCl3 Baixa Consti- GADO)
pação,
Hipo- • Cefaléia em 34% dos usuários;
fosfa- Poucos efeitos adversos foram
temia, observados.
Adsor-
ção de OBS.: A combinação de H₂ e inibidor da
Fár- bomba de próton não é aceita, pois a
macos.
Mg Alta MgCl2 Baixa Diar-
bomba perde eficácia.
(OH)2 reia e
hiper-
mag- ATROPINA, PIRENZEPINA
nesiana
• MECANISMO: Bloqueio dos re-
ceptores muscarínicos presente
nas células parietais, levando a
Antagonistas dos receptores H2 diminuição da estimulação da
bomba de prótons H⁺/K⁺
CIMETIDINA, RANITIDINA, FAMOTIDINA (Fa-
ATPase.
mox®, Famodine®) • A Pirenzepina é mais seletiva, le-
• Reduzem em mais de 90% a secre- vando a menos efeitos colate-
ção de ácido gástrico noturna. Pro- rais.
movem a cicatrização de úlceras
gástricas e duodenais. Podem ser
administradas na forma de uma dose
• MECANISMO: Inibição irreversível
única ao deitar.
da bomba de prótons das células
• MECANISMO: Bloqueio dos recep-
parietais gástricas. A administração
tores histaminérgicos H₂, que leva à
de uma dose única diária é capaz
diminuição da estimulação da bomba
de inibir 100% de secreção de
de prótons H⁺/K⁺ ATPase. A secre-
ácido gástrico.
ção ácida é diminuída.
• TOXICIDADE: Em doses terapêuti-
cas não são observados efeitos ad-
versos. SUBSALICILATO DE BISMUTO, BISMUTATO DE
• USO PROLONGADO: Hipergastrine-
DICITRATO TRIPOTÁSSICO
mia e colonização bacteriana.
• MECANISMO: Ligam-se sele-
tivamente ao tecido necró-
tico da úlcera formando uma
barreira de proteção contra
OCTREOTIDA (ANÁLOGO DE SOMATOSTATINA) o ácido (filme). São obtidas
taxas de cicatrização eleva-
• MECANSIMO: Bloqueio dos re-
das. ALTO CUSTO!
ceptores de gastrina presentes
• TOXICIDADE: Raros casos de
nas células parietais, levando a
efeitos adversos. Encefalopa-
diminuição da estimulação da
tia.
bomba de prótons H⁺/K⁺
ATPase.
• TOXICIDADE: Ainda sob investi-
gação. MISOPROSTOL (Citotec®)
• MECANISMO: Aumento da
gastroproteção (produção de
Sucralfato muco) e diminuição da secre-
ção ácida.
• MECANISMO: É um dissaca- • TOXICIDADE: Diarréia dose-
rídeo sulfatado que se liga te- dependente e aborto (au-
cido necrótico da úlcera, for- mento da motilidade uterina).
mando uma barreira de pro- COMERIALIZAÇÃO PROIBIDA
teção contra o ácido. Tam- NO BRASIL.
bém adsorve sais biliares. Ad-
ministração de 1g 4x ao dia,
1h antes das refeições.
• Eficaz na cicatrização de úl-
ceras duodenais;
• Exige pH ácido para polimeri-
zação de suas moléculas
(pasta que adsorve prótons)
e, portanto, NÃO pode ser
administrado com antiácidos,
Antagonistas de H₂ e inibido-
res de bomba de prótons;
Antieméticos
Êmese e antieméticos
Êmese é o esvaziamento do estômago
em direção oposta ao normal. O piloro é
fechado, enquanto a cárdia e o esôfago (antagonista dopa-
relaxam de forma que, sob a tensão exer- minérgico)
cida pela musculatura abdominal e pelo di-
afragma, o conteúdo gástrico é impulsio- A Metoclopramida aumenta o peristaltismo do tra
nado pela boca. A entrada para a traquéia assim como o tônus esofagiano inferior e relaxa
é fechada pela epiglote. O vômito é prece- atividade anti-emética, provavelmente através de
dido em regra por uma fase de secreção mioreceptor bulbar, ou possivelmente por antago
salivar e bocejo. A coordenação do pro-
cesso é realizada pelo centro emético bulbar, O mecanismo de ação da Metoclopramida é pou
que pode ser excitado por diferentes estí- seja claramente um antagonista dopaminérgico e
mulos. Eles podem ser provenientes dos gastrintestinais causados pela administração local
órgãos de equilíbrio, dos olhos, nariz, língua, paminérgicos.
ou de terminações nervosas sensoriais na mu-
cosa do trato digestivo superior. Além des- Um procinético, isto é promove o esvazia-
ses, podem ativar o centro emético estí- mento do conteúdo do estômago, melho-
mulos psíquicos. A cinetose (mareio, doença rando a sensação de empachamento.
do mar ou enjôo de viagem) e a êmese ges- Além disso, ajuda a evitar o refluxo ácido
tacional não tem seus mecanismos escla- do estômago, reduzindo o sintoma de
recidos. queimação. A bromoprida tem também
uma propriedade farmacológica antiemé-
Tratamento anti-emético.
tica, melhorando o mal-estar global relacio-
A êmese pode ser uma reação justificável nado a náuseas e vômitos.
do organismo, por ex.: na ingestão oral de
A bromoprida tem ação similar à metoclo-
substância tóxica. Os anti-eméticos são
pramida, porém os estudos não elucidaram
usados no caso de cinetose, êmese gesta-
ainda o verdadeiro potencial desse medi-
cional, obstrução gastrointestinal, úlcera, in-
camento.
farto do miocárdio, insuficiência renal, he-
patite, na prevenção do vômito causado
por medicamento e da êmese pós-opera- O mecanismo ocorre pelo aumento da li-
tória, bem como no caso de utilização de beração fisiológica de acetilcolina nível do
radiações ionizantes. plexo mioentérico. O Cisaprida não esti-
mula os receptores muscarínicos ou
nicotínicos, nem inibe a atividade da acetil- • Fenolftaleína e Bisacodil: são estimu-
colinesterase. No geral ocorre um au- lantes peristálticos do cólon;
mento na motilidade gastrointestinal. (ago-
nista de 5-HT ou serotonina)

Antagonista da serotonina.
• Colóides Hidrofílicos: é formado a
partir da parte não-digerível das fru-
tas, vegetais e sementes, formando
(Fenergan®) géis no intestino grosso, distendendo
o intestino, com conseqüente estí-
mulo de sua atividade peristáltica.

• São sais não absorvíveis que retém


(Caladryl®, Dramin®) água no intestino por força osmótica
e provocam distensão.


É um dissacarídeo sintético que não
é absorvido, atuando como laxativo
osmótico

(Buscopan ®): antagonista mus-


carínico (M3). Relaxa a musculatura lisa do
• Óleo Mineral e Glicerina: são agen-
trato gastrointestinal.
tes que se tornam emulsificados
com as fezes servindo para amo-
lecê-las e facilitando seu trânsito.

• Óleo de Rícino: é hidrolisado em


• LOPERAMIDA, DIFENOXILATO: ago-
ácido ricinoléico, um irritante local
nista dos receptores ,,. (constipa-
que aumenta a motilidade intestinal;
ção)
• Inibição da liberação de acetilcolina
através de receptores opióides pré-
• Cáscara Sagrada, Sene, Aloés: con- sinápticos localizados no sistema
têm alcalóides da emodina que esti- nervoso entérico;
mulam o peristaltismo;
I. INTRODUÇÃO
• Não causa sedação porque não A angina pectoris é dor torácica caracte-
atravessa a Barreira Hematoencefá- rística causada por insuficiência de fluxo
lica; coronário para a demanda de oxigênio do
miocárdio. O desequilíbrio entre o aporte e
a utilização do oxigênio pode resultar do
espasmo da musculatura lisa vascular ou da
• CAULIM E PECTINA obstrução dos vasos sanguíneos causada
• Se ligam quimicamente às toxinas in- por lesões ateroscleróticas. A angina se ca-
testinais racteriza por dor retroesternal em pres-
• Também adsorvem medicamentos; são, súbita e intensa, a qual se irradia para
o braço esquerdo. Para o tratamento de
pacientes portadores de angina estável,
são úteis três classes de fármacos, quer
isolado ou em associação: nitratos, -blo-
queadores e bloqueadores de canal de cál-
cio. Os nitratos diminuem a vasoconstrição
ou espasmo coronariano e aumentam a
perfusão do miocárdio através do relaxa-
mento das artérias coronarianas. Os -blo-
queadores diminuem a demanda de oxigê-
nio do coração. A angina variável (também
chamada de angina de Prinzmetal), causada
por espasmo coronariano espontâneo,
tanto em repouso, como em esforço, ao
contrário, aumenta as necessidades de oxi-
gênio pelo miocárdio e é controlada por
nitratos orgânicos ou bloqueadores de ca-
nal de cálcio, estando os -bloqueadores
contra-indicados.
II. NITRATOS ORGÂNICOS
Os nitratos (e nitritos) são simples és-
teres dos ácidos nítrico e nitroso de
álcoois. Eles diferem em sua volatili-
dade: por exemplo, o dinitrato de isos-
sorbida é sólido em temperatura am-
biente; a nitroglicerina é somente mo-
deradamente volátil; enquanto o
nitrato de amilo é extremamente vo- das grandes veias, resul-
látil. Estes compostos causam rápida tando no aumento do con-
redução na demanda de oxigênio pelo teúdo venoso. Isto diminui a
miocárdio, seguindo-se o imediato alí- pré-carga (o retorno ve-
vio dos sintomas. Eles são efetivos nas noso ao coração) e reduz o
anginas estáveis e instáveis, bem trabalho do coração. Em se-
gundo lugar, a nitroglicerina
como na angina de Prinzmetal ou an-
dilata os vasos coronarianos,
gina pectoris variante. promovendo aumento de
A. Nitroglicerina suprimento sangüíneo para
Os nitratos, os -bloqueadores e o músculo cardíaco. A nitro-
os bloqueadores de canal de cálcio glicerina promove diminui-
são igualmente úteis no alívio dos ção do consumo de oxigê-
sintomas anginosos. Entretanto, nio pelo miocárdio porque
diminui o trabalho cardíaco.
para o rápido alívio de uma crise
3. Farmacocinética: O tempo
de angina que se inicia, precipitada
para o início da ação varia
por esforço (estresse) de exercí-
de um minuto para a nitro-
cio ou emocional, o fármaco de glicerina a mais de uma hora
escolha é a nitroglicerina em uso para o monitrato de isossor-
(via) sublingual (ou na forma de bida. Ocorre importante
spray). metabolismo de primeira
1. Mecanismo de Ação: Acredita- passagem pelo fígado com
se que os nitratos orgâni- a nitroglicerina. Assim, é co-
cos, como a nitroglicerina, mum administrar-se o fár-
maco por via sublingual ou
relaxem a musculatura lisa
través de contato transdér-
dos vasos através de sua
conversão intracelular a mico.
íons nitritos, então, a óxido 4. Efeitos Adversos: O mais co-
nítrico (NO), que por sua mum efeito adverso da ni-
vez ativa a guanilato-ciclase troglicerina, assim como de
e aumenta o GMPc das cé- outros nitratos, é a cefaléia.
lulas. Por fim, a elevação do Trinta e seis por cento dos
GMPc promove a desfosfo- pacientes que recebem te-
rilação de cadeia leve da mi- rapia intermitente com ni-
osina, o que resulta no rela- tratos, como agentes de
xamento da musculatura lisa longo prazo, desenvolvem
dos vasos. cefaléias. Elevadas doses de
2. Efeitos sobre o sistema cardio- nitratos orgânicos também
vascular: Em doses terapêu- podem causar hipotensão
postural,rubor facial e taqui-
ticas a nitroglicerina apre-
cardia.
senta dois efeitos principais.
Primeiro, promove dilatação
5. Tolerância: Desenvolve-se
rapidamente tolerância às A insulina é uma pequena proteína que
ações dos nitratos. Isto pode
contém aminoácidos dispostos em duas
ser contornado através de
cadeias (A e B) unidas por ligações dissul-
“intervalo livre de nitrato” di-
ário, com o intuito de res- feto.
taurar a sensibilidade ao fár-
maco. Este intervalo é usu-
almente de 6 a 8 horas, em A insulina é liberada das células  pancreá-
geral à noite, pela menor ticas em baixa velocidade no estado basal
demanda do coração nesse e numa velocidade muito mais alta em res-
período. As aplicações por posta a estímulo.
contato transdérmico são
úteis por 12 horas e removi-
das a cada 12 horas. Entre- A hiperglicemia aumenta os níveis de ATP,
tanto, a angina de Prinzme- que fecham canais de K+ ATP dependen-
tal ou variante piora no início tes. Desta forma, há uma diminuição do
da manhã, talvez ao ciclo efluxo de e ocorre despolarização da cé-
circadiano das catecolami- lula  e abertura dos canais de cálcio vol-
nas. Nestes pacientes, o “in- tagem dependente. O aumento do cálcio
tervalo livre de nitrato” po- intracelular desencadeia a secreção do
derá ocorrer no final da
hormônio.
tarde.
B. Dinitrato de Isossorbida
O dinitrato de isossorbida é ativo
por via oral. O fármaco não é ra-
pidamente metabolizado pelo fí-
gado ou músculo liso e mostra
menor potência que a nitroglice-
rina para relaxar a musculatura lisa
dos vasos.

• Insulina de ação rápida (Regular): é


um complexo de insulina-zinco cris-
talino em solução transparente em
pH neutro.
• Insulina lenta e ultra-lenta: mistura de As sulfoniluréias ligam-se a um receptor
30% de insulina e 70 % de ultralenta. específico que fecha um canal de K+, o
Objetivo: obter absorção rápida que provoca despolarização. A despolariza-
com ação prolongada. Possui cor ção abre um canal de Cálcio voltagem de-
suspensões turvas em pH neutro. pendente, ocorrendo influxo de cálcio e li-
(Humulin U). beração de insulina.
• NPH (Protamina Neutra Hagedorn) A
insulina NPH possui ação intermediá- Uso Clínico: Diabetes Mellitus tipo II (dieta e
ria, cujo início é retardado, por causa exercícios não foram suficientes para con-
da protamina. Após a injeção subcu- trolar a glicemia)
tânea, as enzimas proteolíticas de-
gradam a protamina, permitindo a Clopropramida (Diabinese) e a Glimepirida
absorção de insulina. (Amaryl) possuem meia-vida muito longa
e devem ser dadas em dose única de ma-
nhã.

Sulfoniluréias Farmacocinética: Bem absorvidos via oral,


90% ligam se as proteínas plasmáticas, são
metabolizadas no fígado e excretadas na
urina e nas fezes.
Administração junto com alimento retarda
o efeito hipoglicemiante. Devem ser dadas
30 min antes das refeições.
Efeitos adversos: Hipoglicemia é o efeito ad-
verso mais grave e mais frequente (risco
maior em idosos e má insuficiência renal
ou hepática)

Mecanismo de ação:
A metformina (Glifage) é a droga de es-
1) Liberação de insulina pelas células  colha para pacientes com Diabetes Mellitus
2) Redução dos níveis séricos de gluca-
tipo II, obesos ou com sobrepeso, especi-
gon
almente quando são portadores de dislipi-
3) Efeito extrapancreático, potenciali-
demias onde a dieta e exercícios não são
zando a ação da insulina nos tecidos
alvos suficientes para controle.
Mecanismo de ação: Aumenta a sensibili-
dade à insulina nos tecidos hepáticos e
muscular. No fígado diminui a gliconeogê-
nese e a glicogenólise e nos músculos au-
menta a síntese de glicogênio.
A metformina também diminui os níveis Aumentam a captação de glicose no te-
séricos de triglicerídeos e aumentam os ní- cido muscular e nos adipócitos.
veis de HDL.
Rosiglitazona 4 e 8 mg (Avandia)
Farmacocinética: A metformina é absor-
Proglitazona
vida no intestino delgado, não se liga à pro-
teína plasmática e é eliminada intacta na Farmacocinética: Metabolizadas no fígado
urina pelos rins. e excretadas na urina e nas fezes.
Efeitos adversos: Gastrointestinais principal- Efeitos adversos: Risco de toxicidade hepá-
mente a anorexia. Náusea, vômitos, diarreia tica. Há necessidade de avaliação periódica
e desconforto abdominal em até 20% dos das transaminases hepáticas. (ALT e AST)
pacientes. Uso clínico: As glitazonas são opção
quando houver resistência à insulina e con-
 tra-indicações à metformina.

Acarbose (Glucobay)
Indicado para diabetes Mellitus tipo II em
que predomina a hiperglicemia pós-prandial.
Mecanismo de ação: IInibe a ação de enzi-
mas glicosidase da parede intestinal re-
tardando a digestão e absorção de carboi-
dratos mais complexos e reduzem a en-
trada de glicose em circulação. Reduzem a
glicemia pós-prandial.
Farmacocinética: A Acarbose não é ab-
sorvida e não causa má absorção nas do-
ses usuais.
Efeitos Adversos: Aerocolia (acúmulo de ar
no cólon), desconforto abdominal, diarréia
e flatulência. Os efeitos diminuem com o
tempo de uso e podem ser reduzidos com
administração de doses gradativas.
Contra-indicações: Contra-indicado para
pacientes com doença gastrointestinal,
gravidez e lactação.
Os fungos apresentam uma parede celular A resistência ao fármaco é rara, mas pode
mais rígida e uma membrana celular con- ocorrer. Os efeitos adversos da anfoteri-
tendo ergosterol, freqüentemente causam cina são a razão do seu apelido “anfo-ter-
infecções crônicas e são resistentes a to- rível”. O principal efeito adverso é a dimi-
dos os antibióticos. nuição da capacidade renal (que é atenu-
As infecções fúngicas, ou micoses, podem ada pela administração prévia de sódio).
ser superficiais, subcutâneas ou sistêmicas. Outros efeitos são febre e calafrios, hipo-
A ocorrência de micoses sistêmicas de di- tensão, anemia, tromboflebite e neurotoxi-
fícil tratamento e que normalmente amea- cidade.
çam a sobrevivência – está aumentando
devido à existência de um maior número
• Os antifúngicos azólicos impedem a
de pacientes imunocomprometidos, como
síntese de ergosterol na membrana
portadores de HIV, câncer e aqueles sub-
celular do fungo.
metidos a transplantes de órgãos.
• O fluconazol combate C. albicans,vá-
Entre os patógenos fúngicos oportunistas rias espécies de Cândida não-albi-
mais notáveis estão Cândida albicans e cans e C. neoformans ,mas não Cân-
não-albicans, Aspergillus, Cryptococcus e dida krusei ou Aspergillus.
espécies zigomicetos. Os fármacos utiliza- • O Itraconazol apresenta excelente
dos no tratamento de infecções fúngicas atividade anticândida ; é mais eficaz
sistêmicas incluem anfotericina B, deriva- do que o fluconazolno combate a
dos azólicos, caspofungina e voriconazol. H.capsulatum, Sporothrix schenckii e
B. dermatitidis,sendo fungistáticos
contra Aspergillus.
ANFOTERICINA B
• O Voriconazol apresenta grande ati-
A Anfotericina B liga-se ao ergosterol na vidade contra Cândida,é fungicida
membrana plasmática do fungo, interfe- contra Aspergillus e é ativo contra
rindo no funcionamento e causando a Fusarium e contra Scedosporium
morte celular. Esse fármaco é ativo contra apiospermum.
a maioria das espécies, incluindo Crypto- • O Cetoconazol Tratamento de can-
coccus neoformans, C. albicans, Sporo- didíase oral, esofagiana, cutânea e
trichum, Blastomyces dermatitidis, Histo- vulvovaginal, dermatofitoses, pitiríase
plasma capsulatum, Coccidioides immitis e versicolor, histoplasmose, esporotri-
Aspergillus fumigatus. Em geral, é reser- cose, paracoccidioidomicose.
vado para as infecções que ameacem a
OS EFEITOS ADVERSOS
sobrevivência (p. ex., meningite criptocó-
cica, histoplasmose, candidíase disseminada, Função hepática anormal(fluconazol),
coccidioidomicose, blastomicose norte- edema periférico, agravo da insuficiência
americana, aspergilose e esporotricose). cardíaca congestiva (Itraconazol),
hepatotoxicidade (Cetoconazol) e toxici- O₂ para o feto. A ergometrina não
dade ocular temporária (Voriconazol). é usada terapeuticamente.
Interações farmacológicas: Os azólicos ini- • O derivado semi-sintético metilergo-
metrina é usado apenas para a ex-
bem o metabolismo de certos fármacos
pulsão fetal, em casos de contra-
(p. ex., sulfoniluréias, varfarina, digoxina, ci-
ções uterinas insuficientes.
closporina e tacrolimus); os níveis séricos
• A Ergotamina bem como os alcalói-
de azólicos são reduzidos por outros fár-
des ergocristina, ergocriptina e er-
macos (p. ex., rifampicina, isoniazida e car-
gocornina afetam principalmente os
bamazepina).
vasos. Conforme o tempo de atua-
ção, podem induzir a constrição ou
a dilatação. O mecanismo de ação
não está claro, parece um efeito
agonista parcial sobre receptores 
é importante.
• A ergotamina é usada no trata-
mento da enxaqueca. Em vista disso,
seu derivado diidroergotamina é
usado também no tratamento de
distúrbios ortotásticos.

• DESOGESTREL: Sangramento irregular


e confiabilidade reduzida poderão
ocorrer quando os anticoncepcionais
forem administrados concomitante-
mente com outros medicamentos,
como os anticonvulsivantes, barbitú-
ricos, antibióticos (por exemplo: am-
picilina, tetraciclina, rifampicina, etc.) e
determinados laxantes.
Os alcalóides do esporão do centeio:
Em diabéticas, os anticoncepcionais podem
• A ergometrina atua especialmente diminuir a tolerância à glicose e aumentar
sobre o útero, determinando uma as necessidades de insulina ou outros me-
contração prolongada da muscula- dicamentos antidiabéticos.
tura uterina. Isso reduz rigorosa- Os anticoncepcionais orais podem interfe-
mente o fluxo sangüíneo para a pla- rir no metabolismo oxidativo do diazepam
centa e, com isso, o suprimento de
e clordiazepóxido, provocando acumulação
plasmática dos mesmos.
Psico significa nosso psiquismo (o que sen-
• GESTODENO: Barbitúricos, fenilbuta-
timos, fazemos e pensamos, enfim o que
zona, hidontoína, rifampicina, primi-
dona, carbamazepina, griseofulvina, cada um é). Trópico significa "ter atração
que são indutores de enzimas hepá- por". Então psicotrópico significa atração
ticas podem reduzir o efeito contra-
ceptivo. Antibióticos incluindo ampici- pelo psiquismo e drogas psicotrópicas são
lina e tetraciclina pode reduzir a efi- aquelas que atuam sobre o nosso cérebro,
cácia dos contraceptivos orais por
alterando de alguma maneira o nosso psi-
causar alterações da flora intestinal.
Mulheres recebendo indutores de quismo.
enzimas hepáticas ou antibióticos de
amplo espectro devem utilizar con- As drogas psicotrópicas podem ser classi-
comitantemente métodos contra- ficadas em três grupos, de acordo com a
ceptivos de barreira (por ex. preser-
vativo feminino ou diafragma mais atividade que exercem junto ao nosso cé-
espermicida). rebro
O uso de contraceptivos orais pode influ-
enciar no resultado de alguns testes labo-
ratoriais, incluindo parâmetros bioquímicos
hepáticos, da tireóide, adrenal e função re-
nal, níveis plasmáticos da fração lipídio/lipo-
protéica, parâmetros de coagulação.
• Pílula o dia Seguinte (Levonorgestrel
0,75 mg): Deve ser tomada em até
72h após a relação sexual
Eficácia: 24h 95%; 48h 50%; 72h 25%
Outra classificação: Estimulantes da Atividade do SNC

• Anorexígenos (diminuem a fome).


Principais drogas pertencentes a
essa classificação são as anfetaminas
Ex.: dietilpropriona, femproporex,
etc;
• Cocaína

Perturbadores da Atividade do SNC:

De origem vegetal:

• mescalina (do cacto mexicano)


• THC (da maconha)
• psilocibina (de certos cogumelos)
• lírio (trombeteira, zabumba ou saia
branca)

De origem sintética:

As principais drogas psicotrópicas, e que • LSD-25


são usadas de maneira abusiva, de acordo • "Êxtase"
com a classificação mencionada aqui, estão
relacionadas abaixo:
As anfetaminas são drogas estimulantes
Depressores da Atividade do SNC
da atividade do sistema nervoso central,
• Álcool; isto é. fazem o cérebro trabalhar mais
• Soníferos ou hipnóticos (drogas que depressa, deixando as pessoas mais
promovem o sono) barbitúricos, al- "acesas", "ligadas" com "menos sono",
guns benzodiazepínicos "elétricas" etc.
• Ansiolíticos (acalmam, inibem a ansi- A anfetamina é um agonista dos re-
edade). As principais drogas perten- ceptores para noradrenalina e dopa-
centes a essa classificação são os mina no sistema nervoso central.
benzodiazepínicos. Ex.: diazepam, lo-
razepam etc A anfetamina e seus análogos atuam
• Opiáceos ou narcóticos (aliviam a (em potências variáveis, de acordo
dor e dão sonolência). Ex morfina, com a estrutura) como aminas simpa-
heroína, codeína, meperidina etc; tomiméticas nos receptores alfa e
• Inalantes ou solventes (colas,tintas beta adrenérgicos.
removedores, etc)
As anfetaminas aumentam a liberação
de catecolaminas, e inibindo a monoa-
mino-oxidase.
É chamada de rebite principalmente Efeitos adversos: Comportamento mais
entre os motoristas que precisam dirigir agressivo, irritadiço, começa a suspeitar
durante várias horas seguidas sem des- de que outros estão tramando contra ela:
canso, a fim de cumprir prazos pré-de-
e o chamado delírio persecutório. Depen-
terminados. Também é conhecida
dendo do excesso da dose e da sensibili-
como bolinha por estudantes que pas-
sam noites inteiras estudando, ou por dade da pessoa pode aparecer um ver-
pessoas que costumam fazer regimes dadeiro estado de paranóia e ter até alu-
de emagrecimento sem o acompanha- cinações. É a psicose anfetamínica.
mento médico.

Efeitos adversos: Alguns dos principais


efeitos do abuso dos esteróides anaboli-
zantes são: tremores, acne severa, reten-
ção de líquidos, dores nas juntas, au-
mento da pressão sanguínea, HDL baixo
(a forma boa do colesterol), icterícia e tu-
mores no fígado. Além desses, aqueles
que se injetam ainda correm o perigo de
compartilhar seringas e contaminar-se
com o vírus da AIDS ou hepatite.

Outros efeitos: Além dos efeitos mencio-


nados, outros também graves podem
ocorrer:
No homem: os testículos diminuem de ta-
manho, a contagem de espermatozoides
é reduzida, ocorre a impotência, infertili-
dade, calvície, desenvolvimento de ma-
mas, dificuldade ou dor para urinar e au-
mento da próstata.

Na mulher: crescimento de pelos faciais,


alterações ou ausência de ciclo menstrual,
aumento do clitóris, voz grossa, diminuição
de seios.

No adolescente: maturação esquelética pre-


matura, puberdade acelerada levando a um
crescimento raquítico.

O abuso de anabolizantes pode causar


ainda uma variação de humor incluindo
agressividade e raiva incontroláveis que minutos; um túnel com 10 metros de com-
podem levar a episódios violentos. primento pode parecer ter 50 ou 100 me-
tros.
Esses efeitos são associados ao número
de doses semanais utilizadas pelos usuários Perda de memória: Mecanismo de ação:
um receptor específico para os canabinói-
des no cérebro. Existem ligantes endóge-
nos para esse receptor, os endocanabi-
A maconha é o nome dado aqui no Brasil nóides.
a uma planta chamada cientificamente de
Cannabis Sativa. Em outros países ela re-
cebe diferentes nomes como os mencio- Os psicoestimulantes, tais como a anfeta-
nados no título deste folheto. Ela já era co- mina e a fencanfamina, aumentam a libe-
nhecida há pelo menos 5.000 anos, sendo ração de DA e NA. Os antipsicóticos anta-
utilizada quer para fins medicinais quer para gonizam receptores dopaminérgicos cen-
"produzir risos". trais, com ação preferencial por recepto-
res D2 (clorpromazina, haloperidol, flufena-
Para bom entendimento é melhor dividir os
zina, olanzapina, risperidona) ou D4 (cloza-
efeitos que a maconha produz sobre o ho-
pina), além de bloquearem receptores 5-
mem em físicos (ação sobre o próprio
HT2A (ex. risperidona, olanzapina).
corpo ou partes dele) e psíquicos (ação
sobre a mente).

Os efeitos físicos agudos: olhos avermelha- O lítio exerce várias ações bioquímicas,
dos (hiperemia das conjuntivas), boca seca tais como a inibição da liberação (depen-
(xerostomia) e taquicardia. dente de cálcio) de certos neurotransmis-
sores (ex. NA e DA), o bloqueio da for-
Os efeitos psíquicos: sensação de bem-es- mação do fosfatidilinositol, através da inibi-
tar acompanhada de calma e relaxamento, ção da enzima inositol monofosfatase, e a
sentir-se menos fatigado, vontade de rir modificação das respostas mediadas pelo
(hilaridade). Para outras pessoas os efeitos sistema adenilatociclase e AMPc.
são mais para o lado desagradável: sentem
angústia, temerosas de perder o controle
da cabeça, trêmulas, suando.

Há ainda evidente perturbação na capaci-


dade da pessoa em calcular tempo e espaço
e um prejuízo na memória e atenção. As-
sim sob a ação da maconha a pessoa erra
grosseiramente na discriminação do
tempo tendo a sensação que se passaram
horas quando na realidade foram alguns
* TM - Se houver insuficiência cardíaca,
renal crônica e DM.
Classificação do Risco Individual dos Paci-
** TM – Se houver múltiplos fatores de
entes e Função da Presença de Fatores de
risco.
Risco de Lesão em Órgão-alvo.

Decisão terapêutica, Segundo Risco e


Pressão Arterial
A B C
Normal/ Limí- MEV MEV MEV*
trofe
(130-139/85-
89)
Estágio 1 MEV MEV** TM
(140-159/90- (até 12 (até 6 me-
99) meses) ses)
Estágio 2 e 3 TM TM TM

(160/100)
capacitância) e o coração. Um quarto lugar
anatômico de controle, o rim, contribui
para a manutenção da PA regulando o vo-
A HIPERTENSÃO ARTERIAL (HA) é defi- lume de líquido intravascular. Mediados por
nida como a pressão sangüínea diastólica nervos simpáticos, os barorreflexos atuam
permanentemente aumentada, acima de em combinação a mecanismos humorais,
90mmHg e acompanhada por elevação na incluindo o sistema renina-angiotensina-al-
pressão sangüínea sistólica (>140 mmHg). dosterona, coordenando a função nesses
A prevalência varia com a idade, a raça, e quatro locais de controle e mantendo a PA
educação e muitas outras variáveis. normal.

 FATORES DE RISCO: o hábito de fumar,


hiperlipidemia, diabete, doença renal e NEGROS
um histórico familiar. Evidências epide-
miológicas indicam que o estresse psi- • Prevalência elevada
cológico e fatores ambientais e da dieta • Maior gravidade, particularmente
(maior ingestão de sal e menor de cál- quanto à incidência de acidente vas-
cio) contribuem para o aumento da Hi- cular cérebro vascular e insuficiência
pertensão Arterial. renal crônica.
 CONSEQUÊNCIAS: A HIPERTENSÃO ARTE- • Diuréticos têm eficácia aumentada.
RIAL elevada por um período longo da- Outras drogas são os bloqueadores
nifica os vasos sangüíneos renais, cardí- de canal de cálcio e os alfas bloque-
acos e cerebrais e leva a uma incidência adores.
maior de insuficiência renal, coronario-
• Menor eficácia dos IECA e dos be-
patias e acidentes vasculares cerebrais.
tabloqueadores.
Quanto maior o grau de elevação da
PA, maiores os riscos ou danos aos ór- IDOSOS
gãos-alvo.
• Cerca de 65% dos idosos são hiper-
tensos, e entre as mulheres com
mais de 75 anos a prevalência de
HA pode chegar a 80%.
PA = DC X RVP CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Onde temos: • Prevalência de HA, nessa faixa etária
DC= Débito Cardíaco (1 a 18 anos) entre 6% e 8%
• É alterada quando tem Diabetes Me-
RVP= Resistência Vascular Periférica litos ou problemas renais.
A PA é mantida pela regulação de mo-
mento a momento do DC e da RVP, exer-
cida em três locais anatômicos: arteríolas,
vênulas pós-capilares (vasos de
O propranolol inibe a estimulação da
produção de renina pelas catecolaminas
A terapia anti-hipertensiva depende neces- (mediada pelos receptores 2). É pro-
sariamente de interferir nos mecanismos vável que o efeito do propranolol se
fisiológicos que regulam normalmente a deva em parte à depressão do sistema
pressão arterial, pois geralmente ela não é renina-angiotensina-aldosterona.
dirigida a uma causa específica. Farmacocinética: Sofre intensamente o
a) DROGAS PARASSIMPATICO- metabolismo hepático de primeira passa-
MIMÉTICAS: São drogas que gem. Este efeito proeminente é parcial-
abaixam a pressão arterial re- mente responsável pela variabilidade nas
duzindo a RVP, inibindo a fun- doses necessárias para os efeitos clinica-
ção cardíaca e aumentando o mente úteis.
acúmulo venoso de sangue
nos vasos de capacitância. Es- Meia-vida é de 3-6 horas.
tes dois últimos efeitos dedu- Dose: 80mg/dia em doses fracionadas. Po-
zem o débito cardíaco. dendo variar entre 80 a 480mg/dia.
Relação Entre Mecanismo de Ação e
Efeitos Adversos:

Propranolol – droga bloqueadoras dos re- ➢ O bloqueio dos receptores de 2 no


ceptores . músculo liso brônquico pode ocasio-
nar um aumento da resistência nas
Indicação: vias aéreas, especialmente em paci-
entes portadores de asma (bronco-
• No tratamento da hipertensão leve
constrição).
e moderada.
➢ Os -bloqueadores provocam dimi-
• Para impedir a taquicardia reflexa nuição da glicogenólise e redução da
que ocorre em conseqüência do secreção de glucagon. Os bloquea-
tratamento com vasodilatadores di- dores atenuam a resposta fisiológica
retos. normal à hipoglicemia.
• No tratamento de angina pectoris. ➢ Vasoconstrição periférica reflexa.
➢ Aumento da retenção de Na+: de-
Mecanismo e local de ação: vido a diminuição da perfusão renal
➢ Antagoniza a ação das catecolami- o que leva ao aumento da retenção
nas tanto nos receptores 1 com 2 de Na+ e aumento do volume plas-
adrenérgicos. A PA baixa principal- mático. Neste caso, a droga deve
mente devido a uma diminuição do ser associada a um diurético.
DOC associada a bradicardia (efeito ➢ Aumento do risco de coronariopa-
cronotrópico e inotrópico negativo). tias: o uso crônico de -bloqueado-
res foi associado ao aumento das
concentrações plasmáticas do
colesterol VLDL e à diminuição das passagem. (TEMPO DE ½:
concentrações de HDL. Menor ra- 3-4 horas).
zão entre HDL/LDL. • Terazosina – TEMPO DE ½
= 12 horas, sofre muito
pouco metabolismo hepático
de primeira passagem.
• Doxazosina – TEMPO DE ½
= 22 horas.

• Prazosin = Dose inicial baixa


de 3x ao dia para evitar a hi-
potensão postural e a sín-
cope. A dose pode ser au-
mentada para 20 ou 30
mg/dia. Cuidados com o
efeito de primeira dose.
• Terazosina = 5-20 mg/dia.
• Doxazosina = 1 mg/dia e au-
mentado-se gradativamente
até 4 mg/dia ou mais.

• Congestão Nasal: aumento


 de secreção
• Taquicardia reflexa: É um
A prazosina, terazosina e doxazosina pro- reflexo da vasodilatação e da
duzem grande parte de seu efeito anti-hi- diminuição da RVP (resistên-
pertensivo bloqueando os receptores 1 cia vascular periférica) cau-
em arteríolas e vênulas (dilata tanto os sada pela droga. Como o re-
vasos de resistência quanto os de capaci- torno venoso também dimi-
tância) o que pode explicar por que esses nui, o coração compensa au-
fármacos produzem menos taquicardia mentando os batimentos
reflexa. cardíacos causando a taqui-
cardia reflexa, não ocorre ini-
bição de 1.
• O Prazosin é bem absor- • Efeito da 1ª dose: pode causar
vido, mas sofre intensa- hipotensão ortotástica ou
mente o metabolismo he- postural severa levando ao
pático de primeira desmaio, para evitar
recomenda-se tomar ⅓ da o coração que o VERAPAMIL. O DILTIA-
dose sempre ao deitar na 1ª ZEM mostra melhor perfil em relação aos
semana. efeitos adversos.
3.: NIFEDIPINA (Adalat), AMLODIPINA, FELO-
DIPINA, ISRADIPINA, NICARPIDINA e NISOLDI-
B) VASODILATADORES DIRETOS – PINA. mostram maior afinidade com os ca-
Drogas que reduzem a pressão por nais de cálcio vasculares que com os car-
relaxarem o músculo liso vascular, di- díacos. São, assim, particularmente interes-
latando assim os vasos de resistência santes no tratamento da hipertensão.
e em grau variável a capacitância.
OBS.: -Provoca CEFALÉIA PULSÁTIL de-
vido a vasodilatação dos vasos cerebrais,
levando ao aumento da pressão intracrani-
Os bloqueadores de canal de cálcio estão ana.
recomendados quando agentes de pri-
• Edema de tornozelo = devido a va-
meira linha estão contra-indicados ou são
sodilatação ocorre quando o cliente
ineficazes. Apesar de seu amplo uso, não
tem úlcera vericosa;
está claro o efeiot desta terapia antihiper-
• Fushing= vermelhidão cutânea de-
tensiva na prevenção das moléstias asso-
vido a vasodilatação.
ciadas.
• Taquicardia Reflexa;
• AVE (DVE) = para não ocorrer o
DVE a queda da pressão deverá ser
1. O VERAPAMIL é o bloqueador de canal se- gradativa, pois a vasodilatação au-
letivo e apresenta efeitos significativos menta a pressão intracraniana.
tanto nas células cardíacas, quanto nas cé- AÇÕES: A concentração intracelular de
lulas da musculatura lisa dos vasos. É usado cálcio desempenha importante papel na
no tratamento de angina, taquiarritmias su- manutenção do tono da musculatura lisa
praventriculares e enxaqueca. e na contração do miocárdio. O Cálcio
OBS.:O Verapamil não é indicado para Hi- penetra nas células através musculares
pertensão Arterial e Insuficiência Cardíaca através de canais de cálcio voltagem-de-
Congestiva por ser uma droga não seletiva pendentes especiais. Isto dispara a libera-
bloqueia os canais de Ca+ do Miocárdio ção de cálcio do retículo sarcoplasmático
causando Inotropismo negativo diminuindo e da mitocôndria, o que aumenta a seguir
a força de contração. o nível citosólico de cálcio. Os antagonis-
tas do canal de cálcio bloqueiam o movi-
2. O DILTIAZEM altera tanto as células cardí-
mento de entrada do cálcio ligando-se
acas, como as da musculatura lisa dos va-
aos canais de cálcio do tipo L no coração
sos; entretanto, ele apresenta efeito ino-
e na musculatura lisa das coronárias e dos
trópico negativo menos pronunciado sobre
vasos periféricos. Isto causa relaxamento
da musculatura lisa dos vasos, dilatando consequentemente a pressão sanguínea.
principalmente as arteríolas. Estes agentes produzem estímulos refle-
xos do coração, resultando em sintomas
compensadores, como aumento da con-
A maioria destes agentes mostra meia- tratilidade do coração miocárdica, fre-
vida curta (t½ =3 a 8 horas), após uso quência cardíaca e consumo de oxigênio.
oral. O tratamento requer três tomadas Estes efeitos podem desencadear angina
ao dia para a manutenção de adequado pectoris, infarto do miocárdio ou insufici-
controle da hipertensão. Com prepara- ência cardíaca em indivíduos predispostos.
ções de liberação lenta, pode-se usar do- Os vasodilatadores também aumentam a
ses menos frequentes. concentração plasmática de renina, resul-
tando em retenção de sódio e água. Es-
tes efeitos colaterais indesejáveis podem
Os bloqueadores de canal de cálcio apre-
ser bloqueados pelo uso concomitante de
sentam efeito natriurético intrínseco;
diurético e beta-bloqueador.
desse modo, eles não requerem a associ-
ação de diurético. Estes agentes são úteis A) HIDRALAZINA: Este fármaco causa
no tratamento de pacientes hipertensos vasodilatação direta, atuando prima-
que sejam também portadores de asma, riamente em artérias e arteríolas. Isto
diabetes, angina e/ou moléstia vascular pe- resulta em diminuição da resistência
riférica. periférica, que por sua vez, pro-
move a elevação reflexa da fre-
qüência e do débito cardíaco. A Hi-
Embora pouco frequentes, os efeitos ad- dralazina é usada no tratamento da
versos incluem constipação em 10% dos hipotensão moderada severa. É
pacientes, tontura, cefaleia e sensação de quase sempre administrada em
fadiga causada pela diminuição de pressão combinação com -bloqueador,
como o propranolol (para contraba-
arterial. O verapamil deve ser evitado em
lançar a taquicardia reflexa) e um
pacientes em tratamento de insuficiência
diurético (para diminuir a retenção
cardíaca congestiva devido a seus efeitos de sódio), em conjunto, os três fár-
inotrópicos negativos. macos diminuem o débito cardíaco,
o volume plasmático e a resistência
vascular periférica. Os efeitos adver-
Os relaxantes de musculatura lisa de ação sos da terapia com hidralazina in-
direta, como a HIDRALAZINA e o MINO- cluem cefaléia, náusea, sudorese, ar-
XIDIL, não tem sido tradicionalmente ritmia e precipitação de angina. A
usado como fármacos de primeira linha síndrome semelhante ao lúpus (lú-
de tratamento da hipertensão. Os vasodi- pus-like) pode ocorrer com o uso
latadores atuam através do relaxamento de doses elevadas, porém é rever-
da musculatura lisa dos vasos, o que dimi- sível quando se descontinua o fár-
nui a resistência periférica e maco.
Dose habitual: 40 a 200 mg/dia. vasodilatação, com taquicardia re-
flexa. Ele é capaz de reduzir a
B) MINOXIDIL Este fármaco causa va-
pressão sanguínea em todos os
sodilatação arteriolar, mas não venu- pacientes, não importando as cau-
lar (dos vasos de resistência, porém sas da hipertensão. Este fármaco
não nos de capacitância). O MINOXI- mostra pouco efeito fora do sis-
DIL é administrado por via oral para tema cardiovascular, atuando igual-
o tratamento da hipertensão severa mente sobre a musculatura lisa ar-
ou maligna que se mostrou refratá- terial e venosa.
ria a outros fármacos. A taquicardia
OBS.:Em razão de o nitroprussiato
reflexa pode ser severa e pode ne-
atuar também sobre as veias, ele pode
cessitar do uso concomitante de diu-
reduzir a pré-carga cardíaca]. O nitro-
rético ou -bloqueador. O MINOXI- prussiato é metabolizado rapidamente
DIL promove importante retenção (t ½ de minutos) e é necessária a in-
de sódio e água, levando a sobre- fusão contínua para manter seu efeito
carga de volume, edema e insufici- hipotensivo. O nitroprussiato de sódio
ência cardíaca congestiva. mostra poucos efeitos adversos, ex-
OBS.: O tratamento com MMINOXIDIL ceto por aqueles de hipotensão causa-
também causa hipertricose(cresci- dos por doses excessivas. O metabo-
mento de pêlos pelo corpo). Este fár- lismo do Nitroprussiato termina no me-
maco é usado topicamente para o tra- tabolismo do íon cianeto, sendo rara a
tamento da calvície no homem.] intoxicação por cianeto a qual pode
Dose: Inicia-se o tratamento com 5 ou ser tratada com a infusão de tiossul-
10 mg/dia em duas tomadas, e a dose fato de sódio, para produzir tiocianato,
diária e então aumentada até 40 este menos tóxico, que é eliminado
mg/dia. pelos rins.
[OBS.: O Nitroprussiato é tóxico, se ad-
ministrado por via oral, porque ele se
A emergência hipertensiva é rara, porém hidrolisa a cianeto.
é situação de perigo de vida na qual a Dose: A dose é iniciada tipicamente a
pressão sanguínea diastólica está acima de 0,5 ug/Kg/min e pode ser aumentada
150 mmHg (com a pressão sanguínea sis- até 10 ug/Kg/min, se necessário, para o
tólica maior que 210 mmHg) em pessoa sa- controle da pressão arterial.
dia, ou 130 mmHg em indivíduo com com-
OBS.: É fotossensível.
plicações pré-existentes, como encefalo-
patia, hemorragia cerebral, falência ventri- B) DIAZÓXIDO: O diazóxido é vasodila-
cular esquerda ou esternose aórtica: A fi- tador arteriolar de ação direta. Ele
nalidade da terapia é reduzir rapidamente tem efeitos vasculares semelhantes
a pressão sanguínea. aos da hidralazina. Para pacientes
portadores de insuficiência coronari-
A) NITROPRUSSIATO DE SÓDIO: O ana, o diazóxido é administrado por
Nitroprussiato é administrado por via intravenosa com um -bloquea-
via intravenosa e promove imediata dor, o qual diminui a ativação
reflexa do coração. O diazóxido é sanguínea. O débito cardíaco não é
útil no tratamento das emergências diminuído e o fluxo sanguíneo aos
hipertensivas, encefalopatia hiper- órgãos vitais também não. Em ra-
tensiva e eclâmpsia. O seu mais zão de o fluxo sanguíneo aos rins
grave efeito tóxico é a hipotensão não ser diminuído com o seu uso,
excessiva. a -metildopa é especialmente vali-
Dose: 75-100 mg. Se necessário, doses osa para o tratamento de hiperten-
de 150 mg podem ser repetidas a cada sos com insuficiência renal. Os efei-
5 minutos, até que a pressão arterial tos adversos mais comuns da -
seja satisfatoriamente reduzida. metildopa são a sedação e sono-
lência.

Os inibidores da enzima de conversão de


A) CLONIDINA: Este agonista 2 dimi- angiotensina (ECA) são recomendados
nui o estimulo adrenérgico central. quando os agentes de primeira linha (diu-
A Clonidina é usada primariamente réticos ou -bloqueadores) estão contra-
para o tratamento da hipertensão indicados ou foram ineficazes. Apesar de
moderada que não responde ade- seu amplo uso, não está claro que os inibi-
quadamnete ao tratamento só com dores de ECA diminuem os riscos de de-
o uso de diuréticos. A Clonidina de- senvolvimento de moléstias mais importan-
prime o fluxo sanguíneo ou a filtra- tes.
ção glomerular renais e, assim, é Sistema Renina / Angiotensina. A renina é
útil no tratamento da hipertensão uma enzima que é sintetizada, armazenada
complicada por moléstia renal. A e secretada no aparelho justaglomerular. A
Clonidina é bem absorvida por via renina cliva o angiotensinogênio circulante
oral e excretada pelos rins. Em ra- no sangue (produzido no fígado) e forma
zão de causar retenção d sódio e a Angiotensina I. Esta é convertida em an-
água, é usualmente administrada giotensina II, pela enzima conversora de
em associação com um diurético. Angiotensina (ECA). Esta enzima está situ-
Os efeitos adversos são geral- ada no endotélio dos vasos. Angiotensina I
mente discretos, porém o fármaco é vasoconstritora, estimula a reabsorção
pode produzir sedação e secura da de Na+, a secreção de Aldosterona e se-
mucosa nasal. A hipertensão de re- creção de ADH pela hipófise posterior.
bound ocorre com a retirada ab- Também estimula a sede por meio de
rupta da clonidina. Por isto, o fár- ação encefálica.
maco deve ser retirado lentamente
se o clínico deseja trocar de Aldosterona é sintetizada e liberada pelas
agente hipotensor. células glomerulares do córtex adrenal. É
B) -METILDOPA: Os agonistas - liberada pelo estímulo da angiotensina II. A
adrenérgicos diminuem os estímu- aldosterona age nos rins para estimular a
los adrenérgicos do SNC, levando à absorção de Na+ e secreção de K+, no
redução da resistência periférica to- túbulo distal e ducto coletor.
tal e à diminuição da pressão
níveis de potássio precisam ser monitora-
dos e suplementos de potássio, ou o uso
de espironolactona, está contra-indicado.
Os inibidores de ECA diminuem a pressão
A TOSSE SECA é explicada pelo acúmulo
sanguínea pela redução da resistência vas-
de bradicinina nos pulmões, pois está en-
cular periférica sem, reflexamente, aumen-
volvida no processo alérgico provocando
tar o débito cardíaco, a frequência cardíaca
tosse.
ou a contratilidade miocárdica. Estes fárma-
cos bloqueiam a enzima conversora de an- Captopril, Enalapril, lisinopril inibem a ECA e
giotensina, a qual transforma a angiotensina reduzem a pressão arterial
I ou II, esta sim, é potente vasoconstritor.
Estes inibidores também diminuem a taxa
de inativação da bradicinina. A vasodilata-
ção ocorre como resultado da combina-
ção desses efeitos: diminuição dos níveis
de angiotensina II e o potente efeito vaso-
dilatador dado pelo aumento da meia-vida
da bradicinina. Através da redução dos ní-
veis circulantes de angiotensina II os inibi-
dores de ECA também diminuem a secre-
ção de aldosterona, resultando em diminui-
ção na retenção de sódio e água.

Como -bloqueadores, os inibidores de


ECA são mais efetivos em pacientes hi-
pertensos brancos e jovens. Entretanto,
quando usados em conjunto com diuréti-
cos, a efetividade dos inibidores de ECA é
semelhante em pacientes hipertensos
brancos e negros. Ao contrário dos -blo-
queadores, os inibidores de ECA são efe-
tivos no manuseio de pacientes portadores
de insuficiência congestiva crônica. Os inibi-
dores de ECA atualmente são o padrão
no tratamento de pacientes pós-infarto do
miocárdio. A terapia é iniciada 24 horas
após o término do infarto.

Os principais efeitos adversos incluem a


tosse seca, vermelhidão cutânea, febre, al-
teração do paladar, hipotensão (em situa-
ções de hipovolemia) e hipercalemia. Os

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