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secundária; crises tônico-clônicas generalizadas administração oral de carbamazepina durante carbamazepina, comprometendo a confiabi-
(grande mal), assim como combinações desses a organogênese levou a um aumento da mor- lidade do método.
tipos de epilepsia. Em estudos clínicos, obser- talidade do embrião em doses diárias que cau- Apesar da correlação entre a posologia e os
vou-se que carbamazepina, administrada em saram toxicidade na mãe (acima de 200 mg/kg níveis plasmáticos de carbamazepina e entre
monoterapia a pacientes com epilepsia, em de peso corporal por dia, isto é, 10 a 20 vezes os níveis plasmáticos e a eficácia clínica ou
particular a crianças e adolescentes, exerce uma a posologia humana usual). Em ratos, também tolerabilidade ser muito tênue, a monitoriza-
ação psicotrópica, incluindo-se efeito positivo houve indício de abortamento na dose diária ção dos níveis plasmáticos pode ser útil nas
sobre os sintomas de ansiedade e depressão, de 300 mg/kg de peso corporal. Fetos de ratos seguintes condições: aumento significativo
assim como diminuição na irritabilidade e agres- próximos ao termo mostraram retardamento da freqüência de crises/verificação da ade-
sividade. Com relação às funções cognitivas e no crescimento, novamente em doses tóxicas rência do paciente; durante a gravidez; no
psicomotoras, em alguns estudos foram obser- para a mãe. Não houve evidência de potencial tratamento de crianças ou de adolescentes;
vados efeitos duvidosos ou negativos, depen- teratogênico nas 3 espécies de animais testa- na suspeita de distúrbio de absorção; na
dendo também das dosagens administradas. dos, mas, em estudo que utilizou camundongos, suspeita de toxicidade quando mais de um
Em outros estudos, foram observados efeitos a carbamazepina (40 a 240 mg/kg de peso medicamento estiver sendo utilizado (ver
benéficos sobre a atenção, a memória e as fun- corporal por dia, via oral) causou anomalias Interações Medicamentosas).
ções cognitivas. (principalmente a dilatação dos ventrículos ce- Se o tratamento com carbamazepina tiver que
Como agente neurotrópico, carbamazepina é rebrais) em 4,7% dos fetos expostos, quando ser interrompido abruptamente, a substitui-
clinicamente eficaz em vários distúrbios neu- comparados com 1,3% do grupo controle. ção por uma nova substância antiepiléptica
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Bu Carbamazepina 2078002 11.12.07 15:53 Page 2
deverá ser feita sob a proteção de um medica- como reações alérgicas na pele. As reações cientes, a dose de 1600 ou mesmo 2000 mg/dia
mento adequado (por exemplo, diazepam IV adversas relacionadas à dose geralmente pode ser apropriada.
ou retal ou fenitoína IV). diminuem dentro de poucos dias esponta- Crianças: administrar 10 a 20 mg/kg de peso
A habilidade de reação do paciente pode neamente ou após redução transitória da corporal ao dia, isto é:
estar prejudicada por vertigem e sonolência posologia. A ocorrência de reações adversas - até 1 ano: de 100 a 200 mg, 1 vez/dia.
causadas pela carbamazepina, especial- no SNC pode ser uma manifestação de super- - de 1 a 5 anos: de 200 a 400 mg/dia, em 2
mente no início do tratamento ou quando dosagem relativa ou de flutuação significativa tomadas.
em ajuste de dose. Os pacientes devem, dos níveis plasmáticos. Em tais casos, é - de 6 a 10 anos: de 400 a 600 mg/dia, em 2 a 3
portanto, ter cuidado ao dirigir veículos e/ou aconselhável monitorizar os níveis plasmá- tomadas.
operar máquinas. ticos e, possivelmente, diminuir a dosagem - de 11 a 15 anos: de 600 a 1000 mg/dia, em 3
GRAVIDEZ E LACTAÇÃO diária e/ou dividi-la em 3 a 4 frações de dose. tomadas.
- Sistema Nervoso Central: Para crianças de 4 anos ou menos é recomen-
Mulheres grávidas com epilepsia devem Neurológicas: dada a dose inicial de 20 a 60 mg/dia, aumenta-
ser tratadas com cuidado especial. Para Freqüentes: vertigem, ataxia, sonolência, fa- da de 20 a 60 mg a cada 2 dias. Para crianças
mulheres em idade fértil deve-se, sempre diga. acima de 4 anos, a terapia pode começar com
que possível, prescrever a carbamazepina Ocasionais: cefaléia, diplopia, distúrbios de 100 mg/dia, aumentada de 100 mg em intervalos
em monoterapia, pois a incidência de anor- acomodação visual (por exemplo: visão bor- semanais.
malidades congênitas em filhos de mulheres rada). - Neuralgia do trigêmeo:
tratadas com associações de fármacos an- Raras: movimentos involuntários anormais A posologia inicial de 200 mg a 400 mg por dia
tiepilépticos (por exemplo, ácido valpróico
(por exemplo: tremor, asteríxis, discinesia deve ser elevada lentamente até a obtenção de
mais carbamazepina, mais fenobarbital e/ou
orofacial, distúrbios coreoatetóticos, disto- analgesia (em geral, 200 mg, 3 a 4 vezes ao dia).
fenitoína) é maior do que naqueles cujas
nia, tiques), nistagmo. Reduzir, então, gradualmente a dosagem para
mães receberam fármacos isoladamente em
Casos isolados: distúrbios oculomotores, o menor nível de manutenção possível. Em pa-
monoterapia. Deve-se administrar doses
distúrbios da fala (por exemplo: disartria ou cientes idosos, indica-se a dose inicial de 100
mínimas eficazes e recomenda-se a monito-
pronúncia desarticulada da fala), neurite pe- mg, 2 vezes ao dia.
rização dos níveis plasmáticos. Se ocorrer
riférica, parestesia, fraqueza muscular, sinto- - Síndrome da abstinência alcoólica:
gravidez durante o tratamento com carba-
mas paréticos. A dosagem média é de 200 mg, 3 vezes ao dia.
mazepina, ou se a necessidade de se iniciar
Psiquiátricas: Nos casos graves, essa dosagem pode ser ele-
o tratamento com carbamazepina aparecer
durante a gravidez, o benefício potencial do
Casos isolados: alucinações (visuais ou a- vada durante os primeiros dias (por exemplo: 400
medicamento deverá ser cuidadosamente cústicas), depressão, perda de apetite, inquie- mg, 3 vezes ao dia). No início do tratamento de
avaliado contra os possíveis riscos, parti- tação, comportamento agressivo, agitação, manifestações de abstinência grave, a carbama-
cularmente nos primeiros três meses de confusão e ativação de psicose preexistente. zepina deve ser administrada em combinação
gravidez. É sabido que filhos de mães epilép- - Pele e anexos: com fármacos sedativo-hipnóticos (por exemplo:
ticas são mais propensos a distúrbios de Ocasionais ou freqüentes: reações alérgicas clometiazol, clordiazepóxido). Após o alívio da fa-
desenvolvimento, incluindo-se malformações. na pele, urticária que, em alguns casos, pode se aguda, a carbamazepina pode ser continuada
Foi relatada a possibilidade da carbamaze- ser grave. em monoterapia.
pina, como todos os principais fármacos Raras: dermatite esfoliativa e eritroderma, - Diabetis insipidus centralis:
antiepilépticos, aumentar esse risco, embora síndrome de Stevens-Johnson, síndrome se- A dosagem média para adultos é de 200 mg,
faltem evidências conclusivas a partir de melhante ao lúpus eritematoso sistêmico 2 a 3 vezes ao dia. Em crianças, a dosagem
estudos controlados com carbamazepina (síndrome lupus like). deve ser reduzida proporcionalmente à idade
em monoterapia. Entretanto, existem raros Casos isolados: necrólise epidérmica tóxica, e ao peso corporal.
relatos de distúrbios do desenvolvimento e fotossensibilidade, eritema multiforme e no- - Neuropatia diabética dolorosa:
malformações, incluindo espinha bífida, doso, alterações na pigmentação da pele, A dosagem média é de 200 mg, 2 a 4 vezes ao
associados ao uso de carbamazepina. As púrpura, prurido, acne, sudorese e perda de dia.
pacientes devem ser informadas sobre a cabelo; hirsutismo (sendo que a relação cau- - Mania e tratamento profilático do distúrbio
possibilidade de um aumento de risco de sal não é clara). maníaco-depressivo (bipolar):
malformação e deve ser feito um screening - Sangue: O intervalo de dose é de 400 a 1600 mg ao
(triagem) pré-natal. A deficiência de ácido Ocasionais ou freqüentes: leucopenia, eosi- dia, sendo que a posologia usual é de 400 a
fólico geralmente ocorre durante a gravidez nofilia ocasional e trombocitopenia. 600 mg ao dia, em 2 a 3 doses fracionadas. No
e os fármacos antiepilépticos agravam essa Raras: leucocitose e linfadenopatia. tratamento da mania aguda, a posologia deve
deficiência, que pode contribuir para um Casos isolados: agranulocitose, anemia ser aumentada mais rapidamente, enquanto
aumento da incidência de anomalias con- aplástica, aplasia de eritrócito pura, anemia que para profilaxia de distúrbios bipolares são
gênitas nos filhos de mulheres epilépticas megaloblástica, porfiria aguda intermitente, recomendados pequenos aumentos de dose,
em tratamento. Logo, têm-se recomendado reticulocitose, deficiência de ácido fólico e a fim de se proporcionar tolerabilidade ótima.
a suplementação de ácido fólico antes e possibilidade de anemia hemolítica.
- Fígado: SUPERDOSAGEM
durante a gravidez. Também recomenda-se
a administração de vitamina K à mãe durante Freqüentes: gama G-T elevada (causada por - Sinais e sintomas:
as últimas semanas de gravidez, assim co- indução da enzima hepática), geralmente não Os sinais e sintomas de superdosagem geral-
mo ao recém-nascido, para a prevenção de relevante clinicamente. mente envolvem os sistemas nervoso central,
distúrbios hemorrágicos. A carbamazepina Ocasionais: fosfatase alcalina elevada e ra- cardiovascular e respiratório.
passa para o leite materno (cerca de 25 a 60% ramente transaminases. Sistema Nervoso Central: depressão do SNC,
da concentração plasmática). O benefício da Raras: icterícia, hepatite colestática parenqui- desorientação, sonolência, agitação, alucinação,
amamentação deverá ser avaliado contra a matosa (hepatocelular), ou de tipo mista. coma, visão borrada, distúrbio da fala, disartria,
remota possibilidade de ocorrerem efeitos Casos isolados: hepatite granulomatosa. nistagmo, ataxia, discinesia, hiperreflexia inicial,
adversos no lactente. Mães em terapia com - Trato gastrintestinal: hiporreflexia tardia, convulsões, distúrbios psico-
carbamazepina podem amamentar, mas a Ocasionais ou freqüentes: náusea e vômito. motores, mioclonia e hipotermia.
criança deve ser observada em relação a Ocasional: secura da boca. Sistema respiratório: depressão respiratória e
possíveis reações adversas (por exemplo, Raras: diarréia ou constipação. edema pulmonar.
sonolência excessiva). Existe um relato de Casos isolados: dor abdominal, glossite e Sistema cardiovascular: taquicardia, hipotensão,
reação grave de hipersensibilidade cutânea estomatite. às vezes hipertensão, distúrbio de condução
em lactente. - Reações de hipersensibilidade: com ampliação do complexo QRS, síncope em
Raras: distúrbio de hipersensibilidade re- associação com parada cardíaca.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Sistema gastrintestinal: vômito, esvaziamento
tardada, em múltiplos órgãos, com febre,
Devido à indução do sistema enzimático mo- erupções de pele, vasculite, linfadenopatia, gástrico retardado e motilidade intestinal redu-
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