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Memória e Atenção

Memória: Habilidade para adquirir e conservar informação ou representação da experiência


passada com base nos processos mentais de codificação, retenção e recuperação. É um
campo complexo de processos baseados em mecanismos biológicos e psicológicos.

A capacidade de criar registos das nossas interações, que são retidos poderem ser
recordados, diz respeito à memória enquanto função dinâmica e criativa.

Colocar tabela (pág.98) e ver quadro saudade

As teorias de processamento de informação separam a memória em três subsistemas:


● Memória sensorial (ou deposito da informação sensorial)
● memória de curto termo: ( memória de trabalho)
● memória de longo termo.

Ver quadro na pág:99 e texto na pág. 100

Atenção: Fixação da mente num determinado objeto. Estado de consciência em que os


sentidos estão focados em certos aspetos do ambiente e o sistema nervoso central está em
estado de prontidão para responder a estímulos, pode falar-se de atenção seletiva e
atenção dividida.
● atenção seletiva - permite concentra-te em tarefas simples como ler, um livro ou
conversar com um amigo. exemplo: quando está numa sala e os teus colegas estão
a conversar na mesa ao lado da tua, tens de te abstrair da conversa deles para
conseguirem concentrar-te. Dito de outra forma, tens de abstrair-te de alguns
estímulos para conseguires concentrar-te noutros
● Atenção Dividida - acontece quando temos de focar os nossos sentidos em mais de
que um estímulo em simultâneo ou temos de focar a nossa atenção em mais de que
uma tarefa.Exemplo- uso de telemóvel durante a condução, conduzir e mexer no
telemóvel duplica a probabilidade de não prestar atenção aos sinais de trânsito ou
não ter tempo de reação superiores quando os detetamos.

ver esquema pág.101

No caso de tentarmos memorizar uma lista de palavras, á um forte tendência para


memorizarmos as primeiras palavras(efeito de primazia) e as últimas palavras (efeito de
recência) sendo a probabilidade de recordação menor para as do meio.

Memória a longo termo (juntar com o slide da memória de longo termo)


● Memórias implícitas incluem procedimentos e ações. São coisas que sabemos, mas
nas quais não pensamos da forma consciente, são hábitos e capacidades motoras,
como andar de bicicleta ou desenhar uma forma.
● Memórias explícitas incluem factos e proposições. Dizem respeito ao que sabemos
por termos lembrança, como a cor dos olhos da avó ou os acontecimentos de ontem
à tarde. Distingue-se entre memória episódica ou autobiográfica (relativa à nossa
narrativa e história pessoal) e memória semântica (associada ao conceito de cultura
geral). São memórias declarativas.
O esquecimento
Para nós ajudar a recordar memórias e acontecimentos utilizamos de recursos como as
fotografias, gravadores e discos rígidos uma vez que o trabalho do cérebro como gravador é
fracamente mau. A memória humana está muito longe de ser um registo fotográfico fiel e
objetiva de factos e acontecimentos. Inclui esquecimento ( que aumenta com a idade)
distorções falsas atribuições mentiras decoradas mesmo que inconscientemente
construídas.
Habitualmente, usamos o termo esquecimento para nós referimos aos casos em que a
memória falha, estas falhas podem ter variadas causas:
- Quebras na atenção
- Erros na codificação
O que implica que não estejamos a falar verdadeiramente em esquecimento, mas eu
informação que não chegou a ser memorizada.
Estas falhas podem ainda dever-se a dificuldades em recuperar os dados guardados na
memoria do longo termo.(quando queres dizer uma palavra mas não consegues te lembra)
Existem duas teorias sobre as razões do esquecimento :
● Teoria da interferência - defende que há uma competição entre informação, isto é
que as novas informações se intrometem, levando-nos a distorcer ou até esquecer
as anteriores. Sendo que as anteriores podem dificultar a integração das mais
recentes.
● Teoria de degradação - defende que temos tendência para esquecer as memórias
que não são utilizadas( por exemplo muitas vezes não recordamos da matéria que
estudamos em anos anteriores apesar de na altura a dominarmos).

O que afeta a memória?


● Tansitoriadade( esquecimento)- redução da memória com o passar do tempo
( exemplo esquecer a história de um filme que vimos a algum tempo)
● Desatenção( esquecimento)- redução da memória por não prestar atenção
suficiente (exemplo esquecer que havia trabalho de casa pois não ouvia a
professora a dizer, pois estava desatento)
● Bloqueio(esquecimento)- incapacidade de recordar informações necessárias
(exemplo esquecer o nome de uma pessoa que conheces)
● Má atribuição(distorção)- atribuição de uma memória à fonte errada (exemplo
cruzar-se com alguém na rua e achar que é uma pessoa conhecida)
● Sugestionabilidade(distorção)- alteração de memórias devido a informações
enganadores (exemplos não ter memória de um fotografia e desenvolver uma falsa
memória a partir de uma história contada)
● Viés(distorção)- influência de conhecimentos atuais sobre as memórias (exemplo
recordar as nossas atitudes passadas como sendo semelhantes às atuais)
● Persistência(indesejado)- ressurgimento de memórias indesejadas( exemplo
recordar constantemente uma gafe cometida)
As falhas de memória podem também ter origem em lesões no tecido cerebral:
● Amnésia anterógrada: perturbaçao da memória na qual, após uma lesão no tecido
cerebral o indivíduo não é capaz de formar novas recordações, mas não tem
dificuldade em lembrar o que aprendeu antes da lesão (anterógrada significa depois
da lesão- dizer só na apresentação);
● Amnésia retrógrada: é uma perturbação na qual o indivíduo sofre perda de
memória de um período anterior à época da lesão cerebral, contudo mantém a
capacidade de formar novas memória( retrógrada significa para trás- dizer só na
apresentação);

Mentimos sem querer, porque ao recordamos acabamos por involuntariamente reconstruir o


passado com base no que pensamos e sabemos e não no que recordamos.
Constantemente modificada, a memória humana é reconstruída a cada instante sofrendo
influências permanentes da educação, da comunicação com os outros, da interpretação
pessoal dos acontecimentos e factos, dos valores enfim da imagem que temos de nós
próprios, dos outros e do mundo.

Elizabeth Lotus e John Palmer fizeram uma experiência simples conhecida como teste de
veracidade das testemunhas oculares:
1. Os participantes eram convidados a observar curtos filmes sobre colisões
rodoviárias num cruzamento onde existia uma sinal de cedência de passagem.
2. Em seguida era divididos em dois grupos e metade recebia a sugestão que o sinal
era de paragem obrigatória.
3. Por fim eles tinham de responder a um questionário sobre o que viram no filme.
Resultados:
Quando questionados sobre o sinal de trânsito observado no cruzamento.
Os intervenientes que haviam sido sugestionados tendiam a afirmar que tinham visto um
stop. Aqueles que não tinham recebido a falsa informação eram mais precisos na
lembrança do sinal.

Experiência 2
Assistir o filme e responder a perguntas sobre os eventos nele ocorridos, a experiência
implicava alterar o verbo na questão com o objetivo de ver a influência que isso tinha na
velocidade a que os participantes achavam que os carros participavam. Nesta experiência
não se está só a condicionar a memória mas também a interpretação do acontecimento.
(Tabela pág.106 - colocar foto no PowerPoint)

Viu algum vidro partido?


Os participantes a quem tinha sido feita a pergunta com o verbo esmagar eram mais
propensos a responder sim, mesmo que não houvesse vidros.
Perguntas feitas após um evento podem levar a uma reconstrução da memória desse
evento.
(Só na apresentação segundo parágrafo pág.107)
Embora a maior parte de nós lamenta o esquecimento como por exemplo em teste de
avaliação e amigos de infância, seríamos torturados por um cérebro atolhado de
informação, com detalhes que prejudicam a nossa eficiência e raciocínio.
Sem o esquecimento o nosso sistema de memória estaria atravancado por uma
avassaladora quantidade de informação sem utilidade. É preciso, constantemente, adquirir
e esquecer. O esquecimento é também uma nessessidade.

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