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• No caso de não haver uvas, pois veio mau tempo e estragou tudo- se isso acontecer a obrigação
estingue-se, ou seja, o agricultor não é obrigado a dar o produto pois não o tem, mas o comprador
terá direito o dinheiro que pagou. (Artigo 795º, número 1) - contratos bilaterais
Ex: Se apenas assume a obrigação de tentar arranjar algo, mas não consegue, a
obrigação extingue-se.
• Se só se colheram metade das uvas pois veio uma tempestade e metade da colheita estragou-se -
se isso acontecer o comprador só é obrigado a pagar metade do acordado (Artigo 793º) -
impossibilidade parcial.
Prestações não fungíveis: Aquelas em que o devedor não pode ser substituído por outrem no
cumprimento da obrigação. São aquelas em que a
habilidade, especiais conhecimentos, entre outros interessam ao credor, ou
seja, ao credor apenas interessa a prestação da obrigação por um determinado devedor.
Ex: contrato um cirurgião, porque só aquele é
que demonstrou ter conhecimentos e capacidades para a realizar algo, não aceito que
seja outro - Artigo 767º nº2.
• Imagina agora que o cirurgião sobre um acidente e morre, o mesmo não pode ser substituído, o
que poderá acontecer agora? - Artigo 791º do CC
Por causa não imputável ao devedor, se este não puder ser substituído por terceiros a
obrigação extingue-se, é a chamada impossibilidade subjetiva.
• Por outro lado, se estivéssemos perante uma prestação fungível (Prestação que pudesse ser
efetuada por outra pessoa) na qual o devedor não quer cumprir. ou seja, no caso acima indicado o
cirurgião está em boas condições de saúde, mas não quer operar. - Artigo 828º do CC
O credor pede ao Tribunal que a prestação da obrigação seja realizada por terceiro, no caso da
prestação fungível.
Se a prestação for não fungível (uma prestação de facto que não pode ser cumprida a não ser
pelo próprio devedor) a única solução que o legislador consagra é aferir o prejuízo do não
cumprimento da prestação e indemnizar o credor, para além do credor pedir a aplicação de
uma sanção pecuniária compulsória [é usada como meio de coerção para obrigar o devedor a
cumprir a prestação, uma vez que não pode ser substituído por terceiro] (art.829º-A).
Vínculo Jurídico: É o conjunto de poderes que são conferidos ao credor pela ordem jurídica e os
correlativos deveres que a ordem jurídica impõe ao devedor.
• Para o devedor é uma relação de subordinação jurídica: o credor tem o poder de exigir o
cumprimento da prestação, e o devedor tem o dever de cumprir a prestação em mora ou falta.
• Se houver uma dívida do devedor ao credor, o devedor pode exigir uma prestação ao mesmo,
(fora dos tribunais), ou seja, extrajudicialmente, através de carta registada pedindo ao devedor
para pagar uma determinada quantia num determinado período. Se o devedor pagar ao fim do
prazo estipulado, a obrigação extingue-se.
• Caso o devedor não pague voluntariamente é necessário recorrer aos tribunais a fim de obter uma
sentença de condenação para ter um título executivo para instaurar uma ação executiva e
judicialmente (nos tribunais) - Artigo 601º do CC.
• Caso seja necessário retirar bens materiais (penhora) ao devedor em caso de dívida, esses
bens vão para um local e seguem para venda pública, que posteriormente o dinheiro
desses mesmos bens é entregue ao credor.
• Em primeiro lugar o banco só pode penhorar a casa, se achar que não é suficiente é que
tem o direito de penhorar as restantes coisas.
• Quando somos declarados insolventes, os meus bens deixam de ser considerados meus, e
passam a pertencer à massa envolvente que é administrada com o objetivo de fazer
dinheiro e de o distribuir pelos credores.