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e Organização da
Atenção Básica:
Saúde do Homem,
Adulto e Idoso
Paulo Heraldo Costa do Valle
Unidade 03
Modelos da
relação médico
paciente
e as suas
estratégias
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autor
PAULO HERALDO COSTA DO VALLE
Desenvolvedor
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
O AUTOR
PAULO HERALDO COSTA DO VALLE
INTRODUÇÃO: DEFINIÇÃO:
para o início do desen- houver necessidade
volvimento de uma de se apresentar
nova competência; um novo conceito;
NOTA: IMPORTANTE:
quando forem as observações es-
necessários obser- critas tiveram que ser
vações ou comple- priorizadas para você;
mentações para o
seu conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e inda-
algo precisa ser gações lúdicas sobre
melhor explicado o tema em estudo, se
ou detalhado; forem necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a neces-
bibliográficas e links sidade de chamar a
para aprofundamento atenção sobre algo
do seu conhecimento; a ser refletido ou
discutido sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso aces- quando for preciso
sar um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das
assistir vídeos, ler últimas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma ativi- quando o desen-
dade de autoaprendi- volvimento de uma
zagem for aplicada; competência for
concluído e questões
forem explicadas;
SUMÁRIO
Relação médico paciente...................................................11
Juramento de Hipócrates....................................................13
Processo de trabalho..........................................................24
Papel de cada um dos membros da equipe..........................25
Enfermeiro..............................................................27
Médico.....................................................................28
Cirurgião Dentista...................................................30
Assistência multidisciplinar................................................33
03
UNIDADE
INTRODUÇÃO
Olá tudo bem com você!!! Prezado aluno gostaria de convidar você
neste momento para continuarmos este processo de conhecimento e
aprendizagem, tenho certeza que será muito enriquecedor, repleto de
desafios e estímulos para o seu o crescimento.
Você é o nosso convidado especial para continuar esta viagem
por meio do conhecimento, durante esta trajetória você irá se deparar
com trilhas muito interessantes e desafiadoras em todo este percurso.
Podemos continuar?
O tema desta terceira unidade é “Modelos da relação médico
paciente e as suas estratégias”, o qual está dividido nos seguintes
conteúdos:
• Relação médico paciente.
• Modelos da relação médico paciente e a atenção humanizada.
• Estratégias de saúde da família.
• Núcleos de apoio e assistência.
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10 Homem, Adulto e Idoso
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 3. Nosso propósito é auxiliar
você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o
término desta etapa de estudos:
IMPORTANTE
Juramento de Hipócrates
A seguir você verá a versão do Juramento de Hipócrates que é
utilizada por vários conselhos regionais de medicina no Brasil:
Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio, Hígia e Panaceia, e tomo
por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo
meu poder e minha razão, a promessa que se segue:
Estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou essa
arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens;
Ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esa arte,
se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem
compromisso escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo
o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos
segundo os regulamentos da profissão, porém, só a esses.
Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder
e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém
darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza
a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância
abortiva.
Conservarei imaculada minha vida e minha arte.
Sistema e Saúde e Organização da Atenção Básica: Saúde do
14 Homem, Adulto e Idoso
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Homem, Adulto e Idoso 15
IMPORTANTE
Fonte: ©Freepik
IMPORTANTE
Fonte: Freepik
IMPORTANTE
Processo de trabalho
O trabalho em campo é considerado como a melhor forma do
profissional aprender a atuar na estratégia de saúde da família. Mais do
que estabelecer todas as competências, o grande desafio é a torná-las
as condutas como uma forma de rotina.
As características específicas do processo de trabalho da
Estratégia de Saúde da Família são:
• Cadastramento: manter o cadastro das famílias e dos indivíduos
atualizado para utilização dos dados para análise da situação de
saúde (características sociais, econômicas, culturais, demográficas e
epidemiológicas) do território;
• Definir território de atuação: mapear e reconhecer a área
adstrita, que compreenda o segmento populacional determinado, com
atualização contínua;
• Riscos à saúde: Diagnosticar, programar e implementar
atividades segundo critérios de risco à saúde, dando prioridade para
solução dos problemas de saúde mais frequentes;
• Cuidado familiar ampliado: Prática aplicada com o
conhecimento da estrutura e da funcionalidade das famílias, visando
propor intervenções que influenciem os processos de saúde-doença
dos indivíduos, das famílias e da comunidade;
• Trabalho interdisciplinar e em equipe: integração das áreas
técnicas e profissionais de diferentes formações;
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Homem, Adulto e Idoso 25
IMPORTANTE
Enfermeiro
Figura 4: Enfermeira
Fonte: Freepik
Médico
Quanto ao médico que participa da estratégia da saúde da família
as suas funções são as seguintes:
• Promover uma assistência integral (promoção e proteção da
saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e
manutenção da saúde) aos indivíduos e famílias em todas as fases do
desenvolvimento humano: infância, adolescência, idade adulta e terceira
idade;
• Executar as consultas clínicas e procedimentos na unidade de
saúde da família e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou
nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc.);
• Participar das atividades de demanda espontânea e programada
na clínica médica, pediatria, ginecoobstetrícia, cirurgias ambulatoriais,
pequenas urgências clínico cirúrgicas e procedimentos para fins de
diagnósticos;
• Conduzir quando for necessário, os usuários tanto aos serviços
de média a alta complexidade, considerando os fluxos de referência
e contra referência locais, garantindo a sua responsabilidade pelo
acompanhamento do plano terapêutico do usuário, proposto pela
referência;
• Manifestar a necessidade da internação hospitalar ou domiciliar,
mantendo a responsabilização pelo acompanhamento do usuário;
• Participar e contribuir com relação as e atividades de Educação
Permanente dos agentes comunitários de saúde, auxiliares de
enfermagem e auxiliar de saúde bucal;
• Colaborar com o gerenciamento dos insumos necessários para
o adequado funcionamento da unidade de saúde da família.
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Cirurgião Dentista
As principais funções do cirurgião dentista estão descritos a
seguir:
• Realizar um diagnóstico com a finalidade de obter o perfil
epidemiológico para o planejamento e a programação em saúde bucal;
• Realizar os procedimentos clínicos da Atenção Básica em
saúde bucal, estando incluso o atendimento das urgências e pequenas
cirurgias ambulatoriais;
• Proporcionar a atenção integral em saúde bucal (promoção
e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento,
reabilitação e manutenção da saúde) individual e coletiva a todas as
famílias, a indivíduos e a grupos específicos, de acordo com planejamento
local, com resolubilidade;
• Orientar e encaminhar os usuários, quando necessário, a
outros níveis de assistência, mantendo sua responsabilização pelo
acompanhamento do usuário e o segmento do tratamento;
• Participar e coordenar todas as ações coletivas voltadas à
promoção da saúde e à prevenção de doenças bucais;
• Apoiar, acompanhar e desenvolver toda as atividades referentes
à saúde bucal com os outros membros da equipe de saúde da família,
buscando aproximar e integrar todas as ações de saúde de forma
multidisciplinar.
• Participar das atividades de educação permanente do técnico
de saúde bucal, auxiliar de saúde bucal e estratégia de saúde da família;
• Fazer a supervisão técnica do técnico de saúde bucal e auxiliar
de saúde bucal;
• Participar da coordenação dos insumos necessários para o
funcionamento adequado da unidade de saúde da família.
sua própria equipe, como também com relação ao exercício das ações
intersetoriais e interdisciplinares, promoção, prevenção, reabilitação da
saúde e cura, além de humanização dos serviços, educação permanente,
promoção da integralidade e da organização territorial dos serviços de
saúde.
A integralidade pode ser encarada como a principal diretriz
a ser praticada pelos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, estando
relacionadas com:
• Abordagem integral do indivíduo levando em consideração seu
contexto social, familiar e cultural e com garantia de cuidado longitudinal;
• As práticas de saúde organizadas a partir da integração das
ações de promoção, prevenção, reabilitação e cura;
• A organização do sistema de saúde de forma a garantir o acesso
às redes de atenção, conforme as necessidades de sua população.
Assistência multidisciplinar
A Estratégia Saúde da Família enfrenta um grande desafio que
é o de superar o processo de trabalho no qual foram estabelecidos os
modelos de organizações sanitárias e, nesse contexto, configurou-se uma
iniciativa inovadora no campo sanitário internacional. Diferentemente de
outros países que basearam seus sistemas na atenção primária à saúde,
a estratégica de saúda da família propõe o trabalho multiprofissional e
em equipe.
BIBLIOGRAFIA
CAPONERO, R. A comunicação médico paciente no tratamento oncológico.
Editora Sumus, 2015.
LUZ, PL. As novas faces da medicina. Barueri, São Paulo, Editora Manole, 2014.
SILVA, PA.; SILVA, GML.; RODRIGUES, JD.; MOURA, PV.; CAMINHA, IO. &
FERREIRA, DKS. Atuação em equipes multiprofissionais de saúde: uma revisão
sistemática. ConScientiae Saúde, 12(1): 153-156, 2013.
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Básica: Saúde do Homem,
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