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FACULDADE DE DIRFEITO
CURSO DE LICENCIATURA EM DIREITO
FACULDADE DE DIRFEITO
1.1.OBJECTIVOS.......................................................................................................................1
1.1.1.Objectivo geral:..................................................................................................................1
1.1.2.Objectivo específico:.........................................................................................................1
1.2.METODOLOGIA.................................................................................................................1
2.REVISÃO DE LITERATURA................................................................................................2
2.1.Definição de violência..........................................................................................................2
3.1.1.O inquérito.........................................................................................................................5
3.1.2.O processo..........................................................................................................................6
CONCLUSÃO............................................................................................................................9
Referência bibliográfica............................................................................................................10
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como tema: O impacto da violência domestica no desenvolvimento
psicológico do menor: uma análise socio-jurídica. A Violência pode ser considerada como
uma acção ou omissão que pode prejudicar o bem-estar, a integridade física, psicológica ou a
liberdade e o direito ao pleno desenvolvimento de outro membro da família. Existem algumas
formas de violência, entre elas está a negligência, violência física, psicológica e sexual, assim
envolvendo a figura da criança e do adolescente, caracterizando-se pela ocorrência dentro do
ambiente familiar e doméstico, consequentemente tendo como agressores os pais biológicos
ou adoptivos, tios, irmãos, padrastos, madrastas ou qualquer ente do vínculo familiar (Ferrari,
2002, p. 23-56).
1.1. OBJECTIVOS
1.1.1. Objectivo geral:
Analisar o impacto da violência domestica no desenvolvimento psicológico do menor.
1.1.2. Objectivo específico:
Definir a violência e a violência domestica;
Apresentar uma análise sociojurídica em relação violência domestica no
desenvolvimento psicológico do menor;
Caracterizar os trâmites no sistema de justiça: a aplicação do direito.
1.2. METODOLOGIA
Para a sua estruturação o trabalho compreende a introdução onde vem pouco apresentado a
problemática da pesquisa, o tema, objectivos assim como a metodologia, a contextualização
do trabalho, a conclusão e a referência bibliográfica.
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2. REVISÃO DE LITERATURA
Neste capítulo fez uma apresentação de definição de algumas palavras-chaves desta pesquisa,
e sabido que os trabalhos académicos começam com conceitos básicos para sua melhor
compressão, para tal, os termos violência e violência doméstica serão discutidos através de
abordagens de alguns autores que tem conhecimento do tema em estudo.
O autor sustenta que o silêncio do individuo, que sobre dessa pratica e deduzido pela sua
passividade e pelo seu silêncio, isto acontece quando actividade e o manifesto de oprimido
são impedidos, pode se dizer que há violência.
Na perspectiva de Trindade (2012) traz uma abordagem sobre violência em seguintes termos:
São feitos prejudiciais de natureza psicologia ou mesmo física, esta prática pode
ocorrer em adultos assim como crianças mas esse ultimo e uma vitima mas frequente,
por apresentarem sequencias no que tange o funcionamento do comportamento, a
nível social, cognitivo ou físico. (P. 54)
Para Gilberto Velho (2002) na sua óptica define violência como um acto ou pratica que se usa
força física ou então de poder, este poder pode ser real ou ameaça contra si próprio e contra
outra pessoa, ou contra grupo ou comunidade cuja esta pratica pode causar como resultado
uma lesão, morte, senão danos psicológicos, no tange deficiência de desenvolvimento ou
previsão (Krug et al., p. 5).
Na base da definição desses dois autores a cima citados apontam algumas linhas quando se
trata de violência, que e a questão de domínio, quando alguém e tratado como coisa não como
sujeito, por outra essas práticas podem ferir a sensibilidade psicológica de um individuo
sendo, no posicionamento comportamental.
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2.2. Definição de violência domestica
Margarido (2010) define violência domestica começando da origem do termo violência, para
este autor o termo vem do latim “violentia” que significa por seguinte a forca que se usa
contra o direito e a lei”, o autor argumenta que todo aquele que age com forca brusca
demasiada, (p. 21).
Cuja o este termo em língua latina que significa também poder ou mesmo dominação, pode se
usar este termo para designar aquele que pratica autoridade na que não pode ser resistida,
transgredindo a integridade do outro
Uma prática ou então todo acto praticado, familiares ou alguém próximo em relação a uma
criança ou mesmo adolescente que sendo capaz de causar dor ou dano de natureza física,
sexual e/ou psicológica à vítima implica, de um lado, uma transgressão do poder/dever de
protecção do adulto e, de outro, uma “coisificação” da infância, isto é, uma negação do direito
que crianças e adolescentes têm de ser tratados como sujeitos e pessoas em condição peculiar
de desenvolvimento (p.36).
A protecção contra a violência está explicitada no artigo 5º do ECA que diz: "Nenhuma
criança ou adolescente será objecto de qualquer forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão; punido na forma da lei qualquer atentado, por
acção ou omissão, aos seus direitos fundamentais" (Ministério Público do Estado do Espírito
Santo, 2002, p. 35).
Na basse desse autor também é importante referir que o descumprimento desse artigo pode
resultar em suspensão do poder familiar.
O poder familiar, até 1962, era exercido somente pelo homem, conforme o Código Civil de
1916, definido como "chefe da sociedade conjugal" (Rodrigues Filho, 1996).
Com o Estatuto da Mulher Casada, lei de 17/08/62, o poder familiar passa a ser de
competência dos pais, porém a mãe é, simplesmente, colaboradora. Finalmente, o art. 21 do
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Estatuto da Criança e do Adolescente veio revogar aquele dispositivo do Código Civil, e
conferir igualdade de condições ao pai e a mãe, quanto ao exercício do poder familiar.
Assim também, o novo Código Civil estabelece que o poder familiar compete aos pais
e na falta ou impedimento de um deles, o outro exercerá com exclusividade (art.
1.631). O poder familiar pode então ser suspenso, conforme o Estatuto da Criança e do
Adolescente, quando os pais descumprirem o Código Civil, que trata de abuso de
poder no art. 1.637, e de castigo imoderado no art. 1.638. O código ainda acrescenta o
descumprimento dos deveres e obrigações previstos no art. 22 do Estatuto: sustento,
guarda e educação.( Perelman, 2000)
Para enfrentar a violência doméstica são necessárias, além de medidas punitivas, acções que
estejam voltadas para a prevenção, e, ainda, medidas de apoio que permitam, por um lado, à
vítima e à sua família ter assistência social, psicológica e jurídica necessárias à recomposição
após a violência sofrida e, por outro lado, que proporcionem a possibilidade de reabilitação
dos agressores.
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A principal função dos psicólogos no âmbito da justiça é auxiliar em questões relativas à
saúde mental dos envolvidos em um processo. A Psicologia Jurídica é um dos campos de
conhecimento e de investigação dentro da psicologia, com importantes colaborações nas áreas
da cidadania, violência e direitos humanos.
Constata-se a necessidade de um olhar mais amplo, que contemple, além das demandas
particulares de cada sujeito (tratamento do abusador e do abusado), um envolvimento maior
com o social, pois não se pode descolar a violência do contexto social em que ela está
inserida.
Pensando no psicólogo como facilitador da promoção da saúde, ele deve procurar garantir os
direitos fundamentais dos indivíduos, visando sua saúde mental e a busca da cidadania. Do
contrário, será mais um agente repressor.
3.1.1. O inquérito
O inquérito policial é a primeira acção de que o Estado dispõe para investigar um delito, não
constituindo ainda uma acção penal. Na literatura consta que o inquérito é um procedimento
que antecipa e prepara a acção penal, servindo como "garantia contra apressados e erróneos
juízos, que poderiam advir no momento de trepidação moral causada pela proximidade do
fato delituoso" (Rocha, 2000, p. 25).
Sempre que um fato criminoso é comunicado à polícia, ela deve determinar a abertura de um
inquérito que se inicia com a portaria da autoridade policial ou com o auto de prisão em
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flagrante, e termina com o relatório do delegado. "Será sempre escrito, dele fazendo parte
certidões, mandados, elementos de prova, etc., o que se convencionou chamar de autos do
inquérito policial" (Rocha, 2000, p. 26-27).
O inquérito deverá ser encaminhado no prazo de 30 dias para uma vara criminal do município
onde ocorreu o fato e se transformará em processo judicial. Nos casos de flagrante delito a
Delegacia tem o prazo máximo de 10 dias para concluir o inquérito.
3.1.2. O processo
Até meados da Idade Média não havia uma distinção entre o inquérito e o processo. Os
conflitos, até essa época, eram resolvidos por meio de provas as vezes fazendo parte da
cerimónia as testemunhas que emitiam alguma informação sobre os fatos (Foucault, 1999).
Com a emergência da noção de Estado houve uma divisão formal entre processo e inquérito 1 e
o último constitui parte importante do processo, uma vez que pode constituir as premissas
para as resoluções do juiz. A principal característica do processo é que ele reúne as opiniões
dos operadores do direito a respeito do delito analisando o conteúdo dos inquéritos e
concluindo na aplicação do direito sob a forma de emissão de um juízo sobre o fato apontado
como um delito, actividade última exclusiva do Juiz.
Desde o Código de Napoleão (1804) até os dias atuais, o raciocínio jurídico sofreu grandes
alterações. Com o objectivo de acabar com a corrupção da justiça característica do Antigo
Regime, a escola da exegese pretendia reduzir o direito à lei, impondo técnicas de raciocínio
jurídico (Perelman, 2000).
Mas a partir da segunda metade do século XIX, uma nova filosofia concebe o direito não mais
como um sistema que os juízes devem aplicar – utilizando-se para isso de métodos dedutivos
mas "um meio do qual se serve o legislador para atingir seus fins, para promover certos
valores" (Perelman, 2000, p. 70).
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Como esses valores não podiam estar enunciados, ou evidenciados, pois poderiam introduzir
no direito "uma indefinição e uma insegurança inadmissíveis" (p. 70), o juiz devia "remontar
do texto à intenção que guiou sua redacção, à vontade do legislador, e interpretar o texto em
conformidade com essa vontade. Pois o que conta, acima de tudo, é o fim perseguido, mais o
espírito do que a letra da lei" (Perelman, 2000, p. 71).
Toda a rigidez na aplicação da lei na Idade Média cederá espaço à influência dos valores
sociais e morais aceitáveis em uma dada sociedade. As soluções apoiadas nesses parâmetros
não serão mais consideradas extrajurídicas, como o seriam no positivismo jurídico. Pelo
contrário, "são os juízos de valor, relativos ao carácter adequado da decisão, que guiam o juiz
em sua busca daquilo que, no caso específico, é justo e conforme ao direito, subordinando-se
normalmente esta última preocupação à precedente" (Perelman, 2000, p. 114).
Essa característica de uma prevalência dos valores à "letra da lei" fez com que o foco da acção
jurídica passasse da busca da verdade sobre os fatos à busca "de uma escolha, de uma acção,
consideradas justas, equitativas, razoáveis, oportunas, louváveis, ou conformes ao direito"
(Perelman, 2000, p. 140).
Certamente, essa nova concepção da aplicação do direito delegou um poder muito grande ao
juiz e relativizou o poder do legislativo no campo da promoção da justiça.
O juiz já não terá o papel de "uma boca pela qual fala a lei", diz Perelman (2000), pois "a lei
já não constitui todo o direito; é apenas o principal instrumento que guia o juiz no
cumprimento de sua tarefa, na solução de casos específicos" (p. 222).
Esse entendimento esclarece o papel do juiz, ao mesmo tempo em que abre uma lacuna
imensa entre a lei e sua aplicação, possibilitando que certos valores se apliquem quando da
sua interpretação.
As vítimas de abusos sexuais podem ser afectadas de diversas formas, mas as crianças e
adolescentes já carregam os traumas desde a infância, podendo perdurar na vida adulta.
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Como consequências, as piores são os estresses após o trauma, baixa auto-estima,
comportamento agressivo, distúrbios mentais, sentimento de culpa entre outros. Já a longo
prazo, as lembranças das agressões vivenciadas podem promover isolamento social e
emocional, dependência afectiva e problemas psiquiátricos e transtornos emocionais e sociais
(Oliveira, apud Paulo, 2009).
Dessa forma, muitos são os problemas que a criança ou adolescente vítimas de agressões
psicológicas podem vir a ter, tendo como resultado ruim tanto para a vítima directa, quanto
para as pessoas próximas a ela, haja vista que os problemas comportamentais afectarão suas
interacções sociais.
Além disso, com esse modo de agir, a família acaba exercendo certa cumplicidade com o
agressor, o que coloca a vítima sob risco de reiteração da conduta abusiva (Amazarray &
Koller, 1998).
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CONCLUSÃO
Chegando aqui pode se concluir que violência doméstica é um padrão de comportamento que
envolve violência ou outro tipo de abuso por parte de uma pessoa contra outra num contexto
doméstico, como no caso de um casamento ou união de facto, ou contra crianças ou idosos.
Mas para esta pesquisa focou-se muito na violação domestica no desenvolvimento do menor,
até que ponto essa violação pode causar consequências negativas no desenvolvimento
psicológica.
Como apontava o vygotsky o desenvolvimento psicológico do menor nesse caso que pode ser
impactado é a memória, a atenção, a percepção e o pensamento, é possível observar que as
crianças passam por diferentes fases cognitivas, que são determinadas pelo seu nível de
desenvolvimento.
Só para terminar a violência doméstica pode assumir diversos tipos, incluindo abusos físicos,
verbais, emocionais, económicos, religiosos, reprodutivos e sexuais. Estes abusos podem
assumir desde formas subtis e coercivas até violação conjugal e abusos físicos violentos como
sufocação, espancamento, mutilação genital feminina e ataques com ácido que provoquem
desfiguração ou morte.
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Referência bibliográfica
Azevedo, M. A.; GuerrA, V. (1995). Violência doméstica na infância e na adolescência. São
Paulo: Robe Editorial.
Chauí, M. (1984). Participando do Debate sobre Mulher e Violência. In: Franchetto, Bruna,
Cavalcanti, Maria Laura V. C. e Heilborn, Maria Luiza (org.). Perspectivas
Antropológicas da Mulher, São Paulo, Zahar Editores, p.35.
Trindade, J. (2012). Manual de psicologia jurídica para operadores do Direito. 6° ed. rev.
Actual e amp/- porto Alegre: Livraria do advogado Editora, Parte III, cap. 19,21, 23.
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