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Conforme exposto por Maria Helena Diniz, em seu livro Curso de Direito Civil
Brasileiro: Direito das Coisas. v.4, 36th Edition, a mesma considera uma tarefa árdua para
a definição de “posse”, por conta da ambiguidade do referido termo. Entretanto, a mesma
indaga que tal vocábulo, às vezes, acaba sendo empregado em sentido impróprio para
definir: Propriedade; Condição de Aquisição de Domínio; Domínio Político; Exercício de
um Direito; Compromisso do Funcionário Público e até mesmo o Poder sobre uma
pessoa. No entanto, nos termos do artigo 1.196 CC/02, institui um conceito legal sobre
quem seria o “possuidor”.
Porém quanto ao sentido técnico ou próprio a escritora se refere como “duas
grandes escolas”, as quais à delimita. Sendo a teoria subjetiva, de Savigny e a teoria
objetiva, de Ihering.
Como repassado em sala, temos a definição de ambas as teorias:
- Savigny ( teoria subjetiva ): A posse é o poder direto e imediato que tem a pessoa d
dispor fisicamente de um bem com a intenção de tê-lo para si e defendê-lo contra a
intervenção ou agressão de quem quer que seja. ELEMENTOS: Corpus e Animus
- Ihering ( teoria objetiva ): Para constituir a posse basta que o possuidor se apresente
socialmente como proprietário. Podendo ser considerado, Posse como imagem de
domínio. ELEMENTO: Corpus apenas.
Posse injusta
- Uma pessoa que roubou veículo com violência pode se tornar possuidor?
A Interversão da posse é a inversão da natureza da posse, como por exemplo:
A posse de boa-fé passa a ser uma posse de má-fé ou a posse justa passa ser uma
posse injusta, sendo portanto considerado a faculdade de invocar os interditos
possessórios, efeito da defesa possessória. Exemplo: as ações de manutenção e
reintegração da posse.
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O Código Civil no art. 1.200 utilizou-se de um critério por exclusão para definir posse
injusta, pois disse qual é a posse injusta, onde consequentemente, posse justa serão
todas as demais. Faz-se necessário deixar explícito que, o conceito de posse justa e
injusta não se confunde com aquele utilizado no art. 1.228 do Código Civil. Portanto, a
posse injusta trata-se daquela que decorre dos vícios de violência, clandestinidade e
precariedade. Em decorrência disso a posse violenta é constituída após a cessação dos
atos de violência.
Sílvio de Salvo Venosa leciona que a violência ocorre no instante em que se toma a
coisa móvel das mãos de outrem contra sua vontade, na ocupação do imóvel se nele
adentrar/expulsar o possuidor ou quem lá se encontre, no instante em que se impede o
legítimo possuidor de retornar ao imóvel, no minuto em que se invade a propriedade onde
não encontrou pessoa alguma, mas que impeça o legítimo possuidor ou proprietário de
nela reentrar. (VENOSA, 2008, p. 59).
O ordenamento jurídico jamais pode beneficiar uma "posse" que é adquirida através
de um ato ilícito, de violência ou grave ameaça. Enquanto perdurar esses atos ilícitos ou
violentos, em hipótese alguma haverá posse. A posse ilegal não convalesce, por que é
obtida por meio contrário à lei. Portanto, enquanto perdurar os atos ilegais não haverá
sequer quaisquer tipo de convalescimento.
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iniciar-se clandestina (DINIZ, 2008, p. 63; RODRIGUES, 2003, p. 31).
Findando, o ladrão no nosso ordenamento jurídico não é nem possuidor, nem detentor,
o ladrão seria nada mais nada menos do que chamamos de posse ilegal, porque ela é
derivada de ações inversas à lei.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BIBLIOTECA VIRTUAL: Minha Biblioteca: Curso de direito civil brasileiro: direito das
coisas. v.4
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