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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA


PÓS-GRADUAÇÃO GESTÃO E COORDENAÇÃO ESCOLAR
DISCIPLINA: GESTÃO EDUCACIONAL
PROFESSOR: FABIANA CRISTINA DA SILVA

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO NA ESCOLA: PROMOVENDO A


PARTICIPAÇÃO DOS DOCENTES NO DESENVOLVIMENTO DOS PROJETOS
ESCOLARES

JALMIR JONNES B. LEAL


KÁTIA PEREIRA L. DE ARAÚJO
LUANA APARECIDA DE LIMA
MYLLENA RODRIGUES NUNES
THAÍS BEATRIZ S. FERNANDES

SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE/PE


SETEMBRO DE 2023
JALMIR JONNES B. LEAL
KÁTIA PEREIRA L. DE ARAÚJO
LUANA APARECIDA DE LIMA
MYLLENA RODRIGUES NUNES
THAÍS BEATRIZ S. FERNANDES

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO NA ESCOLA: PROMOVENDO A


PARTICIPAÇÃO DOS DOCENTES NO DESENVOLVIMENTO DOS PROJETOS
ESCOLARES

Projeto de intervenção apresentado ao curso de Pós-


Graduação em especialização em gestão e coordenação em
educação, como requisito para conclusão da disciplina
Gestão Educacional, sob orientação da professora Fabiana
Cristina da Silva.

SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE/PE


SETEMBRO DE 2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................ p.
01
2. JUSTIFICATIVA.................................................................................................... p. 00
3. OBJETIVOS............................................................................................................ p. 00
4. REVISÃO DE LITERATURA................................................................................ p. 00
5. METODOLOGIA..................................................................................................... p.
00
6. CRONOGRAMA..................................................................................................... p. 00
7. RECURSOS............................................................................................................. p. 00
REFERÊNCIAS....................................................................................................... p. 00
1. INTRODUÇÃO

A escola é um espaço em que permeia constantemente a dinamismo. Dinamicidade


esta que envolve as relações entre todos os sujeitos envolvidos no processo educacional e, por
isso, a escola se constitui como um organismo social e vivo (Ferreira, 2009). Deste modo,
precisamos pensar a escola para além da sua estrutura física, considerando que a constituição
desse espaço é “tecida por uma rede de significados que se encarrega de criar os elos que
ligam passado e presente, instituído e instituinte, e que estabelece as bases de um processo de
construção e reconstrução permanentes” (Ferreira, 2009, p. 25). É um espaço onde há
interação mútua entre os atores que perpassam os ambientes que a agregam e, portanto, é
preciso considerar que essa interação não ocorre de forma espontânea.

Neste sentido, requer em determinadas situações um direcionamento, uma motivação,


uma proposta de ação pedagógica que oportunize a construção de significados que sejam
imbuídos de sentidos para os indivíduos, seja na relação entre a gestão escolar e professores,
seja entre os professores e seus alunos. Considerando que essas relações entre os sujeitos, que
integram e interagem constantemente no espaço escolar, interferem na cultura organizacional
da escola, é preciso que haja direcionamento e acompanhamento da gestão escolar nesse
percurso, em vistas de viabilizar a qualidade educacional, principalmente nas ações
pedagógicas e na elaboração e execução de projetos escolares. Deste modo, a gestão
participativa e democrática se destaca ao favorecer a articulação de um espaço de
convergência de múltiplas forças.

Contudo, sabemos que a mobilização de ações pedagógicas e a execução de projetos


escolares demanda um esforço constante da gestão escolar, seja na promoção destes, na oferta
de recursos que auxiliem e viabilizem as atividades e, por vezes, até mesmo no incentivo e na
motivação de que os professores realizem projetos juntamente aos seus alunos. Por vezes, os
professores não se encontram motivados e, ao invés de pensar as possibilidades de promover
projetos que possam auxiliar o ensino-aprendizagem, elencam dificuldades inviabilizando a
realização destes. Outro fator que corrobora na desmotivação à adesão e realização dos
projetos são as dificuldades acerca da resistência em trabalhar de forma interdisciplinar e,
também, em virtude de um currículo muito extenso que precisa ser cumprido, trabalhado em
sua totalidade.
Deste modo, a sensibilização e a formação continuada são um dos meios fundamentais
que a gestão participativa e democrática pode tomar como instrumentos propulsores para a
posterior adesão dos professores. É preciso provocar e mobilizar estes professores para que
enfrentem o desafio de garantir e assegurar aos alunos o direito a uma educação de qualidade.
Nessa perspectiva, propomos o presente projeto de intervenção como proposta que possa
motivar os professores na adesão aos projetos escolares, bem como na elaboração destes, de
modo que, por meio de sua participação ativa e efetiva nestas atividades, ele possa demonstrar
o seu próprio trabalho, se integrando da melhor forma na realidade do contexto escolar.
Assim, pretendemos realizar este projeto em uma escola pública da rede municipal de ensino
de Santa Cruz do Capibaribe/PE, com os professores desta instituição.

2. JUSTIFICATIVA

Dentre os princípios que fundamentam a gestão democrática e participativa, a autonomia e


a participação são elementos básicos para que a escola tenha um bom funcionamento e,
consequentemente, os desenvolvimentos de boas competências que contribuem na qualidade
de ensino. A estrutura organizacional da escola deve-se pautar em um trabalho que seja
realizado em conjunto entre todos os sujeitos que compõem a comunidade escolar, tendo em
vista os objetivos que concernem a educação e a sua importância para a sociedade e a
formação dos alunos. Deste modo, cabe à gestão escolar, proporcionar meios que estimulem,
que possam instigar a participação dos agentes escolares e, principalmente, dos professores.
Considerando que a concepção democrática-participativa, de acordo com Libâneo (2012, p.
447)

baseia-se na relação orgânica entre direção e a participação dos membros da


equipe (...). Defende uma forma coletiva de tomada de decisões. Entretanto,
uma vez tomada às decisões coletivamente, advoga que cada membro da
equipe assuma sua parte no trabalho, admitindo a coordenação e a avaliação
sistemática da operacionalização das deliberações.

Com base nesta premissa e nos apontamentos já tecidos até então, reiteramos que é
imprescindível que os gestores escolares, no âmbito de suas atribuições e competências
propiciem os mecanismos que viabilizem a participação consciente e ativa dos professores nas
ações realizadas em suas instituições, de modo que estes possam aderir, bem como elaborar e
executar projetos pedagógicos adequados aos princípios que norteiam o Projeto Político
Pedagógico da escola.
Diante disso, colocamos como questão norteadora para a realização deste projeto de
intervenção o seguinte questionamento: Como motivar a participação dos professores na
elaboração e execução dos projetos escolares?

3. OBJETIVOS

Como objetivo geral temos:

 Promover a participação ativa dos professores na elaboração e execução de projetos


escolares em uma instituição da rede pública de ensino.

De forma mais específica, objetivamos:

 Realizar intervenções, por meio de formação continuada, sobre currículo e propostas


interdisciplinares.
 Instigar a elaboração de projetos pedagógicos, acompanhando todo o processo de
construção feito pelos professores.

4. REVISÃO DA LITERATURA

A escola deve ser pensada, compreendida como um espaço onde permeia constantes
embates e força de poder, e nisto se configura a natureza política da gestão educacional,
conforme apontado por Souza (2009, p. 104)

O poder em questão que torna a gestão um processo político, para essa


perspectiva da gestão democrática, não é a capacidade da parte de quem o
controla em levar os outros sujeitos não-controladores desse poder a fazerem
o que aqueles desejavam, e ainda legitimamente reconhecendo a relação de
dominação, como afirma Max Weber (2004, p. 43). Assemelha-se mais ao
poder decorrente da capacidade humana de agir em conjunto com outros,
construindo uma vontade comum (Arendt, 2000; Bobbio, 2000).

Nesse contexto, descrito por Souza (2009) e no qual ele traz fundamento o pensamento
de outros teóricos, um aspecto é crucial ao pensar a gestão democrática e, mais precisamente,
um dos seus pilares – a participação – quando ele destaca que o poder não se pauta no
controle do outro, mas sim, agindo em conjunto com os outros em vista de um bem comum.
Do mesmo modo, pensamos a participação não como um meio de o sujeito apenas demonstrar
sua presença, é preciso que ele participe consciente e plenamente no exercício de sua função
enquanto agente da comunidade escolar ao qual faz parte.
Como já frisado anteriormente, essa participação tem forte relação com a cultura
organizacional da escola e que não ocorre de forma natural ou espontânea, deste modo é
preciso que a gestão escolar viabilize condições viáveis e precisas acerca da participação de
todos os sujeitos. Neste caso,

A gestão democrática é aqui compreendida, então, como um processo


político no qual as pessoas que atuam na/sobre a escola identificam
problemas, discutem, deliberam e planejam, encaminham, acompanham,
controlam e avaliam o conjunto das ações voltadas ao desenvolvimento da
própria escola na busca da solução daqueles problemas (Souza, 2009, p.
125).

A gestão educacional precisa propiciar condições reais para que a democracia seja
realizada, de fato, no âmbito escolar e “a participação na vida política é elemento importante
que se aprende na prática democrática” (Souza, 2009, p. 133). Fica explícito, que está ação
parte da gestão como mobilizadora e fio condutor para a efetivação da democracia, sendo a
principal responsável em viabilizar uma escola, democrática. No entanto, segundo
Vasconcellos (2007) só é possível existir avanços no cenário democrático escolar se os
sujeitos assumirem a consciência participativa visando o coletivo, resultando em diálogos e
contribuições que tenha como finalidade a construção de uma escola de qualidade para todos.

Dessa forma, os outros membros da comunidade escolar assume papel relevante neste
ideal de escola democrática, enfatizamos aqui o papel do professor como transformador da
realidade, quando tem ciência que o conhecimento modifica as pessoas e contextos, todavia “
se o professor não começar a tentar, se não der o melhor de si, quebra-se como pessoa,
definha, perde a paixão, o entusiasmo, engraça sua condição de sujeito transformador”
(Vasconcellos, 2007, p. 48), e o direito de muitos ao saber são negados, vale ressaltar toda as
contradições existentes nessa sociedade contemporânea, como falta de recursos, escolas
públicas sucateadas, desvalorização salarial e profissional etc, não podemos negar que todas
essas dificuldades compromete o processo de construção de aprendizagem. Por isso, como
Freire (2011, p. ??) nos ensina precisamos esperançar, pois “sou professor a favor da
esperança que me anima apesar de tudo. Sou professor contra o desengano que me consome e
imobiliza. Sou professor a favor da boniteza de minha própria prática, boniteza que dela some
se não cuido do saber que devo ensinar, se não brigo por esse saber”

Portanto, ao refletimos sobe gestão democrática e o papel do professor possui na


construção de uma escola de qualidade, destacamos a relevância tanto da gestão como do
docente e de toda comunidade escolar, todos constituem e complementam a escola, e
precisam assumir papéis de transformadores e agentes democráticos.

5. METODOLOGIA

O projeto ocorrerá em uma escola pública municipal de Santa Cruz do Capibaribe – PE, e
contemplará os docentes desta unidade escolar. A escola atende crianças/adolescentes do
Ensino Fundamental (1º ao 9º ano).
A metodologia utilizada na elaboração desse projeto de intervenção foi sistematizada em
três eixos: identificação da oportunidade para uma ação, alinhamento pedagógico e
construção do projeto.
A fase da identificação da oportunidade para uma ação deverá acontecer em uma reunião
com os docentes. Nesse encontro como é corriqueiro acontecer vários questionamentos e
partilhas de situações ocorridas no dia a dia escolar, pretende-se nessa oportunidade levantar
uma situação problema para que seja tema dos encontros formativos.
Na segunda fase, o alinhamento pedagógico, será dividido em 3 encontros. Nestes
organizaremos formação continuada com especialistas no assunto que ajudem todos os
docentes a refletirem sobre a situação problema escolhida. Nesses encontros os professores
terão a oportunidade de discutir e refletir a sua ação para resolução do problema, assim como
pensar no coletivo e de forma interdisciplinar. Ao final de cada encontro, serão elencadas as
ações, colocadas em um quadro visível a todos que contém a situação problema inicial, o tema
daquele encontro formativo, as ações elencadas, os motivos, além de perguntas norteadoras
sobre o como fazer, para quem fazer, aonde fazer, o quando fazer e o mobilizador responsável
por aquele primeiro quadro. O formador terá que fechar o quadro com um resumo sobre a
discussão teórica e a avaliação do encontro.
Na última fase, ao término dos três encontros de alinhamento pedagógico é o momento de
juntarmos os quadros, verificando criticamente o que permanece, o que podemos excluir ou
até mesmo incluir, pensando também na culminância para o projeto. A intenção é que no
coletivo possamos construir o projeto, sabendo das ações de cada um no individual e as
coletivas. Os mobilizadores além de suas ações, terão como incumbência: estabelecer o
diálogo; verificar o andamento do projeto; organizar um encontro avaliativo ao término do
projeto.
6. CRONOGRAMA

Identificação da Etapa Início (dd/mm/aaaa)

Identificação da 02/10/2023
oportunidade para uma
ação
Alinhamento pedagógico 12/10/2023
1º encontro
Alinhamento pedagógico 19/10/2023
2º encontro
Alinhamento pedagógico 26/10/2023
3º encontro
Construção do projeto 30/10/2023

7. RECURSOS

Os recursos podem ser de vários tipos: material de consumo, insumos de informática,


softwares, serviços de terceiros, recursos humanos do órgão em que a intervenção deve
ocorrer. Por isso, no momento não seja possível dimensionar com precisão os recursos, pois
depende das ações formuladas, dos formadores que se propõem a palestrar a formação. No
entanto, para o primeiro momento inicialmente utilizaremos de: Datashow; lanche coletivo;
canetas estereográficas; post-it; cartolinas; Vale ressaltar que a fonte de financiamento a
custear esses recursos é o próprio dinheiro da escola, que passará pela aprovação no conselho.

REFERÊNCIAS

AZEVEDO, Janete Maria Lins. Notas sobre a análise da gestão da educação e da qualidade do
ensino no contexto das políticas educativa. RBPAE, v. 27, n. 3, p. 361-588, set./dez. 2011.
LIBÂNEO, José Carlos. Educação escolar: políticas, estrutura e organização/ José Carlos
Libâneo, João Ferreira de Oliveira, Mirza Seabra Toschi. – 10. ed. rev. e ampl. - São Paulo:
Cortez, 2012. – (Coleção docência em formação: saberes pedagógicos/coordenação Selma
Garrido Pimenta).
FERREIRA, N. S. C. Gestão educacional e organização do trabalho pedagógico. Curitiba:
IESDE, 2009.

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