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Apresentação do caso clínico

Paciente do sexo feminino, 30 anos, negra, professora, natural e procedente do interior do


Rio com pré natal em andamento , procura a unidade de pronto atendimento gestando 35
semanas, com queixa de cefaleia de intensidade forte e constante, acompanhada de náuseas e
visão turva e escurecida há 5 dias. Relata dor em região frontal, de grande intensidade, com
pródromos geralmente com escotomas que duram cerca de 30 minutos, hemicraniana direita,
de qualidade latejante associada com náusea, fotofobia. Paciente afirma gestação sem
intercorrências prévias, com realização de pré-natal na unidade básica de saúde – 6 consultas
conforme preconizado pelo MS – G1P0A0, relata que os sintomas surgiram de forma abrupta e
que não tiveram fator desencadeantes, nega febre, dor retroorbitária. Relata oligúria e
retenção urinaria. Afirma ter diabetes controlada diagnosticada há 5 anos, com uso diário de
metformina – 1 comprimido de 850g 2 vezes ao dia – sendo alterado para insulina no inicio da
gestação. Nega hipertensão arterial e outras doenças. Nega fator de melhora, e piora dos
sintomas. Nega alergias.

Ao exame físico, a paciente apresentou os seguintes sinais vitais: TA 160/90 mmHg, FC: 110
bpm, FR: 22 irpm, TC: 36,7 ºC, SO2 98%. Regular estado geral, anictérica, acianótica, lucida e
orientada no tempo e no espaço, taquipneica, taquicardíaca, afebril, hidratada. Redução da
acuidade visual, edema em MMII +++/4, aparelho respiratório sem demais achados; aparelho
cardiovascular apresenta dispneia aos mínimos esforços, taquicardia, BN2T sem sopros.
Abdome compatível com gravídico de 35 semanas, com altura uterina de 35 cm, ruídos
hidroaéreos presentes, sem cicatrizes, sem herniação. Fígado e baço não palpável e abdome
indolor a palpação superficial e profunda. Traube livre. Afirma náuseas no momento do
atendimento. Na genitália externa, sem lesões, verrugas e secreções uretrais e vaginais.
Giordano negativo.

Ao realizar os exames laboratoriais o hemograma apresentava uma leve anemia ( Hb < 11 g/


dL) – Nega uso de sulfato ferroso na gestação – as plaquetas estavam baixas (< 100.000) a
creatinina sérica estava elevada (> 1,1 mg%0), acido úrico elevado ( > 4,5 mg/dL), os valores de
Alanina Transaminase (ALT) e Aspartato Transaminase (AST), estavam elevados, com esses
valores respectivamente 87 U/L e 75 U/L, a Fosfatase alcalina estava elevada (260 U/L). No
sumário de urina foi obtido um quadro de proteinúria ( > 2 g/ 24h).

Além dos exames laboratoriais foram feitos exames de imagem uma USG obstétrica, onde se
encontrou uma alteração uteroplacentária caracterizada por um crescimento intrauterino
restrito, com Doppler umbilical alterado. Com o quadro clinico – sintomas do SNC, hipertensão
arterial – e com os exames laboratoriais – proteinúria, aumento dos valores de ALT e AST,
creatinina elevada – foi dado o diagnóstico de pré-eclâmpsia para essa paciente que foi admita
nesse hospital e começou a terapia anti-hipertensiva, preventiva anticonvulsivante.

Questões:

Quais condutas do enfermeiro para a referida paciente?

Quais são as complicações mais severas de um quadro de pré-eclâmpsia?

Quais os cuidados com utilizados com a paciente?

Quais são as consequências da continuidade do quadro clinico dessa gestação?

Desenvolva pelo os diagnósticos de enfermagem com seus referidos cuidados de enfermagem.

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