Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
AULA 3
O COMPLEXO COZINHA
META
OBJETIVOS
1
INTRODUÇÃO
2
aço inoxidável. As formas dos utensílios também foram amplamente
estudadas, tornando-se mais práticas.
Além dos utensílios em metal, melhoraram também os de barro,
porcelana, vidro, etc. lembramos, também, a grande expansão dos
eletrodomésticos.
Outro elemento que veio em benefício da arte culinária foi o frio. Hoje,
as câmaras frias se impõem como uma necessidade e se constituem em
excelentes equipamentos que permitem melhor acondicionar as matérias-
primas, assegurando alimentos mais sadios. Evidencia-se uma correlação
entre progresso de utensílio e arte culinária.
Cândido e Viera de Viera, 2003 cita que, foi na Idade Antiga que a
evolução da cozinha e dos preparados especiais tornou-se uma grande
realidade e de fundamental importância para o ser humano. A Idade Antiga foi
a época dos grandes banquetes e das grandes festas gastronômicas.
A marcante evolução da cozinha se fez sentir a partir do domínio de
Roma sobre os povos antigos. Os cozinheiros gregos, prisioneiros dos
romanos, espalharam, na Europa antiga, as técnicas de bem cozinhar.
A cozinha moderna com seus equipamentos e utensílios práticos,
fogões e peças especiais de corte, preparo e conservação dos alimentos não
é nem a sombra das antigas cozinhas.
Com o objetivo de levar aos alunos uma melhor compreensão desse
elemento tão importante na restauração - o complexo cozinha deve ser
identificado, na estrutura de um meio de hospedagem e ser contemplado
dentro das normas estabelecidas para um pleno funcionamento dentro desta
dinâmica em constante rotatividade.
3
O NEGÓCIO DO COMPLEXO COZINHA
VERBETE:
Negócio: segundo Falconi Campos (1992), negócio é entendido
como sendo “um conjunto de pessoas que se unem para
processar energia, materiais e informações (conhecimentos)
provenientes da sociedade e assim produzir produtos para
satisfazer as necessidades de sobrevivência dos grupos dessa
mesma sociedade”.
FIM DO VERBETE
4
Figura 1: O “negócio“ do complexo cozinha (TEICHMANN, 2009).
VERBETE
Brigada de cozinha: De acordo com Índio Cândido, 2002 é o
conjunto de profissionais que formam o quadro funcional de
colaboradores de uma cozinha. É o grupo de profissionais que
tem como atividade elaborar alimentos para serem servidos a
comensais no restaurante. São liderados por um chefe de
cozinha.
FIM DO VERBETE
5
CONHECENDO O COMPLEXO COZINHA
VERBETE:
6
Contaminação cruzada: de acordo com Silva Júnior, 2005 é a
transferência de contaminação de uma área ou produto para
áreas ou produtos anteriormente não contaminados. Essa
contaminação se dá de um modo indireto, através de
superfícies de contato, mãos, utensílios, equipamentos, etc.
FIM DO VERBETE
VERBETE
Cocção: Cocção é a transferência de energia de uma fonte de
calor para o alimento. Esta energia vai modificar as estruturas
moleculares dos alimentos provocando mudanças nos sabores,
aromas, texturas e aparência. Os alimentos são submetidos à
cocção para melhorar o paladar, facilitar a ingestão e a digestão
7
dos alimentos. Serve também para destruir microorganismos
nocivos, tornando os alimentos próprios para o consumo.
FIM DO VERBETE
BOXE EXPLICATIVO
A legislação em vigor que dispõe sobre Regulamento Técnico
de Boas Práticas para Serviços de Alimentação é a Resolução
da Diretoria Colegiada – RDC 216 de 15 de setembro de 2004,
8
esta pode ser encontrada no site da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária ANVISA:
http://www.anvisa.gov.br/alimentos/index.htm
Orientações para busca da resolução: após entrar no site
acima, ir para o link Boas Práticas → legislação de boas
práticas para serviços de alimentação, nesta página você
encontrará a legislação (resolução) citada e também uma
cartilha que vai orientar sobre manipulação dos alimentos.
FIM DO BOXE EXPLICATIVO
VERBETE
Boas Práticas - BP: Silva Júnior, 2005 cita que são normas e
procedimentos técnico-sanitários adotados para garantir a
produção de alimentos seguros.
FIM DO VERBETE
VERBETE
Desinfecção: Operação de redução, por método físico e /ou
químico, do número de microorganismos a um nível que não
comprometa a segurança do alimento (SILVA JÚNIOR, 2005).
FIM DO VERBETE
9
Preferencialmente, deve manter o mesmo nível dos setores que estão
diretamente ligados à sua produção. Outros setores do complexo podem estar
localizadas em nível mais baixo, sem interferir no bom andamento do serviço.
O complexo cozinha deve estar bem orientado dentro do todo do
estabelecimento, buscando o máximo de claridade nas escadas, nos
corredores e sobre as bancadas de trabalho (sem a incidência da luz solar nas
mesmas).
Por ser um lugar onde existem muitas fontes de calor e cheiros variados,
a ventilação deve ser um ponto muito bem estudado.
Outro fator importante é a busca de condições ideais de trabalho, com
medidas da ergonomia que proporcionem a racionalização de gestos e a
diminuição de esforços para as mais simples tarefas, tornando a jornada mais
produtiva e prazerosa.
VERBETE
Ergonomia: Ilda, 1990:2 cita que é uma ciência multidisciplinar
que estuda o comportamento do homem em relação ao seu
trabalho, que surge como uma poderosa ferramenta capaz de
analisar fatores, deveras importantes neste sistema de trabalho,
tais como: o homem, a máquina, o ambiente, a informação, a
organização e as consequências do trabalho.
FIM DO VERBETE
10
Os equipamentos pesados devem ser projetados levando em conta o
tipo de restauração pretendida, mas sempre permitindo uma reformulação
sem maiores alterações estruturais, no caso, de um aumento na capacidade
do número de couverts propostos, por exemplo.
BOX EXPLICATIVO
Restauração = restaurante: há mais de uma definição para
restaurante, porém, uma delas que bem define, é o local onde
os alimentos são modificados em sua forma original,
restaurados e preparados para consumo; que, restaura,
restaurador, que modifica a forma original dos alimentos
(CÂNDIDO; VIERA DE VIERA, 2003).
FIM DO BOXE EXPLICATIVO
VERBETE:
Couvert: Zanella e Cândido (2002) define couvert como um
serviço de entrada salgada apresentado no início das refeições
após o garçom ter encaminhado as comandas com os pedidos
dos pratos principais; o couvert visa estimular o apetite
enquanto a refeição principal está sendo preparada.
FIM DO VERBETE
Esse local deve estar afinado com a IMAGEM que se pretende dar do
estabelecimento e da modalidade dos serviços que serão implementados.
BOXE EXPLICATIVO:
Modalidades de serviços: são as formas de execução dos
serviços, ou seja, a maneira como os clientes acessam os
11
alimentos, podem ser à americana, table d’hôte, à francesa, à
inglesa direto, à inglesa indireto, self-service e bufet. Estes
serviços serão mostrados na íntegra quando o tema for
abordado na unidade (7) sete, de acordo com o guia da
disciplina que trata de restaurantes.
FIM DO BOXE EXPLICATIVO
12
impermeáveis;
resistentes a choques mecânicos e térmicos;
antiinflamáveis;
resistentes ao peso, à passagem de carrinhos e à deterioração;
fáceis de limpar, desinfetar e manter;
os rejuntes devem ter as mesmas características do piso;
os desníveis do piso para a retirada da água da limpeza devem
ser projetados para manter o solo sem nenhum acúmulo de água,
com ralos bem ajustados, com grades íntegras e resistentes que
permitam o total escoamento da mesma e com sifão, para impedir
a entrada de vetores.
13
deve-se utilizar lâmpadas incandescentes de 150W/4m2. Atualmente
recomenda-se lâmpadas fluorescentes, por ser a iluminação branca o tipo
mais adequado, por manter a cor natural dos alimentos, e não contribuir para a
elevação da temperatura local (TEIXEIRA et al, 2004:83).
4) Quanto a instalações hidráulicas
A água de uso na cozinha deve ser somente potável (quente/fria) com
pressão suficiente para os diversos usos (torneiras, máquina de louça, etc.)
Todo o cuidado deve ser tomado para que tubulações de saída de água,
usada por outros setores, água pluvial e água de esgoto não passem pela
zona do complexo cozinha.
5) Quanto a Instalações sanitárias
A empresa deve ter instalações sanitárias para os funcionários em
número suficiente (lavatórios, vestiários com ducha, W.C. com ducha) em
locais sem comunicação com os setores de trabalho. Esses locais devem
receber um constante controle sobre as condições de funcionamento, de
manutenção de ordem e limpeza, com materiais de higiene: papel higiênico,
sabão liquido germicida, toalhas descartáveis (papel não-reciclado). Nos
setores de trabalho, deve haver o maior número possível de lavatórios para
que a rotina do lava mão seja uma constante. O ideal será controlar a saída da
água para higiene das mãos, devendo ser feita por pedal ou por célula
fotoelétrica. A secagem das mãos deve ser feita por ar quente (cuidado com a
falta de paciência de alguns funcionários que terminam de secar as mãos,
batendo-as no uniforme). Não será permitido por nenhum motivo o uso de
toalhas ou panos de prato para esse fim.
Obs.: Um detalhe importante no projeto refere-se ao posicionamento e
aos detalhes das janelas e portas.
6) Quanto às janelas
14
Altura: Sempre numa altura que não permita a incidência do sol sobre
as bancadas situadas debaixo delas (acima de 1,5m do solo).
Vidros: Sempre lisos e transparentes.
Presença de tela forte e de trama muito fina (o diâmetro de um lápis
permite a passagem de um rato), sendo removível para facilitar a limpeza.
Peitoris: Sempre em ângulo de 45° para não servir de prateleira.
7) Quanto às portas
Largura: Com espaço suficiente para a passagem de carros e
equipamentos pesados.
Ao separar ambientes, devem ser de controle automático e/ou portas de
ar (barreira de vento que impede a fuga de temperatura e carga térmica,
entrada de insetos voadores, poeira, fumaça, odores).
Teichmann, 2009 cita que mise en place se refere aos preparativos que
devem ser feitos para poder se obter um serviço mais racional, organizado e
rápido nos diversos setores de uma cozinha. A mise em place da cozinha é
15
feita de acordo com o tipo de atendimento que se pretende oferecer à
clientela; portanto, ela é específica a cada estabelecimento.
A boa “mise en place” de cada setor da cozinha é fundamental para a
fluidez do serviço, sobretudo na hora do “rush”. É necessário que cada chefe
de partida prepare adequadamente a sua praça com todos os utensílios,
mercadorias, bases de cozinha e demais detalhes necessários para atender
os pedidos que constam da Carta de Comidas (Cardápio/Menu).
16
confeitar, tábuas para corte (de altileno, de vidro temperado), chinois,
etamines, funis coadores, peneiras, tigelas, pratos, travessas, caçarolas,
frigideiras, panelas, fôrmas assadeiras, tabuleiros, etc.;
Todo o material necessário à limpeza dos utensílios, dos equipamentos
e de higiene pessoal.
VERBETE
Mandolin (ou Mandolina): é um tipo de utensílio que permite
fazer cortes exatos de várias espessuras de diversos alimentos.
Existem vários modelos no mercado, inclusive de várias
origens, francesa, japonesa etc.
FIM DO VERBETE
BOXE EXPLICATIVO
Uma bateria de cozinha é composta por vários utensílios como
os citados acima. A figura abaixo ilustra alguns destes
utensílios. O material mais indicado para os utensílios em uma
cozinha é o inox.
17
Fonte: http://azambuja.olx.pt/bateria-de-cozinha-em-inox-1810-
965592685-iid-41015315
FIM DO BOXE EXPLICATIVO
CONCLUSÃO
18
várias literaturas, que conta a história da alimentação no Brasil e no mundo
que nos motiva a entender toda sua trajetória.
Após lenta e gradual especialização a cozinha sofreu e sofre evoluções
para atender a sociedade contemporânea que faz exigências de qualidade
nutricional, qualidade higiênica e sanitária que promove a segurança alimentar
entre outros tantos critérios exigidos pelo consumidor que cada dia está mais
conhecedor de seu direitos.
Falar de cozinha hoje é tratar de conhecer a legislação desde a sua
edificação até tudo que diz respeito aos gêneros alimentícios que vão ser
utilizados, como também a higiene e sanitização dos alimentos, higiene do
ambiente e do manipuladores, que envolve a higiene pessoal, com critérios
específicos para se trabalhar em uma cozinha, seja ela de qualquer porte.
Atividade única
Atende aos objetivos 1, 2 e 3
Para entender melhor o setor cozinha, façam uma visita técnica em grupo ou
individual a um meio de hospedagem do entorno onde você reside e relate nas
linhas abaixo, se, o que você visualizou neste setor está de acordo com o
conhecimento adquirido até o momento.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
19
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_____________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_____________________________________________________________
Resposta comentada
20
RESUMO
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
21
Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação.
Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/. Acesso em 15 de junho de 2009.
CAMPOS, V. Falconi. Controle de qualidade total. Belo Horizonte: Fundação
Christiano Ottoni, Universidade Federal de Minas gerais, 1992.
CÂNDIDO, Índio; VIERA de VIERA, Elenara. Maître D’hotel: técnicas de
serviço. Caxias do Sul: Educs, 2002.
_______; Índio; VIERA DE VIERA, Elenara. Gestão de hotéis: técnicas,
operações e serviços. Caxias do Sul: Educs, 2003.
CASTELLI, Geraldo. Administração hoteleira. 9ª ed. Caxias do Sul: Educs,
2003.
GENTA, M.S., et. Al. Avaliação das Boas Práticas através de check-list
aplicado em restaurantes self-service da região central de Maringá,
Estado do Paraná. Maringá, v.27, n 2, p. 151-156, 2005.
ILDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgard Blucher, 1990.
SILVA JÚNIOR, Eneo Alves da. Manual de controle higiênico-sanitário em
serviços de alimentação. São Paulo: Varela, 1995.
TEIXEIRA, Suzana; MILET, Zélia; CARVALHO, Josedira; BISCONTI, Telma
Maria. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição.
São Paulo: Atheneu, 2004.
ZANELLA, Luiz Carlos; CÂNDIDO, Índio. Restaurante: técnicas e processo de
administração e operação. Caxias do Sul: Educs, 2002.
TEICHMANN, Ione Mendes. Tecnologia Culinária. Caxias do Sul: Educs,
2009.
22