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1.

A proteína C reativa é um membro da família proteica pentraxinas, produzida


no fígado e de alta sensibilidade. Essa proteína inicia diversas funções
biológicas, incluindo precipitação, fagocitose, opsonização e aglutinação
bacteriana. Entre as atividades de maior importância, destacam-se a habilidade
de se unir a substratos e a capacidade de ativar o sistema complemento,
ligando-se e modulando a função fagocitária dos leucócitos. Essas funções
sugerem que ela tem papel fundamental em mecanismos imunológicos e
inflamatório. Trata-se de uma proteína de fase aguda positiva, marcador de
inflamação sistêmica, que aumenta em resposta de lesão e um biomarcador
inflamatório, portanto é um marcador de processo aterosclerótico e
consequentemente de doença coronária. Evidências também sugerem que não
só é um marcador inflamatório, como participa do processo aterogênico.

2. Para avaliação clínica e laboratorial do risco cardiovascular em pacientes com


DAC (doença arterial coronariana). Estudos mostram que a razão TG/HDL-C
como indicador de tamanho de partículas de LDL para razões >1, ou seja,
correspondentes a presença de partículas LDL pequenas e densas, que são
fatores de risco para doença cardiovascular.

3. A aterosclerose é uma doença inflamatória crônica, causada pelo enrijecimento


e estreitamento das veias e artérias do corpo. Esse estreitamento pode ser
causado por uma série de fatores, como o depósito de placas de lipídios e
tecido fibroso (ateromas), de cálcio ou de outros detritos do corpo na parede
dessas veias e artérias. Geralmente, as chances disso acontecer são maiores em
pacientes que apresentam fatores de risco como obesidade, sedentarismo,
níveis elevados de colesterol, pressão alta e diabetes. Sabe-se que a
aterosclerose se desenvolve como um processo de ativação celular, inflamação
e trombose. A inflamação é o mecanismo chave na patogênese dos vários
estágios da aterosclerose. O processo inflamatório é exacerbado por todos os
fatores de risco cardiovasculares, particularmente pelos níveis elevados de LDL.

4. Não, porque a média de TG dos homens deu 154 e das mulheres 135, e ambos
os valores estão dentro dos valores de referência para triglicerídeos.

5. As lipoproteínas aterogênicas são o LDL e o VLDL, já a antiaterogênica é


composta somente pelo HDL.

6. Sim, pois é uma proteína marcadora de processos inflamatórios de alta


sensibilidade. Relativo aos valores da PCR-as, vários estudos têm demonstrado
que elevações na concentração da PCR-as são preditivas de eventos
cardiovasculares, como aterotrombose, infarto do miocárdio e morte por
causas cardiovasculares, estando a sua elevação associada a progressão de
placas ateromatosas presentes nas carótidas.
7. HDL é uma proteína antiaterogênica e inibe a secreção de fator tecidual.
É um tipo de colesterol importante para o bom funcionamento do corpo, pois
atua no processo de eliminação de lipídios do organismo. O HDL faz transporte
reverso de gordura, levando para o fígado, ajudando a prevenir doenças
cardiovasculares, com sua ação antioxidante, antitrombótica e anti-
inflamatória.

8. Não, porque mesmo com o HDL mais alto que a dos homens, as mulheres
apresentaram os valores de PCR mais altos, que são preditivas de eventos
cardiovasculares como infarto do miocárdio, e estando associada a progressão
de placas ateromatosas.

9. Os níveis de PCR são preditores de eventos cardiovasculares futuros, sobretudo


em pacientes com síndrome metabólica. Os níveis de PCR foram também
preditores de diabetes mellitus tipo 2, doença que partilha alguns dos
mecanismos inflamatórios com a aterosclerose. Então parece que a PCR pode
ser um marcador útil de rastreio de crianças em risco de desenvolver doença
coronária em idade adulta.

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