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ESTUDOS DE CASO

1) Paciente: L.M.S., sexo feminino, 67 anos

Diagnóstico: Pós opertaório de anexectomia bilateral com reabordagem cirúrgica


devido a hematoma de parede abdominal, apresentando estase gástrica e íleo
paralítico pós-operatório.

História clínica:

A paciente foi admitida no dia 17/11/2016 para realização de laparotomia de


massa anexial (alguma estrutura conectada ao útero). Durante a cirurgia foi
observada aderência do apêndice cecal à massa anexial, além de hiperemia e
endurecimento da região, decidindo-se pela remoção do mesmo. Após a cirurgia,
a paciente relatou dor abdominal e apresentou quadro de taquicardia e
hipotensão. Realizada US, foi evidenciada grande quantidade de sangue na
cavidade abdominal e hematoma extenso na parede do abdômen.

Durante a recuperação pós cirúrgica, a paciente apresentou íleo paralítico, sendo


transferida (24/11/2016) para o CTI, e solicitada avaliação nutricional devido a 7
dias de jejum (em função da estase). Paciente em uso de bromoprida,
ondasterona e omeprazol.

Estado Nutricional:

Peso usual informado: 50 kg

Peso estimado (altura do joelho): 56,2 kg

Altura informada: 1,51 m

Perímetro braquial: 29 cm

Perímetro da panturrilha: 32,5 cm

Ao exame físico, apresenta perda leve de massa muscular (infra e supra


clavicular, e temporal bilateral) e adiposa e abdômen distendido.
Hemodinamicamente estável.
Exames bioquímicos:

Exames 24/11/2016 Referências


Albumina (g/dL) 1,7 3,5-5,0
Leucócitos (10³/uL) 13,95 4,0-11,0
Plaquetas (10³/uL) 170 150-450
Hemoglobina (g/dL) 9,3 36-46
Hematócrito (%) 26,9 36-46
VCM (fL) 88,2 80-100
RDW 15,2 11,5-14,6
Ureia (mg/dL) 42 15-36
Creatinina (mg/dL) 0,41 0,52-1,04
pH 7,53 7,35-7,45
pO2 (mmHg) 62,2 83,0-108,0
pCO2(mmHg) 36,0 32,0-48,0
HCO3 (mmol/L) 29,3 21,0-28,0

Pede-se:

a) Diagnóstico Nutricional e metas

IMC= 21,9 kg/m2 eutrofia

IMC= 24,6 kg/m2 eutrofia

PB= 29 cm – eutrofia

PP= 32,5 cm—eutrofia

Ao exame físico a paciente apresenta sinais de desnutrição energética-


proteica. Mas o Imc e a circunferencia da panturrilha mostra eutrofia.
Nos exames bioquímicos a albumina está abaixo do valor de referência
indicando desnutrição, a creatinine está abaixo do valor de referência,
pode ser um indicativo de baixa quantidade de massa muscular na
paciente, Hemoglobina: muito abaixo do valor de referência, que se
relaciona com a hemorragia abdominal do paciente, Hematócrito: abaixo do
valor de referência, indica uma diminuição da quantidade de hemácias, que
se relaciona também com a hemorragia, a ureia: acima do valor de
referência podendo indicar possível insuficiência renal.
O íleo paralítico prolongado se relaciona com a impossibilidade da
utilização do TGI tornando.

A paciente não apresenta risco nutricional, a meta é manter o estado nutricional


da paciente, entretanto os sinais e resultados bioquímicos estão alterados, por
isso é necessário que ocorra uma avaliação dessa paciente em intervalos
regulares.

b) Cálculos da parenteral considerando fórmula parenteral com solução


de glicose a 50%, de aminoácidos para adultos a 10% e emulsão
lipídica de segunda geração a 20%.

1ml -1,1

Manter estado nutricional: 27 kcal 50 x 27 = 1350 kcal


Proteína= 1 g/kg 1 x 50= 50 g de
PTN (50 x 4= 200 kcal)
Água= 1350 m
VIG: 3,5 mg x 50 x 60 x 22= 231.000mg/1000= 231 g de glicose
231g x 4= 924 kcal

1350 kcal----100%
924 kcal------x
x = 68,4 %

Lilídeos:
CHO+PTN
924+200 = 1124 kcal
1350-1124= 226 kcal ÷ 9 = 25g

Quantidade de solução:
Glicose 50%
100 ml de solução----- 50g
x -------231g
x= 462ml

Aminoácido 10%
100 ml de solução-------10g Aa
x-------------50g
x= 500ml

Lipídeo 20%
1ml ------2 kcal
x----------226 kcal
x= 113 ml

Eletrólito
30 ml de eletrólito -----1 L de solução
x----------1,35L
x = 40,5 ml

Somatório:462+ 500+113+40,5= 1115


1350- 1115 = 235 ml de água
Volume de infusão: 1350/22 = 61 ml/hora
Prescrição parenteral há 61ml por hora.

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