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AO JUÍZO DA 1º VARA CÍVEL DA COMARCA DE... ESTADO DO...

PROCESSO Nº

FULANO DE TAL, Nacionalidade (opcional), estado civil/ união estável, profissão, portador
da cédula de identidade sob o n.º XXX.XXX.XXX-XX, CPF sob o n.º XXXXXXX, endereço
eletrônico XXX, residente e domiciliado na Rua tal, bairro tal, cidade tal, estado de .... por
intermédio do seu advogado, nome completo, inscrito na OAB sob n.º XXXX, com endereço
eletrônico... com endereço profissional na rua tal, bairro tal, na cidade de ... estado de ... onde
recebe intimações, nos termos do art. 77, inciso V, do CPC, conforme procuração anexa, vem,
respeitosamente perante este juízo com fundamento no art. 355 e seguintes do CPC, oferecer:

CONTESTAÇÃO

Aos pedidos formulados por BELTRANO DE TAL, nacionalidade (opcional), estado


civil/união estável, profissão, portador da cédula de identidade sob o n.º XXX.XXX.XXX-XX,
CPF sob o n.º XXXXXXX, endereço eletrônico XXX, residente e domiciliado na Rua tal, bairro
tal, cidade tal, estado de ...

DOS FATOS (OU DA VERDADE DOS FATOS)

Pretende o autor pleitear indenização moral da parte ré, com o fundamento de exposição com
xingamentos e trocas de insultos em conversas realizadas via aplicativo de troca de mensagens,
sendo tal narrativa totalmente inverídica.

O que aconteceu foi apenas uma troca de insultos mútuos, ambas as partes nunca tiveram uma
boa relação e o fato de um insultar ao outro levou a conversas nenhum pouco amistosas, mas
não há o que se falar em exposição.

O réu jamais divulgou nenhuma conversa ou teve alguma atitude que fosse de encontro aos
preceitos amparados pelo art. 5º, X da Constituição Federal.

A parte autora mostrou as suas conversas a uma amiga, que se aproveitou de um momento de
desatenção e divulgou prints das conversas com terceiras pessoas, ou seja, o réu não tem
nenhum envolvimento com a situação.

(colocar endereço) (colocar e-mail + site) (colocar telefone)


Em nenhum momento o NOME DO RÉU, que ocupa o polo passivo da presente demanda, teve
intenção de difamar ou fazer qualquer tipo de vexame relacionado a pessoa de NOME DO
AUTOR(A).

O fato de as conversas terem sido expostas, bem como os áudios que ali estavam, não tem
nenhuma ligação com o réu, que ficou muito abalado e surpreso com tal acusação.

O réu pode não ter uma relação amistosa com a parte autora, mas em nenhum momento expôs
qualquer pensamento errôneo sob a mesma, sempre guardou para si. O que abordou em uma
conversa via aplicativo de mensagens, foi apenas entre o autor e ele(a), nunca envolvendo
terceiros ou tentando ferir a sua imagem perante a sociedade.

Sendo assim, que fique claro que em nenhum momento o réu difamou ou caluniou a parte
autora da ação. Ambas as partes apenas trocaram mensagens privadas de insultos em um
momento de forte emoção.
Assim como pode-se observar, nos prints que foram divulgados pela terceira pessoa, que nada
tinha a ver com a conversa, o réu pediu desculpas em um momento da conversa e disse que
havia dito aquelas palavras em um momento de forte emoção e movido por muita raiva.

DAS PRELIMINARES DE MÉRITO

(Coloque esse tópico apenas se a sua contestação apresentar possibilidade de preliminares, elas
estão previstas no art. 337 do Código de Processo Civil, por isso tenha muito atenção e não
esqueça de alegá-las).

OBS. Nem sempre será́ o caso de existir um defeito processual. Inexistindo, não há que se
alegar nenhuma preliminar. Pode também ser o caso de existência de mais de uma preliminar.
Se for o caso, alegue-as, preferencialmente separando por subtítulo.

INEXISTÊNCIA OU NULIDADE DE CITAÇÃO

Analisando-se os autos, verifica-se que o A.R. (aviso de recebimento) de fl.__ foi assinado por
pessoa diversa do réu, caracterizando, assim, a nulidade da citação, nos termos do art. 239 do
CPC.

Por esta razão, deve ser acolhida a presente preliminar a fim de que o processo seja extinto sem
análise do mérito, nos termos do art. 485, inciso IV do CPC.

TJMG EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO –


NULIDADE
RECONHECIMENTO – AR CUMPRIDO EM ENDEREÇO
DE CITAÇÃO

ERRADO-ASSINATURA POR TERCEIRO ALHEIO À LIDE. Não


havendo nos autos qualquer prova que vincule a Agravada e a pessoa

(colocar endereço) (colocar e-mail + site) (colocar telefone)


indicada como recebedora no A.R., é impossível presumir a eficácia da
citação promovida em endereço distinto. Tratando-se de pressuposto do
andamento válido do processo, sendo nula a citação, impõe-se a
declaração de nulidade dos atos processuais que se seguiram.
(TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS TJ-MG – AGRAVO
DE INSTRUMENTO-CV: AI 10000190705996001MG)”(grifos
nossos)

DA INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA OU RELATIVA

Verifica-se da análise dos autos que a questão objeto da lide é de competência da___________
sendo, portanto, este juízo cível estadual, absolutamente incompetente para apreciá-lá.

Desta forma, requer a Vossa Excelência que acolha a preliminar suscitada e determine a
extinção do processo sem análise do mérito, nos termos do art. 485, inciso IV do CPC.

DA FALSIDADE DOCUMENTAL

Analisando bem os prints anexados na exordial, ainda podemos comprovar que a autora da ação
alterou o teor de algumas mensagens através de edições conforme as imagens comparativas, que
anexamos no presente documento.
Algumas partes das conversas, estão visivelmente distorcidas, indicando claramente o teor de
um conteúdo não condizente com a conversação verdadeira entre as partes.
Os prints apresentam rasuras e colagens, com o objetivo de tentar ocultar informações que
foram dialogadas, e há momentos em que demonstra alterações feitas por meio de mensagens
que foram apagadas/omitidas. Provavelmente tais alterações foram feitas por meio de um
recurso que as apagou dos prints, e palavras que jamais foram proferidas, foram inseridas no
mesmo.

Para comprovar os argumentos apontados pode ser feita a comparação das imagens, ou se assim
desejar, o réu está totalmente disponível a entregar o seu próprio celular para verem o real teor
da conversação.

O art. 430 do Código de Processo Civil, diz que a falsidade pode ser alegada na réplica,
contestação ou no momento de juntada de documento aos autos, desde que aconteceu a
intimação, “in verbis”:

TJRS RECURSO EM SENTIDO ESTRITO.


INCIDENTE DE FALSIDADE DOCUMENTAL.
PERÍCIA TÉCNICA QUE CONCLUI TAXATIVAMENTE PELA
INAUTENTICIDADE DO DOCUMENTO. JULGAMENTO DE
PROCEDÊNCIA. DECLARAÇÃO DA FALSIDADE
DOCUMENTAL. DECISÃO MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO.

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UNÂNIME. (Recurso em sentido estrito nº70071573547, Sexta Câmara
Criminal, Tribinal de Justiça do RS, Relator: Ícaro Carvalho de Bem
Osório, Julgado em 10.11.2016)

A conduta da parte autora não vai de encontro com a boa-fé e assim fere totalmente preceitos
morais, já que a falsidade poderia gerar reflexos legais em relação ao réu.
Assim, requer que seja declarada a falsidade documental, bem como solicitamos o exame
pericial dos prints das mensagens anexadas a exordial pelo autor da demanda.

DA INEXISTÊNCIA DE DANO MORAL

A parte autora da demanda requer do réu que ele indenize no valor de R$ … (informe o valor
numérico e por extenso), pelos prints que foram divulgados da conversa privada onde ambos
trocaram insultos.

Ocorre que não há nenhum dano como o NOME DO AUTOR, tentou demonstrar em seus fatos
relatados, pois em nenhum momento há a comprovação de que esses prints foram divulgados
pelo réu, ou há a existência de provas que indiquem ter alguma ligação do mesmo com tamanha
baixaria.
O réu não ganharia nada divulgando tais prints, visto o mesmo ter sido muito ofendido nas
conversas que aconteceram naquele aplicativo de troca de mensagens.

O que observamos ao analisar é que o réu apenas criticou a parte que figura no polo ativo da
demanda, não tendo nenhum proposito difamatório ou calunioso.

Ademais, já ficou claro que tais prints e áudios foram divulgados por uma amiga da parte autora
que teve acesso a tais conversas.

TJSP INEXISTÊNCIA
MORAL.RETENÇÃO DA CTPS.Indevida a
DE

indenização por dano moral, quando não demonstrado qualquer ato


DANO

praticado pelo réu que pudesse resultar em prejuízo à intimidade, à vida


privada, à honra e à imagem do reclamante (art. 5º, X, da Constituição
da República). Sentença que se mantém. Tribunal Regional do
Trabalho da 1ª Região TRT-1 – RECURSO ORDINÁRIO: RO
01003034220165010411 RJ”(grifos nossos)
“DANO MORAL-Calúnia – Suposta imputação de estelionato –
Notificação que, remetida pelo ex-cunhado, ora recorrido, a terceiro
pessoa, para a defesa de direitos desta, não foi hábil a atingir a honra
subjetiva do recorrente, até porque se destinaram a ser anexadas em
processos judiciais – Conversas privadas entre pessoas próximas que,
ocorrida no WhatsApp, não eram suficientes para abalar a estima e
consideração social do recorrente – Inexistência de dano moral –
Sentença confirmada por seus próprios fundamentos-Recurso
improvido. Tribunal de Justiça de São Paulo TJ-SP-Recurso Inominado

(colocar endereço) (colocar e-mail + site) (colocar telefone)


Cível : RI 1036094-63.2019.8.26.0001 SP 1036094-
63.2019.8.26.0001”

O dano moral se configura quando a parte que ocasiona danos que possam violar o direito da
personalidade ou atinjam a pessoa diretamente no meio social. Em nenhum momento por meios
das conversas é possível ver que a situação do caso apresentado conseguiu atingir de tal forma o
autor.

O réu ao ter aquela conversa tão fervorosa no aplicativo de mensagens nunca pensou que a
mesma fosse ser divulgada a terceiros, e não teria nenhuma intenção de divulgar para que as
pessoas vissem o quanto estava sendo ofendido na mesma.

Assim, se resta provado que em nenhum momento o autor quis divulgar a conversa e que tal
situação foi exposta por uma amiga da parte autora, ficando provado que não há que se falar em
reparação civil. Pois, se assim fosse a parte que figura no polo ativo da presente demanda
deveria indenizar a parte ré pelos insultos ditos nas mensagens.

Que fique claro, que em nenhum momento é possível se identificar quem são as pessoas
envolvidas na conversa. Pois, a amiga da parte autora embaçou os nomes e assim apenas só tem
conhecimento as partes que figuram a presente demanda e a amiga da autora, que teve
conhecimento por meio dele(a).

PEDIDOS

Ante o exposto, requerem à Vossa Excelência que:

A. Que seja acolhida a preliminar que anula o ato citatório, pois o mesmo não foi realizado
pela pessoa que figura no polo passivo da ação e assim, também se afasta a multa por
não comparecimento a audiência de conciliação;

B. Que seja acolhida a preliminar de incompetência;

C. A demanda seja julgada TOTALMENTE IMPROCEDENTE, pois não há nenhuma


conexão que realmente prove a existência de prejudicar o autor da demanda por parte do
réu, visto que a parte que figura no polo passivo não divulgou a conversa ou os prints da
mesma a terceiros;

D. Que seja declarado inexistente o dano, pois se observa que aceitá-lo seria um absurdo,
visto a parte ré nunca ter tido a intenção de ofender a honra ou a imagem do(a) autor(a).

(colocar endereço) (colocar e-mail + site) (colocar telefone)


E. Que seja decretada a falsidade documental dos prints, visto os documentos anexados
terem sido alterados, conforme comprova o documento anexado a esta contestação.

F. Que seja decretada a condenação da parte autora ao pagamento das custas processuais e
A honorários advocatícios.
dos
c

Protestam provar o alegado, por todos os meios de prova admitidos no direito.

COLOQUE OS VALORES APENAS EM CASO DE RECONVENÇÃO

Valor da causa (fins fiscais)

R$ (COLOQUE OS VALORES)

Nestes termos,
Pede deferimento.

Local,data.

Advogado/OAB

(colocar endereço) (colocar e-mail + site) (colocar telefone)

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