1) O documento discute a diferença entre crimes negligentes e dolosos no plano da culpa e do ilícito.
2) Nos crimes negligentes, a violação do dever jurídico de cuidado tem relevância jurídica e pode levar à responsabilidade penal.
3) A culpa negligente envolve uma atitude de leviandade ou descuido em relação ao bem jurídico em risco.
1) O documento discute a diferença entre crimes negligentes e dolosos no plano da culpa e do ilícito.
2) Nos crimes negligentes, a violação do dever jurídico de cuidado tem relevância jurídica e pode levar à responsabilidade penal.
3) A culpa negligente envolve uma atitude de leviandade ou descuido em relação ao bem jurídico em risco.
1) O documento discute a diferença entre crimes negligentes e dolosos no plano da culpa e do ilícito.
2) Nos crimes negligentes, a violação do dever jurídico de cuidado tem relevância jurídica e pode levar à responsabilidade penal.
3) A culpa negligente envolve uma atitude de leviandade ou descuido em relação ao bem jurídico em risco.
Crime mais usual, e quase Tanto os crimes por omissão
Doutrina defende que a único, na dogmática jurídico- como por negligência diferença entre os crimes penal, é o crime de comissão ocupavam um papel negligentes e crimes dolosos por ação dolosa. secundário na ciência verifica-se no plano da culpa criminal. e no plano do ilícito.
Também a culpa negligente é
constituída por tipo negligente e culpa negligente.
Tipo de ilícito negligente:
violação do dever jurídico de cuidado (desvalor de ação) e pela ocorrência do resultado típico como consequência dessa ação (desvalor do resultado) Culpa negligente: atitude ético-pessoal de leviandade/descuido para com o bem jurídico em causa. No século XIX, com a O tipo de ilícito Critério do que é industrialização, entrámos na negligente: objetivamente o cuidado chamada “sociedade de A violação do dever de exigível? risco”, pois com o avanço cuidado (desvalor da ação) -o critério tem que ser das industrias, havia riscos pressupõe duas coisas: objetivo e concreto (como por toda a parte: ambientais, -Previsibilidade objetiva do afirma o artigo 15º); de trabalho, de saúde, etc. perigo com determinada -Critério padrão é o “homem Isto levou a que os crimes ação, isto é, ser possível consciente e cuidadoso”; negligentes começassem a prever que com determinada (repare-se que esta expressão assumir um papel importante ação (dar um soco é melhor que a tradicional do na sociedade – dado que, ao fortíssimo) é previsível “homem médio” pois que – invés dos crimes comissivos produzir-se um perigo dando-se o exemplo do setor por ação dolosa, os crimes objetivo (a pessoa poderá rodoviário – se todos os negligentes começaram a ser morrer ou ficar gravemente “homens” cometessem os mais usuais – pois as ferida); crimes negligentes como pessoas cometiam mais -não observância do cuidado normalidade, o homem crimes pela não observância objetivamente requerido. médio seria aquele que dos deveres de cuidado do cometesse crimes que, propriamente, com o negligentes; tem que ser um cometimento de um crime. critério jurídico e não social)
O grau ou intensidade Qual é a relevância das Ocorrência do resultado
exigível? capacidades de (adequado) como -está em relação com os conhecimento acima da consequência da violação do respetivos bens jurídicos (a média? dever objetivo de cuidado sua relevância, a intensidade Doutrina divide-se (desvalor de resultado): do perigo associado, as -Enquanto que para os A imputação do resultado à circunstâncias concretas do conhecimento abaixo da conduta nos crimes caso, etc.); média há uma opinião negligentes importa afirmar -Quanto mais intenso for o generalizada de que não se que, se o agente tivesse agido cuidado exigível mais grave exclui a ilicitude da ação; conforme as regras de é o seu não cumprimento, e -para os acima da média já cuidado, com toda a por isso, mais gravosa vão não existe (por exemplo, há probabilidade, o resultado ser as consequências quem defenda – se defender não se teria produzido. jurídicas do crime. que não releva para a Daqui a conclusão que, nos ilicitude -, que se um médico comportamentos alternativos agir conforme as legis artis, e lícitos, deve negar-se a os seus conhecimento imputação do resultado à técnicos no momento da conduta, pois, se mesmo com intervenção cirúrgica, que todo o cuidado ter-se-ia mesmo que tivesse produzido o resultado, então conhecimentos acima que, o agente não pode ser caso tivesse agido conforme culpado por ele (pois, ele iria esses conhecimentos, o produzir-se na mesma). resultado teria sido diferente, É, por isso, necessário que a o médico não pode ser norma de dever de cuidado culpado negligentemente), ou abrange os cuidados tomados seja, não é relevante os pelo agente. conhecimentos. -Para Taipa de Carvalho, Claro que nas situações de assim como Roxin e risco permitido, por exemplo, Figueiredo Dias, a não não há crimes negligentes, utilização dos conhecimentos pois, como nos crimes por acima da média deve ação, não há desvalor de manifestar um crime ação, quando é para negligente (isto, claro está, se minimizar danos (não há forem conhecimento violação do dever de comprovados pela cuidado). experiência que beneficiem).
Autonomia do tipo ilícito A culpa negligente:
negligente? Conclusões A atitude de leviandade ou -Só nos crimes negligentes a descuido perante o bem violação do dever de cuidado jurídico em causa. É a atitude têm relevância jurídica, isto do agente de não levar a sério é, dão lugar a o bem jurídico-penal que se responsabilidade penal pela põe em causa, pondo em sua comissão. risco o bem. Essa é, sim, o - a diferença entre o crime conteúdo material da culpa doloso e negligente é não só negligente. no plano da culpa, mas também no plano do tipo de ilícito.
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