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Aula 04
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autor
EDUARDO NASCIMENTO DE ARRUDA
Desenvolvedor
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
Autor
Luciano Senti da Costa
04
UNIDADE
8 Bromatologia
INTRODUÇÃO
Os nutrientes são essenciais para a sobrevivência dos seres vivos,
tanto humanos, animais e até plantas. Grande parte destes nutrientes
vem da natureza, quer sejam vegetais, minerais ou animais. Os seres
vivos se beneficiam destes elementos da natureza para a alimentação.
Desde os primórdios da humanidade os alimentos tem sido motivo
de muita preocupação e a indústria alimentícia procura auxiliar neste
assunto. Antigamente os métodos de conservação dos alimentos
eram bastante precários, principalmente para as pessoas que não
possuíam geladeira. As carnes eram conservadas em bases salgadas e
desidratadas e alguns outros alimentos eram conservados em soluções
de vinagre e sal, ou mesmo em potes de gordura. Até hoje ainda
existem alimentos conservados em soluções de vinagre e sal, como
chamamos de “conservas”. A indústria alimentar, com as pesquisas sobre
os alimentos, agregou inúmeras tecnologias aos alimentos, reduzindo
perdas, inserindo sabores, cores, texturas, etc. É notória a importância da
pesquisa e da indústria no desenvolvimento do mercado alimentício, mas
muitos elementos adicionados aos alimentos podem causar problemas
à saúde dos consumidores. Para isto existem regulamentações e
normas específicas, na tentativa de reduzir os impactos à saúde das
pessoas. Estas leis, criadas por entidades governamentais tem a função
de normatizar a cadeia dos alimentos, desde a produção até a mesa
das pessoas, tendo em vista nutrir as pessoas com alimentos que
apresentem segurança e qualidade. Estes mesmos órgãos federativos
possuem a capacidade de fiscalizar e controlar os estabelecimentos que
trabalham com alimentos, mas em alguns casos, apresentam falhas nos
processos. Nesta disciplina iremos estudar estes assuntos e espero que
você possa desfrutar deste material que foi produzido especialmente
para o seu desenvolvimento acadêmico e profissional. Lhe desejo muito
sucesso neste estudo!
Bromatologia 9
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4. Nosso objetivo é auxiliar
você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até
o término desta etapa de estudos:
1. Compreender o que são aditivos, seus tipos e consequências
do uso nos alimentos.
2. Compreender a definição de condimentos alimentares, seu
contexto histórico, tipos mais utilizados na indústria alimentar e métodos
de análises bromatológicas.
3. Compreender o que são bebidas alcoólicas e não alcoólicas,
bem como suas composições.
4. Compreender e discutir os principais aspectos da legislação
referente ao controle da qualidade e fiscalização dos alimentos no Brasil.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento?
Ao trabalho!
10 Bromatologia
Aditivos alimentares
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo serão estudados os aditivos alimentares com
objetivo de aprender a classificação, segurança no uso e
técnicas de análise utilizadas. Também serão descritos com
detalhes os condimentos alimentares, desde o contexto
histórico, classificação, segurança e métodos de análise a
fim de compreensão desta classe alimentícia. Estudaremos
também sobre as bebidas alcoólicas e não alcoólicas,
abordando os componentes nutricionais e legislação das
mesmas. Por fim e de extrema importância estudaremos
a respeito dos órgãos federativos responsáveis pela
regulamentação e fiscalização das diversas etapas da
cadeia de alimentos e bebidas em nosso país.
Fonte: pixabay
Bromatologia 11
Classificação
Diferentes percepções interferem em nossa alimentação, sendo
elas a aparência dos alimentos, o odor volátil que chega através
de moléculas até as narinas, a textura e finalmente o sabor que é
influenciado também pelo aroma. A alimentação que em seus primórdios
era completamente natural, com o avanço da tecnologia de alimentos
tornou-se mais industrializada e, portanto, incorporando o uso de
aditivos com grandes vantagens.
Figura 2: Plantio de maçãs, alimento natural não processado
Fonte: pixabay
Acidulante
Serve para aumentar ou conferir acidez ao alimento, regular o pH,
atuar como tampão ou como agente fermentador, aromatizar, disfarçar o
gosto de outra substância, impedir que os alimentos escureçam, auxiliar
no combate a bactérias, modificar a textura de um alimento, realçar
determinada cor, alterar o sabor, entre outras funções.
O ácido fosfórico é utilizado em bebidas à base de cola, o ácido
tartárico em bebidas com sabor de uva, o ácido cítrico é o mais usado
e disfarça o sabor da sacarina, reduz o pH, aromatiza, etc., enquanto
o ácido acético diminui o pH de um alimento e o ácido lático inibe o
crescimento bacteriano.
Figura 3: Fórmula estrutural do ácido cítrico
SAIBA MAIS:
Para saber mais sobre cada tipo de acidulante, confira as
funções e os tipos principais no link: https://bit.ly/39KKzF9
Antioxidante
Substância utilizada para retardar o aparecimento de oxidação
no alimento, que é uma reação química que ocorre na presença de
oxigênio. Também evita que o alimento fique rançoso.
O ácido ascórbico (vitamina C) evita que frutas escureçam e
preserva a cor da carne, o ascorbato de sódio e o ascorbato de cálcio
tem o mesmo efeito. Os galatos são muito utilizados em gorduras e
óleos, o ácido cítrico também é utilizado como antioxidante e os citratos
como o ácido tartárico que é retirado das uvas.
Figura 4: Fórmula química do ácido ascórbico
Aromatizante
Substância utilizada para conferir ou melhor o aroma de um
alimento. Podem ser naturais ou sintéticos, sendo que os sintéticos
podem ter aroma idêntico ao natural ou artificial.
Os aromatizantes idênticos ao natural são compostos por
substâncias químicas que são iguais aos naturais, enquanto que os
artificiais são substância não encontradas na natureza. Um aromatizante
artificial é utilizado principalmente quando o natural tem alto custo ou é
difícil de ser encontrado.
A canela pode ser utilizada como aromatizante natural para balas,
o butanoato de etila é um aromatizante idêntico ao natural do abacaxi
enquanto a etil-vanilina é um aromatizante artificial da baunilha.
Figura 5: Fava de baunilha extraída de uma orquídea difícil de ser cultivada
Fonte: pixabay
Conservante
Responsável por impedir ou retardar a degradação ou alteração
dos alimentos provocada por ação enzimática ou de microrganismos. Os
conservantes mais antigos que se tem conhecimento são a fumaça de
madeira, o açúcar e o sal, porém graças a Química, novos conservantes
estão sendo utilizados.
Bromatologia 15
Corante
Substância capaz de proporcionar, intensificar ou restaurar a cor
de determinado alimento. Podem ser naturais ou artificiais, sendo que os
artificiais possuem maior poder de coloração.
São classificados em:
Corante orgânico natural (cochonilha, clorofila, carmim, carote-
noides, etc.);
Corante orgânico sintético (não encontrado naturalmente,
amarelo crepúsculo, tartrazina, etc.);
Corante artificial (azul brilhante, eritrosina, etc.);
Corante orgânico sintético idêntico ao natural (caramelo II, III e IV);
Corante inorgânico (prata, ouro e óxidos e hidróxidos de ferro).
A cochonilha é utilizada em salsichas, iogurtes e gelatinas. O azul
brilhante é usado em balas de goma e chicletes, o corante caramelo
utilizado em refrigerantes e o ouro usado em decorações de bolo.
Figura 6: Colônia de fêmeas de cochonilha utilizadas para corante
Edulcorante
Substância, exceto o açúcar, com função de adoçar os alimentos,
também são classificados em naturais e artificiais. Geralmente são
utilizados por pessoas que querem consumir menos calorias ou que tem
restrições aos açúcares, como os diabéticos.
A stevia é um edulcorante natural proveniente de uma planta, do
mesmo nome, com poder de adoçar 300 vezes mais que a sacarose
(açúcar comum), já a sacarina é sintética e possui uma grande
capacidade de adocicar, cerca de 250 vezes maior que a da sacarose
(açúcar comum), mas possui um sabor desagradável e por isso precisa
ser disfarçado com outros aditivos. Outros edulcorantes são o aspartame,
sorbitol, xilitol e sucralose.
Cada tipo de edulcorante possui doses máximas recomendadas
pela ANVISA:
Acesulfame-K: 9 a 15 mg a cada quilograma corporal;
Aspartame: 40 mg a cada quilograma corporal;
Sacarina: 5 mg a cada quilograma corporal;
Stevia: 5,5 mg a cada quilograma corporal;
Sucralose: 15 mg a cada quilograma corporal.
Há uma certa disseminação de que o uso de adoçantes não
faz bem para a saúde. Será que é verdade? Bom, inúmeros estudos
foram conduzidos a respeito, inclusive por instituições conceituadas
como a FDA (Food and Drug Administration) dos Estados Unidos e o
NCI (National Cancer Institute) e resumidamente o consumo nas doses
diárias recomendadas parece não ter relação com doenças como o
câncer ou causar efeitos ruins na saúde humana.
Para determinação de esteviosídeo, manitol, sorbitol, sacarina e
sucralose, usa-se cromatografia líquida de alta eficiência.
Bromatologia 17
Emulsificante
Utilizado para misturar uniformemente de uma ou mais fases
imiscíveis, como o óleo e água. Podem ter origem natural, como o ovo
ou artificial como o mono e o diglicerídeo. A emulsão ocorre, pois, a
substância possui uma parte que interage com a água e outra que
interage com o óleo. A lecitina é um emulsificante natural em sua maioria
extraída da soja, usada em chocolates, biscoitos, margarinas, sopas e
vários outros produtos.
Espessante
Substância que aumenta a viscosidade dos alimentos para
que fiquem menos líquidos. Alguns deles são: carragena, goma guar,
carboximetilcelulose, goma xantana, goma gelana e a dextrana.
A fécula é um espessante natural que pode ser extraído de batata,
mandioca e milho, também podem ser usadas as gomas e até proteínas,
como as presentes nas gemas de ovos.
Os espessantes são utilizados também em casos de disfagia,
condição na qual o paciente tem dificuldade de engolir e a ingesta de
líquidos tende a causar maior chance de engasgo e consequentemente,
aspiração pulmonar.
ACESSE:
Os espessantes podem ser extraídos e identificados
utilizando-se diversas soluções distintas, que pela
quantidade e complexidade não serão citados neste tópico,
mas podem ser acessadas no Manual de Métodos físico-
químicos para análise de alimentos através do link (página
246-256): https://bit.ly/2sV5GE3
Estabilizante
Mantém uma dispersão uniforme de duas ou mais substâncias
imiscíveis, não tendo separação entre as fases, o que permite que o alimento
tenha uma boa textura. Podem ser naturais extraídas de algas (agar-agar),
de bactérias (goma xantana), cartilagem e pele de animais (colágeno) ou
semissintéticos, como o CMC produzido através de celulose modificada.
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Fonte: pixabay
SAIBA MAIS:
Outros tipos de aditivos são do tipo: geleificante, umectante,
antiaglomerantes, antiumectantes, espumantes, antiespu-
mantes, realçadores de sabor, entre outros. A ANVISA
disponibiliza a lista completa com a função de cada um
no Anexo III (página 16) do documento disponível no link:
https://bit.ly/2rYq46G
Devido a extensão dos protocolos de análise dos aditivos e
aos detalhamentos das técnicas de extração, identificação
e quantificação dos aditivos nos alimentos, optou-se por
fornecer o Manual de Métodos físico-químicos para análise
de alimentos do Instituto Adolfo Lutz, nele encontram-se
todas as técnicas utilizadas em aditivos alimentares, pode
ser acessado através do link: https://bit.ly/36vE6vz
Bromatologia 19
Segurança no uso
O uso de alimentos processados nas últimas décadas vem
aumentando, seja pela praticidade, preços acessíveis ou pela maior
durabilidade. Porém, a este tipo de alimento são atribuídos grandes
males como obesidade, diabetes do tipo 2, hipertensão e até câncer. Em
relação especificamente aos aditivos, estes têm sido alvo de duras críticas
e muitas pessoas tentam substituir o uso dos tipos artificiais por naturais.
Porém, tanta preocupação é realmente válida, aditivos alimentares podem
causar efeitos ruins ou estarem contaminados? Veremos a seguir.
É importante destacar que nenhum aditivo pode ser usado
livremente sem antes passar por testes rigorosos, nos quais se incluem
avaliações toxicológicas responsáveis por descobrir qualquer possível
efeito maléfico que um aditivo possa causar. Os testes são realizados
por agências controladoras, como por exemplo, a ANVISA no Brasil. No
âmbito mundial, o controle é feito pelo Joint FAO/WHO Expert Committee
on Food Additives (JECFA), da Organização Mundial da Saúde.
Muitas vezes a toxicidade está relacionada a dosagem do aditivo
que recebe pela ANVISA um limite para uso máximo em cada alimento.
Um aditivo muito utilizado na indústria alimentícia é o aromatizante
de fumaça, responsável por conferir aroma e sabor de defumado em
alguns alimentos como queijos e embutidos. A ANVISA disponibiliza uma
lista das espécies vegetais que podem ser utilizadas para esta finalidade,
dentre elas o eucalipto (Eucalyptus sp.) e a castanheira-americana (Carya
ovata). Segundo a norma, “Os aromas de fumaça não devem transferir
mais que 0,03 µg/Kg de 3,4-benzopireno ao alimento final” para que seja
considerado seguro, valores acima disto podem trazer efeitos adversos,
por ser um composto com potencial cancerígeno, também encontrado
na fumaça do cigarro e escapamentos de automóveis.
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Fonte: pixabay
ACESSE:
A TV Câmara entrevistou a nutricionista Silvia Ramos
Gonsales sobre aditivos que foram proibidos pela Agência
Regulatória de Alimentos e Remédios dos Estados Unidos,
acesse através do link: https://bit.ly/39McWCA
ACESSE:
Além destas, há regulamentações específicas para cada
tipo de aditivo, que podem ser acessadas através do link:
https://bit.ly/2N1ourV
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INTRODUÇÃO:
De acordo com o Regulamento da Inspeção Industrial
e Sanitária de Produtos de Origem Animal – RIISPOA,
condimento é “o produto contendo substâncias aromáticas,
sápidas, com ou sem valor alimentício, empregado com o
fim de temperar alimentos, dando-lhe melhor aroma e sabor”.
Condimentos alimentares
Diferentemente dos aditivos alimentares, os condimentos podem
ou não ter valor nutricional e são divididos em especiarias (plantas ou
parte delas) e condimentos compostos (união de plantas com outros
alimentos) que sejam aromáticos, picantes ou fortes para alterar o sabor
dos alimentos.
Os condimentos, além de deixarem a comida mais saborosa e
com melhor cheiro também podem possuir propriedades similares dos
aditivos, como a conservação e efeito antioxidante. O uso de especiarias
remonta à Antiguidade, veremos a seguir um pouco mais sobre a origem
dos condimentos.
Bromatologia 23
Fonte: pixabay
Fonte: pixabay
Fonte: pixabay
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Fonte: pixabay
Segurança no uso
Quando usados na dosagem correta os condimentos oferecem
benefícios à saúde, com efeitos antimicrobianos (alho), melhorando a
digestão e também oferecendo uma proteção antioxidante, porém
se utilizados acima da dosagem recomendada, podem trazer efeitos
adversos, especialmente no trato gastrointestinal.
Caso não sejam manipulados e armazenados adequadamente,
os condimentos podem ser fontes contaminantes nos alimentos.
Carlos resolveu fazer uma receita indiana para sua namorada e
colocou várias especiarias que encontrou guardadas em seu armário
para temperar um molho frio. Após o jantar, o casal passou mal com
Bromatologia 27
SAIBA MAIS:
O açafrão é o condimento mais caro que existe, podendo
ser comercializado a R$ 67,00 a grama. Por isso, há um
grande interesse em falsificá-lo. Veja na matéria da BBC a
seguir como ocorre a falsificação deste produto acessando
o link: https://bbc.in/2MZt0r6
Fonte: pixabay
Métodos de análise
O que dá os aromas e sabores característicos de cada condimento
são os álcoois, ésteres, aldeídos, fenóis, ácidos orgânicos e diversos
outros elementos presentes nas plantas.
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ACESSE:
Os protocolos de análise laboratorial das especiarias e
condimentos encontram-se disponíveis no seguinte link:
https://bit.ly/39Nzkfc
DEFINIÇÃO:
De acordo com o Decreto nº 6.871, de 4 de Junho de 2009
que regulamenta a Lei n o 8.918, de 14 de julho de 1994, que
dispõe sobre a padronização, a classificação, o registro, a
inspeção, a produção e a fiscalização de bebidas, no Capítulo
I, Artigo Segundo, nos parágrafos II e III, tem-se a definição
de bebidas. No parágrafo II, bebida é definida como produto
de origem vegetal industrializado, destinado à ingestão
humana em estado líquido, sem finalidade medicamentosa
ou terapêutica; III - também bebida: a polpa de fruta, o
xarope sem finalidade medicamentosa ou terapêutica,
os preparados sólidos e líquidos para bebida, a soda e os
fermentados alcoólicos de origem animal, os destilados
alcoólicos de origem animal e as bebidas elaboradas com a
mistura de substâncias de origem vegetal e animal.
ACESSE:
Acesse o site do Centro de Informações Sobre Saúde e
Álcool (CISA) e compreenda um pouco mais a respeito da
história do álcool no mundo: http://bit.ly/305qm8t
Para saber mais sobre a legislação que realiza a
padronização, classificação, registro, inspeção, produção e
a fiscalização de bebidas, acesse: https://bit.ly/2Fs8I5s
SAIBA MAIS:
Saiba mais a respeito da composição nutricional das
bebidas, acessando o site do Conselho Federal de Nutrição,
disponível no link: https://bit.ly/2tCDS7y
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Bebidas alcoólicas
De acordo com informações do Conselho Regional de Química
(CRQ), “as bebidas alcoólicas são geralmente classificadas em dois
grandes grupos: fermentadas e destiladas. As primeiras são produzidas
com o auxílio de micro-organismos que se alimentam dos açúcares da
matéria-prima (por exemplo, a uva), liberando álcool e gás carbônico. As
destiladas, por sua vez, são obtidas depois de passar pela evaporação e
posterior condensação do líquido que vai dar origem à bebida, processo
no qual são eliminadas as impurezas”.
SAIBA MAIS:
Saiba mais sobre o consumo de álcool e ganho de peso
lendo este excelente artigo de revisão sobre o assunto:
https://bit.ly/39MRugP
SAIBA MAIS:
Acesse o documento na íntegra da Lei que dispõe sobre
a produção, circulação e comercialização do vinho e
derivados da uva e do vinho: https://bit.ly/39NCorI
Bromatologia 33
ACESSE:
Vamos aprender mais acerca da cerveja? Então acesse
este excelente artigo sobre a química da cerveja: https://
bit.ly/2rZsfqJ
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SAIBA MAIS:
Saiba mais a respeito da produção do vinho acessando este
excelente vídeo a respeito do assunto: https://bit.ly/2T53t3r
ACESSE:
Acesse este excelente site sobre a composição nutricional
das bebidas e pesquise a respeito do tipo de bebida
que deseja saber as informações nutricionais: https://bit.
ly/35vwTu2
SAIBA MAIS:
Saiba mais a respeito das relações do vinho com a saúde
lendo este artigo excelente sobre o assunto, vale a pena
investir um tempo para esta leitura: https://bit.ly/2SX7AOZ
Fonte: http://bit.ly/35JBclW
ACESSE:
Sabemos que os agrotóxicos causam problemas à saúde
e atualmente em nosso país há uma discussão sobre a
liberação de linhagens de agrotóxicos que potencializam
os riscos à saúde das pessoas. Ao consumir ou preparar
alimentos vegetais, faça uma higienização correta dos
mesmos. Leia a matéria completa: https://glo.bo/39LIety
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ACESSE:
São inúmeras as legislações e regulamentações do setor
e muitas delas específicas ao caso. Caso haja interesse em
algum assunto específico, sugerimos o acesso ao portal da
ANVISA e você pode consultar por assunto de interesse:
https://bit.ly/2tvFIaf
ACESSE:
O portal do MAPA tem um link específico para as legislações
e você pode consultar por tema de interesse através do
link: https://bit.ly/37FmDB1
Outros órgãos
Além dos órgãos que apresentamos anteriormente, existem
alguns de apoio que auxiliam em assuntos também relacionados
ao controle da qualidade dos alimentos e na garantia da segurança
alimentar da população. Dentre estes, existem a Delegacia de Polícia de
Defesa do Consumidor (DECON), o Programa de Proteção e Defesa do
Consumidor (PROCON) e o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade
e Tecnologia (INMETRO).
A função básica da DECON é realizar a análise e instituir
infrações em casos de não cumprimento dos direitos do consumidor.
Já o PROCON, fornece apoio às relações entre os consumidores e os
fornecedores, garantindo as relações entre as partes, em alguns casos
o órgão pode interditar estabelecimentos e aplicar multas. O INMETRO
tem como objetivo levar a melhoria de qualidade dos produtos e
serviços, fortalecendo as empresas e aumentando sua produtividade.
Uma das atribuições do INMETRO é fiscalizar a rotulagem dos produtos,
avaliando conformidade e detectando desvios nas características como
volume, peso, etc., evitando assim as fraudes.
dos alimentos. Este talvez seja um dos problemas que os donos das
empresas ou estabelecimentos enfrentam, pois não sabem, muitas
vezes quais diretrizes devem seguir, causando uma certa confusão
para os mesmos. Por outro lado, existe uma dificuldade dos órgãos
fiscalizadores em saber qual estabelecimento cada um deve fiscalizar.
Outro fator limitador é a pouca quantidade de agentes fiscaliza-
dores em função da quantidade de estabelecimentos. Este fato faz com
que as fiscalizações, na maioria das vezes, ocorram mediante denúncias
e não como um método preventivo, reduzindo a eficiência do processo
como um todo.
Falta de conhecimento e treinamento também pode ser um
fator limitador na produção de alimentos e muitos indivíduos acabam
perdendo parte da sua produção por não terem conhecimento adequado
sobre as regras da cadeia dos alimentos (boas práticas na fabricação).
Em casos de compras de alimentos por outros países, normal-
mente existem fiscais vindos destes países, com padrões de qualidade
que muitas vezes diferem dos que são utilizados no Brasil, restringindo
assim as exportações.
Outro fator de bastante preocupação são os abates clandestinos
de animais e consequente venda em mercados e açougues, sem
controle sanitário adequado de inspeção, podendo causar problemas
de saúde aos consumidores. Na Figura a seguir temos uma foto da
Salmonella, um dos tipos de bactérias que geralmente está presente
em alimentos estragados e causa sérios problemas à saúde se ingerida,
podendo causar até a morte.
Figura 17: Bactéria salmonella, geralmente presente em alimentos estragados
ACESSE:
Acesse mais informações a respeito do escândalo da “Carne
Fraca” que causou um impacto enorme na economia de
nosso país no ano de 2017: https://bit.ly/37QKOgb
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de
que você realmente entendeu o tema de estudo deste
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Estudamos
nesta unidade um pouco mais a respeito de alguns tipos
de alimentos e bebidas, dentre estes, os aditivos e os
condimentos, com suas composições e alguns métodos
de avaliação bromatológica dos mesmos. Neste contexto,
discutimos como o uso dos aditivos pode causar prejuízos
à saúde das pessoas. Estudamos também a respeito das
bebidas não alcoólicas e alcoólicas, suas legislações e
suas composições nutricionais. Por fim, abordamos como
funcionam os mecanismos de fiscalização dos alimentos
em nosso país e os órgãos responsáveis. Levantamos
também a discussão da efetividade das fiscalizações e suas
consequências na economia e saúde dos consumidores
dos alimentos. Espero que os conteúdos abordados
nesta disciplina tenham agregado valores a sua bagagem
profissional e acadêmica. Grande abraço e até a próxima.
42 Bromatologia
BIBLIOGRAFIA
ADAMI, Fernanda Scherer; CONDE, Simara Ruffato. Alimentação e
nutrição nos ciclos da vida. Lajeado: Ed. da Univates, 2016. 97 p.
CARRIJO, K.F. et al. Condimentos e especiarias empregados no
processamento de alimentos: considerações a respeito de seu controle
físico-químico. PUBVET, Londrina, V. 6, N. 26, Ed. 213, Art. 1419, 2012.
DAMODARAN, S.; PARKIN, K.L.; FENNEMA, O.R. Química de
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900p.
FERREIRA, Fabrícia de Souza. Aditivos alimentares e suas reações
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V. 13, n.1, p. 397-407. 2014.
HONORATO, Thatyan Campos; BATISTA, Elga; NASCIMENTO,
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INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Métodos físico-químicos para análise
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Paulo Tiglea -- São Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 2008. p. 1020.