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Farmacovigilância e
Farmacocinética
Clínica
Hermínio Oliveira Medeiros
Livro didático
digital
Unidade 3
Registro de
medicamentos e
inspeção em
Farmacovigilância
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autor
HERMÍNIO OLIVEIRA MEDEIROS
Desenvolvedor
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
Autor
HERMÍNIO OLIVEIRA MEDEIROS
INTRODUÇÃO: DEFINIÇÃO:
para o início do houver necessidade
desenvolvimen- de se apresentar
to de uma nova um novo conceito;
competência;
NOTA: IMPORTANTE:
quando forem as observações
necessários obser- escritas tiveram
vações ou comple- que ser prioriza-
mentações para o das para você;
seu conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e
algo precisa ser indagações lúdicas
melhor explicado sobre o tema em
ou detalhado; estudo, se forem
necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a neces-
bibliográficas e sidade de chamar a
links para aprofun- atenção sobre algo
damento do seu a ser refletido ou
conhecimento; discutido sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso aces- quando for preciso
sar um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das
assistir vídeos, ler últimas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma ativi- quando o desen-
dade de autoapren- volvimento de uma
dizagem for aplicada; competência for
concluído e questões
forem explicadas;
SUMÁRIO
Introdução.............................................................................10
Competências......................................................................11
Legislação nacional para o registro de
medicamentos.....................................................................12
Exigências legais...................................................................................12
Testes para liberação do registro de medicamentos......18
A pesquisa clínica e suas fases...................................................21
A vivisseção e os ensaios pré-clínicos..................................25
Normatização do registro de medicamentos...........30
Instrumentos normativos................................................................30
Responsabilidades do Detentor de Registro de
Medicamentos (DRM) e do Responsável pela
Farmacovigilância (RFV)..................................................................34
Responsabilidades do DRM em relação ao RFV...........37
A relevância do gerenciamento de risco...................39
O Sistema de Farmacovigilância...............................................39
O Relatório Periódico de Farmacovigilância (RPF).......41
O Plano de Farmacovigilância (PFV) e o Plano de
Minimização de Risco (PMR)........................................................44
Inspeções em farmacovigilância..................................46
Boas Práticas de inspeção em farmacovigilância........46
Monitorização do cumprimento das Boas Práticas....48
Medicamentos de venda livre e “off label”.........................50
Bibliografia...........................................................................55
Bases da Farmacovigilância e Farmacocinética Clínica 9
03
UNIDADE
INTRODUÇÃO
Prezado aluno, prezada aluna! Nessa unidade
estudaremos como é ampla e rigorosa a legislação
sanitária que estabelece os requisitos para o registro e
a fiscalização de medicamentos no Brasil, sempre no
intuito de resguardar a saúde dos usuários e controlar
o viés negativo do seu aspecto mercadológico.
Analisaremos a legislação que dispõe sobre as normas
de farmacovigilância para os detentores de registro
de medicamentos de uso humano, os critérios para o
registro de produtos farmacêuticos, os estudos pré-
clínicos e clínicos e a necessidade de orientações
e medidas práticas por parte dos órgãos sanitários,
como a inspeção e publicações norteadoras, para
se fazer cumprir suas diretrizes pelos pesquisadores
e pela indústria farmacêutica. Convidamos você a
desenvolver seus conhecimentos e habilidades sobre
o registro de medicamentos no país e as boas práticas
de inspeção em farmacovigilância. Avante!
Bases da Farmacovigilância e Farmacocinética Clínica 11
COMPETÊNCIAS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 3 - Registro
de medicamentos e inspeção em Farmacovigilância.
Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das
seguintes competências profissionais até o término
desta etapa de estudos:
1. Compreender o processo que leva ao registro
de medicamentos no Brasil;
2. Interpretar a legislação e as normas para o
registro de medicamentos novos, genéricos e similares;
3. Entender a dinâmica das inspeções em
Farmacovigilância;
4. Compreender a importância da elaboração dos
Relatórios Periódicos de Farmacovigilância.
Exigências legais
No país, documentos regulatórios foram
elaborados pelos órgãos sanitários com o intuito
de se orientar a prática e o monitoramento das
responsabilidades dos de registro de medicamentos
(DRM) em se produzir e disponibilizar produtos
farmacêuticos com qualidade e segurança ao
consumidor.
Bases da Farmacovigilância e Farmacocinética Clínica 13
DEFINIÇÃO:
“o termo detentores de registro de
medicamentos (DRM) abrange quaisquer
responsáveis pelos medicamentos de uso
humano regulados pela ANVISA”.
SAIBA MAIS:
A lei nº 5.991/1973 é bem abrangente
e dispõe sobre o controle sanitário do
comércio de drogas, medicamentos, insumos
farmacêuticos e correlatos (BRASIL, 1973). Leia
na íntegra em: < http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/l5991.htm>.
Fonte: Freepik
NOTA:
A farmacogovernança deve ser efetivada
pelas estruturas de governo, instrumentos
de políticas, regras, normas e autoridade
sanitária na busca da promoção dos
interesses da sociedade no que tange a
segurança no uso de produtos farmacêuticos.
(MOTA; VIGO; KUCHENBECKER, 2018).
Bases da Farmacovigilância e Farmacocinética Clínica 15
IMPORTANTE:
A partir da instituição da RDC nº04/2009
todas as indústrias farmacêuticas
precisaram se adequar para cumprir a
legislação nacional. Essas necessitaram
implantar obrigatoriamente um sistema de
gerenciamento dos riscos de seus produtos
disponíveis no mercado e apresentar,
periodicamente, relatório de comprovação
baseado em ensaios padronizados (ANVISA,
2009).
REFLITA:
Considerando-se que é indiscutível que
as ações de farmacovigilância afetam
diretamente todos os atores envolvidos na
terapêutica (usuários, médicos, farmacêuticos,
principalmente), uma vez que esses se tornam
vulneráveis aos problemas relacionados aos
medicamentos, a legislação resguarda a
sociedade de maneira geral: profissionais da
saúde e pacientes.
Fonte: Pixabay
NOTA:
Mesmo com a realização rigorosa da
avaliação da equivalência farmacêutica,
bioequivalência e estudos clínicos não
é possível a obtenção de informações
suficientes sobre todas as reações adversas
potencialmente causadas por medicamentos
uma vez que elas podem aparecer somente
após a sua utilização durante um tempo
prolongado (RIBEIRO, 2016).
DEFINIÇÃO:
Medicamento novo é aquele que não possui
registro no país, seus novos sais, isômeros
ou mistura de isômeros, ésteres, éteres,
complexos ou demais derivados igualmente
não registrados (ANVISA, 2014).
NOTA:
A legislação prevê alguma flexibilização
quando se trata de medicamento novo
destinado à prevenção ou tratamento de
doenças de grave ameaça à vida com
necessidades médicas não atendidas.
EXPLICANDO MELHOR:
Assim sendo, se equivalentes farmacêuticos,
os medicamentos em questão possuirão
a mesma dosagem e forma farmacêutica,
classificando e analisando teor, dissolução,
uniformidade, friabilidade, peso médio,
desintegração, entre outros parâmetros
preconizados pela legislação.
NOTA:
O teste de Bioequivalência deve seguir
protocolos clínicos e cumprir com vários
parâmetros incluindo a submissão e o
acompanhamento por Comitê de Ética em
Pesquisa (CEP) credenciado no Comitê
Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP)
do Conselho Nacional de Saúde/MS, por
se tratar de ensaios em seres humanos
voluntários.
Bases da Farmacovigilância e Farmacocinética Clínica 21
EXPLICANDO MELHOR:
Os parâmetros farmacocinéticos preconizados
para avaliação incluem AUC (área sobre a curva
de concentração sanguínea versus tempo),
Cmax (pico de concentração máxima) e Tmax
(tempo no qual a concentração máxima é
atingida) (ANVISA, 2003).
NOTA:
Os ensaios clínicos são divididos em fases
I, II, III e IV, de acordo com a quantidade de
participantes e os objetivos específicos da
cada etapa (ANVISA, 2019).
EXPLICANDO MELHOR:
Nos ensaios pré-clínicos a segurança de uso
da droga é avaliada valendo-se das técnicas
de vivissecção que é a utilização de animais
de experimentação. Esses testes devem
preceder o teste clínico da aplicação dessa
droga em seres humanos (ANVISA, 2019).
Fonte: Freepik
NOTA:
O objetivo da Fase III é realizar avaliação
comparativa entre os tratamentos (melhor
opção terapêutica atualmente disponível
e novo tratamento) determinando a
superioridade de um sobre o outro.
NOTA:
O principal objetivo da fase IV é detectar
e definir efeitos colaterais previamente
desconhecidos ou incompletamente
qualificados, bem como fatores de risco
relacionados.
IMPORTANTE:
Por meio desse tipo de pesquisa, técnica
denominada bioterismo, pôde-se obter a
cura de doenças, o desenvolvimento de
técnicas cirúrgicas e a criação de drogas
inovadoras, contribuição incalculável dessa
prática para a humanidade, o que seria
impossível sem essa ferramenta.
SAIBA MAIS:
A teoria darwinista apresentada no livro
“A Origem das Espécies” (DARWIN, 1859)
estabeleceu relação fisiológica e patológica
entre espécies diferentes, uma vez que essas
continham certo grau de parentesco, logo
semelhança biológica, por derivarem de um
ancestral em comum.
26 Bases da Farmacovigilância e Farmacocinética Clínica
REFLITA:
Atualmente, por questões éticas, buscam-
se alternativas à utilização de animais nas
pesquisas, como a cultura de tecidos in vitro e
o uso de modelos computadorizados por meio
de softwares de simulação digital, ferramentas
que, pelo custo elevado, são timidamente
implementadas nas indústrias de cosméticos
e medicamentos.
Grupo Exemplos
Roedores Camundongos, ratos, chin-
chilas e cobaias.
Fonte: Pixabay
28 Bases da Farmacovigilância e Farmacocinética Clínica
NOTA:
As espécies utilizadas irão ser definidas
a partir do conhecimento de suas
características fisiológicas, buscando
a maior similaridade possível com os
seres humanos e a reprodutibilidade dos
resultados dos experimentos testes no
nosso organismo.
Normatização do registro de
medicamentos
As inspeções em Farmacovigilância, atribuição
dos órgãos sanitários, é uma importante etapa na busca
da qualidade da produção e segurança no uso de
medicamentos por ser o momento no qual se verifica
o respeito aos instrumentos normativos, identificando
não-conformidades, possibilitando correções e até
mesmo suspensão de produtos, autorizações e
empresas farmacêuticas.
Instrumentos normativos
É extremamente ampla a legislação nacional, de
elaboração por parte da ANVISA e do Ministério da
Saúde, que diz respeito ao registro de medicamentos
e às ações de Farmacovigilância nesse contexto.
IMPORTANTE:
Os instrumentos normativos devem ser de
conhecimento das empresas farmacêuticas
e seus profissionais para que se possa
cumprir rigorosamente suas diretrizes. É
importante o estudo dessas normas e a sua
atualização permanente, uma vez que o
processo de adequação dos instrumentos
normativos sanitários é contínuo.
NOTA:
Em 2002, com a finalidade de orientar
as empresas farmacêuticas, a ANVISA
publicou o “Manual de Boas Práticas
em Biodisponibilidade Bioequivalência”
(ANVISA, 2002).
NOTA:
As resoluções que oficializam o “Guia para
realização do estudo e elaboração do
relatório de equivalência farmacêutica”,
o “Guia para elaboração de protocolo de
estudo de biodisponibilidade relativa/
bioequivalência”, dentre outros, são
atualizados pela ANVISA sempre que
adequações se fizerem necessárias.
IMPORTANTE:
No ano de 2009 a ANVISA publicou o
“Guia de Farmacovigilância - Boas Práticas
de Inspeção em Farmacovigilância para
Detentores de Registro de Medicamentos”.
A publicação guia tinha o objetivo de
orientar o processo de monitorização do
cumprimento das obrigações regulatórias
e inspeção em Farmacovigilância, além
de preparar os detentores de registro de
medicamentos e as equipes de Vigilância
Sanitária (ANVISA, 2009).
Bases da Farmacovigilância e Farmacocinética Clínica 33
NOTA:
Por meio da Instrução Normativa nº 9, de 8
de outubro de 2014 a ANVISA disponibilizou
aos profissionais de vigilância sanitária
o “Roteiro de Inspeção em Centros de
Biodisponibilidade/Bioequivalência de
Medicamentos” (BRASIL, 2014).
RESUMINDO:
A legislação referente à realização de ensaios
e estudos, liberação de autorizações e
registros, bem como inspeções sanitárias
em farmacovigilância precisam ser
minuciosamente analisadas pelos interessados
para seu efetivo cumprimento. Os órgãos
sanitários, durante inspeções e emissão
de relatórios, devem citar os instrumentos
normativos utilizados na lista de verificação
em questão.
IMPORTANTE:
Os DRM precisam promover ações que
garantam a existência de um sistema
de farmacovigilância que esteja apto
cumprir comas diretrizes preconizadas na
RDC ANVISA nº 04/2009 evidenciando
a capacidade de monitoramento e
intervenções sempre que necessárias
(ANVISA, 2009).
Fonte: Pixabay
36 Bases da Farmacovigilância e Farmacocinética Clínica
NOTA:
Qualquer informação relevante sobre a
relação risco/benefício dos medicamentos
sob a responsabilidade de um DRM deve
ser imediatamente encaminhada à ANVISA
para análise.
IMPORTANTE:
Com relação aos processos de trabalho,
o DRM deve possuir procedimentos
operacionais padrão (POP) para todas
as atividades desenvolvidas pelo RFV,
conforme preconiza a legislação sanitária
geral aos serviços de interesse da saúde.
Os POP serão utilizados pelo RFV como
documento de informação e orientação no
cotidiano das suas atividades.
O Sistema de Farmacovigilância
Na implantação do sistema de farmacovigilância,
obrigatoriedade imposta legalmente, o DRM deve
observar todos os aspectos de segurança referentes
aos seus produtos.
IMPORTANTE:
Nesse sistema o DRM precisa interagir
controle e garantia de qualidade, elaboração
e implantação de Procedimentos
Operacionais Padrão, documentos
regulatórios e evidência de execução
de atividades, bem como realização de
auditorias, inspeções, treinamentos e
emissão de relatórios periodicamente
(RIBEIRO, 2016).
40 Bases da Farmacovigilância e Farmacocinética Clínica
VOCÊ SABIA?:
É por meio do RPF que o DRM e a ANVISA
atualizam constantemente as informações
sobre a segurança do uso dos medicamentos
podendo levar à manutenção o suspensão
dos produtos do mercado.
VOCÊ SABIA?:
Por meio das informações constantes no
RPF que se obtêm dados para que as bulas
dos medicamentos sejam elaboradas e
atualizadas.
42 Bases da Farmacovigilância e Farmacocinética Clínica
RESUMINDO:
O Relatório Periódico de Farmacovigilância
pode ser entendido como um documento
oficial que reúne todas as informações
relacionadas a um produto farmacêutico.
IMPORTANTE:
Dados que se refiram à inefetividade,
uso durante a gravidez e amamentação
e eventos graves são prioridade do RPF
e devem ser imediatamente remetidos à
ANVISA.
Bases da Farmacovigilância e Farmacocinética Clínica 43
Fonte: Freepik
DEFINIÇÃO:
O Plano de Farmacovigilância é um documento
único, pertencente individualmente a cada
medicamento registrado pelo DRM e que,
mesmo sendo destinado às autoridades
sanitárias regulatórias para fins de registro do
produto farmacêutico, poderá ser solicitado
sempre que se fizer necessário durante
inspeções.
EXPLICANDO MELHOR:
O PMR visa o gerenciamento de novos riscos
que possam aparecer após o registro do
medicamento além do monitoramento dos
riscos já conhecidos (ANVISA, 2010).
Inspeções em farmacovigilância
A RDC nº. 04/2009 regulamenta a execução
das inspeções em farmacovigilância. De acordo
com esse instrumento legal, os DRM devem ser
submetidos à inspeção de farmacovigilância periódica
(e sempre que se fizer necessário) pelos órgãos
sanitários competentes. O objetivo das inspeções em
farmacovigilância é a averiguação do cumprimento
das boas práticas preconizadas pela legislação
relacionada.
NOTA:
As auto-inspeções devem estar descritas
em POP e seus registros precisam ser
mantidos por um período mínimo de três
anos (ANVISA, 2009).
Fonte: Pixabay
48 Bases da Farmacovigilância e Farmacocinética Clínica
NOTA:
Os relatórios também podem ser usados
podem ser utilizados como base para
uma ação coercitiva em casos de
reincidência, omissão, não resolução
de não-conformidades identificadas,
descumprimento de normas críticas dentre
outras situações de risco.
IMPORTANTE:
Como visto, as inspeção devem gerar
um relatório descritivo listando as não-
conformidades identificadas (de acordo
com a legislação que embasou a lista de
verificação). Os DRM devem, por sua vez,
apresentar um plano de ação corretivo.
DEFINIÇÃO:
Medicamentos isentos de prescrição são
aqueles que podem ser dispensados pelas
farmácias e drogarias sem exigência de
prescrição médica, sendo indicados para o
tratamento de doenças sem gravidade e com
evolução lenta ou inexistente.
NOTA:
As embalagens dos MIPs não apresentam
tarjas como as de medicamentos sujeitos
a prescrição (tarja vermelha) ou sujeitos a
controle especial (tarja preta).
Bases da Farmacovigilância e Farmacocinética Clínica 51
IMPORTANTE:
Não existem MIPs de uso contínuo!
SAIBA MAIS:
Quer conhecer a lista brasileira de MIPs?
Acesse http://portal.anvisa.gov.br/mip/lista-
de-medicamentos.
52 Bases da Farmacovigilância e Farmacocinética Clínica
DEFINIÇÃO:
Medicamento off-label é aquele cuja indicação
terapêutica prescrita pelo profissional diverge
do que consta na bula.
IMPORTANTE:
O uso off label é um grande desafio para a
incorporação de tecnologias em saúde que
se baseia nas análises farmacoeconômicas
e em evidências clínicas seguindo o
método científico. Por esse motivo a ANS
possui definição e normas orientadoras
sobre o tema, uma vez que a utilização de
medicamentos e materiais cuja indicação
clínica seja diferente daquela do registro
efetuado pela ANVISA não são de cobertura
obrigatória pelas operadoras de planos de
saúde (ANS, 2017).
RESUMINDO:
Assim, nessa unidade apresentamos e fomos
capazes de analisar a ampla instrumentação
legal em vigor no Brasil sobre o registro de
medicamentos novos, genéricos e similares,
MIPs e uso off label, de modo a garantir a
segurança, tanto nos estudos clínicos quanto
na utilização dos medicamentos.
Também compreendemos a importância de
se seguir ao fluxo de ensaios pré-clínicos e
clínicos obrigatórios à liberação do registro
de medicamentos e a necessidade de se
acompanhar a utilização pós-comercialização
no monitoramento de eventos adversos
revelados pelo uso contínuo de produtos
farmacêuticos.
Discutimos também as responsabilidades
dos DRM e de seu RPF no gerenciamento de
risco em farmacovigilância e suas ferramentas
como o sistema de farmacovigilância, o RPF, o
PFV e o PMR. Nesse contexto, mostrou-se de
extrema relevância o trabalho das autoridades
sanitárias nas inspeções em farmacovigilância
para se fazer respeitar as boas práticas
preconizadas pela legislação.
Bases da Farmacovigilância e Farmacocinética Clínica 55
BIBLIOGRAFIA
AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR
– ANS. Resolução Normativa – RN n.º 424, de 26 de
junho de 2017. Disponível em: < https://www.ans.gov.
br/component/legislacao/?view=legislacao&task=-
TextoLei&format=raw&id=MzQzOQ==>. Acesso em
10/07/2019.
_________________. Resolução nº 4, de
10 de fevereiro de 2009. Brasília: DF. 2009.
Disponível em <http://portal.anvisa.gov.br/
documents/33880/2568070/res0004_10_02_2009.
pdf/05f05642-1cae-4a60-9485-5ff63cfb22af>. Acesso
em: 09/07/2019.