Você está na página 1de 46

UNIVERSIDADE

FEDERAL DE ALAGOAS
Instituto de Ciências Farmacêuticas
Disciplina: Farmacologia I

Farmacologia da Neurotransmissão
GABAérgica

Profa. Dra. Êurica Adélia Nogueira Ribeiro


2
3
4
5
6
7
Moduladores dos Receptores GABAA
Ansiedade
q Sentimento de apreensão inescapável

q Sintomas difusos
- Sentimos de desproteção, dificuldade de
concentração, irritabilidade e insônia

q Sintomas somáticos
- Distúrbios gastrointestinais, tensão muscular,
transpiração, taquipnéia, taquicardia, náuseas, palpitações
e xerostomia (boca seca)
9
Ansiedade

q Interferência com a atividade normal, com


frequentes interrupções nas tarefas, e
precipitações nas atitudes

10
Transtornos do Espectro de Ansiedade (TEA)
q Doenças comuns na população mundial em diferentes
faixas etárias

q 6,5% em crianças e adolescentes

q 21% ao longo da vida

q Usuários frequentes de emergências e de assistência


médica primária

qRisco elevado para doença cardíaca coronariana,


tentativas de suicídio
11
Transtornos do Espectro de Ansiedade (TEA)
q Crônicos e inexoráveis
- Distúrbios do pânico (agorafobia a ambientes públicos)
*medo mórbido de se achar sozinho em grandes espaços
abertos ou de atravessar lugares públicos
- Distúrbio obsessivo-compulsivo (TOC)
- Distúrbio de estresse pós-traumático
- Fobia social
- Distúrbio de ansiedade social
- Distúrbio de ansiedade generalizada
- Fobias específicas (altura, insetos, clausura)

q Medo excessivo e irracional de desastre iminente,


de perda de controle, nervosismo e terror 12
Tratamento dos TEA
q Psicológicas e/ou farmacológicas
q Psicoeducação sobre seu transtorno, eficácia
e tolerabilidade das opções de tratamento,
fatores agravantes e sinais de recaída
q Preferência e da motivação do paciente, da
gravidade dos sintomas e da experiência do
profissional clínico
q Psicoterapias cognitivo-comportamentais,
q Devem ser usadas como primeira escolha
quando o tratamento psicológico for indicado
13
VIgília - Sono

q Vigília
- Nível de consciência ou estado de atenção, o individuo é
capaz de responder ao meio

q Sono

ü estado de inconsciência, em que o indivíduo pode ser despertado

ü necessidade fisiológica não está ainda entendida

ü Sistema imunológico, funcionamento do SNC, aprendizado, e


crescimento celular
14
Insônia
q Não é uma doença e sim um sintoma

q Pode ocorrer em diferentes fases do sono

q Diminuição da quantidade e/ou piora da qualidade de


sono, levando a uma diminuição de bem estar durante o
dia

q 25 classificações diferentes: apnéia de sono, mioclonia


noturna (movimentos involuntários dos membros – pernas), uso de drogas,
distúrbios psiquiátricos, doenças neurológicas,
cardiovasculares e gastrintestinais
15
Tipos de Insônia
q Insônia secundária à condição física (dor, dispnéia)

q Insônia secundária a distúrbio psiquiátrico (ansiedade,


depressão, esquizofrenia, crise maníaca)

q Insônia transitória – estresse ou alteração do ritmo


diurno (viagens intercontinentais)

q Insônia crônica sem causa definida

16
Causas
q Estresse, depressão, ansiedade

q Dores ocasionais ou crônicas

q Efeitos colaterais de fármacos

q Uso de cafeína e álcool

q Alterações no ciclo circadiano

q Alterações comportamentais

q Alterações fisiológicas e patológicas


17
Ansiolíticos

q Fármacos utilizados no tratamento da


ansiedade

q Reduzir sintomas ou intensidade das crises

q Depressores do SNC

18
Hipnóticos
q Fármacos que causam sonolência e facilitam
o início e manutenção do sono

q Depressores do SNC

q Pequenas doses
(sedação)
Doses maiores
(hipnose)
Doses ainda maiores
(anestesia cirúrgica)
19
Benzodiazepínicos

q Sítios alostéricos 𝛼 no receptor GABA-A no SNC,


facilitando abertura de canais de íons Cl- (inibitórios)
q Não atuam na ausência de GABA
q Variantes 𝛼 = diferentes efeitos dos BDZ
q 𝛼1 (sedação e relaxamento)
𝛼2 (Ansiolíticos)
20
Resposta clínica
q Pacientes com histórico de dependência ou distúrbios
emocionais mais graves e crônicos

q Sedação
- Dose
- [fármaco] no plasma e no cérebro

q Sonhos “bizarros” (rebote do sono REM)

q Ação sedativo e hipnótico → administração oral

q Ação anticonvulsivante ou indução/manutenção da anestesia


geral → administração intravenosa
23
qSedação, reduzir a ansiedade, estresse e a tensão

q Amnésia anterógrada (lembra ocorrências a longo prazo, não se recorda


dos acontecimentos recentes

q Endoscopia, cardioversão, cateterização cardíaca,


procedimentos radiodiagnósticos específicos e redução de
fraturas menores

q Relaxamento da musculatura esquelética

qRetirada do álcool

24
25
26
Efeitos adversos
q Efeitos depressores do SNC
q Sedação, tonturas, ataxia (falta de coordenação de movimentos musculares
voluntários, equilíbrio) e letargia (estado de profunda e prolongada inconsciência)

q Amnésia
q Reações ocasionais (doses hipnóticas)
- Comprometimento de funções mentais e psicomotoras, confusão,
euforia, tempo de reação lento, função motora sem coordenação, disartira
(distúbio da articulação da fala), cefaléia e xerostomia (boca seca)

q Reações raras
- síncope, hipotensão, alteração da libido, erupções cutâneas, náuseas,
irregularidades menstruais, agranulocitose (diminuição leucócitos
polimorfonucleares), edema, constipação e síndrome semelhante ao lúpus
27
q Uso intraveno
- Dor durante a injeção
- Tromboflebite (formação de coágulo em uma veia associado à inflamação da
parede venosa)

- hipotermia, inquietude, arritmias cardíacas, tosse,


apnéia, vômito e efeito colinérgico moderado

q Óbitos por superdosagem é raro

q Depressão respiratória e morte (parenteral)

28
Retirada do fármaco e dependência
q Dependência psíquica
q Suspensão abrupta = reações de abstinência

q Mais doses altas

q Início dos sintomas de retirada


- ação curta = início mais rápido e sintomas intensos
- ação prolongada = início lento e sintomas menos intensos

q Anel triazólico (alprazolam, estazolam e triazolam) causam


reações de retirada mais consistente

29
q Sintomas de abstinência
- tremores, sudorese, insônia, desconforto abdominal,
taquicardia, hipertensão sistólica, abalos musculares e
sensibilidade a luz e ruído, convulsões

q Efeito Rebote

q Alto potencial de abuso

q Intoxicação (flumazenil)

30
CONTRA-INDICAÇÃO
q Glaucoma de ângulo estreito
- Devido seus efeitos anticolinérgicos

q Grávidas e lactantes
- lipossolubilidade
- placenta e leite materno
- teratogênico

q Pacientes com disfunção hepática, debilitados

q Idoso (25% da dose usual e com menor frequência)

q Depressão grave

q Ideias suicidas
31
32
33
Zolpidem e zaleplona
q Tratamento da insônia transitória e crônica
q Sedação sem os efeitos ansiolíticos, anticonvulsivantes ou
miorrelaxantes
q Efeitos colaterais = cefaléia e vertigem
q Zaleplona = dores nas costas e tórax, enxaquecas, efeitos
anticolinérgicos gastrointestinais, nervosismos e dificuldade de
concentração
q Zolpidem = diminuição da consciência, sonabulismo,
confusão, ataxia, delírios, reações psicóticas e pesadelos

q Menor risco de abuso


34
Buspirona
q É um ansiolítico lento, não tem efeito anticonvulsivante,
relaxante muscular ou sedativo

q Agonista parcial dos receptores de serotonina 5-HT1A

q Afinidade moderada pelo receptor D2

q Ansiedade generalizada

q Pouca sedação e dependência física ou psicológica

q Adesão ao tratamento é baixa

35
Farmacocinética
q Rapidamente absorvida

q Sofre extenso metabolismo de primeira passagem

q Liga-se extensivamente as proteínas plasmáticas

q Oxidada em metabólito ativo

q Menos de 50% é excretado na urina

q Meia-vida de eliminação = 2-3 horas


36
Efeitos adversos
q Tonturas, vertigem, xerostomia, cefaléia, nervosismo,
fadiga, insônia, fraqueza, sensação de cabeça vazia e
espasmos musculares

Retirada do fármaco e dependência

q Causa menos tolerância


q Potencial para abuso igual

q Não produz efeito rebote


37
BARBITÚRICOS
AMOBARBITAL
FENOBARBITAL
PENTOBARBITAL
SECOBARBITAL
TIOPENTAL
q Ansiolítico (abandonado)
qAnti-convulsivante
qHipnótico
qAnestésico
qSedativo
38
q Agonistas de receptores GABA, prolongam o tempo de
abertura do canal Cl-
q Fármacos com efeito depressor no eixo
cerebroespinhal e na atividade neuronal

q Deprimem a atividade cardiovascular e a respiratória

q Atuam por ↓ a excitabilidade do neurônio pós-sináptico

q Causam dependência física, psíquica e tolerância

q Até 1960 eram os sedativos-hipnóticos mais utilizados

q Profundos depressores do SNC (centro respiratório)

q Sedação, hipnose, anticonvulsivante, anestésico geral,


coma farmacológico
BARBITÚRICOS

q São usados principalmente na anestesia


q Tratamento da epilepsia
q Tratamento de convulsões
q Não são indicados como hipnóticos e sedativos
q Efeito inespecífico no SNC
qTolerância maior que os benzodiazepínicos
q Índice terapêutico menor que os benzodiazepínicos
FARMACOCINÉTICA

qAdministração oral

qAnestesia, i.v.

qÁcidos fracos absorvidos no estômago

qLipossolubilidade com redistribuição

qMetabolismo hepático, rins e pulmões


EFEITOS ADVERSOS
qEfeito residual : “ressaca”

qEfeitos paradoxais: agitação e confusão

qTolerância e dependência

qsíndrome de abstinência severa

qHipersensibilidade (asmáticos)

qDepressão respiratória
46

Você também pode gostar