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Paulo Ataides

SENAI
Conceitos e procedimentos de qualidade
Conceitos

"Qualidade é ausência de deficiências" ou seja, quanto


menos defeitos, melhor a qualidade. (JURAN, 1992:9)

"Qualidade é a correção dos problemas e de suas causas


ao longo de toda a série de fatores relacionados com
marketing, projetos, engenharia, produção e
manutenção, que exercem influência sobre a satisfação
do usuário." (FEIGENBAUM, 1994:8)
Conceitos e procedimentos de qualidade
Conceitos

"Qualidade é desenvolver, projetar, produzir e


comercializar um produto de qualidade que é mais
econômico, mais útil e sempre satisfatório para o
consumidor.“(ISHIKAWA, 1993;43)

"Qualidade é tudo aquilo que melhora o produto do


ponto de vista do cliente“(DEMING, 1993:56)
Conceitos e procedimentos de qualidade
Evolução do conceito
Era da inspeção
 Produtos são verificados um a um;
 Cliente participa da inspeção;
 Inspeção encontra defeitos, mas não produz qualidade.

Era do controle estatístico


 Produtos são verificados por amostragem;
 Departamento especializado faz controle da qualidade;
 Ênfase na localização de defeitos.

Era da qualidade total
 Processo produtivo é controlado;
 Toda a empresa é responsável;
 Ênfase na prevenção de defeitos;
 Qualidade assegurada; sistema de administração da qualidade.
Conceitos e procedimentos de qualidade

• Algo que ultrapassa à explicação


Transcendental da lógica e o formalismo da ciência.

• A qualidade está atrelada as especificações


Baseada na produção estabelecidas pela empresa.

• Diversidade de características que agregam


Baseada no produto valor ao produto.

• Conformidade a um preço acessível.


Baseado no Valor

• Atende as necessidades do consumidor ou


Baseado no usuário se adequa ao uso.
Conceitos e procedimentos de qualidade
Procedimentos

Os procedimentos de qualidade são regras,


normas que em geral melhoram a qualidade
e o rendimento do trabalho e são
indispensáveis para qualquer empresa
moderna e atualizada.
Componentes de qualidade
1. DESEMPENHO: características operacionais básicas de
um produto, do uso que o cliente deseja.
2. CARACTERÍSTICAS: adicionais dos produtos, aqueles
itens secundários que suplementam o funcionamento
básico do produto.
3. CONFIABILIDADE: probabilidade de um mau
funcionamento de um produto ou falha em um
determinado período. Envolve o conserto e a
manutenção do produto.
4. CONFORMIDADE: características operacionais de um
produto estão de acordo com padrões preestabelecidos.
Componentes de qualidade
5. DURABILIDADE: Uso proporcionado por um produto até ele se
deteriorar fisicamente, ou seja o ciclo de vida útil do produto.

6. ATENDIMENTO: A rapidez, cortesia, competência e facilidade de


reparo.

7. ESTÉTICA: aparência do produto, o que se sente com ele, qual seu som,
sabor, cheiro, etc. com base no julgamento e reflexo das preferências
individuais.

8. QUALIDADE PERCEBIDA: como o consumidor avalia o produto com


base nos produtos concorrentes, ou o quanto ‘e influenciado por
propaganda, marca do produto, participação no mercado, divulgação
informal do produto, etc.
Princípios de gestão da qualidade
 Satisfação do cliente;
 Participação;
 Produtividade.
Ferramentas da Qualidade
 Brainstorming – Tempestade de Ideias.

 Diagrama de Ishikawa / Espinha de Peixe / Diagrama de Causa e Efeito.

 PDCA.

 5W2H.

 Folhas de Verificação – Check List.

 Princípio e Gráfico de Pareto.

 5S.

 Histograma/Fluxograma.
FERRAMENTAS DE GESTÃO

Brainstorming (“tempestade cerebral”):


BRAINSTORMING

Tem como objetivo gerar um máximo de ideias sobre causas,

problemas e soluções.

Baseia-se em dois princípios:

O não julgamento (pensamento


1
humano pouco criativo e muito crítico).
2 Quantidade gera qualidade.
BRAINSTORMING

 Características:

• Participação de todos.

• Entusiasmo e a igualdade entre os participantes.

• Comprometimento dos presentes com os resultados.

• Exercício de raciocínio na pesquisa de todos os aspectos do assunto

abordado.
BRAINSTORMING

TIPO DE
FINALIDADE VANTAGEM DESVANTAGEM
BRAINSTORMING

Reunião de 2 a 8 pessoas,
com um facilitador que tem a Riqueza de
ABERTO tarefa de conectar e interações
Desorganização
documentar as ideias.
Reunião de um grupo onde as
ideias são escritas sem
ESCRITO comentários oral (6 pessoas -3 Organização Lento / fatigante
ideias - 5 passadas entre as
pessoas).
É interrompido quando o
COM grupo se sente cansado. A Aprofunda-
Perda da “pegada”
RECUPERAÇÃO sessão é retomada após o mento
amadurecimento das ideias.
EXEMPLO PRÁTICO BRAINSTORMING - CHURRASCO

ETAPA PROCESSO/SUB-PROCESSO DIRETORIA/ÁREA VERSÃO ULTIMA ATUAL.

Diagnóstico de
CHURRASCO D.P 1.0 03/12/2005
Melhorias

• Convidados não gostarem de pagode.

• Cerveja quente porque o refrigerador não comportava a quantidade colocada.

• Carne salgada porque o churrasqueiro não possuía experiência.


• Som muito alto porque o DJ não levou em consideração dos outros convidados.

• Demora para assar a carne porque faltava carvão.


• Mau dimensionamento da cerveja e carne porque o sistema estava com erro no cálculo.
EXEMPLO PRÁTICO BRAINSTORMING - CHURRASCO

ETAPA PROCESSO/SUB-PROCESSO DIRETORIA/ÁREA VERSÃO ULTIMA ATUAL.

Diagnóstico de
CHURRASCO D.P 1.0 03/12/2005
Melhorias

• Carvão insuficiente por mau dimensionamento

• Falta de pratos, talheres e copos descartáveis por mau dimensionamento.

• Churrasqueira pequena para o volume de carne e pessoas.


• Indisponibilidade do churrasqueiro, nenhum amigo queria ficar na
churrasqueira.

• Falta de entrosamento entre os convidados por interesses diferentes.

• Local de difícil acesso por não ter sinalização adequada informando o local.

• Custo total do churrasco muito alto por não ter feito pesquisa de preços.

• Carvão de má qualidade.
BRAINSTORMING REVERSO

• Identificar o problema ou desafio, e anotá-la.


• Mudar a pergunta: "Como eu poderia causar o problema?
• Selecionar cada causa e avaliar o que pode ser feito para eliminá-la.
Ferramenta da Qualidade e Plano de Trabalho

BRAINSTORMING

TIPO DE
FINALIDADE VANTAGEM DESVANTAGEM
BRAINSTORMING

Reunião de 2 a 8 pessoas,
com um facilitador que tem a Riqueza de
ABERTO tarefa de conectar e interações
Desorganização
documentar as ideias.
Reunião de um grupo onde as
ideias são escritas sem
ESCRITO comentários oral (6 pessoas -3 Organização Lento / fatigante
ideias - 5 passadas entre as
pessoas).
É interrompido quando o
COM grupo se sente cansado. A Aprofunda-
Perda da “pegada”
RECUPERAÇÃO sessão é retomada após o mento
amadurecimento das ideias.

Material elaborado pela Ação Consultoria e Treinamento


Ferramenta da Qualidade e Plano de Trabalho

EXEMPLO PRÁTICO BRAINSTORMING - CHURRASCO

ETAPA PROCESSO/SUB-PROCESSO DIRETORIA/ÁREA VERSÃO ULTIMA ATUAL.

Diagnóstico de
CHURRASCO D.P 1.0 03/12/2005
Melhorias

• Convidados não gostarem de pagode.

• Cerveja quente porque o refrigerador não comportava a quantidade colocada.

• Carne salgada porque o churrasqueiro não possuía experiência.


• Som muito alto porque o DJ não levou em consideração dos outros
convidados.

• Demora para assar a carne porque faltava carvão.


• Mau dimensionamento da cerveja e carne porque o sistema estava com erro
no cálculo.

Material elaborado pela Ação Consultoria e Treinamento


Ferramenta da Qualidade e Plano de Trabalho

EXEMPLO PRÁTICO BRAINSTORMING - CHURRASCO


ETAPA PROCESSO/SUB-PROCESSO DIRETORIA/ÁREA VERSÃO ULTIMA ATUAL.

Diagnóstico de
CHURRASCO D.P 1.0 03/12/2005
Melhorias

• Carvão insuficiente por mau dimensionamento

• Falta de pratos, talheres e copos descartáveis por mau dimensionamento.

• Churrasqueira pequena para o volume de carne e pessoas.


• Indisponibilidade do churrasqueiro, nenhum amigo queria ficar na
churrasqueira.

• Falta de entrosamento entre os convidados por interesses diferentes.

• Local de difícil acesso por não ter sinalização adequada informando o local.

• Custo total do churrasco muito alto por não ter feito pesquisa de preços.

• Carvão de má qualidade.
Material elaborado pela Ação Consultoria e Treinamento
Ferramenta da Qualidade e Plano de Trabalho

BRAINSTORMING REVERSO

• Identificar o problema ou desafio, e anotá-la.


• Mudar a pergunta: "Como eu poderia causar o problema?
• Selecionar cada causa e avaliar o que pode ser feito para eliminá-la.

Material elaborado pela Ação Consultoria e Treinamento


Ferramentas da Qualidade
Espinha de Peixe / Diagrama de Ishikawa
O Diagrama de Causa e Efeito (ou Espinha de peixe) mostra a relação
entre um efeito e as possíveis causas que podem estar contribuindo para
que ele ocorra.

Técnica utilizada para:


 Visualizar, em conjunto, as causas principais e secundárias de um
problema.
 Ampliar a visão das possíveis causas de um problema, enriquecendo a
sua análise e a identificação de soluções.
 Analisar processos em busca de melhorias.
Ferramentas da Qualidade
Como Construir
1-Estabeleça o problema (efeito) a ser analisado.
2-Desenhe uma seta horizontal apontando para a direita e
escreva o problema no interior de um retângulo
localizado na ponta da seta.
3- Identifique o maior número possível de causas que
possam estar contribuindo para gerar o problema,
perguntando “Por que isto está acontecendo?”.
4- Agrupe as causas em categorias. Uma forma muita
utilizada de agrupamento é o 4M: Máquina, Mão-de-
obra, Método e Materiais (mas você poderá agrupar
como achar melhor).
Ferramentas da Qualidade
4

3
2 1
A qualidade como processo
 causas e fatores, resultados, classificação e tipos.
Ferramentas da Qualidade
CICLO PDCA
É um método gerencial que tem como objetivo exercer o controle de
processo.

• Estabelece uma diretriz de controle fazendo um planejamento da

qualidade.

• Mantém o nível de controle, respeitando todos os padrões que foram

estabelecidos anteriormente.

• Altera a diretriz de controle sempre que necessário para mantê-la

atualizada de acordo com as necessidades do público-alvo.


FERRAMENTAS DE GESTÃO

O PDCA é um método gerencial de gestão de tomada de decisões para garantir


o alcance das metas necessárias à sobrevivência da organização.
Pode ser utilizado na realização de qualquer atividade da empresa.
FERRAMENTAS DE GESTÃO

P – Planejar (Plan)

D – Executar (Do)

C – Monitorar (Check)

A - Avaliar (Act)
FERRAMENTAS DE GESTÃO

PLANEJAR (PLAN):
 Ter claros os objetivos da organização;

 Realizar o diagnóstico;

 Identificar o problema e suas causas;

 Identificar a causa prioritária;

 Elaborar o plano para a solução da causa prioritária;

 Definir as metas a serem alcançadas;

 Definir o método para alcançar as metas propostas;

 Conseguir uma forma adequada de executá-las e considerando-se as


restrições existentes.
NA TEORIA É UMA COISA, NA PRÁTICA É OUTRA?
NA TEORIA É UMA COISA, NA PRÁTICA É OUTRA?

LUDWIG VAN BEETHOVEN

Um pai sifilítico e uma mãe tuberculosa tiveram quatro filhos:

• O primeiro, cego de nascença;


• O segundo, morto logo após o parto;
• O terceiro, surdo-mudo;
• O quarto, tuberculoso;
• O quinto Beethoven, completamente surdo aos 46 anos.
O QUE É MAIS IMPORTANTE?

Planejamento

Execução
PLANEJAMENTO SEM EXECUÇÃO É PERDA DE TEMPO.
EXECUÇÃO SEM PLANEJAMENTO É RISCO.
Planejamento somado à
Ferramenta da Qualidade e Plano de Trabalho
execução é
INTELIGÊNCIA
PLANEJAMENTO

Planejar é...

• Antecipar o que se vai fazer,


• Visualizar as oportunidades,
• Eleger Prioridades e limites,
• Identificar os possíveis problemas,
• Dimensionar os recursos,
• Prever ações coordenadas,
• Organizar-se individualmente,
• Ser flexível para replanejar sempre que necessário.
EXECUTAR (DO):

 Capacitar os profissionais;

 Estabelecer normas e rotinas;

 Gerenciar a mudança para a execução do plano;

 Informar e mobilizar os profissionais para a mudança;

 Disponibilizar os recursos necessários para a execução do


plano;
 Executar as ações exatamente como foi previsto na
etapa de planejamento
VERIFICAR, CHECAR (CHECK):

 Identificar os desvios na meta ou no método;


 Verificar se o executado está conforme o planejado, ou seja, se a
meta foi alcançada, dentro do método definido;

 Ações de acompanhamento e de análise de tendências durante a


execução, que visam conduzir as atividades na forma estabelecida
pelo planejamento, prevenindo eventuais desvios.
AGIR CORRETIVAMENTE (ACTION):

 Caso sejam identificados desvios, é


necessário definir e implementar soluções que
eliminem as suas causas;

 Caso não sejam identificados desvios, é


possível realizar um trabalho preventivo,
identificando quais os desvios são passíveis
de ocorrer no futuro, além de medidas para a
melhoria contínua.
Material elaborado pela Ação Consultoria e Treinamento
Ferramentas da Qualidade
5W2H

É basicamente um formulário para execução e controle de


tarefas onde são atribuídas as responsabilidades,
determinando como o trabalho deverá ser realizado, assim
como o departamento, motivo e prazo para conclusão com
os custos envolvidos.
Ferramentas da Qualidade
5W2H

É basicamente um formulário para execução e controle de


tarefas onde são atribuídas as responsabilidades,
determinando como o trabalho deverá ser realizado, assim
como o departamento, motivo e prazo para conclusão com
os custos envolvidos.
Ferramentas da Qualidade
5W2H – Significado do nome:
1 – What (o que será feito),
2 – Who (quem fará),
3 – When (quando será feito),
4 – Where (onde será feito),
5 – Why (por que será feito)
1 – How (como será feito)
2 – How Much (quanto custará)
Existe também uma variação do plano de ação que nada mais é do que o
5W2H, mas sem o How Much (quanto custará) formando a sigla 5W1H.
Ferramentas da Qualidade
5W2H – Como elaborar?

WHAT
1 – O quê? – Campo onde é especificada a meta, aquilo que se
quer atingir.
Normalmente contém o número do item para facilitar a
referência e o acompanhamento do desdobramento.
Ferramentas da Qualidade
5W2H – Como elaborar?

WHO
2 – Quem? – Indica o nome do responsável contido em o que?
Só é admissível um nome.
Mesmo que um colegiado de pessoas em princípio seja o
responsável pela ação, deve indicado o nome da pessoa que
responde por tal colegiado.
desdobramento.
Ferramentas da Qualidade
5W2H – Como elaborar?

WHEN
3 – Quando? – Indica o período em que se desenvolve o
conjunto de atividades correspondentes a o que?
Ferramentas da Qualidade
5W2H – Como elaborar?

WHERE
4 – Onde? – Indica o local onde se desenvolve o conjunto de
atividades.
Geralmente não é utilizado por ser aplicado em um
determinado local dentro da empresa.
Ferramentas da Qualidade
5W2H – Como elaborar?

WHY
5 – Por quê? – É uma justificativa da coluna o quê? Num nível
inferior contém o conteúdo d’o quê anterior.
O primeiro por quê? Obviamente responde aos objetivos do
projeto.
Ferramentas da Qualidade
5W2H – Como elaborar?

HOW
1 – Como? – Indica o método para atingir o que?
Este por sua vez costuma ser desdobrado em subitem.
Ferramentas da Qualidade
5W2H – Como elaborar?

HOW MUCH
2 – Quanto? – Indica o orçamento autorizado.
Ferramentas da Qualidade
5W2H – Exemplos
1- ANALISAR AMOSTRAS (Determinar camada de sabão)

Nº O QUE QUEM COMO ONDE PORQUE QUANDO

Colocando uma
Inspetor de Para cálculo da Todo início de
Pesar amostras amostra de cada Na Balança
1 qualidade camada de sabão turno
vez

Para determinar o
Inspetor de Utilizar: (P1- Todo início de
2 Calcular peso No laboratório peso da camada
qualidade P2)*100/0,3 = Mg/ml turno
da camada de sabão

3 Calcular média Inspetor de Utilizar: Média = (X1 No laboratório Para anotar na Todo início de
e amplitude qualidade + X2 + X3)/3 carta de CEP turno
Ferramentas da Qualidade
5W2H – Exemplos
Lista de Verificação
O que é?
A Lista de Verificação de Frequência é usada para determinar quantas vezes ocorre
um evento ao longo de um período de tempo determinado.
Embora a finalidade da Lista de Verificação de Frequência seja o acompanhamento
de dados e não a sua análise, ela normalmente indica qual é o problema e permite
observar, entre outros, os seguintes aspectos:
- número de vezes em que alguma coisa acontece;
- tempo necessário para que alguma coisa seja feita;
- custo de uma determinada operação ao longo de um certo período de tempo;
- impacto de uma ação ao longo de um dado período de tempo.
Use para:
Registrar informações sobre o desempenho de um processo e acompanhar defeitos
em itens ou processos.
Lista de Verificação
EXEMPLO DE LISTA DE VERIFICAÇÃO DE
FREQUÊNCIA
Problema: Reclamação de defeitos na porta do carro.
Período: 1 mês.
Processo: Fabricação de porta de carro.
Responsável: sr. X
Período: 01/08/20XX a 30/08/20XX.
Total de Itens produzidos: 480
Lista de Verificação
Tipo de Defeito Frequência Total

Mancha na porta ///// ///// ///// ///// / 21

Riscos ///// ///// ///// ///// ///// ///// ///// 35

Defeito na Tranca ///// ///// ///// // 17

Folga ///// ///// ///// ///// ///// //// 29

Amassado /// 03

Defeito no Vidro ///// 05

110
Princípio de Pareto
No fim do século XIX, o economista sociopolítico Vilfredo Pareto observou
que havia uma distribuição desigual de riqueza e poder na população total.
Ele calculou matematicamente que 80% da riqueza estava em mãos de 20%
da população.
O diagrama de Pareto é um recurso gráfico utilizado para estabelecer uma
ordenação nas causas de perdas que devem ser sanadas. Sua origem decorre
de estudos do economista italiano Pareto e do grande mestre da qualidade
Juran, que era Engenheiro de Controle de Qualidade . Poucas causas levam à
maioria das perdas, ou seja, Poucas são vitais, a maioria é trivial.
O diagrama de Pareto torna visivelmente clara a relação ação / benefício,
ou seja, prioriza a ação que trará o melhor resultado. Ele consiste num gráfico
de barras que ordena as frequências das ocorrências da maior para a menor e
permite a localização de problemas vitais e a eliminação de perdas.
Diagrama de Parreto
COMO FAZER?
Alguns passos importantes:
1. Determine o tipo de perda que você quer investigar.
2. Especifique o aspecto de interesse do tipo de perda que você quer investigar.
3. Organize uma folha de verificação com as categorias do aspecto que você
decidiu investigar.
4. Preencha a folha de verificação.
5. Faça as contagens, organize as categorias por ordem decrescente de frequência,
agrupe aquelas que ocorrem com baixa frequência sob denominação "outros" e
calcule o total.
6. Calcule as frequências relativas, as frequências acumuladas e as frequências
relativas acumuladas.
Diagrama de Pareto
Exemplo de Diagrama:
Diagrama de Pareto
É a representação gráfica específica que permite a identificação dos aspectos
relevantes relacionados à qualidade.
Diagrama de Pareto
É uma ferramenta da qualidade
que deve ser aplicada quando é
possível quantificar os parâmetros
envolvidos na análise do problema.
Diagrama de Pareto
Exemplo de Construção do Gráfico de Pareto

Situação-problema:
Um fabricante
analisou uma amostra
de seu produto e
preencheu a seguinte
folha de verificação...
Diagrama de Pareto
...com os tipos de defeitos identificados, organizou a folha de dados...
Diagrama de Pareto
... e montou o
gráfico de Pareto...

...onde se verifica que os tipos


de defeitos (risco, folga,
mancha e trinca)
correspondem a 80% do total
de defeitos encontrados.
Se o fabricante corrigi-los,
eliminará, portanto, 80% dos
defeitos que seu produto
apresenta.
O Desperdício
Do ponto de vista da empresa e do cidadão comum, desperdício é, pois, todo
e qualquer recurso que se gasta além do necessário na fabricação de um
produto, prestação de um serviço, ou nas tarefas comuns do dia-a-dia. Esse
recurso pode ser a matéria-prima, os materiais de consumo, o tempo, o
dinheiro, a energia etc.
É um gasto extra que é acrescentado aos custos normais do produto ou
serviço
e que não traz nenhuma melhoria para o cliente. E, na sua casa, é aquele
dinheirinho suado que some nas contas de gás, luz, água...
O Desperdício
A Qualidade Começa em Casa

Evitando:

 luzes acesas sem necessidade;

 torneiras abertas ou pingando;

 estoque de alimentos;

 uso indiscriminado de produtos.


O Desperdício
Segundo o Sebrae, são sete os tipos de desperdício nas empresas:

1. Produção além do estritamente necessário.


2. Ausência de agilidade nos processos: produto ou serviços em fila, esperando para serem
executados.
3. Transporte de produtos ou serviços entre máquinas e seções.
4. Movimentos desnecessários das mãos e do corpo na realização da tarefa (processo ou
leiaute inadequados).
5. Erros na concepção do produto: perdas de material, horas/homem, horas/máquina.
6. Produção com defeito: retrabalho ou perda total do trabalho.
7. Estoques além do necessário.
O Desperdício
Por que o assunto desperdício é de fundamental importância quando
se pensa em Qualidade Total?
O Desperdício
É todo e qualquer recurso que se gasta na execução de um
produto ou serviço além do estritamente necessário.

Tudo aquilo que não “agrega


valor” ao produto precisa ser
eliminado.
O Desperdício
A Qualidade Começa em Casa

Evitando:

 luzes acesas sem necessidade;

 torneiras abertas ou pingando;

 estoque de alimentos;

 uso indiscriminado de produtos.


O Desperdício
 No material.
Localizando o Desperdício
 Na capacidade.
 Na técnica.
 No equipamento.
 No meio ambiente
(interno).
O Desperdício
Desperdício no Material
Uso de material com características
superiores ou inferiores às necessárias.

Quantidade incorreta de material.

Escassez de material.
O Desperdício
Desperdício na Capacidade

Exige treinamentos extras,


Falta de acompanhamento e faz crescer
Capacidade o risco de acidentes.

Representada por mão-de-obra


Excesso de
mais cara ou subaproveitamento
Capacidade de pessoas.
O Desperdício
Desperdício na Técnica

Equipamentos e etapas do processo:

Sofisticação técnica.

Ausência de técnica.

A sofisticação técnica - ou a ausência de técnica gera


DESPERDÍCIOS tanto nos equipamentos quanto
nas etapas.
O Desperdício
Desperdício no Meio Ambiente (Ambiente de Trabalho)

A falta de adequação do arranjo físico gera DESPERDÍCIOS.

A disposição das máquinas e dos equipamentos.

Falta de iluminação e/ou ventilação adequada ou


iluminação e/ou ventilação em excesso.

Falta de higiene e limpeza.

Estas inadequações podem gerar prejuízos tanto para o


empregador como para o empregado.
5S - O pacote japonês contra o desperdício
O Método 5S surgiu no Japão no fim dos anos 60 e serviu de base para a
implantação dos programas de Qualidade Total naquele país. Ele é chamado
de 5S para lembrar as cinco palavras japonesas que dão nome a cada uma de
suas fases: .seiri., .seiton., .seiso., .seiketsu. e .shitsuke..

O principal objetivo de um programa baseado nos 5 .esses. é a manutenção


da ordem do local de trabalho, de forma que ele permaneça sempre
organizado, arrumado e limpo, sob condições padronizadas e com a
disciplina necessária para que se consiga o melhor desempenho nas
atividades de cada um.
5S - O pacote japonês contra o desperdício
Os benefícios imediatos são:
- prevenção de acidentes,
- melhoria da produtividade,
- redução de custos,
- melhoria do ambiente de trabalho,
- uso eficiente do tempo,
- melhor aproveitamento dos materiais e equipamentos.
5S - O pacote japonês contra o desperdício
Sim para separar tudo o que é inútil
O primeiro S é de “seiri”. Dependendo do autor, ele é traduzido de várias
formas: descarte, organização, senso de ordenação, separar, eliminar,
suprimir. Para manter o S, a gente vai traduzir como .Sim para separar tudo
o que é inútil.
É a mesma coisa que todo o mundo faz quando inicia uma faxina: separa-se
o que é necessário do que é desnecessário e joga-se fora o que não presta.
5S - O pacote japonês contra o desperdício
Sim para a arrumação
Depois que o “seiri” foi implantado e consolidado, vem o segundo S, de
“seiton”, que os autores traduzem por arrumação, e que nada mais é que o
velho ditado: “um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar”.
O objetivo dessa etapa é organizar os itens absolutamente necessários e
identificar e colocar tudo em ordem, para que seja fácil localizá-los. Vamos
chamar essa fase de “Sim para a arrumação”.
5S - O pacote japonês contra o desperdício
Sim para a limpeza

O terceiro S é o de “seiso”, que se traduz por limpeza, e que nós vamos chamar de
“Sim para a limpeza”. Não parece ser preciso “vender” a idéia de que limpeza é uma
coisa fundamental. Pois nada é mais gostoso do que tomar um banho e colocar
roupas limpas, deitar em uma cama com lençóis limpos, comer em uma mesa em
que a toalha não esteja cheia de manchas... Para o cliente, a imagem de uma
empresa limpa também é extremamente positiva. E mesmo que os profissionais
tenham a mesma competência, em quem você confiaria mais?

No mecânico da oficina ‘boca-de-porco”, onde tudo é sujo e bagunçado, inclusive o


profissional, ou num mecânico com macacão impecável trabalhando em uma
oficina limpa e arrumada, como o box de uma equipe de Fórmula 1?
5S - O pacote japonês contra o desperdício
Sim para a organização
Depois que você jogou fora o que não precisa, arrumou o que ficou, e deixou
tudo limpinho, chegou a hora do quarto S: “seiketsu”, que significa
“padronização”, mas alguns traduzem também como “higiene” e que, na
verdade, quer dizer manter o padrão de organização, arrumação e limpeza
conseguidos nas fases anteriores. O quarto S é o .Sim para a organização..
5S - O pacote japonês contra o desperdício
Sim para a disciplina
O último S é o “shitsuke” que quer dizer disciplina, segundo alguns autores,
ou auto-disciplina, segundo outros. É o “Sim para a disciplina”. Essa fase
significa que o processo está consolidado, embora não definitivamente
terminado.
Portanto, existe sempre espaço para encontrar uma forma mais simples de
executar uma tarefa. A disciplina objetiva cumprir as quatro fases anteriores
como uma rotina, um hábito.
5S - Disciplina
5S - O pacote japonês contra o desperdício
• Ao sair, deixar tudo limpo e em ordem.
• Devolver as coisas, no mínimo, nas mesmas condições em que as encontrou.
• Reparar ou substituir qualquer coisa que você danifique ou quebre.
• Reabastecer qualquer item que usar até o fim: sabonete, papel higiênico, papel da
copiadora, gasolina, alimentos, bebidas etc.
• Colocar as coisas de volta aos seus lugares, para que os outros possam achá-las.
• Informar as pessoas que vão substituí-lo e/ou completar seu trabalho sobre a situação
exatamente como ele está.
• Não desperdiçar tempo, dinheiro, materiais ou outros recursos.
• Planejar o ritmo de seu trabalho para que outros não fiquem sem trabalhar por sua causa.
• Evitar desperdícios, não usando papel, água, eletricidade, ou qualquer outro recurso mais
do que o necessário.
Histograma
Gráfico de colunas representativo da forma como se distribui
um conjunto de dados numéricos.
Referencias
 http://www.ifma.edu.br/proen/arquivos/artigos.php/gestao_da_qualidad
e.pdf
 http://www.qualidade.com/conc-01.htm
 Manual de Ferramentas da Qualidade – SEBRAE – Agosto 2005.

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