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Aula 2 – Espécies Tributárias

A Constituição Feeral de 1988 em relação a Direito Tributário não criou tributos mas se
devotou a 5 principais atividades – o STF adotou a Teoria Pentapartida ou Quinquepartida no
que tange às espécies tributarias e essas 5 especies tributarias são as seguintes: imposto,
taxas, contribuição de melhoria – essas três estão no artigo 145 da CF – empréstimos
compulsórios previstos no art. 148 da CF e contribuições especiais previstas nos artigos 149 e
149 A da CF.

De forma Sintética, adotamos a Teoria Pentapartida ou Pentapartite ou quinquipartite ou


quinquipartida (STF, RE 146.733):

1) Impostos (art. 145, I) – U, E, DF e M – competência de todos os entes


2) Taxas (art. 145, II) – U, E, DF e M - todos os entes;
3) Contribuições de Melhoria (art. 145, III) – U, E, DF e M - todos os entes;
4) Empréstimos Compulsórios (art. 148) – Só U – Competencia única da União!
5) Contribuições Especiais (Art. 149 e art. 149 A).

Importante ressaltar que há 4 modalidades de Contribuições Especiais (art. 149 e art. 149-A,
CF):

5.1 – Sociais: gerais – aquelas destinadas a áreas sociais diversas da seguridade social – só a
União;
De seguridade social – art. 195 – saúde, assistência social e previdência social -
em regra, a União.
Ex.: Contribuição de salario educação. – art. 212, paragrafo 5º.
OBS.: Se for para previdência, a gente continua com a regra da União, todavia o
artigo 149, paragrafo 1 º da Constituição Federal estipula que se essa
contribuição de previdência apenas sobre servirodr publico estadual, distrital ou
municipal, aí o Estado ou Distrito Federal e Municipio tem competetencia para
contribuição de previdência de suguridade social para a previdência dos
respectivos estados, municipios ou DF.
5.2 – de intervenção no domínio econômico (CID) – Art. 170 CF – só a União.
Ex.: Favorecimento das empresas de pequeno porte e microempresas – art. 170, IX
5.3 – de interesse de categorias profissionais/econômicas – Só a União, só podem ser
instituídas por intermédio de lei federal;
Ex.: Anuidade do CREA.
5.4 – CIP/COSIP (Contribuição de Serviço de Iluminação Publica) (art. 149 A, CF) – Só
Municipios e DF. O Estado não é competente para a instituição da contribuição de iluminação
publica assim como a União não tem competência tributaria para a instituição da contribuição
de iluminação publica.

Nas cinco espécies tributarias nós podemos levar em consideração o seguinte – a titulo de
características – o imposto é um tributo não vinculado, ou seja, ele não se relaciona a uma
prestação estatal independente de qualquer prestação estatal especifica a favor do
contribuinte – art. 16 CT. De forma diversa, as taxas e contribuições de melhoria são tributos
vinculados a uma prestação estatal. Na taxa, de acordo com o artigo 145, II CF, essa prestação
estatal que pode acarretar no surgimento de uma taxa se consolida ou na prestação de um
serviço publico ou, eventualmente, no exercício do poder de policia.
Tomar cuidado com o artigo 145, II da CF porque ali aparecem as duas únicas espécies de taxa
que nós temos no nosso ordenamento jurídico – taxa de policia ou taxa de serviço publico. Em
relação a taxa de policia o artigo 78 do Código Tributario Nacional trata dela, que também é
chamada de taxa de fiscalização.

Não é qualquer serviço publico que pode ser objeto de tributação por intermédio de taxa tem
que ser um serviço publico, como fala o art. 145, II, da CF – deve ser um serviço publico
especifico e dvisivel. Conforme o artigo 79 do CTN indica que o serviço publico divisível é
aquele que a gente consegue visualizar mediante a prestação em unidades autônomas e o
serviço publico divisível é aquele que a gente consegue aferir por intermédio de utilização
separado. E nesse contexto se o que interessa é o serviço publco especifico e divisível
prestador singularmente – uti sunguli – jamais o serviço publico universal – uti iniversi – nesse
contexto a gente tem que, de acordo com o teor do artigo 145, II CF, a gente visualiza que a
taxa de serviço publico pressupõe serviço publico especifico e divisível.
CUIDADO com a jurisprudência do STF – A taxa de iluminação publica não pode existir!! O STF
declarou inconstitucional a taxa de iluminação publica que havia sido criada por algumas leis
municipais, porque não se enquadra no contexto de serviço publico especifico e divisível –
tanto é que essa jurisprudência se exteriorizou por meio de uma sumula, o enunciado da
sumula 670 na atualidade, se encontra convolada na sumula vinculante nº41.
Sumula nº 670, STF – o serviço de iluminação publica não pode ser remunerado mediante taxa.
Sumula Vinculante nº 41, STF – O serviço de iluminação publica não pode ser remunerado
mediante taxa.

Aqui nós estamos diante de um serviço publico geral e não especifico e divisível. Na mesma
esteira o STF declarou a inconstitucionalidade da taxa de limpeza publica, da taxa de segurana
publica, da taxa de combate a incêndios ou a sinistros. De outro lado, o supremo declarou a
constitucionalidade da taxa de coleta domiciliar de lixo, CUIDADO – Sumula Vinculante nº 19
STF! A taxa de coleta domiciliar de lixo é constitucional.

A contribuição de melhoria também é um tributo vinculado e de acordo com os artigos 81 e 82


do CTN a gente visualiza que a prestação estatal de melhoria se deve a execução de uma
valorização imobiliária por meio de obra publica não basta ser obra publica, tem que decorrer
valorização imobiliária, até porque a base de calculo da contribuição de melhoria será essa
valoriação do imóvel decorrente de um obra publica.

E, por ultimo, quanto aos empréstimos compulsórios vale a leitura do artigo 148 da CF. A
primeira situação do artigo 148 – empréstimos compulsórios para atender a despesas
extraordinárias decorrentes de calamidade publica ou guerra externa ou iminência da gurra
externa – nessa hipótese nos não teremos a aplicação de nenhuma das anterioridades
tributarias! Se houver a criação, com base inciso I, de empréstimo compulsório por meio de lei
complementar federal esse empréstimo compulsório poderá ser exigido de imediato.
Situação diversa ocorre no inciso II do artigo 148 da CF – se o empréstimo compulsório for
criado para investimento publico urgente, relevante haverá necessidade de observância das
anterioridades tributárias! Então, muito CUIDADO!

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