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Projecto Interventivo
( RECRIA)
Criação de um Centro de Resgate de Brincadeiras Infantis na Comunidade do Bairro de
Mavalane
Projecto Interventivo
( RECRIA)
Criação de um Centro de Resgate de Brincadeiras Infantis na Comunidade do Bairro de
Mavalane
1.3. Objectivos..................................................................................................................................3
1.3.1. Geral.......................................................................................................................................3
1.3.2. Específicos..............................................................................................................................3
3. Procedimentos Metodológicos.....................................................................................................8
3. Etapas da Intervenção............................................................................................................9
5. Recursos Necessários.................................................................................................................10
6. Parceiros..............................................................................................................................11
7. Grupo Alvo..........................................................................................................................12
8. Cronograma.........................................................................................................................12
9. Plano de Intervenção....................................................................................................12
11.Resultados esperados.................................................................................................................14
12.Considerações finais..................................................................................................................15
13.Bibliografia................................................................................................................................16
APÊNDICE....................................................................................................................................17
1. Introdução
O presente Projecto de Intervenção é realizado no âmbito dos estudos da cadeira de concepção e
materialização de projectos de infância, o mesmo tem como objectivo capacitar os educadores/as
do Centro Infantil Dona Otília em Estratégias do Ensino da Numeracia, tomando como destaque
a estratégia do uso dos Jogos. O projecto interventivo permite uma maior intervenção na
resolução dos problemas concretos identificados no quotidiano do Centro, desta forma ter-se-á
oportunidade de propor soluções que sejam viáveis aos problemas identificados.
Após a identificação do problema no Centro Infantil Dona Otília, durante a realização das
Práticas Pedagógicas e recorrentes no ano da realização do estágio, elabora-se o presente projecto
interventivo com a finalidade de ajudar dos educadores a encontrar soluções para ultrapassar o
problema da fraca participação dos educandos nas aulas de numeracia, facto condicionado pela
falta de criatividade por parte dos educadores, os mesmos só demostram interesse no
cumprimento dos programas das actividades previstas nos programas.
Portanto, para além da introdução o projecto apresenta os seguintes itens: Problematização,
Relevância da intervenção, Objectivos, Revisão bibliográfica, Metodologia, Etapas da realização
do projecto, Resultados esperados e Bibliografia.
Relevância Académica, para os académicos, este projecto de intervenção servirá como fonte de
consulta e inspiração para mais trabalhos sobre o uso jogos no ensino-aprendizagem da
numeracia.
Relevância prática, espera-se que a abordagem sobre o uso dos jogos no processo de ensino-
aprendizagem da numeracia, propicie diferentes alternativas ao professor, em inovar suas aulas,
em expandir seu conhecimento, compreendendo e assimilando os conteúdos de forma prazerosa e
dinâmica.
1.3. Objectivos
1.3.1. Geral
Capacitar os educadores/as do Centro Infantil Dona Otília em Estratégias do Ensino da
Numeracia.
1.3.2. Específicos
Apresentar o projecto de intervenção à direcção do Centro;
Capacitar os educadores sobre o ensino da numeracia, baseado em jogos;
Leccionar aulas de numeracia usando jogos como estratégia de ensino-aprendizagem;
Implementar o projecto de intervenção;
Monitorar o projecto de intervenção.
Jogos
A palavra jogo, do latim joco, significa, etimologicamente gracejo e zombaria, sendo empregada
no lugar de ludus que representa brinquedo, jogo, divertimento e passatempo (GRANDO, 1995)
citado por CABRAL, (2006: 19). Para este autor, jogo é uma maneira de impulso da criança que
ocorre de forma natural tendo a função a de motivar, mobilizar esquemas mentais, estimular o
pensamento, a ordenação de tempo e espaço, raciocínio lógico, entre outras.
Na perspectiva de HUIZINGA, citado por SANT’ANNA & NASCIMENTO (1986:19) Jogo é
uma acção ou actividade voluntária, realizada dentro de certos limites de tempo e lugar, segundo
uma regra livremente consentida, mas imperativa, provida de um fim em si, acompanhada de um
sentimento de tensão, de alegria e de uma consciência de ser diferente do que se é na vida
quotidiana.
Nesta ordem de ideias percebe-se o jogo é sempre uma brincadeira amigável em que deve-se
observar as regras previamente estabelecidas, com isto, na execução de qualquer jogo deve haver
parcialidade. O uso de batotas para ganhar o jogo deve ser proibido.
Portanto, ao ser inserido no âmbito educacional o jogo passou a ser chamado de Jogo Educativo,
associando a acção de educar com a necessidade que a criança tem de Jogar.
Jogos matemáticos
De acordo com (GRANDO, 2000:149) Jogos matemáticos são instrumentos para se chegar a
resolução de problemas daí que destaca-se o uso e as aplicações das técnicas matemáticas
adquiridas pelos alunos na busca de desenvolver e aprimorar as habilidades que compõe o seu
raciocino lógico.
No entender do grupo, Jogos matemáticos são aqueles usados para tornar mais divertidas, as
aulas de matemática onde o aluno aprende a resolver problemas matemáticos enquanto se diverte.
Na óptica de LOPES (2007:29), os Jogos matemáticos são aqueles que estimulam e favorecem o
aprendizado da criança ou adulto através de um processo de socialização que contribui para a
formação da sua personalidade. Ainda no mesmo fio de pensamento (OLIVEIRA, 2009:14)
afirma que esses tipos de jogos permitem que o professor tenha um plano de acção para explorar
todo o potencial dos alunos no processo de soluções, de registo, discussões, e caminhos de
resolução de problemas que poderão surgir.
Com as definições supracitadas pode se concluir que jogos matemáticos são aqueles que possuem
um valor didáctico, ou seja, que podem ser utilizados durante o processo ensino-aprendizagem de
conteúdos matemáticos. Na verdade, eles englobam todos os outros tipos: os de quebra-cabeças,
estratégia, fixação de conceitos e os computacionais; pois todos estes apresentam um papel
fundamental no ensino. (TEIXEIRA & VAZ, 2001: 31).
Material necessário: dois quadriculados 3x3 (três linhas e três colunas) e lápis para que os alunos
possam marcar os números escolhidos.
Ainda o autor refere que o jogo se desenvolve em um quadriculado contendo nove casas em que
os adversários se alternam nas jogadas tentando ocupar três casas sucessivas (horizontal, vertical
ou diagonal) para impedir que o adversário faça o mesmo. Para marcar a casa escolhida cada
jogador usa lápis de cores diferentes. Os dois participantes se alternam nas jogadas escolhendo
números de 0 a 9, os quais podem ser utilizados uma única vez. Ganha o jogo aquele que, ao
colocar o número, obtenha soma 10 em três casas sucessivas, sendo elas: horizontal, vertical ou
diagonal.
2ª Fase: O jogador deve percorrer todas as casas da mesma maneira, mas desta vez com os olhos
vendados. O jogo termina quando um jogador terminar esta fase duma só vez.
O jogo Neca pode ser usado como recurso didáctico no ensino da contagem, no ensino das
formas geométricas (do quadrado ou triangulo) ou mesmo para o ensino de conteúdos diversos
dependo da dinâmica e criatividade do professor.
2.4.1. Piaget
Segundo PIAGET, citado por KISHIMOTO, 1994:22). a actividade directa do aluno sobre os
objectos do conhecimento é o que ocasiona aprendizagem – o jogo assume a característica de
promotor da aprendizagem. Ao ser colocado diante de situações de brincadeira, o aluno
compreende a estrutura lógica do jogo e, poderá compreender a estrutura matemática presente
neste jogo. Portanto, pode-se concluir que para Piaget o desenvolvimento cognitivo
(aprendizagem) se dá através da interacção com os objectos, com as coisas. Para ele, é brincando
que se aprende.
2.4.2. Vygostsky
Na perspectiva de VYGOTSKY citado por ALVARES (1996:12), o brinquedo estimula a
curiosidade e a autoconfiança, proporcionando desenvolvimento da linguagem, do pensamento,
da concentração e da atenção. Foi um dos principais estudiosos e contribuidores da área didáctica
moderna, com ênfase no processo de aprendizagem. Ele discute a importância da cultura nos 13
processos de desenvolvimento e na produção de instrumentos de uso social para garantir a
aprendizagem. A sua principal contribuição ocorre através de seu conceito de Zona de
Desenvolvimento Próximo, que representa a diferença entre as condições de aprendizagem da
criança quando estuda só Zona de Desenvolvimento Actual, e quando estuda acompanhada de
outros colegas de adultos/educadores que fazem o papel de tutores e ou supervisores. Uma das
informações mais importantes que Vygotsky nos traz é que todo o conhecimento Humano é
produzido em sociedade ou sob influência desta e depois retorna a ela como acção. Daí que ele
enfatiza os métodos participativos como os trabalhos em grupo, plenária, uso dos jogos, etc. O
conhecimento deve ser produzido pelo aluno e o professor funciona como mediador, aquele que
ajuda o aluno a construir o seu próprio conhecimento.
3. Procedimentos Metodológicos
Foi através da observação que se constatou a fraca participação dos educandos nas aulas de
numeracia, dificuldades no uso de estratégias de ensino da numeracia nos educandos do 5º ano
durante o processo de ensino aprendizagem. De acordo com MARTINS (2012), observação é o
acto de observar. Implica confrontar indícios com a experiência anterior para os poder interpretar
e agir sobre a realidade em questão.
3. Etapas da Intervenção
1ª Etapa – Apresentação do Projecto à Direcção do Centro
Nesta fase será feita a apresentação do projecto à direcção do Centro para a sua legitimação e
aprovação formal pela mesma direcção.
Todas as acções que serão levadas a cabo no Centro com os educadores, terão a orientação da
autora do projecto.
3ª Etapa – Leccionação de aulas
A leccionação de aulas será feita em duas fases, nomeadamente: A primeira será realizada em
dois meses e serão envolvidas duas turmas, uma do 4º ano e outra do 5º ano. A segunda fase será
feita para todas turmas do 3º ano com a duração de três meses.
No final de cada mês, a autora, se dirigirá o Centro junto com o plano de trabalho elaboradora
para aferir o grau de cumprimento das actividades programadas.
5. Recursos Necessários
Direcção do centro
Infantil dona Otília
Obj. Esp. 1 ----------------------------
-------
Plano de Intervenção
Educadores do
Centro
Obj. Esp. 2 Cartazes, papel gigante, marcadores,
blocos de notas, Mini balança,
esferográficas e cola de papel
3,000.00MT
Educandos
Obj. Esp. 3 Bola de mão para a
operacionalização de jogo
MATHOKOZANA
----------------------------
--
Direcção, educandos e
educadores
Obj. Esp. 4 Planos de aulas, cadernetas das notas, ----------------------------
avaliações, caderno do aluno e fichas -------
de exercícios.
6. Parceiros
8. Cronograma
Capacitação de educadores
9. Plano de Intervenção
Quadro 3: Ilustração do cronograma de implementação das actividades.
Objectivo Especifico 3: Leccionar aulas de numeracia usando jogos como estratégia de ensino-
aprendizagem
Actividade Meta/Resultado Meio de verificação
3. Leccionação de aulas com uso de jogos Leccionadas as aulas com Plano de assistência de
eficiência aulas
11.Resultados esperados
Apresentado o projecto de intervenção à direcção do Centro;
Capacitados os educadores;
Criada a oficina pedagógica para produção e conservação do material concretizador;
Monitorado e Avaliado o projecto de intervenção.
ANÁLISE EXTERNA
Ameaças Oportunidades
ANÁLISE INTERNA
Fraquezas Forças
2. Desconhecimento da eficiência do uso dos jogos 2. Os educadores são abertos para compartilhar e
no ensino-aprendizagem da matemática (por parte adquirir novas aprendizagens
dos educadores do 2 ciclo)
12.Considerações finais
RESUMO DO PROJECTO
SÍNTESE DO PROBLEMA
Durante as práticas pedagógicas notamos a fraca participação dos alunos nas aulas, eles ficam
mais felizes nas aulas de português mas quando o assunto é matemática ficam desmoralizados.
Portanto, numa das conversas com alguns educandos do centro, afirmaram que não gostam da
matemática visto que têm dificuldades em entender os conteúdos da mesma disciplina. Foi
possível também notar que este aspecto tem sido influenciado, principalmente, pela forma
como os educadores procedem durante o ensino-aprendizagem da numeracia, pois as
estrategias de ensino usadas pelos educadores do Centro em causa não são adequadas
(estrategias do ensino da matematica pura). Este projecto pretende resolver o projecto que os
educandos tem na aprendizagem da matematica e apoiar aos educadores em estrategias de
ensino da numeracia com base em jogos. Eles não optam por métodos que estimulam a
aprendizagem activa dos alunos e muitas das vezes as suas aulas baseiam-se na resolução dos
exercícios do livro do aluno, do tipo 15+9=___, e para além de não contextualizar os
conteúdos, tentam concentrar muito as crianças. Facto este que faz com que as aulas sejam
cansativas e monótonas.
13.Bibliografia
Lev Semynovitch Vygotsky (ALVARES 1996:12)
ABRANTES, Paulo, Currículo Nacional do ensino básico. Competências Essenciais, Lisboa,
Departamento da Educação Básica, 2001.
CARVALHO, Dione Lucchesi, Metodologia do Ensino da Matemática, Cortez Editora, 3ª
edição, 2009
GIL, A. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999.
PILETT, Claudino, Didáctica Geral, 23ª edição editora afiliada, 2004.
PONTE, João. Pedro. Sarrazina, Maria de Lurdes, Didáctica de Matemática do 1º ciclo.
Universidade Aberta, Lisboa, 2000.
MARTINS, G. Manual para elaboracao de Monografia e Disertacao. (3 ed.) São Paulo. Atlas,
2012
VIEIRA, Rui Marques; Vieira, Celina, Estratégias de ensino-aprendizagem, Storia Editores,
LDA, 2005.
UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA. Normas para Produção e Publicação de Trabalhos
Científicos na Universidade Pedagógica. Maputo, U.P. 2015.
SMOLE Stocco Katia; Diniz, Maria Ignez; Candido, Patrícia, Cadernos de Mathema, Jogos
de Matemática de 1º a 5º Ano, 2007.
PANIZZA, M. Ensinar Matemática na Educação Infantil e nas Séries Iniciais: Análise e
Propostas. Porto Alegre: Artmed, 2006.
VIEIRA, Rui Marques; Vieira, Celina, Estratégias de ensino-aprendizagem, Storia Editores,
LDA, 2005.
APÊNDICE